Capítulo XIII [PARTE DOIS]



Atenção: Esse capítulo contém cenas não recomendadas para menores de 18 anos.





A P R I L

EU ME LIVREI DOS SAPATOS assim que a porta do quarto se fechou atrás de mim. Entre contornar casais grudados pela boca e desviar de bêbados que abriam caminho a cotoveladas, subir os degraus até o segundo andar se mostrou um verdadeiro desafio. Ainda mais equilibrada em saltos de doze centímetros — eles eram lindos, é claro, mas se eu quisesse manter meus pés livres de bolhas, teria que abolir o uso desse par até o fim da noite.

Minutos antes, quando cheguei ao topo das escadas, me deparei com um corredor de portas trancadas. A chave que abria uma delas pesava na palma da minha mão e absorvia o calor do meu corpo. Da próxima vez, Hunter teria que fazer mais do que apenas me entregar a pequena peça de metal em silêncio. Por mais quente que fosse, esses olhares intensos não estavam dando certo — provocavam um dilúvio na minha calcinha e me tiravam as palavras da boca, mas, nope, nada de indicar direções para o quarto.

Uma vez dentro do cômodo, me permiti sorrir. A segunda porta à direita. Depois de tanto esperar, eu finalmente estava ali. Percorri o recinto com os olhos, me deliciando com a sensação do carpete macio contra a sola dos meus pés descalços. Campbell havia escolhido um lugar bastante decente, eu precisava admitir.

Uma cama de casal. Decoração simples. Meia luz.

Meu corpo fervia com as possibilidades.

Uma batida agradável pulsava pela parede de madeira e a voz de Jesse Rutherford chegava aos meus ouvidos distante e abafada. Se eu prestasse atenção, conseguiria distinguir palavra por palavra. Havia um espelho de corpo inteiro pendurado em uma porta pintada de branco, onde imaginei ser o banheiro. Atraída pelo meu reflexo, me aproximei. Retirei o cordão do meu pescoço e o depositei em cima da penteadeira com cuidado — eu não precisaria de jóias ou adornos para o que pretendia fazer nas próximas horas.

Meu cabelo estava uma bagunça. Hunter havia enfiado as mãos ali minutos atrás, segurando-os sem o menor cuidado. Fiz o melhor que pude para arrumar as madeixas castanhas, penteando os fios desalinhados com os dedos. Tudo aquilo parecia loucura, mas eu gostava. Aqueles instantes carregados de eletricidade pertenciam apenas a nós dois. Eu era perfeitamente capaz de me entregar a Hunter, bastava que ninguém soubesse.

Foi encarando meu reflexo distraído no espelho que eu encontrei o par de íris azuis.

Hunter havia entrado no quarto. O olhar em seu rosto beirava entre o perigoso e o insanamente quente. Ele parou a centímetros de mim, tão próximo que eu podia sentir o calor emanando de sua pele. Era como se cada átomo que separava nossos corpos vibrasse em expectativa.

— Cansou do seu joguinho? — sussurrei, sem conseguir tirar os olhos dele.

Braços fortes envolveram minha cintura e mãos quentes desceram pelo meu corpo. Atrás de mim, ele era ombros largos e tensão. Músculos bem definidos se escondiam por baixo do tecido da camisa preta, um território conhecido pelas minhas mãos. As veias em seus antebraços imploravam pelos meus toques.

— Esses jogos de festa não estão com nada — pelo espelho, ele sorriu perverso. — Eu e você podemos nos divertir muito mais à sós.

Meu corpo vibrou com a promessa. A malícia estava em sua boca e em seus olhos. Transbordava dele para mim e de mim para ele, incendiando o quarto. O fogo se alastrava pelas paredes e aquecia minha pele. Até o fim da noite, aquele calor teria me consumido por completo.

Hunter riu baixinho, deliciosamente próximo ao meu ouvido. Ele colou nossos corpos e seu volume rígido se encaixou contra a minha bunda. De repente, até mesmo respirar se mostrou uma missão difícil. Eu conseguia senti-lo duro através do tecido de nossas roupas, desesperado por mais. Uma de suas mãos se posicionou firme em meu quadril enquanto a outra subiu pelo meu pescoço. Sob a ponta de seus dedos, eu estava cada vez mais tensa e reta, como um bloco de concreto.

— Aquilo que aconteceu lá embaixo... — sua voz era macia. — Como fica o nosso placar?

O tom desafiador de suas palavras entregava que aquele era apenas o começo de suas provocações. Hunter me estimulava com carícias suaves e usava sua conversa afiada para me distrair — qualquer coisa para amolecer meus joelhos e aliviar meu nervosismo. Meus ombros cederam aos poucos, livres do peso da minha armadura. Éramos apenas nós dois naquele quarto. Hunter me abraçava por trás. Me sentia, me tocava e me desejava. Deus sabia que se dependesse de mim, nós já teríamos chegado aos finalmentes há tempos.

