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CAPÍTULO VINTE E QUATRO
para que eu possa tirar sarro do seu cabelo estúpido de novo, okay?

𓏲  . BROKEN BOY . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
─── PARA QUE EU POSSA TIRAR SARRO DO SEU CABELO ESTÚPIDO DE NOVO, OKAY?

A IRONIA DE tudo isso era que Rocky estava sentado no mesmo lugar que ele e Max se conectaram pela primeira vez, a primeira vez que eles se viram genuinamente, e não apenas como irmão mais velho de Will e amiga ruiva de Will.

Havia cadeiras vazias, mas ele ficou na parede. A parte dele se convenceu de que podia sentir o ombro dela pressionado contra o dele, como naquela noite do verão passado. Mas, isso foi apenas uma ilusão. Max não estava lá, não em espírito, não em nada além de sua cabeça. E, claro, em uma cama de hospital no final do corredor, onde Lucas e Erica faziam companhia.

Rocky sabia que era uma merda, mas não gostava de ficar muito tempo no quarto. Olhar para ela assim, só o fez se sentir culpado. Ele sempre soube que o plano era insano, ele poderia ter lutado mais para carregar sua mente ou descobrir outra coisa. Sem mencionar a pura mágoa que veio junto com isso. Se não era culpa, era tristeza. Ele sentia falta da felicidade, porque era uma vez, o pensamento de Max o fez feliz.

Ele não sabia muito além do fato de que ela estava viva, seu batimento cardíaco ainda estava lá e depois de horas de cirurgia, seus membros estavam de volta no lugar. Isso foi bom, pelo menos. Mas Rocky se preocupou com o que ele não sabia. Ele tentou não insistir nisso, mas temia por seu cérebro. E quando ela acordasse, ela ainda se lembraria dele? Será que ela saberia quem ele era, tudo o que eles passaram. Eles tinham tão pouco tempo como um casal, se é que eram isso. Ele temia que, quando ela acordasse, eles nem pudessem continuar aquela história.

Ele olhou para a foto de sua mãe biológica, a única que ele tinha. Por alguma razão, ela era seu maior conforto agora. Ele nunca a conheceu, Lonnie nunca lhe disse nada sobre ela, tudo que Rocky tinha era como ele imaginava Isabel Dominguez em sua cabeça. Mas isso é tudo que ele precisava de alguma forma. Sua pele bronzeada, olhos castanhos claros, cabelos escuros clareados pelo sol que ela tinha tomado. Ele também sabia que ela falava espanhol, porque Lonnie tinha ficado bravo com Jonathan quando ele precisava levar para a escola porque ele disse que isso o lembrava dela. Rocky nunca soube por que ele a amava tanto, ela não era realmente sua mãe, apenas a pessoa que deu à luz a ele e sofreu por causa disso.

Se qualquer coisa, ele deveria odiar a ideia dela. Ele fez, por um tempo, de qualquer maneira. Ele nunca disse isso a ninguém além de El, nem mesmo Max, porque ele sabia que ela lutava quando se tratava de confortar os outros. Mas Rocky odiou seu aniversário porque foi o dia em que ela morreu. O dia em que ele a matou. Ele nunca quis comemorar, porque não era nada para estar feliz. Joyce e Jonathan nunca entenderam, ninguém entendeu, porque ele não havia contado a ninguém, exceto à menininha careca que encontrou na floresta ao procurar seu irmão.

Ele queria contar a Max. Agora mais do que nunca. Mesmo que ela não soubesse o que dizer e fosse estranho porque ela não conseguia se relacionar, ele queria apenas poder falar com ela. Dizer qualquer coisa, o que ele quisesse, e fazer com que ela apenas ouvisse. É apenas um curso de dois dias, ele sentia mais falta dela agora do que ele tinha nos muitos meses que eles foram forçados a ficar separados.

— Rocky. — a voz o fez olhar para cima, para o corredor.

A presença de El trouxe-lhe conforto, assim como sua mãe morta.

Ele se levantou, ela se apressou e o abraçou com força. Ele não sabia, mas ela esteve lá com Max durante tudo isso, ela a trouxe de volta. El não contaria a Rocky, mas ela queria mais do que qualquer coisa estar lá para ele naqueles momentos horríveis. Ele estava lá para ela chorar, mas ela não estava realmente para ele. — Você está bem?

— Sim. — ele se afastou e segurou o rosto dela. — Seu cabelo se foi.

— Sim. — El assentiu. — Estranho, certo?

— Não. — ele balançou a cabeça, puxando-a para um abraço novamente. — Eu estou contente que você esteja bem.

Pelo menos, ela estava.

— Ei. — Jonathan se aproximou, Rocky nem os viu atrás de El. Ele a deixou ir, caindo nos braços de Will e Jonathan de uma vez. Seus irmãos, sua família. Eles o seguraram com força, pelo tempo que ele precisava. Até Mike lhe deu um abraço, apesar de os dois nunca gostarem muito de abraços.

— Vocês querem ver Max? — ele inalou, olhando para El enquanto ela assentiu. Will colocou os braços em volta da cintura de Rocky para mostrar seu apoio enquanto eles entravam no quarto do hospital. Rocky se sentiu ainda pior quando Lucas parou de ler para Max, sabendo que ele tinha que lidar e estar lá para ela, porque Rocky simplesmente não podia.

