Apocalipse - I

SOBRE A FANFIC:

• Os personagens serão apresentados conforme a introdução do enredo e haverá mortes.

• Leia atentamente para maior compreendimento (não uso palavras difíceis, somente tenho escrita confusa).

• Os meninos estão distorcidos da realidade, porém, sem aqueles estereótipos infantis.

• Nem todos os capítulos falarão sobre o apocalipse, haverão outros problemas futuros.

• A vacina NÃO é a causa do apocalipse, leiam a história por completo e entenda a origem deste.

Boa leituraaa❤

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Book Trailer:

📌Músicas da Playlist:
• Machine Gun (Fuck the NRA) - YUNGBLUD
• It's My Life - Bon Jovi

Uma garota forte, esperta, astuta, com um olhar de raposa, musculatura corporal legal, cheias curvas, cabelos sempre hidratados e gostosa pra caralho. Assim eu me apresentaria: uma tentação dos céus. Bom, essa sou eu, Queen! Com 19 anos de juventude. Nascida em São Paulo, capital, com tecnologia coreana dos genes do meu pai. Sokcho, é a atual cidade que moro e possuo cidadania, é pequenina, cidade turística, um deserto se não fosse pela vista bonita...

Vivia bem, oh, bem demais, e embora desempregada me aproveitava da herança — ou do que restava dela — e me sustentava. O único problema existente a todos irritava, a doença... Maldita doença, se não fosse por ela...

O noticiário alertava uma nova vacina, a proteção das diversas mortes, a solução para o restante do mundo. Mais do que uma simples gripe, essa doença atinge a todos, é grave e seus sintomas são perigosos. Tosse seca, pele sensível, pulmão contraído, sangramentos constantes, chegando a mudanças de comportamento. É um vírus, e causava traumas a outrem que o pegava.

A TV reproduzia um noticiário, um recado breve de um especialista e um jornalista, ambos aparentemente exaustos pela carga horária extrapolada.

"Essa nova vacina não será suficiente nem para Seul, quem dirá mundo à fora. Essa pandemia já afetou um quinto da Ásia inteira. Algo anteriormente tão insignificante para o governo causou diversos óbitos. Pessoas que não mereciam morrer, não mereciam sofrer e que... Me de-desculpem... E-eu..." — Doutor Lee se rebaixou e ao vivo desmoronou-se às lágrimas.

Óbitos; falências; saudades. Minha querida família está guardada em um caixão de quinta categoria, assassinados por motivos indescritíveis e por pura maldade humana. Advogados e juízes bem pagos eram a favor da xenofobia e do dinheiro.

Levava uma vida solitária por preferência, ter partidos seria como se jogar diante de um precipício, tudo pode acontecer, coisas boas, coisas ruins. É inesperado, uma experiência que não quero ter.

Desliguei a TV, pasma de meus pensamentos, tinha noção do perigo. Vesti uma máscara, radiante aos óculos escuros que já usava, e determinada, fui em direção a porta de minha casa, me retirando dela. Resolver uns problemas... Os meus problemas.

.·.⌚.·.

Ao andar com certa pressa encarei o céu fortemente azulado, um temporal cairia, ele estava cinza, e garantia que não era poluição. Passos ágeis, visão distraída, torturada pela incerteza e pressa, senti um impacto no meu corpo, no ombro esquerdo, um choque, havia trombado com um desconhecido. Todos os meus documentos alcançaram o chão junto com os da pessoa.

— Oh, me desculpe — uma garota levemente ruiva com olhos negros me disse. — Eu estou apressada, esqueci os documentos de minha filha.

Me abaixei junto a ela, recolhendo ambos os materiais.

— Que isso, me desculpe também, compreendo a pressa, a vacina, não é? — Interroguei-a, recolhendo o seu material do chão.

— Sim, ela está deixando todos nós loucos — riu fraco, entregando os meus documentos. — Ah-ri Queen, não é?

Ela viu meu nome no documento de identificação então.

— Eu mesma — sorri, encarando seu rosto, reconhecendo-a depois de tamanha correria. — Hyuna... Casada com o Hyojong, certo?

— Exato! — Confirmou, se levantando junto a mim.

A bebê assoprou sua própria boca, logo depois, comprimindo-a com gás carbônico reservado nas bochechas, e entre os risos, realizou um barulho diferente... semelhante a um pum. Aquilo certamente me fez morder os lábios, mas como ela já estava gargalhando...

