epílogo
Um ano depois
- Você tá tremendo de nervoso - Bianca constatou enquanto eu ajeitava a gola da minha camisa na frente do espelho.
- Não tô, não.
- Tá, sim.
Ela afastou minhas mãos com um tapinha.
- Deixa que eu faço isso.
Ela ficou de costas para o espelho do nosso quarto da mansão e de frente para mim. Bia ajeitou minha gola, espanou uma poeira invisível do meu ombro e segurou meus braços.
- Você não tem motivo para ficar nervoso.
Soltei uma risada estrangulada.
- Sério? Porque eu posso citar pelo menos uns cinco. Por exemplo: e se os garçons que eu contratei não forem o suficiente? Mas e se ninguém aparecer? E se as pessoas perceberem que não gostam muita da ideia de um restaurante em um jardim? E se a gente tiver se esquecido de limpar algum canto dessa casa e ninguém mais quiser se hospedar aqui?
- Quatro.
Franzi as sobrancelhas para ela.
- O quê?
- Você citou só quatro coisas ao invés de cinco. - Bia sorriu, linda como nunca. - Viu? Nem sua mente paranoica pode criar tantos cenários pessimistas assim. Cenários que não vão acontecer.
Ela se afastou de mim, a saia do vestido azul marinho rodopiando. Ela tinha um colar de pérolas no pescoço que combinava com a presilha no seu cabelo cor-de-rosa.
Segurei Bia pela cintura e escondi o rosto na curva do pescoço dela.
- Talvez a gente devesse se trancar nesse quarto e só sair amanhã cedo.
Bianca balançou a cabeça.
- Nem pensar! Larga de ser medroso. A noite de inauguração vai ser um sucesso.
- Não tem a ver com a inauguração. Tem a ver com o fato de você estar irresistível nesse vestido.
Ela soltou uma risada que era capaz de me fazer esquecer tudo.
- Você tá ficando muito bom em matéria de elogios, sabia?
- Eu tenho a mulher mais linda do mundo com quem praticar.
Bia riu de novo e se virou para mim. Ela pousou uma mão na minha bochecha e olhou no fundo dos meus olhos.
- Essa noite vai ser perfeita, Samu. A gente não passou um ano reformando essa casa e construindo o restaurante a céu aberto mais lindo do mundo para algo dar errado no último instante. Todo mundo da cidade só fala nisso. Todas as mesas que separamos para reserva prévia foram vendidas e todos os quartos da casa estão ocupados para o fim de semana. O restaurante e a pousada já são um sucesso.
As palavras me atingiram do jeitinho que ela queria. Eu soltei a tensão dos ombros e respirei fundo, segurando as mãos dela com força.
- Eu não teria conseguido fazer nada disso sem você.
- Não teria, mesmo.
Eu sorri e Bianca me deu um tapinha no ombro, se voltando para o espelho para passar uma última camada de batom.
- Mas o dinheiro das joias e a sua herança também ajudaram.
De novo, ela estava certa.
Eu tinha vendido algumas das terras do meu avô e recebia uma boa renda das outras que tinha mantido. Era mais dinheiro do que eu tinha ganhado na vida, por isso passei para o nome do Fernando a parte em que ele morou e trabalhou desde que era criança sem me preocupar se o valor do aluguel me faria falta, porque a verdade é que não faria. O bar continuava lotando todos os dias, o que me ajudou a contratar mais funcionários - o que no início eu fiz meio contrariado, porque não confiava em ninguém ali além de mim - e a também reformar a mansão e construir o restaurante no jardim.
Aquela casa que tinha ficado vazia por tantos anos agora era uma das únicas pousadas da cidade. E, modéstia à parte, a melhor também. Duas pessoas já tinham alugado quartos de solteiro por três meses e Bianca e eu planejávamos fazer uma companha para lotar a mansão no Natal, contratando pessoal extra para fazer jantares e preparar banhos de espuma nas banheiras gigantes dali. Bia tinha criado redes sociais para o bar, o restaurante e a pousada e estava trabalhando em um site para esse último. A ideia era que as reservas dos quartos pudessem ser feitas online e que os interessados em passar um tempo ali pudessem ver fotos e vídeos da casa antes, além de saber curiosidades e a história do lugar.
