𝟬𝟭 : 𝗕𝗔𝗥 𝗙𝗜𝗚𝗧𝗛.
୨୧彡 : Briga de bar , C◆כ › ★
¡! ❞ˏˋ°•*⁀➷+ wanderlust// 01.
ENTRAR NA base da marinha era algo fácil no ponto de vista de Amaya, não precisava de muito esforço para entrar despercebida, tinha toda uma estratégia pronta na sua cabecinha. Seu plano era basicamente roubar um uniforme e entrar sem causar escândalo, pegar o mapa e ir embora para bem longe de East Blue. E ela iria fazer isso, não importava quem estivesse no seu caminho, ninguém iria impedir ela. Estava há um ano procurando por este mapa. Talvez a morena tenha que lutar, mas isso é o de menos, aqueles marinheiros da ralé são tão fracos que a Miyazaki poderia derrubar eles com um peteleco. Ah, como ela odiava a marinha...principalmente aquele Hemelppo filho do Morgan Mão-de-machado, ele sim era uma criatura abominavelmente insuportável. Esse energúmeno invadiu o seu barco uns dias atrás e roubou algo que a pertence. E Amaya odiava que encostassem nos seus pertences, forá algo que sua mãe deixará para ela em seu tempo de vida. Aquilo tinha um valor sentimental imenso para a Miyazaki e antes de buscar seu mapa da Grand Line, iria dar uma passada no quarto do loiro.
Entretanto, não iria agir hoje e sim amanhã. Seu dia forá bem cansativo, teve que andar bastante para achar um restaurante que prestasse. E finalmente havia achado um, era bem famosinho entre os civis daquela ilha.
── Preciso de uma bebida e comida, muita comida. ── Disse, chutando uma pedrinha que estava no caminho. ── Ah, claro, dormir também. Preciso colocar o meu sono em dia.
Ela realmente não sabia quando foi a última vez que dormiu uma noite inteira sem sonhos. Evitava o máximo nos últimos dias. Porém, ela conseguiu arrumar um jeito de dormir sem nenhum sonho a importunando no meio da noite e particularmente, ela estava ansiosa para isso. Uma das coisas que mais amava era dormir, mas como havia dito, faz um tempinho que não dormia direito e isso estava a incomodando.
Ao entrar no restaurante, pôde reparar alguns olhares sobre si. Já era de se esperar de uma ilha pequena, um bando de curiosos. Amaya simplesmente ignorou e caminhou até o balcão, sentando-se ali. A morena passou seus olhos pelo local calmamente, havia alguns marinheiros ali, assim como habitantes da ilha e turistas. Respirando fundo, Amaya esperou alguém vir atendê-la. Enquanto pensava no seu plano de roubo, - que em parte, não era um roubo, roubo - aliás, a espada que estava com o filho do capitão Morgan era sua e só iria pegar de volta, mas no caso do mapa...bem, aquilo sim era um roubo. Mas era tudo por um bem maior.
Amaya desviou seus olhos para a porta que tinha sido aberta e de lá entrou um homem de cabelos verdes e três espadas na cintura. A garota tinha uma leve impressão de que já havia visto ele em algum lugar. Devia ser só coincidência, mesmo. Ele arrastava um saco beje pelo restaurante, era fácil perceber que havia um corpo ali dentro, ou pelo menos metade dele. Dava para ver os cabelos vermelhos do indivíduo que morreu.
── Uma garrafa para mim e para o meu amigo. ── Ele apontou para o saco que ele tinha acabado de jogar em cima de um banquinho. ── Ele teve um dia difícil.
"Que amizade diferenciada.." Pensou Amaya, um pensamento completamente irônico. Quis rir, mas se segurou, provavelmente iria parecer uma louca rindo sozinha.
Ignorando a presença do rapaz de cabelos verdes, Amaya voltou sua atenção para a comida na sua frente. Enquanto observava o homem, a moça do balcão já havia trazido seu prato. Ah, ela estava faminta. Comer era algo divino, ela amava comer.
