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𓏲  . BROKEN BOY . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E TRÊS
─── EU QUERIA VOCÊ POR MUITO MAIS TEMPO

VOCÊ PODE VOLTAR?

Rocky pegou o walkie na parte de trás do trailer. — O que?

— Volte. — Max falou do outro lado. — Eu estava errada, eu quero que você esteja aqui comigo.

— O que mudou sua mente? — Rocky pegou sua mochila.

— Apenas cale a boca e volte. — Max disse, desligando o walkie talkie.

— Pare o trailer. — Rocky correu pela ilha.

— O que? — Steve olhou por cima do ombro.

— Eu disse para parar o trailer! — ele repetiu, abrindo a porta.

— Uau! Uau! — Steve gritou, agarrando sua camisa para evitá-lo até depois de bater suas pausas. — Você está louco?

— Onde você está indo? — Dustin se inclinou sobre o assento com os olhos arregalados.

— Max precisa de mim. — Rocky olhou para ele, enfiando a mão na bolsa e entregando a faca a Dustin. — Você tem isso.

— N-não. Eu preciso de você também. — Dustin argumentou.

— Vamos, cara. Você é o cara mais forte que eu já conheci. — Rocky balançou a cabeça para ele. — Você pode lidar com isso.

Dustin suspirou. — Apenas, fique em contato.

Rocky olhou para Eddie, fingindo puxá-lo para um abraço só para sussurrar. — Proteja-o.

— Sempre. — Eddie disse de volta enquanto eles se afastavam. — Você está seguro aqui fora.

— Você também. — ele assentiu.

— Não faça nada insano! — Robin ligou quando desceu do trailer.

— Sem promessas! — Rocky esperou, fechando a porta.

— Eu não gosto disso. — Steve anunciou enquanto observava Rocky começar a voltar para a casa dos Crill.

— Ele vai ficar bem. — Nancy o observou da janela de trás. — Ele tem que ficar.

Max virou a cabeça quando ouviu a porta se abrir, levando um dedo aos lábios. Rocky lhe deu um sorriso na luz azul brilhante, caminhando para se juntar a ela enquanto Erica e Lucas a seguiram logo depois. Lucas deu a Rocky um caderno extra e encontrou uma caneta em sua bolsa.

Erica e eu iremos ao parquinho. Fique com o Max?

Rocky assentiu, mostrando-lhe um polegar para cima e dando a Erica um pequeno tapinha de segurança. Eles correram para fora da casa dos Crill, noite adentro e atravessaram a rua. Rocky se levantou para vê-los ir pela janela. Ele olhou para trás para ver Max olhando para ele, ele balançou as sobrancelhas para ela. Max revirou os olhos e escondeu um sorriso.

Subir aquela colina ecoou levemente quando Max se moveu para deixar Rocky se sentar com ela novamente. Ela bateu seu ombro no dele, fazendo-o fazer isso de volta. Max escondeu seu caderno enquanto escrevia.

Obrigada por voltar.

Rocky deu a ela um sorriso de lado, pegando sua própria caneta.

Curti.

Max sorriu de volta. Rocky virou a página e começou a escrever novamente, Max tentou olhar, mas ele deu um tapa no braço dela e se virou para escrever.

Quer compartilhar uma coca de cereja amanhã?

Max ergueu as sobrancelhas, abrindo a caneta novamente. Depois de alguns segundos, ela virou o caderno e mostrou um horrível arrastar de uma lata de coca, com dois canudos e dois corações ao redor. Rocky sorriu para ela, fazendo-a sorrir de volta. Um lampejo de luz veio da janela, fazendo-os olhar. Max encontrou seus olhos, acenando para indicar que eram Erica e Lucas.

Max pegou a lanterna, segurando-a na janela e piscando algumas vezes. Rocky se preparou para o que viria a seguir, passando a mão pelo cabelo e brincando com a luz. Max pegou sua mão, os dois andando pelo corredor para seguir as luzes mais brilhantes. Max apertou a mão de Rocky, fazendo-o voltar, antes que ela soltasse os fones de ouvido em volta do pescoço.

Abaixando a mão, ela desligou o walkman.

Rocky tentou não fazer barulho, ficando parado, mas era difícil. Max olhou para a luz. — Ei! Idiota! Estou aqui. Chega de música. Chega de jogos.

Nada estava acontecendo, a luz apenas ficando cada vez mais brilhante. Max olhou. — Você está me ouvindo? O que você está esperando, hein? Vamos lá! Você me quer ou não?

A lanterna na frente deles se apagou antes que a que estava na mão de Max brilhasse mais do que já era. Quanto mais brilhante ficava, mais alta a frequência cardíaca de Rocky aumentava. Max assumiu a liderança subindo as escadas com a lâmpada, a mão dela ainda presa na de Rocky enquanto ele a seguia em silêncio.

Eles chegaram ao sótão, onde Vecna ​​pertencia. A luz ficou mais forte quando eles ficaram no meio do sótão. Rocky inalou, prendendo a respiração quando a mão de Max caiu e caiu de sua mão.

