22
Sunghoon demorou para fechar os olhos por causa do choque, mas assim que a realidade lhe acometeu, ele sorriu de canto e abraçou a cintura alheia para retribuir o contato ansioso. Os lábios de Jake eram extremamente macios. Ele havia notado isso na primeira vez, mas sentí-los de novo parecia tornar tudo ainda mais sensível, principalmente pelo álcool que lhe corria pelas veias.
E quando Jake o puxou para manter os corpos juntos, Sunghoon deixou o copo quase vazio de bebida cair para finalmente perder os dedos longos pelos cabelos castanhos do mais velho, permitindo-se puxar os fios de forma fraca, apenas para sentir até onde ele estava disposto a chegar.
E o Sim queria ir longe.
Pela primeira vez desde que se conheceram, ele não sentia amarra nenhuma. Enquanto beijava Sunghoon, ele se esqueceu que era errado, se esqueceu de todas as sessões com o padre, se esqueceu do inferno e só não se esqueceu da mãe por que era aquela raiva que o fazia querer continuar tudo.
Então ele fez. Ele deixou que a mão bonita apertasse a bunda de Sunghoon com força, ele deixou que os quadris se roçassem e ele sorriu no meio do beijo quando notou o fraco ofegar do mais novo. Porque ele não sabia ainda, mas gostaria muito de vê-lo daquela forma.
O Park, por outro lado, se perdeu.
Não esperava que o outro agisse daquela forma e tampouco imaginou que ele descobriria seu fraco tão rápido. E foi por isso que ele ofegou com o atrito gostoso, foi por isso que se deixou amolecer um pouco nos braços santos, foi por isso que ignorou as circunstâncias anteriores.
Porque, apesar das inúmeras barreiras impostas, Jake estava indo tão bem.
— Você quer subir? — Questionou, um tanto surpreso quando o mais velho abandonou seus lábios para descer beijos molhados pelo pescoço tatuado, deixando mordidas em todos os cantos e fazendo seu corpo se arrepiar de uma forma gostosa.
O outro apenas assentiu e observou quando Sunghoon apagou o cigarro no corrimão, deixando-o perdido em qualquer canto. Ele se virou para agarrar a mão alheia com a sua e o puxou escadaria acima, ansioso.
Porque o calouro precisava de muito pouco para fazer o corpo do Park queimar.
O mais novo fechou a porta assim que ambos estavam dentro e mal teve tempo de trancá-la quando voltou à ser beijado. Jake deixou que seus dedos mais uma vez encontrassem caminho até a bunda durinha e a apertou com força, puxando o quadril para mexer devagarzinho, como se estocasse.
Sunghoon gemeu com aquilo e puxou o lábio alheio entre os dentes, sentindo o leve gosto de álcool no palato, mas sem se preocupar pois achava que era o seu. Ele permitiu que os braços tatuados se apoiassem nos ombros do outro, deixando os corpos o mais próximo quanto possível quando sentiu as costas tocarem a madeira fria.
Jake estava literalmente o prensando contra a porta.
Ele gemeu fraco quando se roçaram de novo, então deixou que as mãos tatuadas descessem pelo vão entre os corpos até que os dígitos brincassem no espaço quente entre a pele e a cueca, deixando que um deles adentrasse o tecido para tocar o início do pau duro.
E então Jake suspirou, apertando-o com mais força e sugando a língua alheia, sendo movido pelo mais puro instinto enquanto o tesão e o álcool faziam a cabeça e a raiva deixava que a racionalidade ficasse adormecida.
Porque, se ela acordasse...
Sunghoon desabotoou a calça alheia e quando não notou resistência alguma, permitiu-se puxar a cueca para baixo e ir com a mão inteira para agarrar o comprimento quente e úmido. O mais velho gemeu quando sentiu-se ser apertado e assentiu rápido na direção do outro, como se implorasse.
— Você é tão bonito aqui. — Sussurrou. — Está tão duro...
Ele passou o dedão pela glande brilhante e sensível, viu o corpo alheio todo tremer e a boca bonita ser segurada dentro dos dentes brancos. Sunghoon punhetou calmamente e sentiu a leve dor de ser fervorosamente apertado pelos dedos alheios.
E aquela era uma sensação gloriosa.
Talvez ele fosse mesmo para o inferno por desvirtuar um futuro padre, mas aquele momento se assimilava demais ao paraíso para que ele tivesse medo de arder o resto da vida.
