Xing Ling - III
📌 Músicas da Playlist:
• You Give Love A Bad Name - Bon Jovi
• STUPID - Ashnikko
...
Após escutar, Yoongi se virou brutalmente, notando o zumbi agora em sua frente. Em um piscar, um movimento, ele se aproximou, prensando Min, abriu a sua boca, direcionou seus dentes e... Meus olhos fecharam, desistindo de ver a dolorosa cena. Já tinha noção do resultado, nunca pensei que veria alguém morrendo por teimosia e ignorância, e por mais que sentisse ranço, também sentia também certa culpa.
Ah Yoongi, se você fizesse questão de ter me dado menos trabalho...
— Vou ter que me virar sozinha... pequena Krystal — suspirei fundo e ainda de olhos fechados, apoiando os cotovelos e massageando a testa.
(Chamada de Telefone)
— Ei, você está chorando?
Abri meus olhos lentamente, a voz era reconhecível, perceptível só pela entonação brincalhona, Yoongi estava próximo da câmera, seu nariz chegava a espremer devido a falta de distância, e é lógico, seu sorrisinho travesso se formou nos lábios, completando a tela do computador.
— Desde quando eu chorei? — Fui ferrenha, me recuperando do leve susto, apesar de já conformada. Ele está vivo, foda-se o resto.
— Não se preocupa cara, eu não vou te julgar por isso — murmurou, se afastando das câmeras. — Mas por que você estava tensa? — Sussurrou, voltando a andar.
— Se você morrer, terei que lidar com mais um zumbi... — expliquei, dando uma mera desculpa do leve choque que tive.
— "Zumbi"? Que porra é essa?
— Esses bichos que você está matando... — continuei a observá-lo através do computador.
— Não os chame dessa palavra com Z!
— Porquê não?
— Essa palavra é muito... Nojenta! Parece que veio de quadrinhos, filmes, enfim, ficção!
Min Yoongi não é nerdola? Hm...
— O.k... Cuidado com esses "zumbis" então — aticei-o, limpando as minhas unhas, mais tranquila agora.
— Vai se foder Queen — resmungou.
— Vai você, arrombado — respondi, juntando minhas sobrancelhas.
— Mimada.
— Irritadinho.
— Enfim — suspirou fundo, continuando a andar pelos corredores. — Tem mais "algo" nesse corredor?
— Sim, contém infectados pela região — prestei atenção nas câmeras, notando que outro ser se movimentou, seguindo os barulhos de Min.
— Onde?
— Yoongi! Fale mais baixo, eles estão te notando. Dois já estão próximos de você — passei o recado. — Cuidado com a sua direita.
—🌷A·h·r·i Q·u·e·e·n🌷—
—•↪M.i.n Y.o.o.n.g.i↩•—
Quando Queen alertou, escutei três vozes se dissipando ao fundo discretamente, quase imperceptível. Ah-ri citou apenas dois, o que me causou certo incômodo, e mesmo que de modo inconsciente, despertando adrenalina.
— Queen, não são apenas dois? — Usei uma tonalidade baixa, andando em passos delicados.
— São apenas dois... — suspirou fundo, verificando, logo devolvendo uma resposta. — Yoon, melhor você saí daí. Se esconde!
— Me esconder? Como assim? Por que?
— [...] está perto! — Exclamou.
— Queen? Queen?! — Alterei minha voz, ouvindo sua voz a falhar.
— [...] Yoon! Atrás! Corre! — Se desesperou, enquanto a chamada continuava a cortar.
Em um movimento me virei, três infectados me cercavam enquanto corriam, um jogo sujo onde eu usaria a parede ao meu favor. Empurrei os dois primeiros, com velocidade, segurei o pescoço do último, afundando a garrafa em sua cabeça, em seguida, joguei seu corpo em cima de outro.
Enquanto o seguinte vinha, realizei o mesmo procedimento: levei minhas mãos ao seu pescoço e afundei a arma em sua cabeça, porquanto, antes que eu o matasse, sua força esmagante me levou, prensou minhas costas aos tijolos frios da parede e me afogou. O infectado antes encurralado se aproximava, deixando de lado o corpo morto acima.