— Quer dizer quando eu te deixei na mão? — me diverti com o duplo sentido da expressão. — Difícil manter um controle dos pontos, Campbell. A essa altura eu só sei dizer que estou vencendo.

No espelho, sua expressão se tornou sombria e um sorriso satisfeito deslizou pelos meus lábios.

— Cuidado, April — a mão dele deslizou pelo meu pescoço e se afundou no meu cabelo, agarrando as madeixas rentes à nuca. Uma palpitação se instalou entre as minhas pernas — Se você abusar um pouco mais da minha boa vontade, pode passar como arrogante.

Eu não tive tempo para responder. Hunter virou meu corpo, me puxando pelo braço. Seu cheiro masculino invadiu minhas narinas e preencheu meus pulmões.

Eu estava completamente intoxicada por sua presença.

— E o que você vai fazer? — arfei — Me dar umas palmadas?

Uma risada curta escapou de seus lábios e eu estremeci. Mãos fortes apertaram meu quadril, impedindo que eu me afastasse mais do que alguns centímetros.

— Posso pensar no seu caso — ele murmurou, arrastando o nariz pela curva do meu pescoço. Era meu ponto fraco. Hunter me beijou bem ali e minhas mãos procuraram por sua nuca. A situação no interior das minhas coxas só piorava.

E você venceu? — minha voz não passava de um sussurro. Minhas pálpebras estavam pesadas graças a maneira que ele agarrava meu cabelo. Eu me afastei e o aperto cedeu. Vagarosamente, mechas castanhas se espalharam livres sobre meus ombros. — O jogo. Preciso saber.

Hunter permaneceu sério. Ele não entendia o motivo da interrupção repentina. Parecia um animal faminto esperando pelo comando para atacar. Sua respiração era entrecortada e luxúria marcava seu rosto profundamente, escurecendo seus olhos.

— Mas é claro.

— Ótimomirei seus lábios,  embrenhando os dedos nos cabelos escuros — Eu não vou para cama com perdedores.

Algo poderoso relampejou atrás de suas íris azuis. Antes que eu pudesse formar o próximo pensamento coerente, seus lábios cobriram os meus. Era um beijo lascivo, desesperado. Minha língua percorria a sua boca e saboreava seu gosto. Meu coração batia tão rápido, tão forte, que ameaçava abrir o caminho para fora de meu peito.

Ele era gostoso demais.

Hunter deslizou suas mãos impacientes até meu quadril e me agarrou pela bunda. Minhas pernas envolveram sua cintura com urgência e ele içou meu corpo para cima, me suspendendo no ar. A saia do vestido quase se rasgou com o movimento. Naquele momento, minhas roupas poderiam muito bem ser reduzidas a trapos que eu não daria a mínima. Hunter me sentou na beirada de uma cômoda e jogou tudo que havia sobre o tampo no chão. Finch que nos perdoasse pelo estrago.

Afastei nossas bocas e puxei sua camisa para cima, movida por ganância. Seu abdômen era delineado por músculos, perfeito para passar as unhas. Meu olhar desceu para seus quadris, onde as linhas da entrada definidas desapareciam sob o cós da calça jeans. Eu queria lambê-lo.

O móvel bateu novamente de encontro à parede quando Hunter se inclinou para juntar nossos lábios. Ele abriu minhas coxas para se enfiar entre elas e eu gemi. Suas mãos tateavam minha roupa às cegas, procurando uma abertura.

— Odeio esses vestidos colados — Hunter rosnou contra o meu pescoço.

Fiz menção de pôr os pés no chão para me despir, mas o Hunter estava obstinado em sua missão. Tentava de todos os jeitos se livrar da peça. Se eu não o ajudasse logo, um de seus puxões bruscos destruiria o vestido. Ele alcançou a barra da saia e eu puxei o zíper para baixo, ignorando seus protestos. As alças caíram pelos meus ombros, revelando a parte de cima da lingerie, e Hunter se acalmou como mágica. Toda sua atenção estava voltada para meus seios. Eles subiam e desciam, acompanhando minha respiração alterada. O par de mãos que agarrava minhas coxas subiu para alcançar meu colo com delicadeza. Seus olhos devoravam minha pele, acompanhando o tecido rendado cor de pérola.

— Essas roupas precisam ir embora — ele soava definitivo.