— Max. — Rocky sussurrou, circulando-a. Ela estava de volta ao seu estado vazio, sem se mover, apenas completamente imóvel com os olhos brancos. Rocky tentou não entrar em pânico, ele sabia que isso fazia parte do plano, mas não se preparou para isso. — Ok, ok. Eu tenho você.

Ele a ajudou a se deitar no chão para deixá-la mais confortável, tirando as tranças do pescoço e pegando o abajur de suas mãos para montar. Ele se certificou de que seu walkman e fones de ouvido estivessem na pequena caixa ao lado dela. Seu corpo tremeu um pouco, como da última vez. Rocky tentou não se preocupar, o melhor que pôde, respirando pesado enquanto andava ao redor dela.

Ele então se lembrou de Lucas e Erica. Apressando-se para pegar a lanterna, ele a apontou para a janela e em direção ao playground onde os Sinclair estavam. Rocky olhou para Max com preocupação novamente, inclinando-se quando sua respiração ficou muito pesada. Era pior do que antes, como se ela estivesse com falta de ar. — Espere Max, eu não sei por que está demorando tanto.

Ele se apressou para acender uma luz na janela de novo, uma e outra vez. Ouviu-se um rangido, pequeno. Rocky virou-se para a porta, quase esperando que fosse o próprio Vecna. Mas não. Ele não era tão ruim quanto Vecna, mas o olhar em seus olhos estava próximo. Rocky se lembrava dele, que idiota ele era, como ele era um bom jogador de basquete, mas tinha um gancho de direita fraco.

— Jason.

— Ei, Rocky. — Jason olhou para ele incrédulo, olhando para Max enquanto ele a circulava lentamente. — Eles pegaram você também, hein?

— Você precisa sair. — o menino Byers tentou raciocinar com calma. — Olha, estou tentando cuidar de você. Você não pode estar aqui, cara. Vá.

— O que diabos você fez, Byers? — Jason olhou para Max preocupado.

— Não toque nela. — Rocky avançou com sua lanterna. — Saia agora, antes que eu faça você sair.

— Foi isso que seus amigos fizeram com Chrissy? Você fez parte disso? — Jason se aproximou de Max, tentando acordá-la.

— Cara. — Rocky caminhou para frente. — Não toque nela e estrague tudo. É mais complicado do que você pensa.

— Recuar. — Jason puxou uma arma de sua cintura e apontou para Rocky, fazendo com que suas mãos subissem e se afastassem dele. Mas, tirou as mãos de Max.

— Coloque-o para baixo. — Rocky falou baixinho com ele. — Você sabe que não quer fazer isso.

— Mas eu vou. — o loiro disse em troca. — Tem mais alguém aqui?

— Somos só nós dois. — Rocky balançou a cabeça. Seus olhos piscaram para a porta. — Ou assim eu pensei.

Jason olhou para trás, apenas para encontrar uma porta vazia.

Rocky pegou a base da arma e a arrancou dele, um truque que Nancy havia lhe ensinado. Ele deslizou pelo chão, significando que Jason tinha que usar as mãos agora. Rocky deu um soco no rosto dele, fazendo isso mais uma vez quando ele caiu para o lado. Jason agarrou Rocky pela cintura e o atacou, fazendo com que o par virasse a caixa.

Jason pisou no walkman de Max, destruindo-o.

Rocky olhou em pânico, um momento de fraqueza quando Jason agarrou a gola de sua flanela. Ele foi rápido, porém, dando-lhe uma cabeçada duramente enquanto Jason tropeçava para trás. Rocky deu um soco nele de novo, pegando sua jaqueta de carteiro e socando-o mais duas vezes na mandíbula. Jason tropeçou para o lado quando o sangue voou de sua boca.

Ele empurrou o punho de Rocky, torcendo-o e acertando seu rosto. Rocky caiu para o lado quando Jason o agarrou, tentando puxá-lo enquanto Rocky se virava, estendendo a mão por cima do ombro para Jason. Seus braços travaram ao redor de seu pescoço. Rocky se inclinou, preparando-se enquanto puxava o mais forte que podia, puxando Jason por cima do ombro enquanto suas costas batiam no chão.

Rocky ofegou enquanto olhava para ele, sua caixa torácica em chamas enquanto procurava por um fôlego. Só que Jason não se levantou porque seus olhos estavam fixos em Max. Rocky se virou, vendo-a flutuando alto no sótão enquanto seu coração caía. — Max!

Rocky tentou salvar seu walkman, mas o pé de Jason o havia destruído demais. Sua respiração pesada se transformou em hiperventilação quando ele olhou para Max. — Por favor, acorde! Max, por favor! Eu sei que você pode me ouvir!

Ela podia, mas não podia voltar.

Seus braços e pernas começaram a rachar para os lados, ecoando dentro do sótão. Rocky gritou o nome dela, gritou por ela, porque era tudo o que ele podia fazer. A Crill House estremeceu um pouco, o corpo de Max caindo. Rocky correu para amortecer sua queda, pegando-a quando ambos caíram no chão. Ele não tinha certeza de quando começou a chorar, mas fez enquanto se movia para abraçá-la. — Max, Max. Você pode me ouvir? Você pode abrir os olhos?