— Parece que minha pequena gostou de você, é raro ela dar risadas — ergueu levemente a bebê em seu colo.

Oh... É... Que fofa, não é?

E peidorreira.

— Belo colar — se referiu ao acessório em meu pescoço.

— Ele... — Olhei no meu colar antes utilizado pela minha mãe. — Obrigada, Hyuna — agradeci em silêncio, desviando minha atenção.

Encarei a rua transitada, porém, com as calçadas vazias, desviei para algo mais chamativo acima de mim. As nuvens tempestuosas invadindo o céu, o tempo limpo e azul se tornando sedento pela chuva. Oras, até o próprio tempo nos engana.

— Vai chover muito — sussurrei baixo.

— Bom, eu ainda preciso levar a Krystal... Prazer em conhecê-la, Queen.

— Magina, eu que lhe digo, Hyuna — afirmei, sorrindo. — Tchau.

— Tchauzinho...

Me virei, seguindo o meu caminho, indo diretamente para o hospital.

.·.⌚.·.

A fila começava a andar e os médicos instalavam os pacientes, o local estava extremamente lotado, apertado, com diversas pessoas ao meu redor. Começaram a chamar os idosos, um dos grupos de riscos mais afetados. Aguardei sentada, acenando após ver Hyuna.

O primeiro rato de laboratório: um idoso, idade avançada, ranzinza e furioso pela demora. Ele caminhou lentamente até o seu atendimento, uma sala fechada, pequena, com apenas uma porta aberta. Uma reação diferente, absurda, revolucionária, mas comum para alguém estressado: ao tomar a vacina, o senhor ficou agitado, suava frio e com os seus olhos fechados demonstrou fraqueza, sonolência perpétua. Uma soneca entre a beira da cova, conclusão precisa após o seu desmaio. Precipitada para o momento, mas totalmente certeira. Nem a ciência teria explicado o momento.

Todos egoístas, preocupados consigo mesmos, não iriam tomar uma vacina "mal produzida". Conversas paralelas, fofocas ardentes, alguns ignoravam o que foi visto à frente. A enfermeira que deu a vacina ficou paralisada, esperando alguma reação.

Ainda bem que nunca fiz estágio para enfermagem.

A outra funcionária me chamava, sem saber o que de fato ocorreu, com pressa, eu apenas calculava. Seria a próxima a sofrer os efeitos? Após notar minha demora a maior avançou, avistando o homem no pior estado, jogado no chão entre a vida e a morte.

No impulso, conferiu a respiração, numa rápida ação a vítima seria o seu pescoço, de sua garganta foi se feita uma refeição. Uma bela mordida como nos filmes de terror, incrivelmente assistível e imensamente louco, uma versão 3D e realista de um apocalipse.

Mordidas, degustação e órgãos afora. Uma carne saborosa melhor que filé mignon, ele sabia apreciar o seu bom churrasco. O sangue era vívido e visível, o ser carnívoro aproveitava e saciava a apetitosa alimentação. Todos fizeram silêncio e a mesma implorava por salvação. Um ruído visível e vidas em risco, após o ser descobrir de nossa presença tal gritou alto, assustando-nos.

Fodeu...

Pela variação de cardápio optou por degustar, esquecendo da vítima que havia feito; a funcionária se erguia, em seus lábios escorria saliva, sangue era o que mais havia, mas a garota pouco se importava, apenas estava faminta.

Eu devo voltar para casa?! Virei o meu rosto para a saída principal. Mas... O pessoal está saindo de uma só vez!

A mulher correu em minha direção, Hyuna foi esperta, empurrou-me para eu não ser afetada. Pelo ato de defesa, ela foi mordida, caindo aos brandos do chão. Se debatia, desesperada, tentando prender a auxiliar.

— Queen... A Krystal! — Gritou, notando o tumulto se formar. — Por favor — ficou entre o choro e a morte, com o desespero eminente.

— Hyuna... — a bebê se emocionou, chorando altíssimo, audível para todos, chamativo para os devoradores.

— Por favor, só leve.

— Eu... — desviei o meu olhar, porque viva agora Hyuna não mais estava.