Encarei o ser o qual me prensava, dessa vez, acertando-o no seu rosto, com isso, atrasei os seus movimentos. Retirei o frasco, atingindo sua cabeça novamente, agora, aprofundando o vidro cortante, tendo certeza de sua morte. A arma estava junta como a Excalibur num cérebro. O finalista já se direcionava, me deixando sem opções, empurrei o semi-cadáver novamente em direção ao chão, retardando-o de seus movimentos.
Preciso fugir, não vou conseguir continuar.
No corredor estreito desviei meu olhar para a câmera, logo, voltando para o zumbi furioso.
Ser criativo para matar! Estilo Zombieland! Sem Z de zumbi ou sem zumbi... Aaaah.
Engoli em seco ao ver ele se aproximar, tal havia velocidade, fácil de derrubar, porém, difícil de desviar ou fugir.
Fodeu.
Corri até ao óbito do chão, tentando retirar a Excalibur presa nos miolos perfurados, havia um líquido nojento em minha garrafa e não seria este somente sangue.
— Eca — saquei o recipiente.
O terceiro se rebaixou, me prensando contra o chão e atacando, segurou meus braços e tentou contra minha barriga.
— Maldito — xinguei-o, tentando o empurrar.
O infectado parecia roçar meu abdômen, sua boca estava perto, ele iria me saciar; antes que eu deixasse, espremi minhas pernas, pressionando-as contra o seu corpo, num breve chute, levei-o para a parede oposta, resultando na batida da sua nuca até o armário. Um desmaio precoce creio eu.
Um barulho altíssimo suficiente para todos escutarem, Queen estava certa, havia uma horda na região, e ela não comentava nada, mesmo após um momento tão incerto estava calada.
— Alô? — Fiquei duvidoso, tendo agora noção que a chamada havia caído.
Eu estou sem créditos e logo vou morrer sozinho, onde Queen está? Será que ela pode me retornar logo?!
—•↪M.i.n Y.o.o.n.g.i↩•—
—🌷A·h·r·i Q·u·e·e·n🌷—
E agora, o que eu faço? Não tenho créditos e deixei Yoongi em apuros. Ele conseguiu enfrentar os três sozinho? Mas e a horda? E aquele doutor que procurávamos?! Puta que pariu.
Fechei meus olhos, desviando eles até a Krystal. Refleti sobre os seus pais, Hyuna e Kim Hyojong, e o comentário de Yoongi que agora me fomentava.
— Minha tarefa agora é protegê-la! Hyuna pediu para cuidar dela. Kim Hyojong deve estar morto também...
Yoongi: Oi? Hyojong e Hyuna?!
— Sim... Por que a exaltação?
Yoongi: Nada, Krystal o nome dela, né?
— Isso mesmo.
Yoongi: Perfeito, já sei o suficiente.
— Krystal... É muito difícil perder os pais, e embora eu tenha minhas desconfianças, te criarei como minha, minha primeira e única... — certifiquei para a menor, trazendo-a para o meu colo enquanto me recordava de mais informações.
Após alguns pensamentos meus, notei Krystal chorar pela posição desconfortável, tentei diversificar: ajustei os braços, apoiei sua cabeça no meu peito, me ajustei no assento, nada funcionava, a situação só piorava, lágrimas já caíam de seu rosto e próximos estariam os seus gritos. Motivo? Desconhecido.
Batidas na porta interromperam Krystal, distraindo-a por um breve momento, deixei-a em cima do móvel, e peguei uma caneta, sendo a única ferramenta em mãos para se trabalhar.
Ela não vai se transformar em uma espada... Infelizmente.
Encarei a realidade, somente abri a porta, imaginando ser um infectado ou algo do tipo, assim miro, mesmo antes de sequer pensar, eu ataco. Assustado pelas boas-vindas, Yoongi me encarava, estava surpreso, atônito, de mãos para o alto para satirizar. Tranquei a porta em seguida, devolvendo o olhar fixo e desconfiado.
— Você tá vivo? Ou tá morrendo?
— Não sou santo, mas opero milagres. Eis a questão — explicou, recuperando o fôlego, ele aparentava cansaço.
— Conseguiu alguma coisa?
