Capítulo XIII
Quando Edson saiu do quarto, fechou a porta. Por fim, desceu os degraus da escadaria e se encaminhou para o estacionamento.
Quando chegou, pegou a chave de seu carro, um Palio vermelho, e o ligou. Após, entrou e colocou a chave na ignição. Por fim, ligou o ar-condicionado para que pudesse dirigir até a entrada principal do castelo. Assim que se aproximou do local, avistou o pai de Katie com uma mochila nas costas e Claire ao seu lado.
Depois de ter estacionado, Edson abriu a porta do carro e, ao mesmo tempo que se dirigia até a parte de trás do veículo, eles se aproximavam de onde estava. Quando abriu o porta-malas, o pai de Katie entregou sua mochila e ele a guardou, enquanto Claire entrava no carro. Por fim, eles se encaminharam para os seus assentos, onde se sentaram um do lado do outro.
Assim que colocaram o cinto, Edson girou a chave na ignição e começou a dirigir. Passando pela ponte, dirigiu com máxima velocidade permitida, no entanto, quando chegaram à cidade, teve que reduzir, já que as ruas eram movimentadas e estreitas.
Após alguns minutos de trajeto em silêncio, avistaram uma cabana vermelha em uma parte isolada da cidade, o mesmo local em que Edson havia indicado com precisão no mapa. Quando estacionou de forma silenciosa em frente à casa, desligou o carro.
Então, após Claire e o pai de Katie terem tirado seus cintos e Edson ter pegado a chave da ignição, abriram suas portas e saíram. Por fim, caminharam para o porta-malas para que pudesse abri-lo novamente e o pai de Katie pegar duas estacas de madeira e dois sprays de alho de sua mochila. Logo após entregar um de cada para Claire, eles se dirigiram para a entrada da cabana.
— Katie. — Edson disse, assim que abriu a porta para entrarem e percebeu que os olhos dela encontraram pelos seus.
— Edson. — Ela disse em um sussurro muito baixo, enquanto demonstrava um sorriso. Após, os olhos de Katie ficaram preocupados e assustados. — Cuidado. — Gritou para alertá-los.
Edson sentiu um chute forte em suas costas, o que o fez ser derrubado próximo a Katie, enquanto a expressão dele ficava dolorida. Quando se virou, percebeu que veio de Nathaniel.
— Olá, meu velho amigo, — Começou a dizer em um tom sarcástico. — estava esperando por sua vinda. — Nathaniel o demonstrou um sorriso debochado e irônico, ao mesmo tempo que a expressão por parte de Katie ficou confusa.
— O que você quer, Nathaniel? — Quando se sentou, Edson o perguntou com sua expressão cansada.
— De novo?! — Falou em um tom irritado, enquanto arqueava a sobrancelha e seus olhos se tornavam verdes. — Já estou cansado de lhe dizer que quero que sua monarquia vire uma democracia.
— E eu de lhe dizer que você nunca vai conseguir. — Edson sentiu seus olhos se tornarem vermelhos. À medida que Nathaniel corria, ele se aproximava dele, porém foi interrompido pelo pai de Katie, assim que borrifou o conteúdo do spray de alho em sua face.
— Anda, desamarre-a. — Ordenou ele, quando se virou para olhá-lo.
— Ai. — Nathaniel soltou um gemido de dor, enquanto mantinha suas mãos em seu rosto, já que a sua pele se descascava assim que se formavam bolhas vermelhas.
Quando Edson olhou para Katie, percebeu que suas mãos estavam atadas em uma das pernas da mesa. Então, aproximou-se dela e arrebentou a corda com facilidade. Estendendo o braço, ele a ofereceu sua mão. Então, assim que ela aceitou, Edson ajudou a levantá-la.
— Vamos. — Ele disse em sussurro ao ouvido de Katie e ela balançou a cabeça em concordância. Porém, quando Edson tentou se locomover rápido para a saída, Nathaniel a pegou pela cintura.
