୨୧彡 : O começo de uma amizade , C◆כ › ★

¡! ❞ˏˋ°•*⁀➷+ wanderlust// 08.

BATIDAS FORAM ouvidas na porta, despertando Amaya dos seus pensamentos. Ela suspirou, levantando-se da grande cama confortável com certa preguiça e caminhando até a porta.

Ao abri-la, Amaya se deparou com um certo espadachim de cabelos verdes que carregava três espadas na cintura e tinha uma carranca feia no rosto. Ele pareceu surpreso ao vê-la e ela não estava diferente.

── O que 'cê tá fazendo aqui? ── Os dois perguntaram juntos.

── Eu quem te pergunto. ── Novamente, disseram em uníssono. ── Dá pra parar?

Amaya revirou seus olhos. Percebeu o olhar que o espadachim lançou no seu corpo, fazendo-a também olhar para o próprio corpo. Tinha algo ali por acaso?

── Eu pensei que aqui era onde ficava as bebidas. ── Comentou despreocupado, desviando os olhos. ── Os corredores são todos iguais, eu me confundi.

A morena ergueu suas sobrancelhas com um sorriso debochado nos lábios. Zoro notou aquilo e revirou os próprios olhos.

── Você se perdeu. ── Não era uma pergunta, era uma afirmação composta por uma voz risonha. ── Saiu abrindo todas as portas que viu, não foi?

── Eu nunca me perco. ── Falou firmemente, cruzando os braços e lhe lançando outro daqueles olhares desdenhosos dele na direção de Amaya. A morena soltou uma risadinha, achando graça naquilo. ── Tá rindo do quê?

── Nada. ── Fez um gesto displicente com a mão, tentando segurar o riso. ── Só alguém muito burro pra se perder em um corredor desses, fala sério.

Roronoa contorceu o rosto em uma careta furiosa e apontou o dedo no rosto dela.

── Quem você tá chamando de burro? ── Gritou com o rosto vermelho, talvez de constrangimento ou raiva. As vezes Amaya tinha essa reação nas pessoas.

── Por acaso tem mais alguém aqui? ── Perguntou baixo, agora tinha o rosto do rapaz perto do seu por alguns centímetros. ── Verdinho.

Por um curto segundo Amaya jurou que tinha visto Zoro corar e engolir em seco, mas ao piscar seus olhos ele já estava normal, com seu rosto inexpressivo. Ele se afastou tão rápido quanto o vento.

Ela deu um sorriso convencido para ele ao se afastar e se encostar no batente da porta.

── Do que você me chamou?

A morena pôs um dedo indicador e o dedão no queixo fingindo uma expressão pensativa, como se estivesse tentando se lembrar de algo. De repente, um sorriso brincalhão cresceu nos seus lábios rosados.

── Eu te chamei de verdinho. ── Ela conseguiu notar o momento exato em que o olho esquerdo dele deu um tique nervoso e o rosto dele já estava com aquela expressão irritadiça que Amaya percebeu já ser cotidiana. Mas antes dele surtar novamente, Amy o interrompeu.

── Sua...—

── Rala daqui ── A Miyazaki apoiou suas duas mãos em cada lado dos ombros do rapaz e o virou para a porta, empurrando ele para o lado de fora. ── Boa sorte na busca pela sua bebida, cuidado pra não se perder, hein!

Provocou mais um pouquinho e antes de fechar a porta na cara dele, ela escutou vários xingamentos que arrancaram risadas dela.

── Que idiota. ── Resmungou enquanto deitava-se novamente na sua cama temporária.

Zoro era alguém complicado e facilmente se irritava, não era novidade que isso deixava Amaya animada. Ela achava super engraçado irritar as pessoas, principalmente aquele espadachim de cabelos verdes sem senso de direção. Só que antes, ela realmente não gostava dele e não suportava a presença do mesmo. Porém agora era diferente, talvez estivesse simpatizando com ele como estava acontecendo com os outros dois.

E por incrível que pareça, mesmo entre as diversas implicâncias e alfinetadas, ela confiava nele igual confiava em Luffy e Nami. Zoro era insuportável, mas as vezes ele era um carinha legal.

