୨୧彡 : Campo de margaridas , C◆כ › ★

¡! ❞ˏˋ°•*⁀➷+ wanderlust// 05.

❝ⁿᵒʳᵗʰ ᵇˡᵘᵉ
⁸ ᵃⁿᵒˢ ᵃᵗʳᵃˢ❞

AO LONGE em uma Ilha do North Blue pouco conhecida, Rubeck era praticamente isolada dos outros mares, nela havia uma vila chamada Coasis. Nela tinha um campo repleto por margaridas que cresciam lindamente, e pelo lugar ser o único da ilha em que nasciam essas flores, a vila começou a ser chamada por:

"Coasis, o canto das margaridas"

Nessa agradável vila morava uma pequena família de duas pessoas, uma mulher de longos cabelos negros como corvos, alta e de pele branca com suas bochechas coradas. Miyazaki Amélia. A mulher era mãe de uma linda garota de dez anos, cabelos curtos na altura dos ombros e tão negros como o da sua mãe, tinha uma altura normal para sua idade. Amélia era mãe de Amaya, as duas viviam felizes em Coasis, tinham uma pequena casa aconchegante ao qual elas tinham orgulho de chamar de lar e trabalhavam em uma floricultura no centro da cidade. Todos os dias pela manhã, Amaya acordava e corria para o campo, sentava-se lá e observava os primeiros raios de sol aparecerem. Ela apreciava muito esses momentos, apenas olhando o céu e sentindo os aromas das flores que ela tanto adorava, a sensação era de paz absoluta. Todos os dias sua mãe a acompanhava para aqueles momentos, sentando-se na grama verde no meio das flores consigo. Acariciando seus cabelos enquanto contava histórias sobre o amor da lua e o sol, as quais ela amava ouvir quando sua mãe contava.

── ...Foi dito então à Lua que lhe cabia iluminar as noites frias, encontrando, assim, os apaixonados, sendo ela motivo de inúmeras poesias. Ao Sol, foi-lhe dado o cargo de o mais importante dos astros, iluminando a terra durante o dia, fornecendo calor e causando felicidade. Apesar dos importantes títulos, a Lua foi abaixo. O sol fazendo um pedido para Deus, visto que a Lua era a mais frágil, sendo difícil para ela suportar o sentimento de solidão. Estrelas foram criadas para acompanhar a Lua e consolá-la quando necessário. O sol e a lua sempre foram apaixonados um pelo outro, é bem óbvio pela história. Mas eles nunca podiam ficar juntos, pois a lua só nascia ao pôr do sol. ── Contava Amélia, acariciando os cabelos de Amaya. A pequena já sabia a lenda de côr, mas não se importava de ficar escutando a história centenas de vezes.

Amaya erguendo a cabeça para olhar o rosto sereno da sua mãe, disse;

── Por que eles não podem viver juntos se eles se amam, mamãe?

Ela sabia perfeitamente, mas gostava de perguntar só para sua mãe continuar contando a história.

Amaya se afastou minimamente do aconchego dos braços da sua mãe e fez uma careta exageradamente confusa, fazendo a mais velha soltar uma risadinha baixa.

── É claro que eles podiam, Flor, porém era uma vez há cada alguns anos. ── Disse tocando levemente a ponta do nariz da filha, essa que sorriu esperando a mais velha continuar a história. ── Sendo assim, um Deus de uma galáxia na sua bondade infinita criou o eclipse. Como prova de que no mundo não existe um amor impossível.

Não importava quantas vezes a história fosse contada, os olhos da pequena e inocente Amaya sempre brilhavam com as palavras que saiam da boca de sua mãe.

── Será que um dia eu vou encontrar meu sol? ── A pergunta da pequena arrancou um sorriso genuíno de Amélia. Ela assentiu.

── Todos algum dia encontram os seus sóis, eu encontrei o meu. E você vai encontrar o seu, filha.

── Quem é o seu sol, mamãe?

Amélia sorriu levemente, inclinando a cabeça um pouco para o lado.

── Um dia foi um outro alguém, mas agora...Você é o meu sol, filha. ── Sussurou carinhosamente, fazendo um carinho no rosto de Amaya. ── Meu pequeno e doce Sol.

── Mãe! ── Amaya exclamou de jeito brincalhão, abraçando a mulher. ── Eu amo você. E um dia eu prometo que vou encontrar o meu sol, assim como a senhora!

── Eu sei que vai. Um dia você vai encontrar ele, pode demorar o tempo que for, mas encontrará o seu sol. ── Apontou para o sol que acabará de nascer completamente e iluminava seus rostos e as flores que estavam ao seu redor. ── Lembre-se, Amy, de que amores fáceis não fazem história. E as vezes o seu sol nem sempre vai ser só o seu futuro amor, mas sim as pessoas ao seu redor.

