06. Eu irei provar;
Portland, Oregon, EUA.
Point of view; Madeleine Elnour.
— Terminei lá, quer ajuda aqui? — Shawn fala entrando na cozinha e se encaixa atrás de mim logo depois, rodeando seus braços pela minha cintura e repousando seu queixo no meu ombro.
— Não precisa, estou praticamente terminando. — Disse pegando num dos últimos pratos para o secar antes de colocar no escorredor e repito o processo mais duas vezes. — O que você acha de irmos dar um passeio até ao Jardim das Rosas? — Perguntei depois de secar minhas mãos no avental pendurado ao meu pescoço e o abraço, beijando seu queixo de seguida. — Faz tempo que não vou lá.
— Eu adoraria, amor, mas prometi a Miguel ajudar a montar uma cabana na sala. — Ele mordeu o lábio esperando minha reação. Shawn sabia que eu não gostava de ver tudo bagunçado mas eu somente sorri antes de o apertar em meus braços. Ele era um ótimo pai para Miguel e eu não poderia ter melhor pessoa do meu lado. Shawn Mendes é maravilhoso, em todos os sentidos. — Mas porque não vai você? — O olhei. — Você adora aquele jardim e já faz um tempinho que não vai lá nem dá suas caminhadas. — Retirou alguns fios de cabelos perdidos em meu rosto. — Vá, irá lhe fazer bem. — Assenti e selei nossos lábios.
— Só não deixa tudo bagunçado, pelo amor de Deus. — Mendes riu.
— Não prometo nada. — O olhei indignada. — Não me olha assim. Aliás, até parece que também não conhece o filho que quem. Aquele lá adora bagunçar tudo o que estiver ao alcance.
— Quem a mamãe não conhece, papai? — Miguel capta nossa atenção assim que entre na cozinha e vem até nós.
— Ah! Você está aí, seu pestinha. — Shawn o agarra, fazendo-lhe cócegas antes de o colocar no seu ombro, e a gargalhada que ecoa no ambiente me faz sorrir de orelha a orelha enquanto preenche meu coração.
— Papai, você já pode vir brincar comigo? — Miguel sussurrou para Shawn, depois que recuperou o fôlego, tentando fazer com que eu não ouvisse, o que me fez prender a risada.
— Posso sim, campeão. Aliás você reparou no que eu coloquei em cima da mesinha de centro da sala? — O pequeno negou e Shawn baixou um pouco o tom. — Não conta para sua mãe mas eu peguei escondido um lençol grandão. — Miguel ergueu os braços num gesto de festejo.
Sorri com a excitação dele e me aproximei para beijar seu rosto.
— Amanhã, é a vez da mamãe brincar com você, amor. Podemos até ir no parquinho, se você quiser.
— Eu quero ir no zoológico, mamãe. Josh falou que lá tem leão, elefante, girafa, zebra... — Começou a enumerar variadíssimos animais nos fazendo rir. — Tem até hipopótamo! — Falou animado.
— Seria um passeio legal em família. E acho que tem até show da foca. — Shawn comentou.
— Eu quero! Eu quero! — Meu bebê pulava nos braços do meu noivo empolgado.
Isso me fez relembrar de quando meu pai dizia que me iria levar no Portland Children's Museum. Eu adorava ir lá e fazer todas aquelas atividades interativas que nos proporcionavam, desde arte a ciência. E sempre choramingava quando tinha que vir embora. Um dia levarei Miguel lá também. Será uma experiência enriquecedora e tenho certeza de que gostará bastante.
— Está combinado então. — Sorri e Miguel pulou para meus braços.
— Eu te amo, mamãe. — Fechei meus olhos, apertando-o mais contra mim.
— Eu te amo, meu filho.
[...]
Observava, atentamente, o sol começar a desaparecer e, perante este fenômeno, eu agradecia por mais um dia, diante daquela vista incrível que eu tinha da cidade. O pôr do sol foi algo que sempre chamou à atenção e acho algo maravilhoso de se assistir. Sempre que posso, é algo que faço pois nunca sabemos qual será a última vez que presenciamos algo desta natureza.
Uma brisa suave bateu contra meu corpo e me virei quando o aroma das rosas, as quais se encontravam atrás de mim, se intensificou. Me baixei, para aproximar de uma delas para a cheirar e fechei meus olhos. Até que senti um flash, o que me fez abri-los imediatamente.
— Você ficou linda. — Justin disse sorrindo enquanto olhava para a tela de sua câmara fotográfica mas logo ergueu seu olhar até mim.
— O que? — O encaro, indignada. — Você não pode simplesmente chegar e tirar uma foto minha assim, distraída.
— Então faça uma pose para que eu tire outra. — Fala, usando seu tom zombeteiro, e estende um sorriso irônico após eu bufar e revirar os olhos. — Você não acha justo ter uma beleza como a sua registrada?
— Me deixe em paz, Justin! — Digo, irritada. — Já não basta o que fez ontem?
Refiro-me ao breve selinho que poderia não significar nada, contudo, aquilo não saia da minha cabeça em nenhum instante. Já estava completamente cheia de pensar nele durante todos esses anos, e agora sou obrigada a pensar mais ainda graças a isso.
— Não fizemos nada demais, Maddie. Qual é! — Ele se aproxima, frustrado. — Não sei se você ainda se lembra, mas nós já fizemos coisas bem piores.
Levanto em um pulo, puxando a manta que havia colocado na grama para sentar.
— Eu não consegui parar de pensar no que rolou. — Engulo seco. — Você acaba comigo quando tenta fazer essas coisas. Será que é difícil entender? Nós não somos mais nada um para o outro.
