three
Fui para a escola, só hoje e o final de semana já está (nada) garantido. Cheguei segundos antes do sinal tocar e fui correndo até a minha classe. Blake já estava lá me esperando:
- Bom dia, Diana. - Ele abre um sorriso.
- Bom dia, Blake. - Falo me sentando na cadeira vaga ao seu lado.
O sinal toca e aqueles abestalhados entram na sala, já me vendo como eu fosse uma mira:
- Olha só, a cabra cega está aqui.
- Olhe Hunt... - Fui interrompida pelo Hunter.
- Olhar o quê!? Você acha que manda em mim, é? Não se iluda, fica aí quietinha no seu lugar senão eu vou...
- Bom dia, alunos. - O professor de inglês entra na sala.
- Cumprir do que eu falei semana passada. - Ele termina e vai para o fundão.
O professor começou a passar o assunto no quadro e Gray se virou pra mim:
- Como ele pode!? - Ele sussurra. O seu rosto estava avermelhado.
- Blake, isso é todos os dias. Já estou acostumada.
- Sério!? - Ele fala indignado. - É o que não parece, Diana. Você deveria ir...
- E você não acha que eu já tentei!? - Respondo. - Blake, eu já fui reclamar sobre isso e estou sendo mais ameaçada! E só para completar: Hunter é o filho da diretora e ela não iria acreditar em qualquer aluno falando mal do seu querido filho.
- Sua mãe já conversou com ela?
- Ela não tem tempo.
- Nenhuma folga? - Ele fala e nego com a cabeça. - Que droga... Eu tenho que te ajudar de alguma forma.
- Blake, não precisa se arriscar por mim... - Falo e olho para as nossas mãos que estão entrelaçadas acidentalmente.
- Eu só quero ver você bem, Diana. - Ele fala por vez.
- Mas eu não quero que você se arrisque de levar uma surra por mim.
- Eu não me importo. - Ele abre um sorriso sem graça.
Na hora da saída eu saí primeiro que ele e fiquei na frente do prédio esperando por minha mãe:
- Se perdeu foi, Diana? - Chega Cameron com o outro idiota.
- Não.
- Hum... Que pena, eu ia te levar para a sua casa. - Cameron fala irônico.
- Que gentileza, mas eu preciso mesmo... - Reteuquei - E o seu carro fede à esgoto. - Resmungo.
- O que você disse!? - Cameron fala na minha frente.
- O que você não deveria ouvir, seu lixo. - Respondo.
A minha sorte era que Blake estava vindo e a minha mãe estava chegando na esquina. Mas:
- Que azar, Diana... Esqueceu que eu cumpro tudo, né?
- Você só ameaça porque é o filho da diretora. Você é um cretino.
- Eu te falei, sua cega! - Ele tira bruscamente os meus óculos e os joga no chão, quebrando as lentes. - Agora quero ver se você reconhece o carro da sua mãe! Vamos, Hunter.
Vejo eles se afastarem da minha visão completamente embaçada. Merda, os meus óculos devem estar em mil pedaços. Me abaixo para pegar a armação e sinto o perfume suave do Blake se aproximar, ignorando incômodo na minha mão.
- Diana! O que houve? Você está bem?
- Calma, está tudo bem. - Tento tranquilizá-lo. - Foi só um óculos.
- Como assim... Ai não! Os seus óculos já era!
- Eu compro um novo amanhã.
- Deixe eu te ajudar... Ai meu Deus!
- O que foi!? - Pergunto.
- A sua mão... Está muito machucada.
- Droga.
- Filha!? Ela está bem, Blake?
- Mais ou menos... Aqueles dois machos quebraram os óculos dela e ela machucou a mão com o vidro. - Ele explica calmamente.
- Entrem no carro. - Ela manda. - Vamos para a farmácia.
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