Os dedos masculinos me libertaram do fecho do sutiã e deslizaram as alças pelos meus braços. Nossas bocas se encontraram novamente, sedentas uma pela outra, e eu levei as minhas mãos até seu zíper, invocando dentro de mim a destreza de uma mulher desesperada. Sem quebrar o beijo, Hunter chutou o jeans para baixo e arrastou seu volume contra minha virilha. Ele sorriu com a boca colada a minha, acariciando as laterais da minha calcinha com seus dedos. Era uma peça pequena e perolada, feita de renda assim como o resto do conjunto.

Mentirosa — riu sem fôlego.

Hunter fez menção de se afastar, mas eu engatei minhas pernas ao seu redor, puxando-o para mim. Meus mamilos intumescidos roçaram em seu peito, provocando mais um de seus suspiros. Ele tinha o corpo encaixado no meu.

— Ah, merda — grunhiu — Isso é bom.

O baixista agarrou um de meus seios, se deliciando com o peso e a textura. Sua outra mão desceu pelo meu torso nu e um tremor percorreu meu corpo. Hunter encostou a testa na minha e nossas bocas mal se tocavam. Seu polegar deslizou por cima da calcinha em um carinho lento, massageando com suavidade.

— Você sentiu a minha falta — sua voz era rouca quando alcançou meus ouvidos. Ele respirava tão alto e entrecortado quanto eu.

Não fora uma pergunta. Eu estava úmida e escorregadia entre minhas coxas. Como recompensa, o garoto depositou um selinho nos meus lábios que eu sequer consegui responder — quando ele me tocava desse jeito ficava difícil fazer qualquer coisa.

O baixista arrastou o tecido molhado para o lado, sentindo a dimensão do estrago enquanto eu me contorcia de prazer ao redor da mão dele. Seu rosto tinha uma expressão compenetrada, deliciosa de se observar: sobrancelhas levemente franzidas, olhar feroz e boca entreaberta. Hunter espalhou a umidade na minha entrada e concentrou os movimentos ritmados em cima do meu clitóris. Eu cravei minhas unhas em seus ombros. Era como se calor atravessasse cada uma das minhas terminações nervosas, condensando meu desejo.

Eu poderia morrer se ele me soltasse agora.

Hunter afundou o rosto em mim e meu vestido foi arremessado para o chão. Os lábios famintos se arrastaram pela minha pele, engolindo um de meus seios enquanto sua língua quente e macia me arrancava gemidos. Ele mordiscou meu mamilo e eu ofeguei em surpresa.

Eu queria juntar minha boca a dele e beijá-lo.

Não. Eu queria mais do que isso.

Muito mais.

Puxei seus cabelos pela nuca, forçando o baixista a me encarar.

— Nós estivemos presos em preliminares por semanas.

Ele demorou um pouco para assimilar o real significado por trás das minhas palavras. Piscou uma, duas vezes, antes de abrir seu melhor sorriso canalha:

— Não precisa implorar, linda.

Hunter me suspendeu em seus braços fortes e nós suspiramos em conjunto. Minhas pernas estavam entrelaçadas em volta de seu tronco enquanto ele me carregava até a cama. Era erótico, de certa forma. Nós sabíamos o que estava para acontecer. Estávamos inebriados de luxúria, colados um ao outro.

Eu arrastei minhas unhas por suas costas em uma vingança mal pensada e o baixista quase me deixou cair, surpreso. Seu braço estava todo arrepiado.

— Gosta disso, amor?

Ele me deitou sobre o colchão e eu não pude evitar o sorriso malicioso que surgiu em meus lábios. Debaixo do meu corpo, a cama era macia e espaçosa. Os joelhos de Hunter se afundaram no colchão, um de cada lado da minha cintura, suas mãos percorreram meus braços.

O baixista não respondeu a pergunta. Ao invés disso, nós nos encaramos. Ele, segurando meus pulsos acima da minha cabeça, e eu, presa em expectativa. Algumas molas invejosas rangeram, protestando sob o nosso peso, mas eu não dei atenção. Tive a sensação de que nunca havia visto-o tão de perto. Sob a luz fraca, aquelas pupilas negras me puxavam para dentro e me devoravam.

Eu soube o que Hunter estava fazendo no momento em que nossos narizes se tocaram. Seus lábios se moveram lentos sobre os meus e sua língua quente se enroscou a minha, roubando uma, duas talvez até três — batidas do meu coração.

Hunter estava em todo lugar. Eu respirava seu cheiro, provava seu gosto e sentia seu peso sobre mim. Se antes nós explorávamos o corpo um do outro com desespero, agora ele me beijava com calma e devoção. Aquilo não era um beijo. Era uma rendição. Por mais tentadora que a ideia fosse, meu corpo teve uma reação contrária. Eu estava tensa. Meu peito subia e descia descompassado enquanto eu pensava em uma saída.