— Lucas! — Rocky gritou por ele quando viu Erica e ele entrarem correndo, seus olhos se arregalando. — Encontre um telefone! Depressa, ligue para alguém! Lucas, por favor!

Eles correram após um momento de choque.

Rocky chorou enquanto segurava Max, seu batimento cardíaco fraco era a pior coisa que ele já tinha ouvido. Ele afastou mechas de cabelo ruivo suado da testa dela e segurou seu rosto. — Você vai ficar bem, Max. Nós vamos conseguir alguma ajuda. Só não me deixe ainda. Por favor.

— Rocky. — ela conseguiu sair, fraca e dolorida.

— Está bem. — ele prometeu a ela, tentando mantê-la junto. — Estou bem aqui, não vou a lugar nenhum.

— Eu não posso... Eu não posso sentir ou... — ela deu um suspiro quando ele a balançou levemente. — Ver alguma coisa.

O sangue de seus olhos manchava a flanela que ele usava, Rocky tentou limpá-lo de seu rosto para que ela se sentisse mais confortável, manchando suas mãos também. Ele soluçou sobre ela quando se inclinou e beijou sua testa. — Nós vamos te ajudar, vai ficar tudo bem.

— Eu estou assustada. — Max chorou. — Estou com tanto medo.

— Você não precisa ter medo. Estou bem aqui, não vou deixar você ir. — Rocky prometeu a ela, tentando ser gentil enquanto a puxava mais. — Você não vai.

— Eu não quero morrer. Não estou pronta. — ela hiperventilou.

— Você não vai morrer, você não vai. — ele se inclinou, suas testas pressionadas juntas enquanto suas lágrimas faziam o sangue em seu rosto lavar. — Apenas fique comigo, ok? Fique comigo.

Ele segurou seu rosto, querendo sua mão, mas sabendo que iria machucá-la muito.

— Rocky. — ela sussurrou, caindo ainda em seus braços.

— Max, Max. — ele entrou em pânico, puxando para trás e ela em seu braço mais. — Max, acorde! Não vá, por favor! Eu preciso de você, preciso tanto de você! Fique comigo, você está bem aqui.

Ele chorou e olhou para a porta. — Lucas, por favor!

— Max! — Rocky gritou por ela, seu corpo em seus braços. — Não, não, não. Você está bem, você está bem. Volte, volte para mim! Por favor! Max!

A casa tremeu, Rocky puxou o corpo dela para mais perto dele enquanto olhava para trás, vendo uma grande rachadura começar a se formar na casa dos Crill. Isso cortou Jason enquanto ele gritava, mas não por muito tempo, Rocky levantou o corpo de Max enquanto a segurava, indo para um canto do sótão para levá-los o mais longe possível. 10

Rocky beijou a testa de Max, seu corpo sem vida se encaixando terrivelmente perfeito em seus braços. — Sinto muito, Max. Sinto muito. Sinto muito.

Seus soluços se transformaram em gritos silenciosos, sua mão na parte de trás de sua cabeça enquanto a mantinha tão perto dele quanto podia. Considerando que ele nunca conseguiria fazer isso de novo. Ele pensou em tudo o que poderia ter feito, tudo o que eles tinham feito juntos. Quando eles se conheceram depois que ele deu de cara com ela preocupado com Will, a forma como ele a protegeu dos Demodogs, a forma como ela se alimentava dele a maior parte do tempo, na cabana de Hoppers, na sauna, nos assentos do hospital e como eles realmente se viram, Star Court, seu adeus, a forma como o rosto dela se iluminou quando ele voltou.

Tudo isso era tão precioso, tão importante para ele, ele simplesmente não percebeu até agora. Rocky tentou desacelerar sua respiração enquanto a segurava novamente. — Sinto muito por ter demorado tanto para nós. Eu não pensei que terminaríamos tão cedo, Califórnia. Eu queria você por muito mais tempo do que nós temos.

Estava quieto, estava quieto. Estava muito quieto, estava muito quieto. Isso deveria ter sido uma coisa ruim, a pior sensação. E por alguns minutos, foi. Rocky nunca se sentiu tão horrível antes, a quietude de seu coração e a quietude de seu corpo o matando mentalmente no sentido mais doloroso que existe. Vecna ​​não pegou Rocky Byers naquele ano, seu trauma nunca foi usado contra ele naquelas férias de primavera em Hawkin Indiana. O que Vecna ​​conseguiu dele foi muito pior, foi pior do que matá-lo e assombrá-lo, ele causou muito mais danos.

Ele a tirou dele.

— Você é a melhor pessoa que eu já conheci. — ele prometeu a ela, sussurrando como se precisasse ser um grande segredo. — Eu nunca quero conhecer ninguém do mesmo jeito que eu conheço você.

E depois de mais dois segundos de dor agonizante, o batimento cardíaco de Max voltou lentamente.

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