Amaya tinha cochilado na cama e agora que acordou dele, fazia meia hora que estava acordada, balançando seus pés pra lá e pra cá entendiada. Zoro não apareceu para atazanar sua vida novamente, Luffy ou estava dormindo em algum canto da casa ou estava esvaziando a despensa da mansão. Rindo com aquele pensamento, Amaya se levantou do colchão fofinho em um pulo, vestiu um moletom de zíper e saiu do quarto.

Precisava se distrair, se não os seus pensamentos iriam a deixar louca, foi um milagre ter cochilado um pouco e não ter sonhado com nada.

Miyazaki tem uma memória péssima, mas podia se lembrar que nesses corredores perto do seu quarto havia estátuas de prata minúsculas em cima dos armários e alguns candelários dourados. Ela se lembrava bem daquilo, pois ela cogitou roubar mais tarde. Era algo feio de se fazer? Lógico que era, Kaya era um amor, mas ela não iria dar falta daquelas coisas. Porém, pelo visto havia chegado alguém primeiro e passado a mão em tudo. Concerteza foi a Nami, Ela pensou.

Amaya decidiu parar de ficar perambulando sem rumo nesses corredores e, parou sentando-se no chão de frente para um enorme espelho na parede que a dava visibilidade da sua imagem na pouca luz daqueles corredores. A morena ficou ali por um tempinho, abraçada com suas pernas, enquanto observava o seu reflexo.

Seus cabelos negros caiam por seus ombros, sua franja cobria um pouco seus olhos — o que significava que teria que aparar-lá mais tarde — e sua pele estava um pouco pálida por não pegar muito sol. Seus olhos brilhavam um pouco pela pouca luz que saia de uma das janelas e batia contra seu rosto.

Acabou ficando distraída enquanto admirava o seu próprio reflexo, mas voltou para a realidade quando uma figura feminina de cabelos laranjas passou na sua frente com uma grande sacola branca nas mãos. Ela não parecia ter notado Amaya alí.

── Sabia que era você. ── A voz da morena pareceu assustar a alaranjada que sobressaltou no lugar, esbarrando em uma mesa com jarros de vidro. Ela passou os olhos pelo local e parou na morena sentada no chão com um sorriso pequeno.

── Amy. ── Suspirou aliviada com uma mão no peito se aproximando da Miyazaki. ── Pensei que fosse aqueles empregados esquisitos.

── Roubando quem te deu comida, Nami? ── Perguntou em tom de brincadeira. ── Que feio!

A alaranja riu, fazendo a outra também rir.

── Ela não vai nem dar falta.

── Você fez exatamente o que eu ia fazer mais tarde, mas você chegou antes e já passou a mão em tudo. ── Comentou inclinando levemente a cabeça para o lado enquanto observava Nami se aproximar mais e sentar ao lado da morena no chão.

── Só cheguei primeiro. ── Se defendeu erguendo as mãos em sinal de rendição depois de deixar o saco do seu lado. ── E você tá fazendo o que aqui?

── Estava entendiada e meus pensamentos estavam quase me sufocando. ── Murmurou desviando os olhos para o seu reflexo no espelho, sendo acompanhada por Nami que fez o mesmo. ── Você viu os garotos? Eles estão quietos demais.

Nami sorriu.

── Não, mas espero que não tenham destruído alguma parte da casa. ── As duas riram sabendo que era bem provável disso acontecer. ── Você não é do East Blue, não é?

A pergunta repentina fez Amaya olhá-la, Nami parecia estar querendo puxar assunto com a morena. Amy negou com a cabeça levemente.

── Sou do North Blue, vim de uma ilha pequena chamada Rubeck.

── Nunca ouvi falar. ── A alaranjada franziu o cenho tentando se lembrar se já havia lido sobre algo antes.

── Como eu disse, é uma ilha pequena e consequentemente pouco conhecida. ── Disse como se fosse o óbvio. ── Rubeck é uma ilha em formato de um cavalo marinho, não é muito conhecida, ela fica perto das ilhas Minion e Swallow.