Hunter não resistiu quando eu tentei soltar meus pulsos e nem quando eu o joguei de costas, montando nele.

— Desculpa por estragar o seu momento — eu arfei, aplacando um sorriso safado.

Não existia nada mais sexy que a expressão que Hunter tinha no rosto. Ele sorria, admirando minhas curvas. Os cabelos enegrecidos estavam espalhados sobre o travesseiro enquanto seus olhos claros percorriam minha pele nua, brilhando em um misto de veneração e luxúria.

Levei minhas mãos até a barra da cueca boxer, sentindo o tecido esticado sobre volume vigoroso. Era de dar água na boca. Eu puxei a última peça de roupa dele para baixo e o membro rígido pulou para fora, imponente.

Hunter terminou de se livrar da peça em um movimento rápido para se recostar nos cotovelos, glorioso em sua nudez. O corpo dele era um conjunto de linhas tensas e músculos rijos. Meus olhos desceram pelo torso nu e deslizaram até seu pau ereto entre suas coxas torneadas.

— Não vai se chupar sozinho.

— Vai se foder, Hunter.

Ele não precisou responder. O sorriso sujo falou por si só.

Eu imitei o gesto com o dobro de malícia e rocei minhas unhas compridas até suas entradas. Envolvi seu membro com cuidado, sentindo a dureza sob a minha palma. Era quente e macio. Hunter franziu o cenho levemente quando eu deslizei minha mão da base até a cabeça inchada, circulando-a com o polegar uma vez.

— Tudo bem aí em cima? — eu sussurrei.

O baixista fez um movimento positivo rapidamente com a cabeça, sua atenção voltada para o que acontecia na outra extremidade do corpo. Sorri diabólica. Eu bombeei a extensão de sua masculinidade lentamente, embriagada pelo tesão que exalava dos poros dele. Os lábios entreabertos me davam uma pista do que estava acontecendo.

Era uma visão espetacular.

— Porra, April — ele ralhou, o maxilar travado enquanto suas pálpebras pesavam — O que foi aquilo que você disse sobre... Preliminares?

As palavras entrecortadas fizeram algo frio se revirar no meu estômago. Eu o massageei mais uma vez e Hunter jogou a cabeça para trás, para o travesseiro.

- Eu quero sentir a sua bocetinha gostosa em volta do meu pau.

Aquilo era demais para mim.

Sem conseguir esperar, eu montei em sua rigidez e um arquejo escapou dos meus lábios logo em seguida. O desgraçado agarrou minha calcinha em dois punhos cheios e a destroçou, me libertando do último pano que cobria minha nudez.

— Eu preferia quando você as roubava.

— Desculpa, linda — Hunter murmurou, esticando o braço até uma mesinha de cabeceira.

Ele abriu a primeira gaveta com brutalidade, tateando o interior às cegas. Em questão de segundos, metade de um pacote de preservativos caiu no chão. Hunter rasgou uma das embalagens com destreza e vestiu o membro, desenrolando o látex pelo comprimento.

Nós trocamos um olhar, ambos pesados de cobiça, e minha excitação estremeceu.

Era naquele momento ou nunca.

Hunter estava duro entre as minhas coxas, pronto para mim. Sob seu olhar atento, eu espalmei minhas mãos sobre seu tórax e elevei meu quadril sobre o dele. Minha entrada se alinhou à cabeça de seu pau e, por vários segundos, nós apenas respiramos em silêncio. Eu o envolvi devagar e seus olhos azuis perderam o foco. Um som rouco escapou do fundo de sua garganta quando encaixei nossos corpos. Nós gememos juntos, extasiados. A sensação era indescritível. A cada centímetro que eu descia, minha carne se moldava a dele. Eu suava e latejava em cada terminação nervosa. Mal conseguia conter o fôlego nos meus pulmões.

O corpo masculino estava tenso debaixo do meu. Hunter segurava firme as minhas coxas, se controlando para não erguer a pélvis e estocar forte. Eu deslizei mais uma vez por toda extensão de seu pau, intoxicada pelo efeito que causava nele. Nós dois ofegamos. Finquei minhas unhas em sua pele e escorreguei até a base, brincando com a velocidade. Hunter tinha o maxilar trincado, as íris azuis me devoravam famintas. Eu derretia ao redor dele.

— Eu preciso comer essa tua bocetinha molhada — grunhiu entre os dentes, se preparando para me tirar do topo.

Meus lábios entreabertos se curvaram em um sorriso pervertido e eu usei minha força para aprisioná-lo contra a cabeceira.

— Espere sua vez — eu me afastei por inteiro e então desci, cavalgando gostoso em seu colo. A expressão em seu rosto se desfez em prazer. Mãos masculinas se moveram sobre as minhas coxas, guiando meus movimentos.