"Um sol, além de ter a sua magnífica história de amor com a lua, também pode significar a felicidade ao seu redor, porque o sol ilumina e traz alegria. Um dia você vai encontrar pessoas que vão lhe fazer feliz, pessoas essas, que serão seus companheiros para a eternidade."

Amaya, sonhava um dia em encontrar esses tais companheiros, os seus sóis, aqueles que trariam alegria para o seu coração, que a fariam tão feliz quanto sua mãe a fazia.

── Olha só pra eles. ── Falou Luffy assim que entraram no Porto, ele estava se referindo aos navios e barcos espalhados.

── Quanto vai custar? ── Perguntou Zoro,

── Se pergunta, é porque não pode pagar. ── Disse Nami, virando-se pra trás só para dar uma olhada em Zoro.

── Beleza, então, a gente precisa de um com uma estátua de proa muito, muito da hora. Pelos menos dois... não, não, três mastros! ── Dizia o chapéu de palha, numerando nos dedos. A animação de Luffy era maravilhosa e a coisa mais fofa desse mundo, Amaya tinha que confessar isso. Mas ele estava achando mesmo que eles iriam passar despercebido com algo daquilo? ── E um ninho de corvo bem alto.

── A gente não vai conseguir navegar com um navio desse tamanho. ── Informou a Miyazaki, negando algumas vezes com a cabeça. ── Sem contar que isso daí é demais, é um navio, não um circo.

── E não esqueça que a gente só tá em quatro. ── Nami completou olhando de soslaio para a outra garota, vendo-a assentir em concordância.

── A gente tá em quatro por enquanto. ── Deu ênfase, sorrindo.

Nami soltou uma risada ironica e disse:

── A menos que encontre mais uma pobre alma desesperada pra ajudar.

── Fale por você mesma.

── Mas você é pobre mesmo, garoto. ── Zombou Amy, rindo ao ver a cara feia que Zoro fez para ela.

── Escuta, a gente vai precisar de uma coisa um pouco menos chamativa, se quiser escapar daqui. ── Avisou Nami, suspirando.

── Você quer roubar um navio? ── O garoto do chapéu de palha parou no meio do caminho, olhando para Nami com sua expressão séria.

── E como cê espera que a gente consiga um? ── Perguntou a alaranjada, cruzando os braços abaixo dos seios esperando sua resposta.

── Eu não sei. Mas a gente não pode roubar, vamos dar um jeito, sem roubar nada. ── Amaya já havia percebido que ele não era igual aos outros piratas que a morena acabou conhecendo ao longo da sua curta vida. Ele é bobo demais e gosta de ajudar as pessoas e, tem o sonho de se tornar o rei dos piratas. Ele era só um garotinho sonhador afinal de contas. E Amaya surpreendentemente admirava pessoas sonhadoras.

── Que tipo de pirata você é? ── Nami fez a pergunta que vivia martelando a cabeça de Amaya nos últimos dias.

── Um navio não é apenas um navio. É uma parte do nosso bando, a gente tem que encontrar um perfeito. E vamos conseguir de boa.

── Tá bom, conta isso pro vendedor. Eu sei que isso vai conquistar ele.

── É isso aí! ── A Miyazaki fez uma careta confusa olhando para ele, mas já era tarde demais. Luffy já estava andando para longe deles.

── Ele parece uma criança de seis anos em um corpo de um adolescente de dezessete. ── Comentou Amaya, ainda olhando para o mesmo lugar que o garoto partiu.

── Pois é. ── Murmurou Nami. A alaranjada segurou na mão de Amaya, a puxando para começar a andar ao seu lado. ── Vem, vamos procurar ele.

Estavam caminhando á procura de Luffy, fazia um tempo. Mas, quando passaram por uma feira cheia de barracas, Amy ficou estática no lugar, fazendo Nami a laçar um olhar confuso.

── Que foi?

── Vai ver ela teve um AVC, espero que seja isso. ── Disse Zoro, repousando a mão sobre a bainha da sua espada. Amaya arregalou os olhos na direção de uma barraquinha próxima deles, ignorando completamente a frase do de verdes.

── Chocolate! ── Soltou a mão de Nami e correu na direção do cheiro. Antes ela havia dito que Luffy parecia uma criança, mas olhe só ela. Correndo atrás de chocolate, com os olhos brilhando feito uma criança.

Nami e Zoro se entreolharam dando de ombros e seguindo a garota.

── Você tem dinheiro? ── Perguntou Nami.

Por um segundo o sorriso de Amaya desapareceu, mas logo voltou, porém agora o sorriso era do tipo sem graça. Ela coçou a nuca e riu nervosamente.

── Então...eu só tenho cinco berries e tá lá no barco. Acho que não vai dar pra comprar.