Gerenciar três negócios era sem dúvida muito mais difícil do que comandar só o meu barzinho de esquina, mas eu não podia dizer que estava infeliz com o desafio. Eu gostava da agitação e de ter gente com quem conversar e agradar através dos meus serviços. Se no fim do dia eu estava moído de cansaço, queria dizer que tinha sido um dia bom. Por mais que recebesse bronca da minha namorada à noite dizendo que eu precisava pegar mais leve.
Eu estava colocando o outro pé do meu sapato social que tinha comprado só para a ocasião quando houve uma série de batidas na porta.
- Já vai! - Bianca disse, colocando um brinco de brilhantes na orelha. Era apenas uma das peças da minha metade das joias que eu tinha me recusado a vender para dar para ela. As batidas continuaram. - Eu disse que já vai, caramba!
Ela abriu a porta e um monte de cabeças conhecidas apareceram amontoadas do lado de fora.
- Os primeiros clientes estão chegando! - Juliana exclamou.
- E o cantor que vocês contrataram já começou - Pedro disse.
- Vocês têm que ver as fotos que eu tirei para as redes sociais do restaurante! Sério, talvez eu devesse largar a faculdade e virar fotógrafa. - Kira quase esfregou a tela do seu Iphone no nariz da Bia.
- A gente já estava descendo - ela disse, colocando o outro brinco e se virando para mim. - Tá pronto?
Me levantei da beirada da cama onde estava sentado.
- Agora não dá mais tempo de fugir, né?
- Não. - Bia foi até mim e eu estendi meu braço para ela. - Vamos mostrar para essa cidade como se faz uma inauguração.
A gente tinha derrubado o muro que ligava os jardins da frente ao quintal dos fundos. Agora, as pessoas podiam acessar o restaurante pelo portão principal da mansão.
As mesas, forradas de branco, ficavam espalhadas pelo quintal que agora tinha se transformado em um jardim de verdade graças ao trabalho árduo de dois jardineiros profissionais. Havia flores por toda parte e as mudas das árvores que tínhamos plantado há dez meses estavam crescendo depressa. Bianca tinha tido a ideia de iluminar o espaço com aqueles varais de lâmpadas delicadas. O abacateiro servia como principal suporte delas, onde também muitas das mesinhas circulares estavam dispostas. O restaurante, uma construção de tijolos e vigas de madeira, ficava perto de um dos muros e estava abastecido com todos os drinks imagináveis e inimagináveis. A cozinha aos fundos também era espaçosa e muito bem equipada.
Pela uma hora e meia que se seguiu, Bianca e eu não tivemos tempo de sentar. A cada segundo mais pessoas chegavam e nós íamos de um lado para o outro para cumprimentar os clientes.
A família da Bia estava toda ali. Sua mãe tinha se recuperado recentemente da cirurgia no joelho e seu tio estava se libertando pouco a pouco do vício da bebida. O dinheiro que eles tinham recebido com a venda das joias parecia ter minado boa parte da preocupação cotidiana de todos eles e os dado estabilidade o suficiente para construir vidas melhores.
Para onde quer que eu olhasse havia rostos conhecidos de pessoas que pareciam estar felizes de verdade por estarem ali: o professor Carlos, as antigas amigas da minha avó, alguns dos clientes mais fiéis do bar, Hélio, Pedro, Juliana, Kira, Fernando... Todos tinham vindo. E eu não me lembrava de ser mais feliz que aquilo.
Em certo momento, alguém me arrastou para o palanque que tínhamos montado para o cantor no centro do jardim. Nem vi quando o microfone foi colocado na minha mão e de repente dezenas de pares de olhos se voltaram para mim.
Engoli em seco e tentei afastar a gola da camisa, sentindo muito calor do nada. Eu não era bom em falar com muita gente de uma vez só. Minhas habilidades de oratória sempre estiveram reduzidas a mesas de bar com no máximo dez lugares.