Então ele lambeu os próprios lábios e sorriu.
— Eu odeio quando você sorri assim... — Jake riu fraco, meio gemido, pois Sunghoon o apertou de novo.
— Por que? — Ele manteve o sorriso e dessa vez prendeu os lábios dentro dos dentes. — O que acontece quando eu sorrio, meu bem?
— Eu fico tão duro. — Assumiu. Ele apertou o corpo de Sunghoon quando o mais novo aumentou o ritmo da punheta e gemeu diretamente na orelha cheia de piercings. — Você me deixa tão duro...
— Deixo? — Jake assentiu e moveu o quadril para estocar dentro da mão tatuada. — Eu quero fazer algo por você, eu posso?
O Sim assentiu sem que pensasse por um único segundo. Estava tudo tão, mas tão quente... sua cabeça girava um pouco e ele sentia tanto tesão que o corpo chegava à doer, cada pedacinho de pele se arrepiava e ele sentia todo movimento.
Aquele sentimento liberdade era viciante.
— Pode. — Sussurrou. — Por favor.
Sunghoon então se colocou de joelhos.
A cena foi irônica, pois andar de joelhos era tudo o que Jake vinha fazendo desde os dezesseis anos; pedindo perdão, limpando o chão da paróquia como se aquilo pudesse limpar os próprios passos, sendo obrigado a se colocar sobre o milho para sentir a dor que o pecado traria... mas, naquele momento, alguém se ajoelhou para si.
Ele achou que sentiria medo, mas tudo o que sentiu foi o mais puro prazer.
Era quente, duro, direto. A língua de Sunghoon lambeu a cabeça, circulou toda ela antes de descer até as bolas para sugá-las uma a uma para dentro do aperto molhado. Jake não conseguia se ouvir, os ouvidos estavam mudos, mas ele sabia que estava gemendo.
E também soube que gemera ainda mais alto quando o Park o engoliu inteiro.
Ele chupou com força, comprimiu as bochechas para vê-lo se apoiar na porta trancada, mole conforme a sucção ficava mais veloz. A cabeça ia e vinha e Jake finalmente se permitiu participar daquele movimento, embrenhando os dedos em meio aos fios já bagunçados para puxá-lo até o fundo mais uma vez.
Sunghoon se afastou, sem fôlego, e sorriu.
— Fode a minha boca, sim? — Ele beijou a ponta do pau de Jake. — Eu sei que você está maluco para fazer isso, meu bem.
— Você vai rezar pra mim, hum? — O Sim disse, enquanto se permitia observar Sunghoon de cima. — Vai me deixar te ouvir enquanto faz isso?
O mais novo assentiu, hipnotizado, e colocou a língua para fora. Jake guiou a espessura até o músculo rosado e empurrou o quadril até que a cabeça tocasse a garganta.
Sunghoon gemeu e ele ouviu.
Então meteu mais fundo até que o ouvisse engasgar de novo e de novo.
Porque aquele pecado era desesperadamente fascinante. Boca era macia, a saliva quente escorria pelo canto dos lábios e se acumulava no chão, os sons eram quase como uma prece ensaiada para ser ouvida.
Ter Sunghoon de joelhos era como tocar o céu.
Ele havia lhe dado aquilo.
O tatuado se afastou um pouco para punhetar enquanto retomava o fôlego. Jake sentia as pernas moles e trêmulas como gelatina; fazia tanto, mas tanto tempo que não sentia nada como aquilo que sentia que poderia desmaiar.
— Você vai gozar? — A voz grave questionou. — Você vai gozar na minha língua?
Jake assentiu e gemeu de novo quando o aperto se tornou mais intenso.
— Goza pra mim. — Pediu e voltou a chupá-lo.
O gemido veio alto quando Jake chegou. Ele gozou grosso contra a garganta de Sunghoon, que puxou a bunda bonita para encaixá-lo diretamente ali, deixando que ele escorresse para dentro sem desperdiçar nada.
E engoliu sem pensar duas vezes.
O mais velho ainda estava ofegante quando Sunghoon se colocou em pé para beijá-lo mais uma vez. Ele fez com que Jake sentisse o próprio gosto no palato e empurrou o corpo magro para trás até que as panturrilhas batessem contra a cama e ele caísse de costas no colchão.
