Olá, meus amores ❤

Esse é um conto escrito exclusivamente para o Concurso de Natal do perfil FanficLP. Ele terá, no máximo, 5000 palavras e foi dividido em dois capítulos.

(Bom, aqui termina a nota e começa o desabafo).

Escrevi esse conto com todo o coração porque queria que ele fosse o mais fofo e mágico que já escrevi na vida.

Quem acompanha minhas histórias há algum tempo sabe quantas vezes escrevi sobre Larry. É simplesmente fascinante escrever sobre eles, imaginar eles, pensar sobre eles. Sou larrie desde sempre, desde que me tornei Directioner, anos e anos atrás (sério, o tempo passou muito rápido).

E é por isso que essa deve ser a última fanfic que escreverei sobre Larry.

Digo isso com um pé atrás, já que ainda tenho em mente corrigir e repostar Little and Precious (fanfic escrita em 2015/2016, então provavelmente a maioria de vocês não conhece) e escrever uma fanfic ABO porque eu amo muito o tema. Porém, como não sei se essas postagens ocorrerão, esse conto de Natal pode ser minha despedida.

Mas por que isso, Kyvia? Vocês perguntam.

Fine Line, eu respondo. Sim, o novo álbum do Harry. Enquanto ouvia ele por inteiro pela primeira vez, tive um momento intenso de reflexão e admiti algumas coisas para mim mesma que eu não queria admitir. Isso porque admitir elas é permitir que uma parte de mim se quebre. Teria sido um momento de epifania, se fosse bom.

Quem já ouviu sabe que o álbum é muito pessoal e as músicas se complementam contando uma história, a de um coração partido. É impossível não sentir o grande desabafo que o Harry faz naquelas letras.

E então percebi:

1) O amor não necessariamente é eterno;
2) Ele estava muito apaixonado;
3) Nós nunca saberemos toda a verdade por trás da vida daquelas celebridades que amamos; muito, muito é escondido e modificado para resguardar a privacidade deles (ou os interesses financeiros por trás deles);
4) É possível se apaixonar várias vezes na vida;
5) O álbum não é para o Louis;
6) Larry não existe mais;

É, o número 6 que quebrou meu coração. E admitir isso me fez chorar durante a noite.

Sempre acreditarei que ali existiu amor, provavelmente ainda existe, mas de uma forma diferente. É fácil amar quando é jovem e o mundo abre as portas para você. E então o tempo passa e as coisas acontecem. As pessoas mudam.

É, as pessoas mudam, e muito. Louis está aceitando melhor sua voz agora (ainda bem porque eu acho ela a voz masculina mais única e gostosa que já ouvi na vida), mas nunca podemos esquecer pelo o que ele passou. Ele  perdeu a mãe e a irmã em um curtíssimo período de tempo. É impossível alguém não mudar depois disso, passar a valorizar o que realmente importa.

E o Harry, bem, ele se tornou uma borboleta. Rompeu o casulo completamente e também as barreiras socialmente impostas naquela dicotomia ridícula de macho e fêmea (tanto do ponto de vista biológico quanto de gênero). Ele está mais livre para amar e se sentir bem do jeito dele.

E nós, fãs que acompanham duas vidas, não podemos ficar presas ao passado, aos amores que já se foram.

Percebi que é meu momento de me libertar também. Me libertar da esperança de que Larry ainda seja real. Me libertar da ideia que o amor que eles sentiam é único e não mudou durante o tempo. Me libertar de escrever sobre eles e criar ainda mais esperanças.

Espero começar 2020 com libertação.

Perdão pelo desabafo gigantesco. Era algo que eu precisava compartilhar com alguém, o quanto antes, ou explodiria.

Nós nos vemos no primeiro capítulo do conto.

Com amor,
Kyv❤