PRÓLOGO; gêmeos

CAPÍTULO REVISADO

POV'S AUTORA

RHAENYRA GRITAVA EM em seu leito, sentindo dores em seu ventre.

— Princesa, precisa empurrar! — Uma de suas criadas a aconselhou, enquanto segurava suas pernas.

— Eu estou tentando! Onde está meu marido?! — Rhaenyra exclamou, sentindo outra pontada.

As contrações não tardiam a chegar, o que parecia dificultar a sua respiração.

— Já mandamos Sir Harwin ir buscá-lo, majestade. — Outra criada a respondeu.

Outro grito foi ouvido dá Princesa.

— Empurre!

Assim, Rhaenyra o fez, tomou fôlego e se forçou a empurrar.

— Consigo ver a cabeça, estamos perto!

— Princesa, empurre!

— Eu estou fazendo isso, porra! — Rhaenyra gritou e novamente empurrou.

Seus cabelos estavam desgrenhado e molhados de seu próprio suor. Elinda Massey passou a mão pela testa dá Targaryen com um pano branco.

— Está indo muito bem, Princesa. Apenas empurre mais um pouco, um empurrão bem forte! — Elinda a encorajou.

Rhaenyra concordou com a mulher e fechou os olhos por um momento, tentando buscar forças.

Seus olhos violetas se abriram e ela gritou novamente, enquanto fazia força.

A Targaryen encostou sua cabeça nos travesseiros, exausta.

A de cabelos prateados sentiu uma sensação estranha ao ouvir um choro infantil, seus olhos caíram no pequeno bebê no colo de sua serviçal.

— É um menino, vossa graça! — Elinda sorriu, animada. A criada que segurava o bebê cortou o cordão umbilical. — Um menino forte!

— Deixe-me vê-lo, deixe-me pegá-lo. — Rhaenyra murmurou, cansada.

Antes que a Princesa pudesse estender seus braços em busca de seu primogênito, uma pontada ainda pior pode ser sentida em seu ventre, a fazendo gritar.

— O que é isso?!

A criada entregou a criança rapidamente para Elinda Massey e voltou seu olhar para o meio das pernas da Targaryen.

— Oh, pelos Sete! Ah outro!

— O quê?! — Rhaenyra exclamou.

— Empurre Princesa! Ele está vindo!

Rhaenyra sentia seu corpo todo doer, sua vista já estava um pouco embaçada pelas lágrimas que se formavam no canto de seus olhos.

A Targaryen gritou uma última vez, fazendo força.

Um outro choro pode ser ouvido, um baixinho e fino.

— Gêmeos, que benção dos Deuses! — Elinda murmurou, vendo Rhaenyra encarar o bebê no colo de sua outra criada.

A mulher cortou o cordão umbilical e sorriu.

— É uma menina, uma bela Princesinha!

A porta dos aposentos dá Herdeira do Trono foram abertos por Sor Harwin Strong e por Sir Laenor Velaryon.

Os dois homens pararam na porta ao verem dois bebês.

— Gêmeos? — Laenor murmurou, seus olhos se arregalando gradualmente.

— Deixe-me vê-los... — Rhaenyra pediu, estendendo seus braços.

As mulheres entregaram os dois bebês para a mãe, os posicionando nos braços dá mulher.

Laenor se aproximou lentamente.

Rhaenyra sorriu, vendo os dois bebês a encararem, finalmente parando de chorar.

— Eles são saudáveis? — A Targaryen perguntou preocupada.

Elinda sorriu.

— São saudáveis como touro, majestade.

A de cabelos prateados voltou a sorrir, seus olhos caindo novamente para os dois.

Era estranho aquele sentimento.

Rhaenyra nunca desejou ter filhos, quando soube de sua gravidez, o medo a atingiu no mesmo instante e só aumentava ao decorrer dos meses mas naquele momento ali, com aqueles pequenos seres em seus braços, o medo foi substituído por amor.

Um amor que Rhaenyra Targaryen jamais havia experimentado.

Laenor pode ver quando a mulher beijou o topo dá cabeça de cada um de seus filhos.

A mulher franziu as sobrancelhas ao sentir outra pontada.

— Tem algo errado... — Rhaenyra murmurou baixo, fechando seus olhos pela dor em seu útero. — Por favor me digam que não há outro.

— Oh, pelos Deuses, a placenta! — A serviçal exclamou.

— Aqui, me dê eles... — Laenor pediu e rapidamente, Rhaenyra os colocou nos braços do Velaryon.