Ele sentiu o corpo quente vir para cima de si e ofegou quando ele roçou novamente o membro sensível pelo orgasmo recente.
Jake sorriu e o acolheu com braços e pernas, por que o queria.
— O que aconteceu para você ficar receptivo assim? — Sunghoon brincou enquanto continuava estocando devagarinho e espalhava beijos úmidos pelo pescoço bonito.
— Bebi um pouco. — Jake sorriu, mas assustou-se logo em seguida quando Sunghoon se afastou abruptamente para encará-lo nos olhos. — O que foi?
— Quanto você bebeu? — A voz era mais séria.
— Um pouco? — Ele estava um tanto grogue pelos sentimentos conflitantes, então riu alto. — Por que?
— Tequila. — Sunghoon sussurrou e esfregou o próprio rosto em seguida. — Seu beijo tinha gosto de tequila, mas eu não bebi tequila hoje. — Ele negou. — Merda.
— Ei? — Jake chamou. — O que aconteceu?
— Eu não posso continuar, Jakey. — Ele suspirou, frustrado, e deixou que seu corpo se inclinasse até que estivesse com o rosto na dobra do pescoço de Jake. — Como foi que eu não notei que você estava estranho?
— Você não quer transar comigo?
Sunghoon voltou a se afastar para olhá-lo nos olhos. A voz estava embargada e os lábios tremiam um pouco. Foi naquele momento que o Park notou que alguma coisa havia acontecido e se odiou um pouco por não te notado antes, porque existia uma série de coisas estranhas nos últimos minutos.
Jake havia continuado na festa. Jake estava bêbado. Jake o havia permitido tocá-lo.
Tudo isso sem hesitar em momento algum.
O tatuado então suspirou e segurou o rosto do mais velho com as duas mãos. Ele deixou um beijo quase casto sobre os lábios ainda trêmulos e acariciou as bochechas antes de olhá-lo mais uma vez.
— Eu quero transar com você. Quero muito. — Ele pegou uma das mãos pequenas e o levou até a própria intimidade. — Você me sente? — Jake assentiu. — É culpa sua. Você mexe com o meu corpo de um jeito que eu não entendo...
— Então-
— Mas você está bêbado, anjo. — Ele acariciou o rosto bonito mais uma vez. — Se nós fizermos qualquer coisa agora, você vai se sentir muito mal quando ficar sóbrio de novo, eu sei que vai. Me perdoe por não ter sido mais atento.
— Desculpa.
— Você está pedindo perdão para mim ou para o seu deus?
— Para você.
— Por ter ficado bêbado? — Sunghoon riu fraco, mas parou assim que notou a expressão angustiada no rosto bonito.
— Por isso também. — Ele então o observou de pertinho enquanto os olhos ficavam cheios d'água. Ele captou cada uma das lágrimas antes que elas caíssem e franziu o cenho, sinceramente preocupado.
— Hey. — Chamou. — Aconteceu alguma coisa?
Jake assentiu, mas não conseguia falar nada. Se sentia uma vergonha para os pais, um intruso no desenvolvimento de Jeongin, um fardo para os amigos e agora estava chorando depois de ter deixado que Sunghoon o tocasse.
Era humilhante demais.
Só não era mais vergonhoso do que era triste.
E Sunghoon se pegou sem compreender por que estava se importando tanto em uma situação bizarra como aquela. Ele poderia contornar tudo com uma piada idiota, mas ele sequer pensou naquilo e ainda que pensasse, não o faria.
Tudo o que fez foi secar as lágrimas finas que escorriam pelo rosto bonito enquanto Jake bravamente lutava para impedí-las de cair ainda que soubesse que falharia, balbuciando coisas sem sentido enquanto tentava se explicar e se desculpar ao mesmo tempo.
Sunghoon negou e sorriu.
— Tudo bem. Você não precisa falar se for difícil demais. — E aquela foi a primeira vez que jake viu aquele sorriso.
Um sorriso de boca inteira, ainda que fosse pequeno. Um sorriso sem malícia nenhuma, sem qualquer segunda intenção ou que abrisse margem para interpretações diversas.
Era apenas um sorriso.
E ele era tão bonito.
— Você está com sono? — Ele assentiu, ainda perdido no rosto de Sunghoon. — Já são quase duas da manhã. Você quer dormir? — Ele assentiu novamente. — Onde estão seus amigos?