── O que vai querer de bebida? ── Perguntou a garçonete, fazendo a garota sorrir gentilmente para ela.
── Whisky. ── Não era nenhuma cachaceira, longe disso. Mas precisava de um desses depois de longos dias de viagem.
── Já volto! ── Ela piscou, indo buscar a bebida da morena.
Ao seu lado, duas cadeiras depois da sua, Amaya sentiu o homem de cabelos verdes a encarando. Ela ergueu uma sobrancelha para ele, o mesmo não desviou o olhar.
── Perdeu alguma coisa aqui? ── Perguntou ela descaradamente, sem expressões no rosto, olhando-o séria.
Ele não respondeu, apenas voltou a beber a sua bebiba, ignorando completamente a morena. Amaya fez uma careta, desviando o olhar para o outro lado do homem. Havia uma garotinha ali, olhando com admiração para ele.
"Ele era quem mesmo? Alguma "princesa"? Pensou, revirando os olhos.
Ele pareceu perceber também a garota ali e virou-se para ela que abriu um sorriso. Na sua mão tinha um prato com algum tipo de doce.
── O que é isso? ── Perguntou ele.
── Oniguiri. É para você! ── Sorriu timidamente. A mulher do balcão a chamou, fazendo-a dar um passo para trás, só que com esse movimento ela esbarrou em alguém. Amaya reconheceria aqueles cabelos loiros e sebosos há quilômetros de distância.
── Sua garota estupida, sua animal! ── Esbravejou com a sua voz irritante, assustando a garotinha. Ele amassou os doces que caíram no chão com seus sapatos. A Miyazaki observava tudo enquanto levava o garfo com comida na sua boca. ── Olha por onde anda, tá cega?
── Filha, pede desculpa pro cliente.
"Ele quem deveria pedir desculpas, olha como ele está falando com uma criança!" Aquele pensamento indignado rondou a cabeça de Amaya.
── Desculpa, eu...eu sinto muito. ── Falou baixinho, desviando seu olhar para o chão.
── "Eu...eu sinto muito..." ── A imitou com zombaria, fazendo Amaya revirar seus olhos de maneira tão forte que imaginou ter visto o seu cérebro dentro da sua própria cabeça. ── Eu não vou ser tão legal na próxima.
── 'Cê derrubou minha comida. ── O de verde disse com a voz rouca e se abaixou pegando um dos bolinhos do chão e comendo. A morena ficou um pouco surpresa, mas um sorriso escondido brotou nos seus lábios inconscientemente. Óbvio que era nojento, mas ele estava defendendo a menininha. ── Bom, delicioso.
A menina sorriu para ele, o de cabelos verdes colocou o prato em cima do balcão e olhou sério para o loiro esnobe.
── Agora, você come um. ── Mandou apontando para o prato e Imediatamente o loiro começou a rir de maneira escadalosa, enquanto Amaya se levantava, e aproximava-se da garota.
── Você está bem? ── A garota assentiu. Amaya pôs uma mão no ombro dela e sorriu gentil, ela pediu para que a menina ficasse atrás de si.
── Você por acaso sabe quem eu sou?
── Um marinheiro imbecil com um cabelo ridículo. ── Respondeu o de verde, depois de o olhar de cima a baixo. Amaya pôs a mão na frente da boca para abafar uma risada.
O loiro retirou sua espada apontando para o homem de cabelos verdes ao seu lado. A garotinha deu um pulo assustada e Amaya a puxou para ficar mais atrás de si.
── Fique aqui, entendeu? ── Sussurrou para ela, que assentiu. Hemelppo não era alguém para se preocupar, era só um muleque metido que não sabia empunhar nem uma espada direito.
── Eu não faria isso. ── Avisou o de verdes.
Há esse ponto o restaurante inteiro parou para observar a possível briga e Amaya não estava ali para isso. Seu plano era comer e cair fora para descansar no seu barco.
