two

Entro no carro totalmente chocada, até Kim acabar com isso:

- Diana! - Ela grita.

- Ai! - Grito colocando a minha mão no meu peito. - Mãe, nunca mais faça isso!

- Eu te chamando e você aí distraída... Aliás, quem era aquele garoto?

- Um amigo meu.

- Seu primeiro amigo. Okay, ele é bonitinho, né? Acho que é o primeiro garoto bonito aparecer nessa escola.

- Mãe... - Fico vermelha. - Ele só é um amigo. Blake é aquele garoto que me defendia lá em Londres.

- Hum... Lembro dele. Tenho certeza que o Blake ainda gosta de você.

- Ele gostar de mim!?

- É. Pode ser. - Ela estaciona o carro e descemos. - Filha, ele sempre foi legal com você.

Depois que chegamos em casa, passei a tarde estudando para o teste de química, uma rápida revisão que o professor está passando sobre as reações químicas. Até que a porta do meu quarto faz barulho.

- Diana?

- Pode falar, mãe.

- Aquele seu amigo, o Blake, está aqui. Deixo ele entrar?

- Sim. - Ela abre a porta e o loiro entra. - Olá.

- Oi... É a revisão de química, né?

- Sim... - Me viro para vê-lo. - Você também usa óculos!?

- Poucas vezes. Geralmente eu uso lentes.

- Ah... Eu não me adaptei com as lentes então... Uso isso aqui. - Dou um toque no meu acessório. — Eu me machuco demais.

- Você me permite tirar eles? - Ele se aproxima.

- Claro. - Ele tira os meus óculos e ele fica de queixo caído.

- Wow. - Ele fica me admirando.

- Eu sou horrível. - Falo sentindo as minhas bochechas queimarem.

- Não. - Ele fala olhando nos meus olhos. - Você é incrivelmente linda, Diana.

- Acho que só você e a minha mãe acham isso de mim. Porque eu nunca me achei bonita e quando qualquer pessoa fala isso, deve ser mentira.

- Eu não estou mentindo e muito menos te iludindo. Você tem una olhos bem iluminados, brilhantes. E um belo sorriso, não precisa ficar assim, Di.

- É que nunca me falaram isso. - Olho para baixo morrendo mais ainda de vergonha.

- Diana... - Ele toca o meu queixo e volta à olhar nos meus olhos, eu só via embaçado. - Você tem que ver quem você é, não só pela aparência exterior e sim interior. Diana, você é uma pessoa incrível e a gente se conheceu hoje. E o que os outros falam de você é mentira, não ligue pra isso porque eles não te conhecem de verdade. São uns babacas.

- Blake... Muito obrigada.

- Se aqueles garotos vierem te perturbar, me chame, okay?

- Okay. - Falo colocando de volta os meus óculos.

Me levanto da cadeira e dou um abraço bem forte nele. Ele foi retribuindo a cada segundo do nosso abraço. Primeiramente, ele parecia surpreso ou até mesmo frágil, mas depois ele foi me acolhendo e eu estava amando esse momento. Não sei o que é isso que estou sentindo, mas a presença dele virou algo que eu nunca mais havia sentido. Talvez o Blake Gray esteja se tornando alguém importante pra mim.

— A sua mãe me convidou para jantar, se importa de eu ficar? — O loiro perguntou me devolvendo os óculos.

— É claro que sim, Blake. Espero que você goste da nossa comida.

— Legal, deve ser ótimo. — Sorriu ponta a ponta. — Que tal um dia desses você ir jantar na minha casa depois da escola? Acho que os meus pais iriam adorar a sua companhia.

— Eu adoraria, Blake. — Sorri de volta, acho que tô ficando com vergonha ou algo parecido.

Eu sei que é louco tipo, do nada você está fazendo amizade e do nada essa pessoa se torna a sua melhor amiga.

— Oi gente, o jantar está pronto.

— Estamos indo, mãe! — Respondo depois de ouvir lá da sala. — Vamos, Blake.

— Depois de você, Diana.

Descemos até a sala de jantar e comemos algo bem simples, com um acompanhamento de salada e um bom suco de beterraba com maçã. Fiquei surpresa por ver alguém como ele comer os vegetais e panquecas salgadas como fosse a melhor refeição do mundo, pois eu já estou começando a ficar enjoada com isso a cada semana que passa.

— Senhora White, esse jantar estava incrível. Muito obrigado por ter me convidado.

— Ora essa, de nada. — Kim sorriu se levantando com os nossos pratos.

— Eita são quase oito horas… Diana, eu tenho que ir voltar pra casa.

— Tem problema não. — Me levanto junto com o mesmo e fomos andando até a frente de casa. — Foi bom te ver de novo hoje, Blake.

— Eu digo o mesmo. — Afirmou arrumando o seu casaco verde musgo e olhando pela rua. — A sua casa é bonita, sabia? Tem uma energia cativante.

— Quer comprar a casa, Gray? — Brinco e o mesmo gargalha. — Você é bem diferente do que muita gente que conheci.

— Isso é o que faz de mim alguém único, né? — Me deu uma piscadela.
— Eu já vou indo lá em casa.

— Okay, até amanhã na escola.

— Até amanhã, Di. — Acenou e foi andando ligeiramente pela rua que estava começando a ficar iluminada pelos postes.

Entrei em casa quando o mesmo entrou na outra rua e saiu do meu campo de vista auxiliada pelos meus óculos. Eu e minha mãe ficamos conversando e daí chegamos na conclusão de que as “amizades” que criei depois que nos mudamos pra cá, o Blake foi o único que veio me visitar de surpresa e no mesmo dia que tornamos amigos. Então ele é a pessoa certa com quem devo andar pra sempre.

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