A Manipulação, O Jogo entra em Ação! - XVI
📌 Músicas da Playlist:
• Burn It - Agust D (ft. MAX)
• You Give Love A Bad Name - Bon Jovi
...
— Queen? — Jungkook me chamou, no flagra, me observando ouvir uma conversa íntima.
Minhas pernas tremeram, minha cabeça girava, apoiei as costas na parede e fingi um descanso prévio.
— Nossa! Que susto! — Suspirei fundo. Pelo menos aquilo era verdade. — Estava a esperar você, suspeitei que não estivesse no quarto — menti.
— Oh — riu fraco, um pouco abobalhado. — Você poderia ter me esperado lá dentro, eu autorizava.
— É... Podia — afirmei.
— E por que continua do lado de fora? Pode entrar — sorriu, guiando sua mão em minha cintura, me guiando até o seu quarto, que ao lado ficava.
Logo que entramos, a porta foi trancada, me sentei na sua poltrona, aguardando o mesmo terminar de se trocar.
— Fiquei sabendo que você brigou com os meninos, trouxe um pouco de bebida para te aliviar.
— Bebida? — Questionou, afrouxando o cinto de sua calça, vislumbrando a garrafa que eu transportava. — A Ah-ri que conheço não me traria vinho em dores de cabeça — puxou as mangas de sua camisa branca, voltando ao que fazia
Ajustei minha postura, desabotoando mais um pouco da camisa transparente, o encarando fixamente.
— A Ah-ri não quer apenas aliviar a sua dor de cabeça — fui direta, recolhendo minhas pernas delicadamente até o assento.
— Nós transamos ontem, como você quer de novo? — Focou sua atenção para mim, surpreso com a situação.
— Da mesma forma que você quer de novo.
— Faz sentido... — deu de ombros, retirando a sua camisa. — E vamos começar assim? Do nada?
— Não! — Quase gritei. — Quer dizer, relaxe um pouco antes, deixe que eu cuido do resto.
— Não sei se confio...
— Por que?
— Você, principalmente agora, me parece a única confiável, isso é perigoso...
Um tiro, um enjoo, eu estava mal, muito mal.
— A-ah, nesse caso, nem faz sentido, eu te conheço há muito mais tempo! — Rebati rápido, como se fosse óbvio, como se eu fizesse isso.
Ele ficou imóvel, e mesmo que espantado, não deixou de transformar a boca aberta num sorriso.
— Por isso eu amo muito você... — notei as suas bochechas corarem.
Meu coração dói, meu coração se despedaça, ele se estraçalha e corta, fere e machuca ao que toca. Menti para um apaixonado e traí o meu melhor amigo. Me levantei, avançando passos curtos e assustados até ele.
— Jungkook, eu...
— Você está aterrorizada? Desculpe-me, eu realmente não queri-... — o interrompi, continuando a avançar até ele.
Depositei minha mão em seu pescoço, puxando-o para mais próximo de mim.
— Cale a boca... — sussurrei, rente a sua boca.
Ele engoliu em seco, arrumaria outras desculpas para aquele erro, antes lá, porque agora nossos lábios eram somente um por minha causa. O mesmo retribuiu, confuso, puxando minha cintura ao ápice da sua, atraído feito um imã ao aço, conectado a mim, sem volta ou saída, entre os amassos.
Ele estava caindo, era um poço sem fim, tinha de beijá-lo cada vez mais, acender aquela chama intensa, tinha de atingir seu corpo, para vibrar emoções sorrateiras.
Retirar suas roupas e torturá-lo era prazeroso, brincar com os seus sentimentos me parecia ainda mais perfeito, saciar-me de seus beijos manipuladores era o precipício, sua boca astuta ao tocar minha intimidade já me arrancou mil e um ofegos.
Foi audível, na verdade, pouco não se foi audível, naquele ponto, pouco ligamos para a sonoridade, ambos os prazeres eram o objetivo. A paixão atacada me fez cometer vários atos de rebeldia, desde nas horas certas, até as erradas. Estava alucinada, repetindo movimentos no quadril do homem que amava, aos poucos, vendendo minha alma para prolongar a foda.
— Mi-Min... — soltei um baixo ruído rouco.
Jeon parou de explorar, não continuou a estocar, interrompeu de tudo. Observou o meu semblante assustado.
Um pecado, um erro capital, eu clamei errado, usei Jeon para me livrar do flagelo prazer que sinto por Yoongi.
— Min? — perguntou. — Eu não sou ele.
— Não, eu sei que não é. Quis dizer que "Minha dor não diminuiu" — completei. — Você parou antes que eu reclamasse.
— Estava doendo? — Ficou apavorado por ter pensado que poderia ter me machucado.
— Continue! Eu gosto dessa dor. É estranho... — tentei descontrair.
— Somos dois estranhos, dois estranhos podem se complementar, certo? — Roubou um selinho, sorrindo de maneira inocente.
— Você nem parece humano Jungkook — ele se abalou. — É um anjo, correto? — Ele ficou aliviado, rindo das palavras usadas.
.·.⌚.·.
Três horas da manhã, ainda escuro, sem a presença do sol, Jeon estava dormindo há pouco tempo. Fiquei sonolenta após o sexo de qualidade, todavia, não abandonei o meu compromisso de informar Min.
Bati em sua porta levemente, adentrando nela sem muita espera, e quem me dera se o seu semblante fosse mais pacífico. Ele estava em pé, rosto fechado, postura ereta, braços cruzados e testa dobrada.
— Bastava ser uma rapidinha para obter as informações, não bastava?
— Talvez sim, mas isso não vem ao caso.
— Não? — arqueou as sobrancelhas.
— Eu não consegui, vacilei.
— Você me deixou esperando três horas para me dizer isso?