── Ah, vamos lá seu durão. Três espadas? ── Debochou o loiro, rindo. A Miyazaki percebeu só agora quem ele era, Roronoa Zoro, o caçador de recompensas. Ela tinha certeza, já que pelos rumores que ouviu ele usava três espadas em combate. ── Eu só preciso de uma.
Bem, vocês podem imaginar o que aconteceu nos minutos seguintes. Helmeppo ergueu a espada preparado para atacar, o outro não precisou retirar a espada da bainha. Com apenas um golpe ele desarmou Hemelppo, acertando em cheio seu rosto feio com a bainha da espada. Rapidamente os outros Marinheiros vieram em direção ao homem de cabelo verde e com um rápido movimento eles já estavam no chão. Quando o último veio em sua direção, ele jogou o banquinho nele e segurou na bainha de sua camiseta o jogando contra o balcão, acertando em cheio a sua cara na madeira bem ao lado de Amaya, obviamente ela não reagiu, apenas continuou dando pequenas garfadas na sua comida e bebericando sua bebida, observando tudo de canto de olho. Igual ela, ele tomou um gole da bebida e assim quando outro Marinheiro foi em sua direção, ele jogou o copo com força contra seu corpo, o Marinheiro caindo no chão.
Suspirando ao terminar de comer sua comida e um corpo quase bater contra ela, Amaya se virou totalmente para a observar a briga melhor, dando um gole do seu whisky.
Helmeppo se levantou com a espada em mãos, tentando outra vez atacar e novamente sendo um ataque falho. Roronoa apenas desviou do golpe e a espada de Helmeppo se prendeu na madeira do balcão, ao lado da menina que Amaya estava protegendo, a morena puxou a garota com rapidez para o outro lado antes de ser atingida.
A Miyazaki não pôde deixar de olhar para ele com deboche depois de dar seu último gole na bebida.
── Está precisando de ajuda, docinho? ── ironizou, apontando para a espada.
── Cala a boca, sua puta. ── Amaya pôs a mão sobre o coração, fingindo estar ofendida. Ela riu de forma irônica enquanto via que o loiro tentava retirar sua espada dali, falhando novamente.
O outro continuou lutando, desarmando todos ao seu redor com agilidade. E assim que Helmeppo conseguiu tirar a espada do balcão, novamente ele voltou a atacar o outro e como nas duas outras tentativas, ele foi derrotado com rapidez. E assim que ele foi jogado na direção de Miyazaki, desviou rapidamente puxando a garota junto consigo.
Hoje, Amaya estava se sentindo boazinha e iria fazer caridade e dar uma ajudinha na briga. A morena se virou para a garota ao seu lado e sorriu levemente.
── Vá para trás do balcão e não saia de lá, ok? ── Pediu fazendo um carinho nos cabelos da menina, essa que assentiu rapidamente. ── Muito bem.
── Obrigada, moça. ── Disse a garotinha abrindo um sorriso brilhante para Amaya antes de sair correndo para trás do balcão. A morena se pegou sorrindo minimamente. Balançou a cabeça e focou na luta que estava tendo na sua frente.
── Opa! ── Um dos marinheiros tentou atacá-la, mas a jovem desviou rapidamente com facilidade. ── Não sabe como tratar uma dama, cadê a educação, querido? ── Abaixou-se chutando suas pernas e derrubando-o no chão, puxando sua espada para si. Logo vieram mais para cima dela, Amaya com sua agilidade que adquiriu por anos de treino, rodopiou e com um movimento, ela cortou os três homens na sua frente, derrubando todos no chao.
Amaya viu outro marinheiro correndo para cima dela e o acertou com um chute. Ela esquivou-se dos golpes dos outros marinheiros, desviando-se das tentativas de pegá-la. Com um movimento, ela chutou um dos marinheiros que estava prestes a atacar o rapaz verdinho pelas costas, enviando-o ao chão. Roronoa a olhou de maneira neutra e acenou levemente em agradecimento.