Ele deu uma olhada em seu estado horrível, então olhou para baixo como se seus pés fossem mais importantes. Will não disse nada, mas as mãos de Rocky ainda estavam cobertas de sangue de Max. Ele poderia tê-lo lavado, mas não o fez. Ele ficou na frente da pia, mas não conseguiu lavá-los ou tirar a flanela que o sangue dos olhos dela manchava.

Lucas se levantou e abraçou El, Rocky olhou para Max enquanto prendia a respiração. Quando ele a viu, tirou algum sentimento quando ele se obrigou a parar de respirar. Suas mãos manchadas de sangue, que estavam muito secas agora para manchar qualquer lugar, tocaram seu braço pálido por apenas meio segundo. Ela não sentia o mesmo, ele sabia mais.

— Nós estamos chamando vocês como loucos. — Lucas abraçou Mike e Will como um só.

— Eu sei. — Mike o segurou. — Viemos assim que ouvimos.

— Eu sinto muito. — El se desculpou quando Lucas a abraçou novamente, escondido sob o capuz de sua jaqueta. Ela lentamente se afastou de Lucas, deixando-o pegar a mão de Rocky. Ele olhou, acenando para Lucas enquanto segurava sua mão com mais força. El se sentou na beirada da cama de Max, tirando o capuz. Mike passou os braços ao redor dela com conforto.

— Eles sabem... Quando ela vai acordar? — El virou a cabeça para Rocky e Lucas.

— Não. — Rocky respondeu rapidamente, era mais fácil falar rápido ao invés de se demorar no assunto.

— Eles dizem que ela não pode. — Lucas acrescentou com uma carranca em seu tom.

— Ela morreu, de verdade. — Rocky explicou, apesar de El saber. — Seu coração bateu, parou por alguns minutos. Quase dois, eu tenho certeza. Então ela só... Ela só voltou. Bem, não ela, mas seu batimento cardíaco voltou novamente.

— Os médicos não sabem como. — Lucas assumiu quando ela viu Rocky se mexer desconfortavelmente, não querendo falar sobre isso. — Dizem que é um milagre.

El tocou os dedos de Max que estavam saindo do gesso. — Estou aqui, Max.

A porta se abriu e Rocky a perdeu. Ele manteve tudo junto com todos os outros, mas ver sua mãe fez isso por ele. Joyce o segurou com força em seus braços, porque era o que ele precisava. Ela tinha feito isso tantas vezes, não importava quão velho ou quão grande ele ficasse, ele deitava em seu ombro enquanto ela o segurava. Na mistura disso tudo, todos conseguiram sair. Rocky não sabia quando, ou quanto tempo ele estava deitado em Joyce, mas o vermelho do pôr do sol estava começando a aparecer quando ele realmente percebeu o tempo.

— Eu preciso ir para a cabana de Hoppers, querido. Por que você não vem comigo? — Joyce colocou a mão em seu rosto. — Vamos lá, ele ficaria tão feliz em vê-lo.

Rocky olhou para Max. — Amanhã?

— Eu vou ficar. — ela balançou a cabeça. — Eu deveria ficar.

— Não, não. — ele balançou sua cabeça. — Você deveria ir, ficar com Hopper e os meninos e El. Faça o que você precisa e depois volte. Eu poderia usar um segundo sozinho... Com ela.

Sua Max.

Joyce beijou sua testa, murmurou mais algumas palavras pelos próximos quinze minutos, antes de finalmente sair. Rocky olhou para Max, eles estavam tão longe um do outro na cama e no sofá. Ele estreitou os olhos ligeiramente, o pôr do sol fazendo-a brilhar. Ele teve que rir. — Vermelho como seu estúpido cabelo de diabo.

Ele se levantou, bloqueando o sol de seu rosto e sentou-se ao lado dela. Ele fez o que El tinha feito, envolvendo a mão em torno dos dedos que estavam saindo do gesso, usando a outra mão para tirar uma mecha de cabelo ruivo do rosto dela. Ele se inclinou para beijar sua testa. — Eu não vou deixar você, ok? Sem ir para casa, sem personagens de D&D insanos que precisam ser expulsos deles, nada.

Talvez ela pudesse ouvi-lo, talvez não. Rocky esfregou o polegar sobre o dedo indicador dela. — Eu não vou a lugar nenhum, Califórnia. Não até você acordar para que eu possa tirar sarro do seu cabelo estúpido de novo, ok?

Um segundo se passou, depois outro e, finalmente, Rocky sentiu os dedos dela apertarem os dele por apenas um segundo. Ok, Califórnia. Não vá a lugar nenhum.

Que momento incrível eu tive com vocês mais uma vez. Eu sei que terminamos com uma cena triste, e eu sinto muito por isso. Estou muito feliz por poder traduzir está história para todos vocês. Eu nunca imaginei que seria tão bom quanto foi e sou eternamente grata. Até a próxima temporada, meus amores, saibam que são sempre bem-vindos aqui de braços abertos por mim e Rocky.

Espero que tenham gostado!

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