── Qual é o clima de lá? ── A ruiva realmente parecia interessada em saber, porque estava prestando atenção em cada palavra. Por algum motivo, Nami desde que conheceu melhor amaya havia gostado dela.

── Lá é muito calor, nunca gostei. ── Respondeu com uma careta, arrancando uma risada baixa da outra garota. ── Lá nunca nevou. Uma vez eu fui com a minha mãe até a ilha Minion que era próxima de Rubeck, eu tinha dez anos e foi a coisa mais linda que eu já tinha visto. ── Um sorriso nostálgico cresceu nos seus lábios com a lembrança tão vívida ainda na sua mente.

── Você nunca viu neve antes disso?

A morena negou.

── Só vi nesse dia e nunca mais. Fui só uma vez nessa ilha, fiquei uns dois dias porquê a minha mãe tinha que resolver uns problemas e comprar algumas decorações para a nossa loja que estava em falta na nossa ilha no momento. ── Sua expressão estava serena, Amaya sentia que podia contar tudo para Nami, confiava nela. Mas achou melhor não dizer sobre tudo na sua vida. Pelo menos não agora. ── E você? Veio de onde?

De repente a expressão de Nami fechou e ela pareceu receosa em contar. É claro que Amaya notou aquilo quando virou-se para olhá-la.

── Eu...

── Não precisa dizer se não quiser, eu entendo. ── A Miyazaki a deu um sorriso ternuro, ganhando um olhar significativo da alaranjada. Nami realmente não queria dizer sobre seu lar e agradeceu profundamente por Amaya entender isso. ── Sabe, devíamos fazer compras qualquer dia desses.

── Devíamos? ── Nami pareceu surpresa com a ideia e talvez até animada enquanto via a morena sorrr assentindo. Amaya definitivamente gostava de Nami, ela não sabia mas as duas tinham coisas das suas vidas em comum. As duas garotas perderam suas mães de formas trágicas e nunca tiveram alguém em quem podiam confiar.

Foi naquele instante que Amaya percebeu que não adiantava tentar se afastar daquelas pessoas. Já havia quebrado sua própria promessa que fez anos atrás para ela mesma. Sem perceber, naqueles dias ela se tornou amiga deles.

Se importava com cada um deles, até com o cabeça de ranho. Amaya via todos eles como seus amigos. Foi ali que ela percebeu que não estava mais sozinha como antes.

Uma sensação extasiante preencheu o seu peito, fazendo-a abrir um sorriso grande que fizeram seus olhos se fecharam no processo.

── É claro que devíamos, tangerina. ── Afirmou sorridente, empurrou o ombro dela com o seu brincando. ── É isso que amigas fazem, ou eu estou errada?

Nami parecia realmente surpresa com aquilo. Ergueu uma sobrancelha questionando a morena silenciosamente.

── Somos amigas? ── Perguntou incerta da situação.

Amaya assentiu levemente, não acreditando que estava mesmo fazendo amigos e que ela mesmo criou coragem para dizer isso em voz alta. Mas estava feliz com aquela decisão.

── Faz um tempo que eu não tenho uma amiga. ── Disse abrindo um sorriso sincero para a morena. ── Claro, a gente deveria fazer compras.

── Só que é você que vai pagar, porque eu sou pobre. ── Apontou para a ruiva e depois para si mesma com uma careta descontente.

Nami gargalhou de forma tão genuína que nem ela mesma sabia a última vez que riu dessa forma. Amaya a acompanhou, sentindo-se bem naquele momento. Por uns instantes esqueceu dos seus problemas.

Era inacreditável.

Havia feito uma amiga.

(🏴‍☠️) Olá, mugiwaras!! O que acharam do capítulo? Se tiver algum erro, irei corrigí-lo quando puder, me ajuda muito se vocês me apontarem elesa nos comentários.

(🏴‍☠️) Eu simplesmente amo a amizade da Nami com a Amy, fofas demais. O bom delas terem feito amizade é que mais pra frente vão poder compartilhar os traumas de quando eram pequenas juntas! 😍😍🙌

(🏴‍☠️) Vote e comente, isso me incentiva muito a continuar escrevendo. ❤️

(🏴‍☠️) Até sexta-feira que vem!