— Posso não significar mais nada para você, mas você ainda significa tudo para mim. E, se te fiz ficar pensando em um selinho idiota, isso só mostra que está falando isso de não significar nada da boca para fora. — Aos poucos, o loiro se aproxima ainda mais.
Seus olhos acastanhados ficam mais claros graças a luz do sol, que reflete em sua pele clara. Seus dedos ásperos repousam em meu rosto, levantando-o e acariciando minha pele. Uma faísca se acende entre a linha tênue que sustenta nossos olhares.
Ele continua tão lindo e encantador quanto antes.
— Eu ainda amo você, Maddie. — Fala, roçando seus lábios doces e macios nos meus.
Fecho fortemente os olhos, refletindo sobre o que estou prestes a fazer e, em um ato impulsivo, o puxo pela nuca e uno nossas bocas. Um sentimento de tranquilidade toma conta do meu ser enquanto sinto suas mãos apertarem a minha cintura para chocar mais ainda os nossos corpos — como se quisesse nos fundir.
Sinto sua língua acariciar a minha, ao mesmo tempo que brinca com meus lábios.
Seu beijo também continua doce e calmo, como antes.
Quando cai a ficha, espalmo minhas mãos em seu peito, o empurrando para longe.
Shawn.
A imagem do meu noivo domina minha mente e a tranquilidade se transforma em culpa.
— O que foi? Fiz algo de errado? — Ainda pasma, sento-me novamente na grama.
— Não foi você. A errada dessa história toda sou eu. — Justin senta ao meu lado, e fita o anel brilhante em minha mão.
— Você... — Olho para o horizonte apenas para não encarar sua feição magoada.
— Sim, Justin. Estou noiva. — Confirmo, afogando meu rosto em minhas mãos. — Shawn me pediu em casamento, recentemente. Nós estávamos indo bem, morando juntos, pelo menos até você aparecer.
Bufa, irritado. Suas mãos se fecham em um punho e ele soca o gramado úmido.
— Esse filho da puta. — Esbraveja. — Sempre soube que ele sentia algo por você. Só aproveitou a minha ausência para te tomar de mim.
— Você me deu as costas, Justin. Shawn foi meu apoio durante todo esse tempo, ele me ajudou a enfrentar tudo e, inclusive a... — Paro antes de proferir o nome de Miguel no restante da frase.
— Ah, ele te ajudou? — Ri, ironicamente. — Então me diz, esse cara te faz mais feliz do que eu fazia? Ele pode te oferecer tudo que você quer, da mesma forma que eu posso oferecer? — Justin levanta, irritado. — Quem você está tentando enganar, Madeleine? Nós somos o amor da vida um do outro, e eu irei provar.
— O que você vai fazer? — Sem responder, começa a andar para longe de mim. — Justin! — Grito. — Justin! — O sigo, desesperada, desviando dos demais que estão ali.
Consigo mantê-lo em minhas vistas, pelo menos até sentir algo se chocar contra meu corpo.
— Ei! — O moreno de ombros largos segura meu braço com uma das mãos. — O que aconteceu?
Olho por cima de seu ombro, e não encontro mais nenhum sinal de Justin. Volto os olhos para as orbes castanhas de Shawn, que analisa meu rosto. Dirijo o olhar para baixo ao sentir alguém puxar minha saia.
Miguel me encara com seus olhos claros enquanto come um algodão doce azul, dos quais está vendendo na parte de fora.
— Vocês resolveram vir? — Ajeito meus cabelos e a saia, pigarreando.
— Sim. O Miguel resolveu desmontar tudo umas quinhentas vezes, até me cansar de montar tudo de novo, então resolvemos vir até aqui ficar com você. — Percebo a desconfiança presente nas palavras de Shawn. — Houve algum problema?
— Não. É claro que não! — Forço um sorriso.
— Posso brincar agora? — Pergunta o menor, entregando o resto do algodão doce para mim.
— Pode sim, filho. — Assim que dou o sinal verde, Miguel toma o fazedor de bolhas de sabão do bolso direito de Shawn e corre para o meio do jardim.
O seguimos com os olhos. Shawn sorri e coloca as mãos no bolso, voltando a me encarar.
— Tem certeza que não aconteceu nada? — Devolvo o olhar, umedecendo meus lábios. — Você parece estranha.
— Está tudo bem. Eu juro.
Ele passa seu braço pelos meus ombros, me puxando para perto em um abraço.
— Tudo bem, então. — Respira fundo, sentindo o aroma das rosas ao nosso redor. — Está tudo bem. — Repete o que eu acabo de dizer.
E ali ficamos, abraçados, vendo Miguel se divertir no meio das outras crianças da cidade. Tento expressar calma, mas a minha mente está turbulenta.
Não consigo deixar de pensar nele e no que acabara de acontecer. A dúvida começa a pairar sobre mim, e sinto uma pontada de medo ao recordar de suas três últimas palavras.
O que será que Justin irá fazer?
+++++++++++++++++++++++++++++++
AAAAAA SAIU O BEIJO mas o que voces acham que justin irá fazer? ele me parece empenhado em ter maddie de volta
mas vocês já decidiram o team?kkkkkkk torcem por #jaddie ou #shaddie? (eu sei eu sei nao tenho jeito pra nome shipper kkkkkkkkk mandem sugestões de nomes shipper tambem)
Não esqueçam de deixar o voto e de comentar. É de extrema importância para nós duas ♡♡
bom, espero que tenham gostado ♡
até ao próximo capítulo, que será provavelmente sábado ♡
votem e comentem muito, amo cês ♡♡
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top