── Não tem de quê. ── Outro tentou atacar ela por trás, mas Roronoa virou-se com a espada na mão e bateu com a ponta que não era afiada na sua cabeça, fazendo ele cambalear para trás. ── Obrigada.
── Não tem de quê. ── Imitando a frase anterior da garota, os dois ficaram de costas um para o outro. ── Cada um fica com um lado.
Amaya assentiu e se abaixou quando Hemelppo tentou a atacar, levantou-se novamente e socou o rosto dele, tirando sangue dos seus lábios. Mais alguns homens a cercaram, ela deu um pulo chutando os rostos deles, jogando-os por cima das mesas e cadeiras. Outros vieram tentando atacá-la. Ela pegou uma cadeira jogou em cima deles.
── Que droga, vocês não acabam nunca não? ── Bufou, socando o rosto de um que tentou a derrubar com a espada. ── Pra proteger uma garotinha vocês não servem, né panacas?!
Rodeou eles, socando e chutando todos numa flexibilidade surpreendente, fazendo um garoto em uma das mesas dar um grito animado. Os marinheiros já estavam todos no chão, fazendo ela e o rapaz de cabelos verdes finalizarem a luta.
── Mandaram bem. ── Elogiou um garoto de chapéu de palha que recebeu um sorriso de Amaya quando ela passou por ele para ir na direção de Zoro que acabará de encurralar Hemelppo no balcão.
── Sua ridícula! ── Ela deu de ombros com os insultos, não se importando enquanto Zoro o sacudia assustando ele e fazendo-o voltar sua atenção para o de verdes. ── Não me mate, por favor, o meu pápi pode te dar qualquer coisa que você quiser.
Ela precisava saber aonde estava a sua Katana, e ele teria que devolver. Amaya se virou para o de verdes.
── Com licença. ── Chamou sua atenção, ganhando um olhar indagador dele. ── Poderia me emprestar sua espada?
── Que? ── Ele franziu o cenho confuso, mas não teve tempo de raciocinar quando Amaya puxou sua espada da cintura e o empurrou de lado.
── Sem ofensas brócolis, mas meu assunto é com esse daqui. ── Disse, apontando a Katana branca para Hemelppo. ── Eu quero saber onde você escondeu a minha espada. ── Declarou em um tom baixo e com os olhos ameaçadores em cima dele, passou a ponta da Katana perto da garganta do loiro que estremeceu ao sentir o contato frio da lâmina. Seus olhos estavam arregalados e ele estava tremendo dos pés á cabeça.
── Eu não sei de nada! ── A voz dele falhou e Amaya forçou a Katana na sua garganta, fazendo um filete de sangue escorrer e o loiro tremer mais ainda e poderia jurar que os olhos dele quase saltaram pra fora da órbita.
── No porto, tem um barco vermelho pequeno. Só tem ele lá nessa cor e dois dias atrás você entrou nele e roubou a minha Katana. ── O loiro seboso fez uma careta confusa. ── Eu sei que foi você, não faz essa cara de imbecil.
Com a outra mão livre, ela socou o estômago dele arrancando um gemido de dor do mesmo.
── Sim, eu sei. Tá bom! É uma com o cabo preto e desenhos roxos na lâmina, não é?! ── Amaya deu uma risadinha sarcástica ao notar o desespero evidente na voz dele. ── Está no meu quarto lá na base.
── Esplêndido. ── Sorriu dando duas batidinhas no rosto dele, fazendo-o se assustar. ── Viu como não foi difícil? Amanhã eu vou buscar a minha espada. Se você fizer algo com ela ou se fez, eu mato você. Entendeu?
Ele assentiu freneticamente sob o olhar mortal da morena. Ela se afastou dele alguns centímetros, sorrindo de forma inocente.
