Não é assim que se Brinca! - XI

📌 Músicas da Playlist:
• You Give Love A Bad Name - Bon Jovi
• Barracuda - Heart

...

Escutei os dois cantando e um baixo grito vitorioso, quem seria abençoado com a minha ilustre presença?

— Não se meta comigo, baixinho! Eu vou dormir aqui — Min comemorou, soltando uma breve risada.

Depois disso, me deparo com Yoongi, se jogando na cama ao meu lado, feliz por conquistar aquele mérito.

— Oh, esse prêmio é perfeito — comemorou, provocando seu adversário.

— Irritante — Jimin suspirou fundo, bravo por não dormir no colchão comfort queen.

— Boa noite, pessoal... Aliás, vamos dormir, Jimin? Está ficando tarde — Suran se direcionou até o outro cômodo, na sala do gerente.

— Vamos... — sentiu-se derrotado.

Jimin revirou os olhos, insatisfeito por não dormir ali, do meu lado, acompanhava Suran pela educação, e sua fúria era estampada pelo seu silêncio.

Goodbye, my little friend — Yoongi debochou.

— Boa noite, Queen — Jimin somente despediu-se de mim, voz suave e delicada.

— Boa noite — sorri fraco, notando a porta que separava os dois cômodos sendo fechada.

Min e eu ficamos em silêncio por instantes, o único som audível era a respiração de Krystal dormindo; me virei de lado, tentando adormecer melhor, porém, impedida fui por algo, ou melhor, por alguém, tratava-se dos braços de Yoongi, que, envolvidos em minha cintura, estavam tortos, desajeitados, mas, ao mesmo tempo, aconchegantes.

— Eu não consigo dormir sem abraços... — comentou. — Desculpe.

Ah é? — Ergui uma sobrancelha, virando a face para ele.

— É costume.

— Entendo.

— Mas... Você se machucou muito, né? — Olhou para minha mão e a segurou, e mesmo deitado, brincou de entrelaçar os dedos, soltando um sorriso maroto sempre que as cruzava. — Bem macias, mesmo machucadas.

Não soube como reagir, risos baixos e nervosos emanavam de minha boca, e quando mais desprevenida, ele me pegou.

— O que foi?

— Isso soou clichê.

Yoongi riu, e de sobrancelha levantada, argumentou.

— Sua risada parece com a de um golfinho.

— Teve ânsia após comer a chapeuzinho vermelho, lobo mau?

Dei gargalhadas devido a estranheza, um belo xingamento, a sua expressão era impagável, incentivou-me a rir mais.

— A Chapeuzinho é você! — Sussurrou. — Aí sim eu vomito.

— Quer me comer também, é?

— E não está óbvia a resposta?

Você não presta — neguei com a cabeça.

— E desde quando prestei?

O maior se sentou com as pernas esticadas, e aproveitando-se da posição, utilizou as mãos para retirar a sua calça.

Aaaah! Eu não vou dormir com você assim.

Assim como? — Ele disse.

— Seminu.

— Eu não consigo dormir com roupas!

Dane-se, coloque uma roupa decente!

— Ah, sua chata! Frescura em pessoa.

Ignorei as suas falas, meu sono era maior do que a vontade de discutir, então apenas me acomodei no colchão novamente.

—🌷A·h·r·i Q·u·e·e·n🌷—

—•↪M.i.n Y.o.o.n.g.i↩•—

— Boa noite, sua bobinha.

Continuei a encará-la, soltando um sorriso bobo, ela estava bastante cansada, o fato de não ter xingado de volta já provava muito. Suspirei fundo, agindo por um mero impulso eu diria, muitas coisas estavam a ocorrer em tão pouco tempo, não estaria precipitado em agir de tal maneira. Me aproximei de sua bochecha, deixando um beijo no local, talvez aquilo fosse um possível proveito, mas não privaria aquelas vontades.

—•↪M.i.n Y.o.o.n.g.i↩•—

—🌷A·h·r·i Q·u·e·e·n🌷—

Senti seus lábios molhados em minhas bochechas, elas me traíram e se aquecerem levemente, pressionei minhas pálpebras fortemente, pensamentos que mal faziam sentido me invadiram. Droga.

Min Yoongi, por que você é tão idiota?

.·.⌚.·.

Acordei com a melhor cena de toda a minha vida, queria ao menos ter meu celular de volta para fotografar o momento. Yoongi dormia com as pernas juntas, braços esparramados, e boca aberta muda, que escorria um córrego de saliva.

Sendo a única acordada naquele horário, decido por mim mesma vingar-me de Yoongi. Olhei para Min novamente, planejando em como acordá-lo, tarefa difícil para descontar o resto de meu ódio por ele. Isto para não demonstrar outros sentimentos.

Fui ao mercado, atravessando a porta, saquei um copo de plástico personalizado e abri uma geladeira fixa na parede, tirei uma garrafa de água e servi-a no copo enquanto assoviava.

Escutei alguns barulhos, ruídos estranhos e alucinações após um sono comum, não seria nada relevante, nada anormal, acredito... Caminhei até o nosso "dormitório", com desconfiança, mantive o meu autocontrole, evitando exalar o medo corrente em minhas veias. Voltei, e fechei a porta pelo incômodo. Suspirei fundo, encarando Min, aliviada ao vê-lo na exata posição que o encontrei.

Será mesmo que isso é certo? E se não for?

Virei o copo de água, não pensando certo. Admito, depois que realizei fiquei apreensiva, as consequências eram muitas. O mesmo acordou mal-humorado, seus palavreados eram cobertos por dialetos fortes, pouco divertidos e sérios o suficiente para partir-me ao meio, ele sentou-se no colchão, guiando um olhar furioso, devido ao cabelo encharcado, alguns pingos escorriam pelas bochechas.