Zoro soltou uma risada sarcástica.

── Depois eu que sou pobre. ── Amy revirou seus olhos, logo depois deixando uma expressão chateada passar por eles.

Nami observou a garota por alguns segundos e suspirou, tirando uma nota de dentro do bolso.

── Vou querer um. ── O homem da barraca assentiu, entregando a barra de chocolate para a alaranjada. Nami estendeu o doce na direção de Amy. ── Toma.

── Ah, Nami! ── Exclamou, sorrindo emocionada. ── Você é incrível, obrigada.

── Obrigada nada. Vai ter que me pagar o dobro e eu cobro! ── Apontou para a morena com o dedo indicador. Amy a olhou, ainda com seu sorriso estampado no rosto, ela assentiu dando uma mordida no seu doce.

Não demorou muito para encontrarem Luffy e Amaya já havia terminado de comer o seu chocolate com medo de Luffy a roubar de novo. Agora ela andava com seu braço entrelaçado no de Nami.

── Ah, você está aí! ── Nami gritou assim que avistou Luffy.

── Gente! ── Luffy exclamou animado assim que avistou os três.

── Luffy, vê se não some mais assim. A gente ficou te procurando, imbecil! ── Proferiu Amaya, olhando de cara feia para o garoto. Ele riu.

── Foi mal. ── Disse colocando uma mão na barra do seu chapéu e apontando com a outra para o navio ao seu lado com entusiasmo. ── Encontrei ele! Encontrei nosso navio. E esse cara vai vender pra gente.

── Espera aí, é o quê? ── A Miyazaki piscou confusa assim que um garoto surgiu do barco, ele a lembrava alguém.

── É! O navio, ele é nosso! ── Ele diz. A morena se perguntou se o garoto tinha a noção de que nenhum dos quatro não tinha nem uma moedinha no bolso.

── Tecnicamente... ele não tá à venda. ── Assim que ele disse isso, Amaya desviou seus olhos para o navio, ele tinha um estilo antigo, na parte da frente tinha uma cabeça de carneiro, juntamente com um canhão. Ele era bonito, tinha um estilo rústico e parecia ser bem espaçoso por dentro. É um bom navio.

── Que?

── E, tecnicamente... eu não sou um vendedor.

── Cê trabalha aqui? ── Nami questionou.

── É claro que trabalho. ── Ele deu um sorriso. ── Sou técnico-chefe, eu removo a incrustação e erradicação de resíduos aviários.

── "Incru..." o que? ── Luffy franziu o cenho.

── Ele esfrega cracas e limpa bosta de passarinho.

Amaya pôs a mão na boca tentando evitar uma risada.

── Fala sério, pra que tanta palavra difícil pra simplesmente dizer que retira merda de passarinho dos navios? ── Perguntou Amaya risonha, ganhando um olhar sem graça do narigudo.

── Ele não pode nos ajudar. ── Nami já estava dando meia volta, puxando Amaya consigo.

── Pera, pera, peraí! Ajudo vocês, confiem. ── Pelo tom dele, Amaya imaginou que fosse uma mentira. ── Acontece que a dona do navio é a minha melhor amiga do mundo todo.

── E a sua amiga é dona desse navio? ── Perguntou a morena com uma sobrancelha arqueada em sua direção.

── Não só desse. Ela é a dona de todo o estaleiro. ── Ele fez gestos com a mão, dando um pausa dramática. ── Ela é... rica pra caramba.

── Oh!

── Dá pra desenrolar um acordo. ── Quando o garoto desconhecido terminou de falar isso, Luffy e ele bateram as mãos nas pernas juntos.

── Viu? ── Luffy parecia extremamente animado ao exclamar, arrancando um sorriso da morena por sua animação.

── Tá, acho que não custa nada dar um "oi". ── Nami sorriu de canto, o seu olhar parando em Amaya. ── Amy?

── Vai ter comida de graça? ── Ela estreitou os olhos para o narigudo.

── Posso pedir pra Kaya. ── Deu de ombros, recebendo um sorriso esplêndido da garota.

── Então, por mim tudo bem. ── O sorriso de Luffy aumentou. ── Podemos tentar isso.

── Bem, vamos? ── Chamou o narigudo.

── 'Simbora cambada! ── Luffy nem terminou de dizer e já estava andando. Amaya revirou os olhos, cruzando os braços abaixo dos seios.

── É para o outro lado! ── O desconhecido berrou correndo atrás de Luffy.

── Vamos logo antes que ele arrume encrenca pra nós. ── Nami tomou a frente, seguindo os dois.

── A gente tem escolha? ── Perguntou o esverdeado.

── Não mesmo. ── Respondeu a morena balançando a cabeça antes de acompanhar os três com Zoro ao seu alcance.

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(🏴‍☠️) Até a próxima sexta!