único

Passear na área de itens natalinos costumava ser a tarefa favorita de Hyunjin quando ele precisava enrolar por algum tempo, e bem, no passado ele tinha que fazer isso com certa frequência quando precisava ir buscar o namorado no curso de francês.

Juntos, o antigo casal costumava discutir sobre os enfeites natalinos que iriam comprar para aquele ano, qual seria a cor principal da árvore e se iriam ou não colocar pisca-pisca na área externa da casa que muitas vezes chamava muita atenção.

Fazia cerca de quatro anos desde a última vez que Hyunjin decorou seu lar, escutou a voz doce e carregada de Chan ou sentiu toda a energia alegre e poderosa que o estrangeiro possuía em cada momento do dia. Hwang o amava completamente bem antes de saber que o amor era tão poderoso.

Mas o Natal de quatro anos atrás tirou Chan dele, quando por um acidente trágico com um pisca-pisca mais antigo do que deveria e um quintal molhado pela neve que estava derretendo, um choque levou ambos os garotos em estado grave para o hospital por algumas semanas.

Local esse que apenas Hyunjin saiu e com algumas sequelas que o acompanham até lá dias atuais. A fala enrolada, a mente lenta para processar informações e a dificuldade na parte motora, eram infelizmente, um lembrete constante de que o Natal daquele maldito ano era mesmo um dia real, e algo que a sua mente criou.

Por algum motivo havia brigado com Chan naquela manhã, não se lembrava mais o motivo, talvez sendo a falta da luzinha no lado externo como tanto amavam fazer, mas Hwang se culpava eternamente por insistir em algo tão banal e que o levou para longe.

Mas nesse ano em questão, Hyunjin estava pronto para encarar essa falta devastadora de cabeça erguida. A sensação de esmagamento em seu peito ao levar a mão em direção a uma caixinha de pisca-pisca o alertou que talvez não fosse uma boa ideia, mas ainda assim não desistiu do que estava fazendo. Adicionou na sua cestinha com outras bolinhas natalinas e seguiu em direção ao caixa antes que pudesse ter a chance de desistir do que estava fazendo.

Decorar a árvore foi outro tiro certeiro em seu peito e mesmo com as mãos trêmulas com as memórias que salpicavam em sua mente, ele finalizou com um sorriso melancólico nos lábios. Observar seu próprio feito parecia ser um erro, um erro cruel de que a insistência para algo tão pequeno, que teve um preço absurdamente grande.

— Espero que esteja orgulhoso, Channie. Não é tão bom quanto o que você gostava tanto de montar, mas ao menos quero tentar me sair melhor nessa questão.

Hyunjin fez uma pausa tocando a pontinha da estrela com carinho e cuidado ao mesmo tempo que recordava de quando Chan passou horas produzindo, sempre perguntando o que estava achando, se estava brilhante o bastante.

— Brilhe imensamente quanto essa estrela, querido. Fará o dia de todos muito melhor.

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