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- Diana, hora da escola!

- Ai não, por que amanhece tão rápido? - Resmungo ao me sentar na cama.

- VAI ATRASAR! - Ela grita mais alto.

- Mãe, já estou acordada! - Grito de volta, revirando os meus olhos.

Pego os meus óculos feiosos para enxergar melhor o meu quarto e me levanto para tomar um banho e desço para tomar o meu café da manhã.

- Filha, quando eu vou parar de gritar o seu nome toda as manhãs para se acordar! - Mãe fala e eu a imito enquanto a mesma está de costas.

- Não precisa rasgar a garganta pra me acordar todo dia.

- Diana, respostas assim não ajuda. Tá sendo rude demais na escola.

- Eu não tenho culpa de ser meia cega e idiota, mãe. - Falo pegando a minha mochila que estava apoiando na cadeira.

- Você não é cega e nem idiota, Diana. Venha, eu vou te levar para a escola.

Fomos para o carro e por dez minutos de chatice daquele rádio só dando notícias ruins no país que é uma merda, cheguei no inferno.

- Tchau, Diana.

- Tchau, mãe. - Falo saindo do carro e vou andando ligeiro para dentro daquela enorme escola.

Bem, isso é uma pequena parte da minha história, bem-vindo para o meu pesadelo.

Me chamo Diana White, infelizmente estudo na Summerdale High School, no terceiro ano que é a pior turma da escola. Tenho 19 anos e não repeti de ano! Eu sou adiantada e não sei qual o motivo.

Minha mãe, Kimberly, é uma mãe solteira, pois ela se divorciou com o meu pai, Dave, porque descobriu que ele a traiu com outra mulher e é por isso que sou unigênita.

Eu, não sou dos Estados Unidos, e sim, do Reino Unido. Vivia sofrendo bullying por eu ser meia esquisita quando eu era criança e só havia um garoto que me defendia, mas nesse mesmo dia eu me mudei e vou guardar essa gratidão no meu coração.

Sobre isso, eu sofro ainda por eu usar óculos e usar roupas diferentes. Isso mesmo, óculos! E ainda me pergunto... O quanto eu ainda aguento isso. A vontade de enfrentar todos ali na minha frente é grande mas, quem acaba levando uma surra por nada? A Diana!

Voltando para a realidade...

Entro na minha classe e me sento lá no canto, duas cadeiras atrás da mesa do professor. O sinal toca e entra o resto da turma conversando e claro, ninguém se senta do meu lado pra não perder a "reputação".

- Gente ela não se perdeu! - Hunter, grita ao me ver.

- Começou. - Mais uma vez, reviro os meus olhos.

- Hey Diana, como foi batendo nos postes o caminho todo? - Cameron chega perto de mim, sorrindo maliciosamente. - Acho que tem um hematoma na sua testa.

- Por que não bate a sua própria cabeça em um poste? - Retruco.

Funcionou, eles se afastaram de mim.

Cameron e Hunter se sentaram no fundão da sala e a professora de história entra junto com um novato, cruzando os meus dedos para ele não se juntar ou ser como aqueles babacas.

- Classe, eu apresento à vocês o seu novo colega. Pode se apresentar, se quiser.

- Eu me chamo Blake Gray e vim de Londres há poucos dias. - Ele fala tranquilamente. O seu rosto era familiar.

- Pode se sentar, Blake.

Ele vai à procura de um lugar vago e algumas garotas ficaram torcendo que ele sentasse ali perto, mas o quê? Ele se sentou da mesa junto com a minha

- Olá. - Ele abre um sorriso olhando pra mim.

- Oi, seja bem vindo. - Falo naturalmente, sorrindo levemente de volta.

Ele é a primeira pessoa a se sentar do meu lado.

- Você se chama? - Ele pergunta.

- Diana White. - Falo ainda esperando por algum sarro vindo dele.

- É um nome bonito. - Ele afirmou pegando os seus materiais.

- Sério?

- Com muita certeza. Até você é bonita... Aliás, é linda. - Ele fala abrindo o seu livro.

- Obrigada, Blake.

- De nada, Diana. - Ele abre mais um sorriso pra mim e retribuo.

Meu Deus! Estou totalmente chocada por ele não ter me evitado, ter me elogiado e ainda mais... Ele não falou dos meus óculos! Eu tava completamente enganada por hoje ser um dos piores dias da minha vida e sim, acho que é a melhor que já tive.

Eu pensei que ele iria me abandonar no intervalo, que nada, ele ficou comigo até a aula acabar e ninguém me perturbou, pois todos daquela classe inteira ficou de queixo caído por saber que eu agora tenho o meu primeiro amigo.

Quando estávamos saindo da escola, disse à ele que eu ia ficar esperando pela minha mãe chegar.

- Eu fico aqui com você, Diana. Acho que não pode ser legal ficar sozinha com tanta gente idiota dessa escola.

- Você é muito gentil, Blake. - Agradeço, olhando para o chão.

- Acho que sou lerdo. - Riu sozinho.
- Você deve ser britânica, certo?

- Sim. Você percebeu um pouco do meu sotaque. - Fiquei o encarando rapidamente e o loiro assentia.

- Eu nasci aqui na América, mas passei grande parte da minha vida lá em Londres. - Ele diz chutando umas pedrinhas. - Tive que voltar pra cá porque o dono da casa aumentou a mensalidade e também por uns motivos bobos.

- Imagino como é depois de tanto tempo vivendo ali, eu só passei apenas dez anos da minha vida praticamente. Por causa do que eu passava na escola e nas ruas... eles nem sequer me conheciam.

- Que chato. Além de você e da sua mãe, alguém já te defendeu?

-- Sim, teve alguém. Era um garoto que tinnha mais ou menos a minha idade. Ele apanhou no meu lugar... Eu queria agradecer à ele, mas acabei me mudando depois disso.

Ele me olhava como soubesse da história e ficou pensando, deixando um breve silêncio. Depois estalou os dedos.

- Eu sei quem é ele!

- Quem é? Você tem contato dele? - Pergunto animada.

- Diana! Vamos! - Mamãe chega freando o carro.

- Eu sou esse garoto. - Sorriu. - Até amanhã, Diana. - Ele acena em despedida.

Pera quê!?

- Mentira, né!?

- Sim! Agora que você me contou eu me lembrei! - Ele grita.

- Filha! - Mamãe grita.

- Obrigada! - Grito para Blake.

- Disponha!

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