— Eu não sei.
— E seu celular?
— Desliguei e deixei com a Soojin. — Ele bocejou, grogue. — Eu queria jogar fora, mas ela não deixou.
— Tudo bem. Vamos procurar ela depois, sim? — Jake assentiu. — Você quer tomar banho? Você pode dormir aqui, eu procuro ela pra você e-
— Não me deixa sozinho. — Jake se sentia cada vez mais grogue. A tequila cobrava seu preço e a cada minuto ele se sentia mais fora do próprio corpo. — Você não vai me deixar sozinho, vai? Eu odeio lugares cheios. Tem tanto, tanto barulho...
Sunghoon observou a situação.
Jake ainda estava deitado na cama, ele ainda estava sob seus quadris e a calça dele ainda estava aberta. Os olhos bonitos estavam pequenos e ainda que estivessem à meia luz, era possível notar que também estavam inchados.
Ele havia chorado antes.
Havia acontecido algo sério e ele não fazia a mínima ideia do porque se preocupava tanto.
— Tudo bem. Eu vou ficar com você. — Sunghoon sorriu de novo e saiu de cima do outro homem. — Vamos te dar um banho. Eu acho que tenho alguma coisa que sirva em você.
Então, ele guiou Jake até o chuveiro da suíte acoplada ao quarto que dividia com Jungwon. Ele abriu o registro e deixou que o outro se banhasse sozinho, ainda que ficasse suficientemente atento para que nenhum acidente ocorresse enquanto ele estava lá dentro.
E nesse curto período, enquanto esperava que o Sim tirasse o cheiro de álcool do corpo, ele mandou uma mensagem para Miyeon.
Você [01:56]:
Mi, sou eu|
Por favor avise os amigos do jake que ele está aqui comigo|
Ele está meio grogue, coloquei ele para tomar banho|
Mas ele vai ficar bem|
Eu acho|
Miyeon, no entanto, não visualizou de imediato.
Ele colocou o telefone sobre o colchão macio e encarou o teto enquanto aguardava. Sunghoon ainda tinha os cabelos bagunçados e a roupa molhada pelo suor do que fizera minutos antes. Seu corpo ainda estava um tanto quente.
Entretanto, ele só conseguia pensar em tudo que seus amigos vinham lhe dizendo nas últimas semanas e no quão apavorante era cogitar a ideia de que talvez eles estivessem certos.
Talvez Jake mexesse demais com algo dentro dele.
Ele só precisava descobrir o que era.
***
Lee Daehwi caminhava entre os corpos suados, buscando entre os rostos desconhecidos uma única pessoa. Desviou de caminhos onde pudesse trombar com conhecidos que pudessem tirá-lo de lá antes que encontrasse Niki.
Pois era por ele que estava ali.
Havia vestido a melhor roupa, feito uma maquiagem que o deixasse um pouco mais maduro do que era de fato e finalmente havia se acostumado ao cabelo escuro, se sentindo suficientemente confiante para não amarelar na pequena missão.
E ele procurou Niki por quase quarenta minutos.
Chegou a ficar angustiado acreditando que ele talvez tivesse sumido com alguém para dentro dos quartos, mas quase chorou de alívio quando, depois de tanto procurar, finalmente o encontrou.
E teve sorte.
Teve sorte pois ele estava dentro da república, em um lugar um pouco mais afastado e sozinho; evento que foi estranho, pois Niki sempre estava cercado de pessoas que faziam questão de reafirmar o quão agradável era sua companhia.
Por que era mesmo. E era por isso que Daehwi havia se apaixonado: Nishimura Riki nunca o tratava com diferença - ele se sentia parte de um mundo paralelo onde alguém finalmente não o tratava como um adolescente irritante ou um garoto riquinho e mimado.
Niki o via como ele era e isso enchia seu coração de um sentimento bom. Ele era sempre tão gentil e educado, sempre sorrindo, sempre prestativo... além de ser o homem mais bonito em quem Daehwi já havia posto os olhos.
E isso fazia seu coração dar saltos e seus hormônios adolescentes se moverem de forma desenfreada demais. A paixão crescente só piorava tudo e o fazia revirar nos lençóis e gastar muitos litros de água durante o banho.
E Daehwi o queria tanto. O queria o suficiente para que tentasse, pelo menos uma vez, ter a atenção de Niki exclusivamente para si, ainda que levasse um fora e nunca mais pudesse ter os olhos gentis sorrindo em sua direção.