— Meu Deus, April — ele murmurou por baixo da respiração, seu músculo rígido fundo dentro de mim.

Minha mente girava em uma espiral de prazer enquanto meu quadril se movia sobre o corpo dele. Meu interior vibrava, carregado de eletricidade. Eu agarrei as mãos masculinas e as posicionei sobre os meus seios, que doíam por mais contato. O desgraçado sorriu, fitando minha boca, ciente de que eu estava perto, e plantou um beijo no canto dos meus lábios. Arfei surpresa quando ele castigou meu clitóris, estimulando o botão inchado com um beliscão.

— Que gostosa — sussurrou contra minha pele, acariciando meu clitóris com destreza. Era um movimento safado e ritmado. Eu estava perto para caralho.

Hunter guiou meu quadril para cima e me segurou no topo, erguendo o próprio corpo para estocar em mim. Olhei para onde nossas carnes se fundiam, suspirando seu nome como uma prece. Eu precisava de mais. Enlouqueceria se não o tivesse por completo. Minhas mãos se embrenharam em meus cabelos, desgrudando alguns fios minha pele quente. Espasmos de prazer atravessaram minhas terminações nervosas enquanto me movia com lentidão sobre ele, estremecendo a cada investida.

Não precisei falar nada para que o baixista captasse a mensagem.

Ele me puxou pelo queixo, moldando sua boca a minha em um beijo lascivo. O interior das minhas pernas estava melado com um líquido espesso e quente. Meus joelhos latejavam, cansados de sustentar meu peso, mas eu não reclamava. Só queria dar minha boceta até amanhã.

Finalmente, Hunter separou nossos lábios ofegante e mordiscou minha pele salgada enquanto eu atingia o ápice. Meu coração batia enfurecido no peito, obedecendo a uma cadência falha e desgovernada.

— Minha vez — disse próximo à minha orelha, me jogando de costas para o colchão. Contive um muxoxo quando seu membro deslizou para fora, ereto e lubrificado.

Hunter não me deixou descansar. Meus pulmões ainda lutavam por ar quando ele comandou:

— Fica de quatro.

Eu quase vi estrelas.

Nunca sequer imaginei que a voz dele seria rouca desse jeito. Nem em meus sonhos. Era pornográfico e delicioso.

Foda-se se meu corpo estava cansado.

Eu o obedeci, tremendo. Finquei meus joelhos sobre o colchão, perdida naquele emaranhado de colchas e roupas de cama, e um par de mãos experientes envolveu meu quadril. Ele me guiou para perto enquanto minha excitação latejava, implorando por atenção.

Sua palma aberta se chocou contra a minha bunda e eu gritei.

— Eu sempre quis te comer assim — as palavras mal deixavam sua boca — Você gosta, não é, princesa?

Hunter me agarrou pelas nádegas e eu empinei meu quadril. Estava ansiosa para receber suas investidas. Seu membro rijo deslizou pela minha entrada úmida, sem me penetrar, e uma lamúria baixa escapou da minha garganta. Fechei os olhos, afastando meus joelhos sobre a cama. De novo, escorregou toda extensão de seu pau pela minha boceta, mas não me invadiu.

Aquele vai e vém era tortura.

— Fala que você quer me dar de quatro, April.

Travei a mandíbula, determinada. Morderia a língua antes de atender a seu pedido.

Hunter roçou seu pau em meu clitóris mais uma vez e usou a cabeça de seu pau para espalhar vários tapas curtos pela região. Eu tremia e já não conseguia mais esconder.

— Fala pra mim.

— Hunter... Por... — eu não consegui terminar a frase porque ele voltou a me masturbar com seu cacete, estimulando a região inchada — Filho da puta.

Pude ouvir o desgraçado sorrir:

— Isso, linda.

Eu queria gritar, mas não tinha forças nem para conter minhas lamúrias sofridas. Hunter fechou uma mão em meu cabelo e enrolou a mecha ao redor de sua palma. Bastou um puxão firme para que minhas pálpebras se fechassem pesadas.

— Eu quero te dar de quatro — arfei — Me come de quatro.

Ele riu e sua respiração era entrecortada.

— Me avisa quando estiver perto de gozar — a rouquidão me provocou arrepios.

Canalha arrogante. Gostoso do caralho. Ele sabia que eu estava esperando por esse orgasmo há tempo demais. Resmunguei qualquer coisa, suada e trêmula. Mais do que nunca, só queria que ele me fodesse.

Não precisei pedir novamente.