Depois de alguns segundos de silêncio constrangedor, finalmente comecei:
- Durante todos os meses de idealização, planejamento e construção da pousada e restaurante Stars, eu tive ajuda de muitas pessoas. Dos profissionais incríveis que transformaram uma ideia não só em algo possível, como também tornaram esse sonho ainda melhor na realidade. Mas, principalmente, se não fosse pelos amigos com quem eu divido a vida, nada disso nunca teria acontecido. - Olhei para Pedro e Juliana de mãos dadas sobre uma das mesas mais perto do palco. Engoli a emoção para me impedir de chorar na frente de todo mundo, por mais que Pedro já estivesse molhando a toalha de mesa e Ju estivesse dando tapinhas nas suas costas. - Aos dezoito anos eu abri meu bar. Eu nunca tinha percebido que mexer com o público era algo que eu tinha nascido para fazer até o primeiro bêbado chorar as pitangas para mim em uma terça-feira qualquer enquanto eu o servia batatas-fritas. - Uma onda de risadas percorreu o jardim e eu respirei aliviado, me sentindo mais à vontade. - Naquele dia eu notei o quanto eu gostava de conversar com as pessoas e fazer com que elas se sentissem confortáveis e tranquilas pelo tempo que estivessem no Lambari, deixando todas as preocupações da vida do lado de fora pelo menos por um tempo. Também foi no bar que eu admiti para mim mesmo o quanto me sentia sozinho.
Engoli em seco, olhando brevemente para as estrelas no céu noturno. Eu sempre tinha sido tão fechado... Não deixava ninguém se aproximar demais.
Foi só depois de certa pessoa entrar na minha vida que eu percebi que tudo aquilo era por medo de me apegar e o destino roubar esse alguém de mim.
- Sei que essa solidão começou quando eu perdi meus pais aos seis anos, mas ela foi amenizada pelo amor incondicional da minha avó, Celina, uma senhorinha que muitos de vocês conheceram. Ela era excepcional e fez de mim o homem que eu sou hoje. Quando ela foi embora, o vazio que eu sentia dobrou de tamanho e o trabalho no bar, junto da companhia de alguns amigos fiéis, é que me fez sobreviver dia após dia. De certa forma, desde a morte dela, tudo que eu vinha fazendo era isso: sobreviver. Um mero ato de levantar da cama, comer, ir para o trabalho e tentar não pensar demais em como a vida parecia injusta. Então eu conheci alguém.
Sorri para mim mesmo com os gritos e assobios que percorreram as mesas.
- Ela apareceu do nada como as melhores coisas da vida. Na época, eu tinha um bar, um coração partido e uma casa velha abandonada que pertencia ao meu avô, Jorge Dutra. Mais de um ano se passou e essa mulher que eu conheci na praça matriz se tornou minha companheira de vida e negócios. Essa noite incrível que todos nós estamos desfrutando não seria possível sem ela. Ela é a mulher mais inteligente e mais maravilhosa que eu já conheci. Desde que ela chegou, aquela solidão que eu sentia foi diminuindo até quase desaparecer. Então, eu queria propor um brinde para a minha namorada, Bianca. - Eu pisquei para ela, parada perto do nosso abacateiro, mais radiante que qualquer estrela que ela pudesse mapear no céu noturno. - Obrigado por tudo, querida. Eu amo dividir a jornada da vida com você.
Houve palmas e assobios, gritos animados e suspiros.
Bia se aproximou de mim e quando desci do palco a puxei gentilmente para mais perto.
Ela me beijou e depois sussurrou no meu ouvido, um sorriso travesso nos lábios:
- Você só se esqueceu de mencionar que durante a construção do restaurante e a reforma da casa, a gente quis se matar trezentas e cinquenta e nove vezes.
Eu sabia que aquela era só uma das formas dela de dizer que me amava.
Eu ri e a beijei de novo.
- Fazer o quê se essa é uma das nossas linguagens do amor?
Bianca estava conversando com alguns clientes em uma mesa perto do abacateiro quando cheguei atrás dela. Pousei minha mão na base das suas costas e me inclinei o suficiente para sussurrar no seu ouvido:
- Vou precisar te roubar por uns instantes.