Porque o coração doía toda vez que imaginava guardar tanto sentimento para sempre.
Então Daehwi respirou fundo e sentindo a barriga gelar, se aproximou. Niki bebia o líquido de um copo vermelho e observava o teto em um silêncio que seria evidentemente mórbido se o adolescente não se sentisse tão aéreo com a presença dele.
— Nini? — Chamou. Não precisou chamar uma segunda vez porque Niki o olhou. Os olhos eram escuros e afiados, existia maquiagem neles e ele observou Daehwi com uma profundidade que nunca havia existido antes. — Eu... gostaria de falar com você.
— Comigo? Não imaginei que fôssemos conversar hoje. — Niki sorriu em sua direção. Aquele sorriso era tão bonito que o mais novo sentiu o coração falhar algumas batidas. O outro homem estava sempre sorrindo, mas nunca havia sido daquele jeito.
E aquele jeito fazia o sangue de Daehwi correr mais rápido.
— Eu sei que é estranho me ver aqui... — Começou.
— Eu pensei que você estivesse ocupado.
Daehwi não entendeu o que ele queria dizer com aquilo, mas ainda assim assentiu, corado. Estava sentindo suas pernas moles e tomou fôlego antes de voltar a falar.
— Eu sei que pode parecer maluco e eu vou entender se você me mandar embora ou me entregar para alguém, mas... — Ele engoliu à seco e juntou as mãos de maneira nervosa antes de continuar. — Mas eu gosto de você, Nini. Gosto muito. Eu gosto de você de um jeito maluco, de um jeito que me sufoca... eu gosto tanto, tanto de você que não sei mais como lidar com isso. — Uma vez falado, ele não conseguiu mais parar. Ele deixou os olhos encararem os próprios pés e desatinou à falar o texto que ele havia repetido tantas vezes na frente do espelho, mas que naquele momento saía de forma totalmente diferente. — Eu gosto desde a primeira vez que te vi, desde que você me sorriu pela primeira vez... eu gosto de tudo em você. Eu amo como você é gentil e o jeito que você fala comigo, eu amo como tudo ao seu redor parece mais bonito e mais colorido, e eu sei que você pode me achar novo e inexperiente demais, mas eu juro que é sincero e que se você me der uma chance, eu posso ser uma pessoa boa para você, e-
Ele assustou quando sentiu seu rosto ser levantado. Daehwi então ergueu o olhar e se sentiu observar o rosto de Niki da forma mais próxima que já esteve na vida.
O coração bateu forte demais e tudo pareceu se desintegrar em mil pedacinhos.
E a única certeza que ele teve era que estava vivendo um sonho, porque ele definitivamente não poderia de fato estar beijando Nishimura Riki. Ele não poderia por que, ainda que tivesse sido corajoso, não havia de fato acreditado que aquilo podia ser real.
— Não diz mais nada. — Niki sussurrou quando se afastaram um pouco. — Eu esperei tanto por isso. — Ele deixou um selinho nos lábios bonitos. — Eu te amo tanto...
Os olhos de Daehwi se encheram d'água e ele permitiu que o corpo se movesse para abraçar Niki. Ele deixou que os braços fortes se entrelaçassem em seu corpo e quase derreteu quando o ritmo de tudo ficou mais intenso.
Ele deixou que o mais velho o levasse até um dos quartos, ele não resistiu nem por um segundo enquanto Niki desnudava seu corpo peça por peça, ele se permitiu ser intimamente tocado e nem mesmo o nervosismo por ser sua primeira vez o permitiu abandonar o estado de torpor da felicidade que lhe corria viva pelas veias enquanto o mais velho o acariciava como se ele fosse feito de vidro.
E Niki não estava diferente.
Nem em seus sonhos mais loucos imaginou que ouviria aquilo dele, ainda mais depois do que havia visto aquela noite. Pensou que passaria a madrugada toda tentando esquecer que não era amado e aquele acontecimento por um momento até lhe pareceu um delírio de todo o álcool consumido e a mistura com a maconha que o deixava aéreo, mas tudo parecia tão, tão real...
Nishimura Riki também achou que estava vivendo um sonho.
Porque Lee Heeseung finalmente corresponder seus sentimentos era como estar dentro de um.
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