Min devolveu um sorriso orgulhoso, um tanto animado, levou sua bolsa para mesa, abriu o zíper e voltou suas íris para mim.
— Trouxe umas coisas pra pitchuca — espremeu seus olhos quase invisíveis, a culpa era de suas bochechas. — Quer ver?
Seu jeito abestado me fez estranhar, tombei a cabeça, rindo do seu jeito idiota, carente, sem moral alguma. Estou quebrada, quebrada pela realidade.
— Oh bocó sem bunda, trouxe pra gente também — desfez o sorriso, me chamando de volta para a terra.
Me aproximei dele, vendo que na bolsa havia recursos básicos. Bolacha água e sal, água, pão, café, margarina e um pouco de leite para Krystal. O porta-bebê estava no seu peitoral, ele passou no berçário.
Hm, trouxe mais do que eu esperava. Sorri satisfeita, porém logo me lembrei.
— Conseguiu as chaves?
— Hmmm, vamos ver — disse pensativo, mostrando o chaveiro entre seus dedos, um sorriso ladino invadiu seus lábios. — Essa daqui?
Abrimos o tão esperado armário, — que antes estava trancado —, e haviam diversos produtos, desde alguns remédios como: paracetamol, anticoncepcional, dipirona, anti-inflamatório até a bisturi, além de outra chave. Essa ferramenta dava acesso a um refrigerador usado para armazenar vacinas. Para liberar espaço aos produtos que necessitam de frescor, tomamos cuidado, deixando todas as vacinas num canto isolado, liberando espaço.
Comecei a guardar os objetos, percebendo Min retirar sua camisa — um pouco suada e suja —, jogando-a num banco, ignorando o resto, encarando Krystal fixamente, aproximando-se dela. Voltei minha atenção para a bolsa, notando um volume e peso ainda presente nela. Abri, vendo diversas camisinhas empacotadas, e pela curiosidade, comecei a contar... Motivo? Não sei.
Ele não é safado a esse ponto né? 1, 2, 3... 5... 8... 10... 16... 19? Ele... Ele é doido?! Vou furar essas merdas antes que ele comece! Terei desculpas pelo menos.
Fui ao armazém congelado, puxei a sua tampa, depositando lá os preservativos, escondê-los seria a melhor ideia. Uma mão invadiu minha cintura, acompanhada pela sensação gélida no meu abdômen, Min sussurrava no meu ouvido.
— Vai jogar fora? Podemos usar pelo menos uma hoje — sugeriu.
— Talvez não — mordi os lábios, sapeca.
— Hm... — sorriu vitorioso, distribuindo beijos em meu pescoço. — Já está arrepiada?
— Eu deixei a merda do armazém aberto — fechei a sua tampa, virando-me de frente para ele.
— Que desculpa esfarrapada — riu fraco, aproximando nossos rostos.
— Que sedução xing ling — levantei uma sobrancelha.
— Igual você — reclamou, revirando os olhos.
— Meus ovos.
— Você tem "ovos"? — Zombou do meu linguajar.
— Pega no meu pau, Min Yoongi.
— Pode me chamar de Suga, não era esse meu nome de agente secreto? — deu de ombros, insistindo na pegada sexy.
— Suga meu pau, Suga — brinquei com ele.
— Muito engraçada você — foi sarcástico, retirando a mão de minha cintura.
— Obrigada — agradeci.
— Você é excelente em quebrar climas — suspirou fundo, sentando na mesa.
— Eu sei, mas pra transarmos é preciso que eu guarde interesse em você — fui direta.
— Interesseira.
— O senhor queria me pegar até agora pouco.
— "Senhor"? Devo ser 2 anos mais velho que você — Min respondeu sério, embora sereno.
— Nossa, que velho.
— Do mesmo jeito que você me deve respeito, garota, não temos a mesma idade — olhou suas unhas.
— E você deveria ter medo de mim.
— Não, não, não senhorita, você que deveria ter medo de mim — cruzou as pernas enquanto observava a caneta na mesa.
A caneta que usei para quase matá-lo.
Notas do Autor:
Salveeee cambada! Belezinha? Tô trazendo as atualizações das bagaças para ficar legível ksksksk... Eu não sei mais o que escrever, então tchau :)
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