Sorri satisfeito quando vi a pele do seu pescoço arrepiar. Ela continuou olhando para frente e se despediu das pessoas com um sorriso discreto.
- As pessoas vão notar se a gente sumir de repente - ela murmurou.
- Eu não dou a mínima.
A conduzi pela multidão, a observando distribuir acenos e sorrisos para cada ser humano que cruzava o nosso caminho. Ela tinha adquirido uma desenvoltura com o público que eu só tinha ganhado depois de anos trabalhando no bar.
Conduzi Bianca para dentro de casa. Consegui me controlar até chegar no corredor. Depois disso, a fiz atravessar a primeira porta que encontrei aberta, a fechando atrás de mim com um baque.
- Samuel!
Mas eu já a estava beijando no quarto escuro, arrepiado com a sua risada divertida.
- Passei a noite inteira querendo te arrastar para um cômodo vazio - confessei. - Esse vestido é uma tentação.
- Uma tentação cara - ela disse, afastando minhas mãos dos botões que ficavam nas suas costas. - Se você rasgar que nem fez com aquele que eu usei no dia do meu aniversário, te mato.
- Não garanto nada.
Mas ela riu e conseguiu se desvencilhar de mim com facilidade, praticamente escorrendo pelos meus braços.
Ouvi seus passos pelo cômodo e de repente a luz foi acesa.
Bia se recostou contra a porta com um sorriso satisfeito.
- A noite está sendo um sucesso. Como eu disse que seria.
- O que eu disse no palco é verdade, Bia. Nada disso teria sido possível sem você.
- Ah, eu sei disso.
Ri baixinho e a segurei pela cintura quando ela se aproximou e passou os braços pelos meus ombros.
- Mas também não seria tão mágico se não tivesse passado pelas suas mãos. Tudo que você toca se torna especial, Samu. - Ela me beijou de leve. - Eu amo como você parece ver tudo com o coração primeiro, para depois colocar em prática. Essa casa nunca teria ficado tão linda se você não tivesse colocado amor e esperança em cada cômodo. O restaurante não teria dado tão certo se você não estivesse tão empenhado em construir um ambiente em que as pessoas pudessem dividir momentos especiais juntas.
Eu corei.
- Você sabe que eu não sei receber elogios.
- Pois devia se acostumar.
Ela abriu aquele sorriso lindo.
- Sabe, eu amo ser sua parceira no crime e nos negócios. Eu realmente gosto de ver planos no papel e colocá-los em prática. Acho que poderia fazer isso por muito tempo.
- Que bom, porque eu não quero outra sócia além de você.
- Não mesmo - ela riu e me abraçou. - Eu sempre quis fazer faculdade de física ou astronomia e achei que até poderia começar uma um ano atrás, mas fiquei tão envolvida com tudo isso que percebi que talvez observar as estrelas seja tão legal só porque é um hobby e não um trabalho.
Eu brinquei com o cabelo dela e beijei sua testa.
- Você sabe que se quiser parar tudo e estudar, eu te dou total apoio, né? Eu amo trabalhar com você, Bia, mas quero te ver onde você é mais feliz.
- Eu sei. Mas sabe o que é mais legal? - Ela sorriu. - Eu tô aberta às possibilidades, Samu. Não estou com medo. Fiquei bloqueada por tanto tempo depois daquele ano terrível quando meu pai morreu que tinha esquecido a sensação de que eu posso fazer mais do que apenas viver um dia após o outro como um robô. Eu posso viver. Viver de verdade. Consegue entender o que eu tô dizendo?
Fiz que sim com a cabeça, a cada segundo de cada dia mais apaixonado por ela.
- Sim. Consigo.
Ela segurou minha mão.
- E essa mudança também começou com você. Do mesmo jeito que você disse sobre mim naquele palco. - Ela sorriu e traçou o contorno dos meus olhos, nariz e boca com as pontas dos dedos. - Você acendeu minha mente e meu coração. Com você, eu me lembrei da pessoa incansável e afiada que eu costumava ser. Eu saí do torpor. Fiquei acesa.