Hunter me preencheu por inteira, de uma vez só. Eu encostei minha testa em um travesseiro, arfando silenciosa enquanto ele testava minha carne. Meteu de novo, escorregando toda sua extensão para dentro, até sua virilha colar na minha. Seus dedos afundaram no meu quadril e me mantiveram parada. Deu início a uma série de movimentos precisos e cautelosos, reivindicando cada centímetro molhado para si.

— Caralho — soou como uma constatação. Uma palavra suja, sozinha, foi capaz de traduzir tudo o que ele estava sentindo.

Era difícil pensar. Um grunhido baixo escapou dos lábios dele e levou minha razão embora como um sopro, apagando tudo que existia fora daquele quarto. A cabeceira da cama se chocava contra a parede e o mundo inteiro estremecia, entrando em colapso ao meu redor. Ele me invadia e me preenchia com prazer. Eu poderia passar horas ali.

Hunter.

Seu nome escapou da minha boca como uma súplica. Naquele momento, ele era tudo que eu conhecia: seus músculos, seu sabor e seus gemidos.

— Empina mais — rosnou, concentrado.

Hunter intensificou suas investidas, atingindo fundo dentro de mim. Meus joelhos começaram a ceder e ele desferiu outro tapa ardido contra minha bunda, me reposicionando sobre o colchão. O estalo ressoou entre as quatro paredes, mais alto que o som hipnótico e cadenciado de sua pele molhada batendo contra a minha.

— Porra, April — ele chiou — Aguenta mais um pouco. Quero te ver gozar.

Eu mal conseguia ouvir sua voz. Lágrimas se acumularam no canto dos meus olhos enquanto o clímax se aproximava. Eu estava sensível demais. Naquele ritmo, eu não agüentaria muito. Hunter deve ter sentido que eu não resistiria, porque forçou toda sua extensão para dentro de mim, me invadindo com gosto. O orgasmo me atravessou e me contraí ao redor dele, resistindo a suas estocadas. Gozei sozinha, de novo.

Um gemido vergonhosamente alto escapou dos meus lábios quando seu pau ereto escorregou para fora de mim. Minha carne latejou, sentindo sua falta de imediato. No momento seguinte, suas mãos me seguraram firmes e minhas costas foram de encontro à cama.

— Olhe para mim, April.

Íris azuis percorreram meu rosto, preocupadas, e finalmente me encontraram.

Lindo, suado e cheio de tesão. Naquele momento, Hunter era meu. Ele ergueu a mão para alcançar meu rosto e seus dedos calejados roçaram por meu queixo, descendo pela minha garganta. Nós nos encaramos em silêncio por um momento imensurável. Nossas respirações altas se misturaram e meu peito se acalmou. Era inebriante.

Eu assenti, trêmula sob seu toque, pronta para recebê-lo. Hunter uniu nossos corpos em um só, investindo tudo para dentro de mim. Seus lábios cobriram os meus em um beijo desesperado e exigente, que transmitia mais desejo do que palavras poderiam expressar. Meu ventre se contorcia a cada estocada, acumulando a tensão em um delicioso nó. Era carne contra carne enquanto meus pensamentos se desfaziam. Eu estava entorpecida com tantos estímulos, me derretendo e me contraindo de prazer ao seu redor.

Hunter sabia exatamente o que fazer para me enlouquecer. Ele murmurava palavras sujas contra minha pele, reivindicando meu interior com movimentos bruscos. Suas investidas vigorosas me guiaram até o ápice, ateando fogo em meus sentidos e me consumido por inteiro. O êxtase me invadiu em ondas e, por vários segundos, eu apenas tateei o torso masculino às cegas, mergulhada em sensações. Foi um orgasmo intenso e ainda mais poderoso.

Quando voltei a mim, Hunter tinha os olhos cerrados, maxilar tenso e os lábios entreabertos, presos em uma expressão voraz. Meteu mais algumas vezes antes de finalmente liberar tudo em um grunhido. Foi um som rouco e obsceno, que eriçou os pelos da minha nuca. Ele despencou seu peso sobre mim, prensando meu corpo contra o colchão.

Eu e Hunter.

Ambos nus, suados e sem fôlego em cima de uma cama.

Completos.

— Você não é leve — eu grunhi, tentando me mover embaixo daquela tonelada de homem.

Recebi uma risada preguiçosa de volta. Segundos se passaram e o baixista rolou para o lado, se livrando do preservativo. Por fim, meus pulmões se encheram de ar, livres de obstruções.

Minhas pernas estavam fracas e meu corpo moído. Estava tão relaxada que quase caí no sono. Se Hunter não tivesse se movido inquieto do meu lado, eu teria dormido. O baixista pescou algo no chão e trouxe para perto. Era sua calça jeans. De dentro de um dos bolsos, tirou um maço de Lucky Strike. O baixista colocou um cigarro entre os lábios e continuou a tatear em busca de um isqueiro. Quando percebeu meu olhar, perguntou:

— Você quer um?