— Não tão rápido. — Exclamou ele.
— Por que você está fazendo isso comigo? — Gritou Katie de forma cansada. — Por quê?!
— Ora, meu bem. — Começou a dizer Nathaniel em seu tom sarcástico. — Tem uma palavra para isso e se chama vingança. — Katie e seu pai expressaram confusão pela sua face, embora ele já soubesse no fundo sobre o que se tratava a vingança. — Nã-não, — Assim que percebeu que o pai de Katie ia borrifar novamente o conteúdo do spray em seu rosto, Nathaniel se dirigiu a ele, enquanto balançava o dedo indicador. — se fizer isso, Kaleb, ela dará uma ótima vampira. — Deu-lhe um sorriso brincalhão. Então, à medida que ele abaixava o spray, percebia a expressão assustada de Katie.
— Tire as mãos dela. — Edson ordenou, ao mesmo tempo que cresceu seus caninos.
— Você não se cansa mesmo, não é, Edson? — Assim que Nathaniel o perguntou de forma retórica, fez um gesto com o dedo indicador e o polegar para que pudesse derrubá-lo a uma distância razoável. — Você nunca poderá me derrotar, sou cinco séculos mais velho.
— Idade não é documento. — Quando se levantou, disse em um tom brincalhão, enquanto sorria.
— Vingança pelo quê?! — Gritou o pai de Katie de forma confusa e irritada ao mesmo tempo.
— Ora, não se faça de bobo. — Começou a falar, quando Nathaniel se virou para ele. — Sua esposa, antes de namorar você, ela namorou comigo e...
— Ela nunca namoraria você, seu... — Assim que ia terminar de falar, Katie foi interrompida, já que ele tapou a sua boca, o que a fez ficar resmungando.
— Silêncio. — Katie revirou os olhos. — Como eu ia dizendo, quando ela descobriu que eu era vampiro, foi para os Estados Unidos e, ao segui-la, soube que ela estava tendo um caso com você. Pensei que ia desistir, mas descobri que estava grávida de Katie. Então, esperei que Katie nascesse e, consumido pelo ódio e raiva, fui tentar matá-la, mas não consegui. Esperei Katie crescer e fui até ela e a transformei em uma vampira. Não querendo viver como uma, ela mesma se matou, ao colocar uma estaca em seu coração. — Enquanto as expressões deles ficavam aterrorizadas e tristes ao mesmo tempo, Nathaniel havia mentido no final para que pudesse acobertar a sua verdade, a qual não era orgulhoso por ela.
— Me solta. — À medida que Katie dizia, ela se remexia.
— E é assim que você vai acabar, seu imprestável. — Quando o pai de Katie disse, ergueu a estaca e correu em direção a ele.
— Se eu for morrer, que ela morra também. — Então, Nathaniel mordeu o pescoço de Katie, ao mesmo tempo que seus olhos permaneceram verdes. Por fim, a estaca foi colocada em seu coração.
— Não, Katie! — Edson gritou, enquanto observava eles caírem no chão quase simultaneamente.
Com ele se locomovendo rápido para perto dela, notou que Katie estava se remexendo e seus olhos continuavam fechados, o que indicava que estava oscilando entre a vida e a morte.
— Katie! — Assim que se aproximaram dela, Claire e Kaleb exclamaram em uníssono.
— Filha, por favor, acorde. — Disse ele prestes a chorar. — Edson, faça alguma coisa. — Gritou, dirigindo-se a ele. — Não posso perder a minha filha também. — Sussurrou consigo mesmo.
— Não posso perdê-la também. — Disse Claire com sua expressão triste.
— E-eu lamento, mas eu não posso fazer nada. — Edson gaguejou, enquanto mantinha seus olhos cabisbaixos.
— Mas eu posso. — Quando se viraram para o local do som, perceberam James em pé com a sua face inexpressiva fitando o corpo de Nathaniel. Então, assim que eles se afastaram, James se aproximou e se abaixou para que pudesse ficar em frente à Katie. — Você vai ficar bem, eu prometo. — Sussurrou consigo mesmo, enquanto afagava o cabelo dela com a palma de sua mão.