- Afiada mesmo. Suas respostas espertinhas cortam como faca - brinquei.
- E você ama isso, não ama? - Ela riu. - Fala sério, você é bem mais rápido de raciocínio agora.
- Claro que sou. Caso contrário, de que jeito eu ia sobreviver ao seu lado?
Ela riu e me abraçou forte, o rosto colado no meu peito.
- Bia? - chamei, depois de um momento de silêncio.
- Oi?
- Eu queria te falar uma coisa.
Ela ergueu o rosto no mesmo instante, intrigada.
Tentei enxugar minhas mãos, que já tinham começado a suar, no tecido da minha calça.
- O que foi?
- Eu...
As palavras se perderam.
Eu era mais confiante agora, mas nunca tanto quanto a Bia.
- O que foi? Você já tá me deixando nervosa! - ela exclamou.
- Eu pensei em te chamar para morar comigo - soltei de uma vez.
A tensão visível no corpo dela foi embora. Bia soltou uma risadinha pelo nariz e balançou a cabeça.
- Meu Deus, você me assustou.
- Eu venho pensando nisso há muito tempo - falei. - Quer dizer, você já fica muito lá em casa. Metade do meu guarda-roupa é seu e suas maquiagens ocupam toda a pia do banheiro.
- Caramba, se o espaço te incomoda tanto é só...
- Não! Não é isso. - Eu bati a mão na testa. - Eu não me importo. Eu gosto. Eu quero que a casa seja nossa, entendeu? Quero viver com você do jeito certo. Todos os dias da semana. Eu até pensei em aumentar meu quarto, sabe? Comprar um colchão maior. Você sabe que eu ainda tenho medo de rolar por cima de você durante a noite. E o quarto de hóspedes pode ficar para sua mãe toda vez que ela se sentir sozinha em casa. Eu sei que a gente vai soltar faíscas de vez em quando, mas isso é absolutamente normal. É até bom pra gente se acostumar agora, antes do casamento. Porque eu vou te pedir em casamento eventualmente, você sabe. E você pode decorar do jeito que quiser e...
Bianca me calou colocando um dedo sobre os meus lábios.
- Caramba, você fala mesmo que nem uma gralha quando está nervoso. - Ela sorriu. - Eu aceito.
- Aceita? - minha voz saiu esquisita e ela removeu o dedo.
- Aceito. Você pediu com tanto jeitinho.
Eu ri, incrédulo e feliz.
- Tá bom, então.
- Eu só espero que você não se arrependa depois. Porque eu não vou me mudar de volta. É daqui para o casamento agora, entendeu? - Ela colocou os braços em volta do meu pescoço e ficou na pontinha dos pés. - E saiba que eu vou mesmo te acertar com a toalha se você continuar com o hábito ridículo de jogar ela em cima da nossa cama.
Eu beijei o canto da sua boca.
- E você vai arrumar aquelas maquiagens. Não tem espaço na bancada nem para uma escova de dentes!
- Tá bom, tá bom. A gente vai fazendo nossos ajustes.
A beijei ali, na casa que tinha sido dos meus avós, dos meus pais e minha por um tempo. A casa que não era mais abandonada por causa dela e que podia ser nossa segunda residência a partir de agora.
Com a Bia nos meus braços e todos os meus sonhos tomando forma ao meu redor, eu soube que se desenrolava uma vida linda para nós dali pra frente.
Tão brilhante e preciosa quanto as joias que o meu avô, há tantos anos, tinha dado à avó dela como um gesto de amor.
____________________❤️____________________
Oii, gente!!
Chegou o fim desse livro que eu amei tanto escrever e compartilhar com vocês <3
Amei cada semana publicando e surtando nos comentários com vocês. Amei construir Santa Cruz e levar vocês para cada cantinho dela, além de ter todos vocês comigo em cada interação maluca e apaixonante do Samu e da Bia.
Espero que guardem esse livro no coração. Eu com certeza sempre vou guardar vocês no meu.
Um beijo e até a próxima aventura,
Ceci.
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