Assim que Roronoa a viu afrouxar o aperto da Katana, a puxou e tirou sua espada das mãos dela.
── Maluca. ── Resmungou enquanto se virava e saia do estabelecimento com o loiro ao seu lado.
Ela deu os ombros. Os lábios de Amaya se curvaram em um dos seus famosos sorrisos ladinos. Ela iria pegar de volta a sua espada e de quebra ainda levaria o mapa que tanto procurava.
Já estava escuro, as ruas estavam um pouco desertas e Amaya caminhava calmamente para o seu humilde barco que ela havia roubado de algum otário no caminho para East Blue. O barco não era pequeno e nem grande, tinha duas cabines com banheiro e quarto, e uma mini cozinha. Obviamente, Amaya não usava, ela não sabia fritar nem um ovo. O ruim era que ele estava em um estado deplorável e provavelmente afundaria na próxima viagem. O que significa que a morena teria que praticar outro roubo.
Na sua cama, ao lado da cabeceira tinha uma cartela minúscula com alguns comprimidos de coloração branca. Suspirando, pegou a cartela e retirou um, jogando na boca e bebendo um pouco de água para ajudar descer. Ela esperava que aquilo ajudasse-a dormir. Na verdade, ela torcia para isso.
Se deitou na cama, pondo sua cabeça apoiada nos braços como um travesseiro. Sua visão era direcionada para a pequena janela no teto do barco, que dava a vista das poucas estrelas que haviam no céu. Aos poucos, sentiu suas pálpebras pesando e finalmente se deixou levar pelo cansaço e o efeito do remédio.
Realmente, ela não teve sonhos. Algo que a fez acordar mais animada do que nos últimos dias.
No dia seguinte, Amaya andava pelas ruas da ilha observando de longe as lojas que tinham em uma feira ali. Estava quase se afastando para seguir seu rumo até o seu destino, mas rapidamente parou quando sentiu um cheiro familiar.
Chocolate. Ela era obcecada, seu estoque já havia acabado e ela precisava reabastecer. Sem pensar muito, deu meia volta.
── Com licença, quanto custa? ── A morena perguntou, apontando para algumas barras e caixas. A senhora a olhou com seus olhos puxados e pequenos, analisando a garota dos pés a cabeça.
── Cinco mil berries.
Amaya arregalou os olhos.
── CINCO MIL? VOCÊ TÁ DOIDA? ── Berrou esbugalhando os seus olhos incrédula enquanto via a senhora assentir calmamente. ── Isso é roubo, você sabia?
── Minha jovem, você vai comprar ou não? Tem uma fila de gente atrás de você. ── A velha apontou para a direção e a Miyazaki choramingou, olhando para trás e vendo uma fila de pessoas impaciente.
Enquanto caminhava, Amaya abriu a embalagem e deu uma mordida pequena na barra de chocolate. Já estava longe da feira e viera o caminho inteiro resmungando vários xingamentos sobre a velha.
── Aquela velhinha ladrona... caloteira. ── Resmungou, enquanto ainda mastigava. ── Pelo menos valeu a pena.
Sem muita demora, a Miyazaki já havia chegado na
base da marinha. Havia um guarda no grande portão, provavelmente iria fazer a troca de turno. Amaya viu a sua chance ali e quando o homem passou perto dela, puxou ele para um beco próximo. Sem muita enrolação, ela apagou ele, retirando seu uniforme e vestindo-o. Jogou os cabelos negros pra trás e andou formalmente para dentro do portão. Um marinheiro de altura média e pele morena acenou para ela em forma de comprimento, ela deu um sorrisinho acenando de volta.
Já estava dentro da base. Primeira parte do plano concluída com sucesso.
Tinha que ter muito cuidado para não a reconhecerem, já que por uns acontecimentos do ano passado ela tinha ganhado um cartaz de procurado com a sua face estampada. Subiu algumas escadas á procura do quarto de Hemelppo, falhando miseravelmente. Quando andou mais um pouco, ela achou uma escada e desceu para ver o que tinha, passou direto por uma área que a chamou atenção, fazendo assim ela voltar para trás.