Não consegui responder. Eu estava morta para o mundo e permaneceria assim por um bom tempo.

Hunter acendeu seu cigarro com o Zippo prateado e tragou longamente, preenchendo o pulmão com a química. Ele tinha os olhos fechados e o cenho franzido. Depois de hoje, aquela expressão compenetrada em seu rosto para sempre me lembraria de outra coisa. Meus olhos se arrastaram por seu abdômen desenhado, cobiçando o corpo que, minutos atrás, era meu para lamber e arranhar. Era uma visão de encher os olhos.

Céus.

O sexo fora espetacular. Eu me sentia exausta, mas satisfeita. Meu peito subia e descia como se eu tivesse corrido uma maratona, completamente em chamas. Eu teria dificuldades para me sustentar de pé, mas precisava ir embora o quanto antes. Se eu ficasse um segundo a mais entre os lençóis desarrumados, eu o atacaria com um beijo.

Três orgasmos em uma noite, April. Você só está impressionada. Vai passar.

Pelo canto do olho, pude enxergar Hunter. O baixista havia vestido a cueca boxer novamente. Suas costas repousavam contra a cabeceira da cama enquanto sua cabeça pendia para trás. Ele liberou uma coluna espessa de fumaça e a nuvem branca oscilou em espirais até o teto.

— Isso foi bom — eu murmurei, deslizando para fora da cama. Eu planejava sair do quarto sem prolongar o momento.

Hunter não reagiu ao ouvir o som do zíper subindo. Eu ajustei o vestido as minhas curvas e senti seus olhos queimarem a minha pele, mas não ouvi uma palavra vinda de sua direção. Estava surpreendentemente quieto em seu canto. Assim que eu toquei a maçaneta, porém, sua voz aveludada me interrompeu:

— Vai embora tão cedo?

Ele pousou os pés no chão e a cama rangeu sob seu peso. Levantou-se, caminhando até mim com um brilho divertido em seus olhos. O elástico da cueca boxer pendia em seus quadris, delineando as linhas definidas de suas entradas.

— Ainda tem uma festa acontecendo lá embaixo.

— Pode ter uma aqui em cima também — Hunter segurou meu queixo entre os dedos, me obrigando a fitá-lo. — Eu ainda não tive a oportunidade de te mostrar o chuveiro.

Qualquer vestígio de sorriso havia sumido de seu rosto. Suas pupilas negras me devoravam famintas, esperando pelos meus próximos movimentos. Eu senti meu corpo aquecer, reagindo positivamente a suas ideias.

— Só uma ducha rápida, April — ele se inclinou para mim e seus lábios roçaram no meu pescoço — Você não vai querer sair por aí cheirando a sexo.

Eu estremeci. Antes que eu pudesse formar uma resposta coerente, mãos firmes envolveram minha cintura e me arrastaram para perto.

— Andando por aí, coberta com o meu cheiro — sua voz era rouca e seu hálito quente arrepiava minha pele.

— Um banho pode ser bom — ponderei de olhos fechados e ouvi Hunter sorrir.

Como alguém escuta um sorriso?

Desvencilhei-me de seus braços, decidida, e o deixei para trás no caminho do banheiro.

— Gostosa — baixista grunhiu em meu ouvido e acertou meu traseiro com um tapa. Eu gritei, assustada — Não sei por que você se deu ao trabalho de colocar as roupas de novo.

Hunter alcançou o batente feliz da vida, sacudindo um pacote de preservativo entre os dedos.

— Quer parar com isso? — eu tentei não rir, mas era impossível conter minha risada quando ele sorria daquele jeito.

— Ou o quê?

— Vai ter volta, Campbell — avisei, simples — Proteja as suas bolas.

Levantei meus punhos à altura do meu rosto e uma risada masculina preencheu o banheiro. Hunter segurava o abdômen perfeito como se estivesse sem ar. A cada passo que eu dava para frente, o baixista recuava para trás. Continuamos nessa dança até seus ombros largos encostarem nos ladrilhos azuis do box.

Eu o tinha encurralado e o desgraçado não conseguia parar de gargalhar.

— Por que eu faria isso, sua maluca?

— Só se prepara.

Nossa lutinha estava tão real que o tapete do chuveiro escorregou até encontrar a parede, deixando nossos pés livres para deslizarem sobre chão gelado. Aproveitei essa distração para retribuir o tapa, mas ele foi mais rápido.

— Cuidado! — ele riu, me segurando antes que eu alcançasse partes perigosas — Só te lembrando que eu preciso ter um pau pra terminar o serviço.

— Como você é...