— Faça força, empurre Princesa!

— Céus, de novo?! — Rhaenyra ofegou.

Laenor se afastou dá mulher e caminhou até Sor Harwin – que permanecia parado na porta.

— Você... Gostaria de segurar um? — Laenor perguntou.

Sor Harwin concordou rapidamente, estendendo os braços.

Laenor sorriu minimamente e com cuidado, entregou o menino para o homem.

Sor Harwin ninou o pequeno garoto, vendo como o pequeno bebê o olhava com  seus olhos castanhos.

Laenor desceu seu olhar para a bebê em seus braços.

A garotinha tinha poucos fios de cabelos, mas os que tinha, indicavam que seus cabelos eram castanhos claros. Mas o que mais chamava a atenção em sua aparência era seus olhos, olhos violetas brilhantes.

O mais velho passou seu dedo indicador pela bochecha dá bebê, fazendo um leve carinho ali.

O Velaryon havia se distraído tanto com a bebê em seu colo, que só notou que estava minutos parado ali quando sentiu Elinda tocar seu braço.

— Com licença, Sir Laenor... Mas eu preciso levar os bebês para os limpar. Não demorará muito. — A Massey comentou, gentil.

O homem concordou, colocando a bebê em seus braços.

Uma das criadas também foi até Sor Harwin, que entregou o pequeno bebê nos braços dá mulher.

Os dois homens se viraram para a cama, encontrando Rhaenyra encostada nos travesseiros, parecendo exausta.

Laenor e Sor Harwin se entreolharam e caminharam até ela.

— Onde eles estão? Meus bebês? — Rhaenyra perguntou confusa.

— Elas foram os limpar, tenho certeza que logo trarão eles para cá novamente.

Rhaenyra concordou levemente.

— Eles são lindos, Majestade. — O Strong comentou, recebendo um sorriso de Rhaenyra.

— Eles são, não é? — A Targaryen riu. — Eles são... Tão pequenos, será que isso é normal?

— Eles são bebês, bebês são pequenos. — Laenor respondeu.

Antes que Rhaenyra pudesse ter alguma reação, a porta de seus aposentos foi novamente aberta.

A Targaryen ajeitou sua postura na cama ao ver a rainha consorte, Alicent entrar junto de seu marido, o Rei Viserys.

— Minha filha, como você está? — Viserys perguntou se aproximando na cama.

Rhaenyra sorriu minimamente ao sentir o mais velho segurar sua mão.

— Me sinto bem, pai. Um pouco cansada, mas bem.

— E então, é um menino ou uma menina? — Alicent perguntou sem demora.

Rhaenyra encarou a mulher por alguns segundos antes de a ignorar, fingindo não ter a ouvido.

Alicent sorriu, sínica e se virou para Sor Laenor.

— São dois, na verdade, Majestade. Um menino e uma menina. — Laenor respondeu.

E novamente, a porta foi aberta, dessa vez por Lorde Corlys e sua esposa, Princesa Rhaenys Targaryen.

— Ele nasceu? Onde está meu neto? — Corlys perguntou animado.

— Ou neta, Corlys. Ou neta. — Rhaenys o corrigiu, recebendo um aceno em concordância.

— São dois, meu pai. — Laenor respondeu, recebendo um sorriso de seu pai. — Um garoto e uma garota.

Corlys foi até seu filho e o puxou para um abraço.

— Gêmeos! — Corlys deu tapinhas leves nas costas de seu filho. — Que orgulho, que felicidade!

Rhaenys beijou a bochecha de seu filho e foi até Rhaenyra, se sentando na ponta dá cama.

Sor Harwin saiu do cômodo, preferindo voltar aos seus serviços de guardar a porta do quarto dá Herdeira. Infelizmente, ele não deveria ficar.

Logo, Elinda Massey voltou com os bebês em seus braços.

Todos ali presentes abriram espaço para a mulher passar e entregar os bebês para a mãe.

Os adultos ali se silenciaram ao notar que um dos bebês dormia.

— São saudáveis? — Corlys perguntou baixo, recebendo um aceno de confirmação de Rhaenyra. — Já decidiram os nomes?

— Bom, eu pensei...

— Eu estava pensando em... Joffrey, talvez? — Laenor sugeriu.

Rhaenyra franziu as sobrancelhas.

Ele não estava mesmo pensando em dar o nome de seu falecido amante ao seu filho, estava?

— Ele não tem cara de... Joffrey. — Corlys murmurou, confuso. O homem se virou para sua nora. — Eu posso pegá-lo?