Notei um infectado próximo de Krystal, pronta para devorá-la; enrolei meu cachecol, fiz um bolo, e depositei-o em sua boca, pressionando-o — evitar qualquer mordida era o objetivo —. Joguei-o de costas contra a parede, usando meu joelho para prendê-lo, para ganhar tempo, em seguida, empurrei-o para o chão.

Peguei Krystal em meus braços, mesmo que desajeitada, a segurei. O tumulto estava em volta e a saída transbordava, lotada de infectados, eram poucos sobreviventes que lutavam contra à morte. Iniciava uma forte chuva, relâmpagos visíveis, trovões audíveis, gritos e lágrimas e nada pude realizar, não tive escolha. Fugir.

Entre passos apertados, não olhei para trás, coração acelerado e pulsação no limite, uma fadiga se fez presente pela sobrevivência. Abri uma porta, fechando-a instantaneamente, trancando-a na sala rapidamente, não me importando com quem estivesse dentro.

Isso é tão... inacreditável!

Desviei o meu olhar lentamente, dois homens curiosos ficaram, enquanto recuperava meu fôlego ainda segurando a maçaneta.

— O que está acontecendo, senhorita? — O doutor questionou sereno, notando o desespero.

— Essa consulta demorou 6 meses, fala sério... — um branquelo de olhos escuros reclamou, revirando seus pequenos olhos.

— Então seja inteligente, veja com os seus próprios olhos o que lá fora houve! Não escutou? Ou seus ouvidos também são pequenos demais para ouvir? — Rebati.

O paciente teve uma reação desentendida e desconfiada, ergueu uma sobrancelha, refletindo sobre o meu comentário.

— Eu jurava que você entrou em trabalho de parto — me olhou de cima para baixo, referindo-se a minha camisa manchada de sangue.

Só agora havia percebido.

— Babaca...

— Acho que a senhora viu muitos filmes de suspense e terror. Deve estar amedrontada à toa o médico riu, levantando-se da cadeira.

— Talvez seja, caso não acredite em mim, veja com os próprios olhos.

O homem caminhou em passos lentos até a porta, abrindo a mesma e emitindo um longo rangido, observando calmamente o que havia à frente.

— Mas não há na-...

Nhac!!! Uma mordida certeira. Seu pescoço foi outra vítima. Agradecida por Hyuna que o retirou daquela sala. Empurrei a porta, levando ambos para fora, segurando a pequena Krystal durante o processo. Tranquei a porta, usando a suposta chave na fechadura, voltando meu olhar para o branquelo.

— Agora você acredita, paspalho? — Perguntei ironicamente, certamente agressiva — Ou quer sentir também?!

— O paspalho tem nome, prazer, Min Yoongi — retribuiu o gesto — E desde quando afirmei que eu não acreditei?

Sua testa me disse.

— Minha boca fica na testa, bobona?

— Capaz do seu pinto estar grudado na sua testa.

— Eu seria um lindo unicórnio — me olhou de pé a cabeça, ainda desconfiado, estagnado numa postura séria. — Como posso ter certeza que não é uma infectada?

— Por acaso eu estou te comendo agora?

— O fato da senhora estar tensa não lhe dá o direito de ser fria.

Eu... que seja! Não sou senhora, sou uma garota. Eu sou a Ah-ri Queen, apenas Queen, beleza?

— O.k., Queen — confirmou. — Essa criança é sua?

Bom... Sou a responsável dela agora.

— Sério?

— Ela é a Krystal, bem... O pai dela eu não sei... Ela tem 2 meses eu acho... E é isso!

— Eu só falei: "Sério?". Relaxa, não vou te interrogar — riu fraco.

— Minha tarefa agora é protegê-la! Hyuna pediu para cuidar dela. Kim Hyojong deve estar morto também...

Oi? — Começou a tossir com tirania. — Hyojong e Hyuna?!

— Sim... Por que a exaltação? — Questionei, vendo-o cruzar as pernas enquanto repousava seu traseiro na cadeira.

— Nada — observou a garotinha nos meus braços — Krystal o nome dela, né? — Confirmei com a cabeça.

Isso mesmo.

— Perfeito, já sei o suficiente — afirmou. — Mas... Você tem noção que seremos uns dos únicos a sobreviver aqui? Não sabe?

— Sei — voltei minhas íris para ele, perdida no assunto. — É cara... Não vai ser mole.

Notas do Autor:

Cuidado com a leitura e prestem atenção para que compreendam tudo desde o começo, informações importantes para o futuro heheheh.

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