— Mas ainda tenho informações.
— Tem? Vai declarar que o sexo com o Jungkook é bom? Não vai?
— Vou, se você continuar a implicar — ameacei, trincando os dentes.
Por um instante eu o imaginei na cama, comigo, tanto que gemia o seu nome ao invés do de Jeon.
— Vai escutar agora?
— Desembucha então.
— Eles me querem, mas acham que duas pessoas dependem de mim. Jeon brigou feio com eles... Talvez seja por isso.
— Como assim?
— Me vender para algum mercado negro, não sei. A dívida é alta, somente confirmo isso.
— Como você sabe que é você a escolhida?
— Pelo que sei, eu sou a única que se identifica como mulher.
— Duas pessoas influenciáveis... — Min sussurrou. — A quem eles se referem além de Jungkook.
— Krystal, Jimin anteriormente, eu não sei... Não seria mais fácil você me sugerir? — Perguntei — Só não diga seu nome, estaria confirmando que gosta de mim — pontuei, cruzando os braços em seguida.
Ele me encarou, rindo, arregalei os cílios, assustada, aguardando a resposta. Um resquício de esperança me atropelou, por isso, perguntei.
— Você gosta de mim?
— Não te odeio.
— Ah, melhor do que nada.
— Mas continuo sendo uma opção.
Um chute, um soco, um revertério, agora tudo estava ao contrário.
— Temos quatro dias restantes, e eles estão bolando uma fuga para não me venderem.
— Você sabe quem ao menos foi contra você?
— Não consegui reconhecê-los, Yoon. Namjoon questionou a minha ida.
Ele bufou, uma face séria e reflexiva, sentou-se na cama, batendo os próprios pés sem parar, estava ansioso, reconhecia isso.
— Min, sem descanso não pensaremos direito.
— Não é isso, estou pensando na Krystal.
— O que tem ela?
— Eles não são capazes de...
— Eu não deixo!
— Mas...
— Eu não deixo e pronto! Passo por cima de todos, mas Krystal nunca chegará nas mãos deles. Você como pai tem que entender isso — me sentei ao seu lado.
Yoongi sorriu, fraco e singelo, parecia estar pessimista, mas no fundo, bem lá no fundo, sabia que o ajudei.
— Vou voltar para a cama, estou cansada.
— Vai dormir com o Jungkook?
— Dormiria com quem mais?
O som da ventania lá fora era audível, o sorriso ladino em seus lábios se formou.
— Min...!
— O que foi?
Suspirei fundo, caminhando até a porta do quarto, não pude esconder minhas vontades, mas não queria causar problemas com o Jungkook.
— Nada. Boa noite, idiota.
— Boa noite, tábua de passar.
.·.⌚.·.
O dia estava quente, o sol ardente sob nossas peles, o suor que escorria mostrava o longo dia de trabalho. Estávamos na floresta, faces sujas e sangue nos trajes, nada incomum para a nossa rotina.
Havia brigado com Jungkook, mal conseguia encará-lo durante o trajeto, passos e passos foram adiados, mas poucas palavras foram pronunciadas. Ele estava sério, frio e ignorante, o seu interior era adverso, guardava um garoto inofensivo, singelo e sentimental.
Não podia mentir, a razão era dele, errei feio ao voltar do quarto de Yoongi, dormir com Jeon disfarçando fora uma péssima ideia. Jungkook suspeita que eu transei com Min, mas ele não acredita em mim...
Arbustos espinhosos a se mexerem, ventania sibilante sussurrando em nossos ouvidos, folhas secas estalaram ao pisar fundo no chão. Estávamos incertos e duvidosos, misteriosos e desconfiados, algo ocorreria mesmo que estejamos preparados.
Apenas Namjoon, Seokjin, Hoseok, Jungkook e eu.
— Fiquem atentos pessoal, escutei alguns barulhos — Namjoon informou, tão cauteloso que a cada som sua cabeça girava.
O que será isso?
— Barulhos além do estômago da Queen? — Hoseok comentou, rindo da própria piada, empurrando-me levemente.
— Quanta graça — afirmei, revirando os olhos, ajustando a minha postura.
Um tiro, um som alto, porém, pertencia ao horizonte, aquilo nos intimidou, traria hordas, teríamos de ser velozes.
— Não faltam 4 dias para a cobrança? — Questionei.
— Ele não veio antes, não teria motivos... — Namjoon aparentou exaustão, avaliando o ambiente em volta. — Vamos recuar, rápido, não iremos arriscar.
— O.k. então... — confirmei, duvidosa, seguindo os passos do grupo ao voltar para a casa.
O recuar silencioso foi necessário, observar por mais que difícil também, a floresta estreita nos deixou aflitos e sem muitas saídas, o sol quente exposto nos corpos nos deixou afobados e mais preocupados, a independência animal era poder cuidar da própria vida, sem arriscar-lhe para salvar o próximo.
Todos pararam, não mais andaram, era inexecutável, fomos interrompidos. Um homem vestido inteiramente de preto, dos pés à cabeça, cabelos rebeldes escondidos numa touca, ocultando seu rosto com uma máscara delicada, composta de figuras sádicas. Ele era o culpado pela nossa inércia.
— Não avancem! E dropem os equipamentos — Exigiu, rígido, apontando a pistola em nossos corações.
Essa voz... Esse corpo...
O seu olhar quando encontrou o meu me causou choque, o sorriso curvando as bochechas do seu semblante amedrontou meu corpo. Ele podia me violentar, me humilhar na frente de todos, ele tinha uma arma, ele tinha o poder.
Notas do Autor:
Aaaah, essa Queen tá enfrentando até bandido gente. E não fiquem putos comigo, fiz um clickbait nos últimos capítulos por views.
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