Ela deu uma espiada. Era uma área enorme com o chão coberto de areia, paredes grossas que pareciam ser impossíveis de quebrar. Provavelmente ali era o pátio.
Porém, uma coisa que chamou mais a sua atenção, era o que estava bem no centro do pátio. Era uma cruz de madeira que nela, tinha um homem amarrado pela cintura e os braços, deixando suas pernas soltas e esticadas.
Ela reconhecia aqueles cabelos verdes horrosos. Se aproximou com passos leves e as mãos nas costas. Quando já estava na sua frente, ela pode ver que a camiseta dele estava meio aberta na região do peito e o homem estava de cabeça baixa pingando suor, por conta do sol estar batendo bem em cima dele. E pela sua visão, ele parecia estar dormindo, ou não.
Amaya abaixou-se no chão olhando para o seu rosto pingando suor.
── Vai ficar me olhando, aí? ── Perguntou arrogantemente, ainda de olhos fechados. Portanto, Amaya não se assustou ou se surpreendeu, já havia notado que ele estava acordado.
── Sim. ── Respondeu simples. ── Me diz, por que 'cê tá aí?
── E por que eu deveria dar satisfação para uma marinheira? ── Retrucou rudemente, ainda com sua cabeça baixa, porém com os olhos levemente abertos.
── Não sou da marinha, roubei esse uniforme de um otário por aí para roubar uma coisa que me interessa aqui dentro. ── Disse simples, não se importava em dizer que era isso o que veio fazer. Roubar. Aliás, se ele ousasse contar para algum marinheiro, ela já estaria bem longe de East Blue. ── A gente lutou junto no bar outro dia, lembra verdinho?
── Eu não tô nem aí. Vaza daqui. ── Praticamente rosnou para ela, a mesma soltou uma risada baixinha.
── Não tô afim. ── Deu de ombros. ── Tá interessante ver a sua cara de idiota daqui de cima.
── Aproveita enquanto ainda dá pra vê-la, porque quando eu sair daqui em seis dias, você nunca ao menos verá minha cara outra vez. ── Sua voz saia rouca, claramente por falta de água.
── Brócolis, eles não te contaram ainda? Eles não vão te soltar. ── Falou como se fosse óbvio e imediatamente ele levantou o olhar na direção dela. Algo mais além de seriedade neles. ── Nunca confie na marinha, todos sabem disso. O Morgan vai matar você assim que se passar esses seis dias, você vai ser mutilado. E o esquisito do filho dele vai ficar com as suas espadas, como fez com as minhas, como o maldito ladrãozinho que ele é. ── Revirou os olhos ao lembrar que aquele loiro nojento tinha posto suas mãos sujas na sua espada e vai saber o que mais ele deve ter feito com ela.
── Está errada. ── Amaya arqueou suas sobrancelhas, sorrindo minimamente. Ela sabia que não estava, afinal ela sempre estava certa sobre as coisas no fim. ── Fizemos um acordo. Eu fico nesse pátio por sete dias e ele me entrega a minha recompensa.
── Aham. ── Murmurou, nenhum pouco interessada, enquanto retirava seu garrafa d'água de dentro da sua bolsa, a qual ela carregava de lado sempre. ── O fato engraçado é que você realmente acreditou na palavra de um marinheiro. Logo o famoso Roronoa Zoro, o demônio caçador de piratas. ── Soltou uma risada abrindo a garrafa. ── Agora está preso aí, como um espantalho para espantar as aves.
Uma coisa que ela aprendeu com o tempo foi não confiar na marinha, eles eram traiçoeiros e não havia um marinheiro honesto.
── Não te interessa. ── Tentou puxar as cordas e ir pra cima dela para assusta-la. Mas ela apenas riu.