Após suspirar profundamente, os olhos dourados de James se tornaram vinhos e ele mordeu o pescoço de Katie. Enquanto isso, os olhos de Claire e de Kaleb estavam assustados e em expectativas. Quando James se afastou, limpou o pouco do líquido vermelho que escorria pela sua boca, ao mesmo tempo que seus olhos voltaram à cor original. Silêncio. Após alguns minutos, Katie abriu os seus olhos e começou a arfar e a tossir, enquanto seu corpo se levantava automaticamente.
— James, Edson, pai, Claire. — À medida que dizia, seus olhos acompanhavam as pessoas que pronunciava. — O que houve?! — Katie os demonstrou um sorriso atordoado.
Quando se aproximaram, deram um abraço em quarteto, com exceção de James, que voltou a fitar Nathaniel com seus olhos inexpressivos.
— Obrigada. — Assim que sorriu, Katie gesticulou a palavra sem som para Edson.
— Não fui eu. — Quando sussurrou, ele a demonstrou um sorriso gentil e envergonhado.
Assim que Edson percebeu sua expressão confusa, apontou para quem realmente a salvou, James. Seguindo seu dedo, Katie arregalou os olhos. Então, após se levantar, aproximou-se dele.
— Oi. — Sussurrou para James, ao mesmo tempo que seus olhos seguiram os dele. — Sinto muito pelo que aconteceu.
— Não precisa. — Disse de forma distante e pensativa.
— Obrigada por ter me salvado. — Katie sussurrou e deu um sorriso gentil. Silêncio. — Bem, vou indo. Se quiser ficar conosco, no castelo, você será bem-vindo. Pense com carinho. — Assim que Katie deu um beijo em sua bochecha, os olhos de James ficaram arregalados. — Vamos? — Depois de ter se aproximado de Edson, perguntou a ele, enquanto colocava sua mão em um de seus ombros. Quando ele colocou a sua na cintura de Katie, balançou a cabeça em confirmação.
Quando saíram da cabana, eles caminharam até o Palio vermelho estacionado. Enquanto isso, Claire já havia devolvido os objetos, que segurava, para Kaleb. Assim que Edson abriu o porta-malas, o pai de Katie guardou em sua mochila os dois sprays de alho e uma das estacas de madeira, já que a outra estava estacada no coração de Nathaniel.
Quando o compartimento foi fechado, Edson se aproximou da porta do passageiro, enquanto Claire e Kaleb entravam no carro.
— Katie. — Assim que ele abriu a porta, uma voz masculina e melodiosa falou atrás deles.
Então, quando Katie e Edson se viraram, perceberam que James olhava para ela. Após, Katie começou a caminhar em direção a ele, ao mesmo tempo que Edson entrou no carro pela porta do motorista.
— Irei, eu prometo. — Assim que falou, Edson viu o sorriso e o olhar iluminado por parte de Katie pela janela, os quais foram retribuídos pelo James.
— Eu sabia. — Katie disse em um sussurro ao ouvido de James e Edson conseguiu ouvir, apesar de estar dentro do carro. Então, ela deu um abraço em James e ele a retribuiu, enquanto franzia o nariz, o que parecia querer sentir o cheiro que emanava do cabelo de Katie.
Assim que se afastaram, ela começou a caminhar de volta para o carro. Quando se aproximou, virou-se e acenou para James, enquanto um sorriso ainda era estampado em seu rosto. Por fim, entrou no carro e fechou a porta. Ao mesmo tempo que colocava o cinto, Edson pôs a chave na ignição para que pudesse começar a dirigir. Enquanto isso, Katie olhava, pela janela, o local vazio de onde James esteve. Então, ele tirou uma de suas mãos do volante e colocou em cima de seu colo sob a mão dela.
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