15 | Cʜᴀᴘᴇʟ Rᴏᴀᴅ
— E AÍ? — PERGUNTOU SETH após poucos minutos em silêncio. — Como é toda essa cosa nostra de cobra vampiro que tem feito? Vocês se sentam para comer copa com um ratinho no topo?
Segurei o riso, Richard revirando os olhos pelo retrovisor.
— Hilário — respondeu a contragosto. — É uma tradição antiga e rica da qual tenho o privilégio da participar.
— Oh, me desculpe — zombou Seth. — Mas é bem grande.
— O quê?
— A operação, tudo que os Marrons têm.
— Isso é racista — reclamei, acertando Seth atrás do pescoço.
— Aí, Salem! — exclamou ele. — O termo nem é meu. O tio Eddie disse que esse é o termo. Ele rastreou as remessas deles.
— O que ele sabe sobre isso? — perguntou Richard. — Qual a jogada dele?
— Não sei — respondeu. — Conhece velhos vigaristas. Gostam de sonhar
Richard bufou, nos olhos se encontrando rapidamente pelo retrovisor.
— Você se entusiasmou com esse golpe — disse Richard ao irmão. — Está é minha área. Fique fora dela.
Antes que Seth pudesse responder algo, seu celular tocou, logo o tirando do bolso do terno, atendendo a ligação para desligá-la em poucos segundos.
— Chapel Road.
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— DIMINUI! SETH, O QUE ESTÁ FAZENDO? — gritou Richard, discutindo com o irmão que tentava ultrapassar o caminhão a nossa frente.
— Quer trabalhar sozinho? — perguntou. — Não nos tragas junto.
Seth encostou na traseira do caminhão, o impacto me jogando para a frente, mas fui felizmente segurada pelo cinto de segurança. O caminhão branco rodou na pista, parando a poucos metros de nós.
— O que diabos você fez?
— O que precisava ser feito.
Assim que descemos, o caminhoneiro fez o mesmo, gritando xingamentos em nossa direção conforme se aproximava.
— Cabrón, você quase me matou — disse ele, irritado.
— Volta para o caminhão e continua dirigindo — mandou Richard, mais bravo ainda.
— Não até ele tirar a carga — avisou Seth. — Se quer tanto saber para onde eles está indo, pergunte! — Seth apontou para o caminhoneiro, os dois desejando se socar. — ¿Dónde está tu jefe?
Ele se transformou, presas saltando para fora. Enquanto Richard respirava fundo para se acalmar, Seth sacou a estaca escondida em sua manga e a empunhou no coração do culebra, seu corpo se transformando em pó.
— Agora terá que encontrar o esconderijo do chefe de outra maneira — avisou.
— Idiota — xingou-o Richard. — Estava como uma estaca o tempo todo!
— Mas é claro! Não é como se tivesse se transformado e me defendido — disse Seth, indignado. — Até a bruxinha ali teria feito algo antes de você!
— Não sabemos para onde ele estava indo — lembrou-o. — Você estragou a minha única chance de acabar com isto.
Antes que a discussão dos irmãos Gecko se prolongasse, uma viatura se aproximou de nós. O policial rapidamente se aproximando de onde estávamos. Richard foi rápido em ir para trás do caminhão, Seth me puxando com ele, indignado, até o policial.
— Xerife, pensei que tivéssemos um acordo.
— Novo acordo — informou o xerife corrupto. — Cansei de fingir que não vejo esses caras. Não são cartéis, filho, mas eles são ricos e vão pagar muito bem por isso. Ou seja, terei meu próprio plano de saúde. Chega de remédios falsificados. Ah, estou falando de remédios de marca e plano de saúde de qualidade.
Seth assenti, fingindo estar entendendo.
— E para você e seu parceiro, uma bala-no-cérebro.com — disse ele, a mão na arma em sua cintura. — Mas talvez essa gracinha ao seu lado sai ilesa se vier comigo.
Revirei os olhos, contendo o nojo que me vinha a aparecer.
— Traga seu parceiro aqui, vamos.
— Ele é meio irmão — disse Seth. — E essa aqui é a minha ex-cunhada ou algo do tipo. Mas você nem sabe quem somos, certo? Roubamos 30 milhões em títulos no banco de...
— Abilene — completou o xerife. — Puta que pariu! São os irmãos Gecko.
— Se fizer isso direito, talvez ganhe medalhas — sugeriu Seth. — Talvez apareça na Tv.
— Traga ele aqui — mandou mais uma vez.
Seth me encarou, trocando aquele olhar cúmplice que aprendi a decifrar nos últimos meses.
— Richard! Não podemos tomar o caminhão — gritou Seth. — Mas o xerife aqui sabe onde entregá-lo. Quer andar logo? Eu prefiro acabar a noite sem uma bala no cérebro.
Richard se aproximava com calma, mas o xerife não tinha paciência. Em um banque, a arma estava colada ao lado da minha cabeça. Seth e Richard se alarmaram, sabendo que qualquer movimento brusco deles poderia resultar no meu fim.
Seth não sabia o que fazer, enquanto Richard e sua mente tramavam algum plano para me tirar daquela situação. Senti meu coração acelerar cada vez mais. Eu estava com medo, se ele apertasse o gatilho, eu morreria.
— Essa garota é inocente — disse Seth com calma. — Por mais que seja minha ex-cunhada, foi o idiota do meu irmão que colocou ela aqui, mas ela é inocente.
— Cala a boca — mandou o xerife.
— Solte ela — pediu Richard, se aproximando.
— Preocupado com a sua namoradinha super gostosa, é?
Antes que eu pudesse ver, o xerife acertou a arma em minha cabeça. Meu olhos se fecharam instantaneamente enquanto meu corpo caiam no chão molhado pela serração da noite. Deixei a inconsciência me levar para um terra sombria e sem sonhos.
Do que adiantava ser uma bruxa poderosa se meu corpo externo ainda era fraco como o de um humano.
𝙉𝙊𝙏𝘼𝙎 𝙁𝙄𝙉𝘼𝙄𝙎:
Para quem viu, criei um grupo de WhatsApp ontem, mas o que deveria ser um grupo de leitura acabou virando um Coven de bruxas.
Quer entrar para o nosso Coven?
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