── Calma aí, cabeça de grama. Não vim aqui atazanar sua pobre vida. Afinal eu estou apenas dizendo as verdades que estão bem explícitas. ── Amaya levou sua garrafa aos lábios. Ela percebeu o olhar do de verdes sobre ela e sorriu maliciosa. ── Você deve estar com sede, né?
Ele não respondeu, apenas continuou a olhando seriamente. Como se pudesse a intimidar com aquilo.
── Estou me sentindo caridosa ultimamente. Toma aqui. ── Estendeu a garrafa para ele. ── Ah, foi mal, você não consegue beber né?
Riu novamente.
── Vou deixar aqui no cantinho, quando finalmente for liberto, aí 'cê bebe. ── Deu ênfase e piscou para ele, esse que rosnou com raiva.
── Não quero a sua ajuda. Por que você não guarda essa sua caridade para alguém que realmente necessita?
── Você me parece bem necessitado. Já se olhou? ── Um sorriso divertido brincou nos seus lábios.
Amaya iria fazer outro comentário para o provocar, mas sua atenção foi para o seu relógio. Era melhor não ficar perdendo mais tempo aqui com ele.
── Bebe logo isso. ── Ela segurou o rosto dele com sua mão e pós a garrafa nos seus lábios derramando a água dentro da sua boca, forçando ele a beber. Ele resmungou palavrões para ela depois de beber a água, mas a mesma não ligou.
── Você 'tá maluca!?
── Deixei o resto da água aí, se conseguir se soltar é só beber. Até nunca mais! ── Acenou debochadamente e saiu andando para dentro da base. Ignorando os insultos que ele gritava para ela.
Do outro lado da base, Amaya saiu de um corredor que estava escondida e olhou para os lados, verificando se tinha algum marinheiro.
Quando percebeu que não havia ninguém, voltou a andar calmamente pelo corredor.
── Tudo conforme eu planejava. ── Cantarolou enquanto andava com as mãos atrás das costas.
No caminho, acabou apelando para perguntar á um marinheiro onde ficava o quarto de Hemelppo, já que ela não sabia. Ele instruiu ela perfeitamente onde seria o quarto do loiro seboso. Chegou a perguntar o porquê ela queria saber, Amaya deu uma desculpa esfarrapada dizendo que o próprio Morgan pediu para chama-lo e ele caiu feito patinho.
Não demorou muito para achar o quarto dele. Sem mais nem menos, ela entrou. Não havia ninguém.- o que a desapontou um pouco - Fuçou todos os lugares, jogou todas as coisas dele no chão. Abaixou-se no piso e olhou de baixo da cama, observando algo cintilando. Esticando um pouco seu braço, ela puxou o objeto, revelando sua espada de bainha lilás, puxou a katana revelando a cor dos pequenos desenhos roxos da lâmina. Um sorriso largo brotou nos seus lábios.
Orgulhosa por ter conseguido sua preciosa espada de volta, ela se levantou num pulo. Antes de se virar para sair, sua atenção foi desviada para uma mesinha que tinha ao lado da cama. Era uma pequena caixa com detalhes de bronze em volta.
Curiosa, Amaya abriu-a lentamente, revelando duas adagas gêmeas com lâminas forjadas de uma liga de bronze e uma borda de aço de força superior. Os punhos com acessórios em aço bronzeado, assim como os detalhes da caixa. Sorrindo, segurou as duas adagas nas mãos e as escondeu nas suas botas de cano alto com o pensamento "Agora é meu."
── Aquele loiro bem que podia estar aqui, eu adoraria bater um papinho com ele sobre não roubar as coisas de alguém. ── Murmurou, abrindo a porta e saindo do cômodo. ── Pelo menos recuperei minha espada e de brinde ainda ganhei duas adagas lindíssimas.
Caminhando para sala do capitão Morgan com a sua Katana nas costas, ela avistou uma guarda de cabelo laranja, pensou em já ter visto ela em algum lugar. Mas ignorou, passando reto.