Rhaenyra concordou.

Corlys sorriu e o pegou com cuidado nos braços.

O mais velho ninou o bebê, o analisando.

Rhaenys olhou as duas crianças, notando seus cabelos castanhos e olhos marrons.

Nada de cabelos prateados e nada de olhos violetas. O sangue Baratheon havia vindo mais forte, o que fez Rhaenys sorrir. Seus netos tinham suas características, o que a deixou orgulhosa.

— Jacaerys. — Corlys sorriu para o bebê e em seguida, voltou seu olhar para Rhaenyra e Laenor. — É um nome tradicional. Jacaerys Velaryon, soa bem, não acha?

— Eu acho que Jacaerys é um ótimo nome. — Rhaenyra sorriu.

A Targaryen voltou seu olhar para a bebê em seu colo, a observando se remexer em seus braços.

— Qual dos dois nasceu primeiro?

— Jace.

— Então esse é o herdeiro do Trono de Ferro. Oh, já posso até ver! — Viserys comentou animado.

Alicent sorriu forçadamente.

— Jacaerys Targaryen, futuro Rei dos Sete Reinos. — Viserys sorriu.

— Ele é um Velaryon antes de tudo.

Rhaenyra riu baixinho pela discussão boba que havia se iniciado e voltou seu olhar para sua filha.

Filha.

Ela ainda não conseguia acreditar que depois de tanta espera, estava com seus dois primogênitos ali.

A risada deve ter sido um pouco alta, já que sua bebê acordou.

A pequena abriu seus olhos, encarando a mais velha com curiosidade. Rhaenyra sorriu para sua menina e segurou suas pequenas mãozinhas, contou seus dedos com calma.

Cinco mini dedinhos em cada mão. Sua menina era perfeita.

Rhaenyra fez uma nota mental de contar os dedos de Jacaerys também, mais tarde.

— Certo, Corlys agora é a minha vez. — Viserys se aproximou, estendendo os braços. — É meu neto também.

A contra gosto, Corlys colocou o bebê nos braços do Targaryen.

Rei Viserys sorriu para o bebê em seu colo, o ninando.

— Será um ótimo Rei. — Viserys sussurrou para o garotinho, enquanto fazia carinho em sua bochecha. — Um herdeiro perfeito... Talvez até um próximo Jaehaerys? — Rhaenyra sorriu com as palavras de seu pai.

Corlys se sentou na cama de sua nora com cuidado, observando a pequena bebê embrulhada nos braços de Rhaenyra.

— Se Jacaerys foi o primeiro a nascer, então ela deve ser...

— Sua herdeira, eu presumo. — Rhaenyra sorriu.

O Velaryon sorriu levemente.

— Posso pegá-la? — Corlys perguntou. A Targaryen concordou levemente e o Velaryon a pegou dos braços de Rhaenyra.

O mais velho viu a pequena bebê piscar seus grandes olhos violetas para ele, o admirando.

O Lorde dás Marés levou seu dedo até às mãozinhas dá menor, vendo ela segurar de leve seu indicador.

— Ela já tem um nome? — O homem perguntou, sem tirar seu olhar de sua neta.

— Visenya? — Laenor respondeu, mas sua fala saiu mais como uma pergunta.

O Velaryon sabia o quanto sua esposa gostava daquele nome.

Rhaenyra encarou a bebê nos braços de Corlys e negou levemente.

Não parecia certo.

A bebê deveria ter um nome só dela.

— Maella. — Rhaenyra respondeu por fim.

— Maella? — Alicent juntou suas mãos, soltando um sorriso que se Rhaenyra não conhecesse bem, poderia até ser confundido com um sorriso amigável. — Eu nunca ouvi falar desse nome... Na verdade, parece até mesmo o nome de... Maegor, isso não seria um bom presságio.

Rei Viserys encarou sua esposa, a pedindo silenciosamente para se calar.

Todos no quarto ficaram quietos, encarando as duas mulheres.

— Foi a junção do nome "Daella" e "Aemma". — Rhaenyra respondeu. — Não que eu deva satisfação sobre a escolha do nome dos meus filhos para a Senhora, Vossa Majestade.

Alicent mordeu a língua e sorriu.

— Claro que não deve.

Viserys coçou a garganta e voltou seu olhar para o pequeno Jacaerys nos braços do Targaryen, que parecia estar quase pegando no sono.

Corlys sorriu para sua neta. O homem quase viu a pequena Maella sorrir de volta para ele.