— Que desnecessário, puta que pariu.

— Não pude evitar, você falou que me comeria.

— Isso não é um elogio? — Arqueou uma sobrancelha, um tanto espantado com a minha burrice.

Não, você disse que me vomitaria.

— Cada caso é um caso — dei de ombros.

— Eu estava na melhor parte do sonho... — passou sua mão em seu rosto, tentando recuperar a paciência.

Tava quase me beijando, é? — Testei sua tolerância.

Min se levantou e retirou o copo da minha mão, e sendo consciente, apenas recuei os passos, evitando uma briga, mas, de pouco adiantou, o mesmo me levou à parede e lá prendeu os meus punhos.

— Você não quer que eu faça isso...

Engoli em seco quando ele fixou um olhar afiado, não me arrependia de tê-lo desafiado, o perigo era um risco imperdível.

— Você não vai me responder, não é? Questionou novamente, abaixando o tom.

Pessoas normais alteram a voz quando estressadas, mas ele a diminui... Isso é psicopatia, me dá calafrios, isso é terrivelmente... Terrivelmente arrepiante.

Ainda com o seu olhar fixo, ele me apertou ainda mais contra a parede, e cedida a pressão, descido devolvê-lo um olhar na mesma intensidade.

— Por que não fala nada? O gato comeu a sua língua?

— O lobo mau comeu ela — tomei a iniciativa ao depositar minhas mãos em seu pescoço.

— O que você está fazendo? — Perguntou, em choque com a minha rápida ação.

Aproximei nossos lábios para poder beijá-lo, fechei meus olhos para poder senti-lo, porém, Min se afastou.

— Não, você tem que arcar com as suas consequências.

— Que consequências?

— Jimin e Suran — manteve distância, surpreendendo-me com o seu comentário e ousadia. — E você não fica com japoneses.

— Japoneses de pau pequeno! — Corrigi o mesmo.

— O que é pequeno para você?

— Algo que não é grande.

— Eu jurava que não sabia! — Rebateu sarcástico.

— Você nem brincar sabe...

— Me ensine.

Em passos marotos me aproximei dele, empurrando-o para sentar-se no colchão, e em seguida, subo em cima do seu colo, dedilhando em seus ombros e juntando as nossas testas, estava quase a beijá-lo novamente. Saquei o travesseiro atrás dele, afundando em sua face.

— Está vendo? É assim que se brinca, seu bobo!

Nós começamos uma guerra de travesseiros na qual rendeu risadas, sorrisos e algumas penas voando pela sala. No fim, caímos no colchão, exaustos, aliás, nenhum havia ganho. Yoongi me olhou por um tempo, e desse modo, começo a encará-lo com a sobrancelha levantada, e vê-lo sorrir foi uma resposta confortável.

Jimin e Suran acordaram com os barulhos direcionados da nossa sala, então Min e eu paramos de brincar, fingindo o adormecimento até quando a porta se abriu.

— Bom dia gen... — Jimin nos olhou. — Eles não estavam brigando?

— Vai ver que caíram no sono novamente...

— Vamos montar uma mesa para o café, Suran.

Eles abriram e fecharam a outra porta, buscando assim os itens no mercado.

— Tivemos belos benefícios — expressei alívio.

Arrumamos tudo, encostamos o colchão na porta, bloqueando ainda mais a passagem do estacionamento; limpamos a sujeira, e colocamos os travesseiros em cima da penteadeira. Jimin e Suran chegaram com a mesa e as cadeiras de bar, organizando-as no centro da sala.

— Como os anjinhos dormiram? — Suran interrogou.

— Bem, porquê? — Perguntei.

— Bem demais pelo visto, estavam até agarradinhos Park se pronunciou.

— Um abraço de amigos, certo Queen? — Min deu de ombros, sugerindo.

Depende das intenções.

— Vamos arrumar a mesa! — Tentei mudar de assunto.

Arrumamos a mesa e tomamos um café reforçado, como todos estavam quietos, decidi iniciar uma conversa, o famoso puxar assunto enquanto comíamos.

— Iremos ficar aqui para sempre?

— Provavelmente, até a comida esgotar, talvez... — Min respondeu com seriedade.

— Tem muitos infectados, além dos atraídos pelo celular. Se queremos sair... Não será fácil — Park concretizou.

— Com certeza ele já parou de tocar. Necessito pegar um novo aqui! — Afirmei. — Perdi o abs do Shawn Mendes!

Todos me olharam com transparência, surpresos, mas incomparáveis com a expressão de Yoongi.

— Devemos nos armar melhor, certo? Pegar mochilas maiores, facões, armamentos... — citei o que precisávamos.

— Nos limparmos também seria adequado, higiene para prevenir doenças — Park fortificou a ideia. — Hoje mesmo podemos ir ao banheiro daqui para nos lavarmos, concordam?

— Sim — todos nós afirmamos.

— Vamos dar um up no nosso carro, reforçar os vidros, trocar rodas, colocar bagageiros... — dei sugestões.

— Explorar, buscar, conhecer mais pessoas... — Shin suspirou.

— Teremos de evitar brigas para ficarmos unidos — Park sorriu, fofo e leve.

Yoongi me fitou e disse...

Notas do Autor:

E aí, docinhos? Turu bom? Espero que tenham gostado do capítulo um pouco mais... Romântico? Enfim, pitadinhas leves.

FIQUEM LIGADOS COM O PRÓXIMO CAPÍTULO!!! ❤

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