Ao chegar na sala, viu que estava trancada. Retirou um alfinete de dentro da sua bolsa e colocou-o na fechadura, fazendo alguns movimentos. Foi algo rápido, já que ela era acostumada em abrir fechaduras. Ela verificou se estava mesmo vazio e quando confirmou entrou, saltitando e sorrindo, ela se aproximou da mesa.
── Agora, se eu fosse um homem com a mão de machado e um cérebro de formiga, onde eu esconderia um cofre? ── Perguntou para si mesma, olhando em volta. Encostou em um dos machados que estavam pendurados na parede, dando um pulinho quando a mesa se mecheu, revelando o cofre. ── Foi fácil demais.
Como ela não sabia a senha, suspirou abaixando-se no chão. Colocou sua orelha ali para poder escutar e tentar abri-lo. Demorou uns seis minutos para finalmente ela escutar o som sinalizando que estava aberto.
── 'Tô começando a achar que as coisas estão indo bem até demais. ── Riu com si mesma, pegando o mapa e comemorando.
── Ei! ── Ela levantou as mãos para cima com o papel enrolado e virou-se para a porta. ── Eu tô levando você sob custódia por invadir a sala do capitão e trair a marinha ao tentar roubar o cofre.
Ela franziu o cenho, vendo a mesma garota de cabelos laranjas de antes e um garoto atrás. Como um flash, Amaya lembrou de ter visto a alaranjada lutando no bar do outro dia.
── Você não é marinheira, querida. ── Afirmou, abaixando suas mãos.
── Sou sim. ── Retrucou, fazendo a Miyazaki revirar os olhos.
── Ei, você é a garota do bar, não é? ── O garoto ao lado da ruiva perguntou.
── Ah sim, o do chapéu de palha. ── Lembrou, acenando com a outra mão livre.
── É, isso ai. ── Sorriu abertamente. ── Você é boa de briga.
── Hã... obrigada? E quem é você?
── Eu sou Monkey D.Luffy e eu vou ser o rei dos piratas. ── Amaya soltou uma risada fraca pelo sonho do garoto. Era literalmente o que todo pirata almejava, encontrar o One Piece e ser o rei dos piratas. Ela nem desconfiava que aquele garoto magrelo era um pirata, ele nem de longe parecia um.
── 'Tá rindo do que? ── Perguntou novamente ele com um sorriso no rosto.
── Você é engraçado, só isso. ── A morena desviou seus olhos novamente e olhou para a outra garota.
── Nami. ── A outra bufou sem saber o que fazer com idiotice do garoto.
── Maneiro, Nami, Monkey D.Luffy. Quem sabe um dia desses a gente não se tromba e para 'pra tomar um cházinho? ── Disse, sorrindo inocentemente. Ela agiu rápido jogando a poltrona que estava ao seu lado em cima dos outros dois, os derrubando. Ela ouviu os grunhidos de dor quando passou por eles, alegremente.
── Isso não foi legal, ô garota! ── Escutou Luffy dizer, mas saiu da sala sem dizer nada. Porém, assim que pôs os pés para fora da sala sentiu um soco ser atingido no seu estômago e ela voar para dentro da sala novamente caindo em cima da mesa, quebrando-a no processo.
── O que...? ── Ela arfou, se apoiando nos cotovelos, ainda caída no chão. Era o capitão Morgan. Os três ficaram com os olhos arregalados ao ver o capitão Morgan pronto para usar seu machado enorme neles. ── Que merda. ── Murmurou com raiva.
(🏴☠️) Olá, mugiwaras!! O que acharam do capítulo?(não sabem quantas vezes eu reescrevi ele 💀) Agora, se tiver algum erro, irei corrigí-lo quando puder, me ajuda muito se vocês me falarem nos comentários.
(🏴☠️) Atualização toda sexta-feira.
(🏴☠️) Vote e comente, isso me incentiva muito a continuar escrever. ❤️
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