— Acho que ela sorriu para mim. — O Velaryon comentou, animado. — Sou seu avô favorito, não sou?

Maella apertou com toda sua força – de um pequeno bebê – o dedo indicador de seu avô.

— O quê? — Viserys franziu as sobrancelhas. — Isso é apenas porque ela não me conheceu ainda. É minha vez de pegá-la, Corlys.

E o Targaryen entregou o bebê para a primeira pessoa ao seu lado.

Alicent.

A Hightower fez uma careta quando a criança começou a chorar e tentou – inutilmente – a acalmar, a ninando em seus braços.

Rhaenyra rapidamente se ajeitou na cama e estendeu os braços.

— Deixe-me pegá-lo. — Rhaenyra pediu.

Rhaenys foi até Alicent e estendeu os braços, pedindo seu neto. A Hightower foi rápida em dar a criança para a mais velha.

Rhaenys ninou o garotinho em seu colo, vendo o garoto aos poucos se acalmar.

— Shhh, está tudo bem. — A Targaryen sorriu para o menino, enquanto caminhava até Rhaenyra. — Ora, meu querido... Não há necessidade de choro, não é? — Jacaerys a encarou, como se entendesse o que sua avó dizia. — Veja, sua mãe está aqui. — A mulher colocou o pequeno bebê no colo de Rhaenyra.

A Targaryen mais nova sorriu.

Por puro extinto, o bebê se aninhou a Rhaenyra.

Viserys se aproximou de Corlys e novamente, estendeu seus braços.

— Veja bem... Maella parece muito confortável em meu colo. — O Lorde dás Marés comentou, enquanto se esquivava do Rei. — Você não quer incomodar a minha herdeira, quer?

— Corlys, ela é minha neta também. — Viserys respondeu, enquanto insistia com as mãos, como uma criança quando um doce é negada a ela. — E uma Princesa do Reino, ela deve conhecer o Rei.

— Ela é a Futura Senhora dás Marés, ela governará o mar, na verdade. — O Velaryon voltou seu olhar para sua neta – que encarava os cabelos prateados do avô – enquanto a ninava em seu colo. — Ela não é uma simples Princesa.

— Pai... — Laenor murmurou, segurando um sorriso nos lábios.

Lorde Corlys soltou um suspiro e encarou o Rei, colocando a bebê no colo do mais velho.

Viserys sorriu.

— Maella. — O homem sussurrou. — É um belo nome, para uma bela Princesinha. Você carrega o nome de duas mulheres formidáveis, sabia? — O Rei sentiu seus olhos marejarem. — Daella é sua bisavó e Aemma.... Ah, minha Aemma... Ela é sua avó. Ela teria te amado.

Rhaenyra sorriu ao ver o carinho de seu pai com sua neta.

Alicent empinou o nariz ao ouvir o nome dá Rainha falecida.

— Laenor, você escolheu os ovos de dragão que eu pedi? — Rhaenyra perguntou baixo para o marido.

— Sim, Sor Harwin foi junto comigo. — O homem respondeu.

Aquilo não passou despercebido por Alicent.

— Espero que os ovos eclodam. — A rainha sorriu, sarcástica. — Eles normalmente não conseguem... Nem mesmo os ovos de meus filhos, que são Príncipes Targaryen.

— Tenho certeza que os ovos de Jace e Maella eclodirão. — Rhaenyra respondeu rapidamente, ácida. — Eles são Velaryon, mas possuem sangue de dragão, Majestade. Serão montadores de dragão igual os pais.

— É claro que sim. — Rhaenys concordou. — Tenho certeza que a rainha não disse isso por mal, não é Vossa Graça? — A mulher de cabelos pretos e mechas prateadas arqueou uma sobrancelha.

Alicent forçou um sorriso amigável.

PRÓLOGO POSTADO🎉

Maella e Jacaerys mal nasceram e já estão causando👏🏽👏🏽👏🏽

Aqui em bfeo Rhaenys seguirá com a aparência dos livros, tendo os cabelos pretos (características dá casa Baratheon, sua casa materna) com mechas prateadas💋

A Alicent já quer jogar as crianças pela janela, uma praga mesmo

Não esqueçam de votar e comentar!! Eu sei que foi um capítulo curtinho mas eu tô pisando em ovos com o wattpad, literalmente tô morrendo de medo de postar e essa praga sumir com a minha conta de uma vez😭

Espero que tenham gostado e me perdoem se houver qualquer erro ortográfico !!!

Até <3