Minha frase se perdeu em minha boca quando Hunter inverteu nossas posições, me colocando contra a cerâmica fria. Eu tremi.

— O que você estava dizendo, amor?

Meus braços estavam espremidos entre nossos corpos, imobilizados contra seu torso nu. Eu umedeci meus lábios, encarando fundo o par de íris azuis.

Babaca.

Minha resposta o desagradou. Ele estalou a língua em desaprovação e um sorriso perverso surgiu em seus lábios.

— Você ainda não viu nada, April.

A voz dele era baixa e saía do fundo de seu peito. Seus olhos escurecidos de desejo desceram pelo meu rosto, atraídos para minha boca. Em uma fração de segundos, os lábios dele se moldaram aos meus em um beijo urgente. Meu vestido foi parar no chão, junto com sua cueca, em uma pilha do lado de fora do box. Hunter me pressionou contra a parede do chuveiro e minhas pernas entrelaçaram em volta de sua cintura enquanto seus dentes brancos raspavam minha pele salgada.

Tudo estava indo bem, até que um jato de água interrompeu nosso amasso. Por um segundo, eu fiquei tão assustada que não percebi que eu mesma havia empurrado o registro com o cotovelo sem querer.

Nós dois pingando, no sentido literal.

Eu estava em choque.

Hunter estava puto.

O cabelo enegrecido estava molhado, grudado em sua testa, destacando os seus olhos muito azuis. Inúmeros tons de turquesa salpicados ao redor de suas pupilas, em uma miríade de cores, a fonte da minha loucura.

Havia uma ironia perversa em sua fúria.

— Você não estava brincando quando disse para eu proteger minhas bolas, não é?

Meu choque foi substituído por risadas, e as risadas foram substituídas pela falta de ar. Minhas coxas tremiam ao redor do quadril dele enquanto eu gargalhava até meu estômago doer. Eu ria tanto que entenderia se Hunter dissesse que eu fiz de propósito.

O chiado da água caindo contra o piso frio abafou o barulho da embalagem do preservativo se rompendo. Sequer dei atenção quando o pacote vazio encontrou o chão. Meu sorriso se desfez em um arquejo quando Hunter me preencheu de uma vez só, estocando ferozmente. Corri meus dedos por suas costas úmidas, segurando-me a ele.

Nós ficamos ali até nossos gemidos embaçarem os vidros do box, como o vapor quente que condensava em umidade. A água corrente era a única testemunha dos nossos beijos desesperados. Ela cobria nossos corpos trêmulos, levando nossas confissões sussurradas até o ralo, para que nunca mais pudessem ser ouvidas.








N/A: O povo CLAMOU por este dia!!!1! Eles pediram e imploraram para que a justiça para esse casal, talvez o mais interrompido das terras wattpadianas. Resistiram bravamente por SEMANAS afinco, sem nunca descansar (acrescentei um pequeno drama, nada demais). POIS BEM, eu, como autora e shippadora suprema desse casal, decidi ATENDER AOS SEUS PEDIDOS *barulho de multidão enlouquecida*

Restou alguém vivo por aí?

April certamente está nas nuvens. Ela teve seu desejo número um realizado, não disse qual. [emoji safadinho]

Me digam o que vocês acharam, etc. Qualquer erro ou crítica, é nois!! Eu estava meio insegura sobre esse capítulo kdkkkgjh Aliás, vou propor um drinking game: toda vez que um sinônimo de p*u ou b*ceta surgir nessa cena do quarto/banheiro, a gente vira um shot. Coma alcoólico vem kkkkkk

Muitos de vocês devem ter lido o anúncio no começo do capítulo e ficado meio "wtf" porque já leram cenas quentes por aqui, mas eu me senti na obrigação de colocar um aviso porque nunca tinha escrito algo ~tão~ explícito.

Por fim, deixo aqui um agradecimento aos meus denguinhos que esperaram pacientemente por BS ♡ Vocês são demais. Seus votos, comentários e mensagens são tudo para mim. Esse amor e suporte que BS tem recebido/recebeu/receberá faz toda diferença.

CARAMBA?? QUASE QUE ESQUEÇO DE FALAR!! SOMOS 500K AGORA!! BULLSHIT ATINGIU A MARCA DE MEIO MILHÃO DE ACESSOS, PORRA!!!!!1!

E O PERFIL DO INSTAGRAM TEM 2K DE SEGUIDORES, GENTE PRA CARALHO!!! ijdlfgjhjjfl Não tô sabendo me controlar.

Se você quiser receber notificações das postagens, me segue aqui no wattpad ou no instagram! Eu sempre aviso das atualizações (já que o wattpad quer me sabotar lkdjflj)

Um beijo e um cheiro,

B.

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