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˖࣪ ❛ NOITE DAS GAROTAS
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— POR QUE EU TENHO QUE IR?
— Ah, eu não sei... — ela se fez de boba. — É por que é noite de garotas?
Edward revirou os olhos.
— Carlisle vai ficar. — ele o repreendeu.
— Carlitos estará trabalhando em alguns trabalhos sobre algumas coisas no hospital. — ela respondeu obviamente. — E ele não estará prestando atenção nas coisas estúpidas que iremos fazer, dã...
— E você acha que sim?
Andy estreitou os olhos e apontou para ele.
— Ah, sim... Não seja estúpido, isso não combina com você. — ela respondeu irritada. — Você adora fofocar na mente das pessoas! Não é seguro estar aqui com você, então vá embora!
— Eu não vou embora. — ele revirou os olhos.
— Bem... Você pediu isso. — Andy murmurou com a mandíbula tensa. — Vou sacar minha arma mortal... Esme! Seu filho não quer ir embora!
— Edward Cullen!
— Carlisle vai ficar!
— Eu estou trabalhando!
— O que vou fazer enquanto vocês se divertem!? Ei!?
— Ei, por que você está reclamando tanto!? Juancho também não vai ficar!
— O quê? — o loiro parecia confuso.
— Você achou que ia ficar?
— Bem, sim. — ele respondeu. — Ava é minha namorada... Não há nada de errado em eu ficar...
Andy massageou as têmporas para ter paciência.
— Vamos ver... Meus queridos fósseis... — Andy murmurou cada palavra com os dentes cerrados. — Que parte de... É uma noite de garotas vocês não entenderam? Somente meninas!
— Mas...
— Sem mas. — Esme interrompeu. — Vocês estão indo embora... Os dois. Vão todos.
— Exceto Carlisle.
— Exceto Carlisle. — Esme repetiu.
— Mas...
— Ah, mas esses quebra-bolas são malucos! Vão sair à noite com os meninos! — Andy reclamou. — Vão para a casa do Ethan!
Os dois grunhiram em desacordo a ponto de reclamar até perceberem o olhar irritado da mãe, ambos permanecendo em silêncio.
— O único que tem sorte nisso é Emmett. — Jasper resmungou irritado.
— Ah, não faça birra... Você vê o Ethan reclamando?
— Porque você não consegue ler a mente dele. — Edward murmurou irritado. — Ele está chorando alto porque não quer se separar de Rosalie.
— Isso não é verdade! Rosa, não dê ouvidos a ele!
— Ei. — Emmett apareceu na sala junto com Elliott, divertido com o que estava acontecendo na casa dos Cullen. — Vamos para a casa do meu namorado, vai ser divertido. Noite dos meninos!
— Mamãe não terá problemas com a vinda del vocês . — Elliott falou, encolhendo os ombros tentando ignorar suas bochechas avermelhadas enquanto ouvia Emmett dizer "namorado" com seus lábios. — Podemos assistir filmes, jogar videogame...
— Vocês ouviram!? Resolvido! — Andy aplaudiu com um sorriso nos lábios. — Agora... Vá!
— Vamos, Ethan! — seu gêmeo chamou.
Elliott observou seu gêmeo descer as escadas com um olhar triste onde se aproximou dele e o abraçou pelos ombros.
— Vamos... Vai ser divertido. — ele sussurrou para seu gêmeo. — Poderíamos ajudá-lo com uma coisa... Dar-lhe conselhos.
Ethan entendeu essas palavras, seus olhos brilharam.
— Vamos!
Edward rosnou irritado enquanto seguia Jasper, Emmett e os gêmeos para fora da casa quando encontrou duas garotas na entrada. Uma ruiva e uma morena.
— Já chegaram! Entre, entre. — a namorada de Carlisle gritou ao vê-las na porta, que Andy havia saído mais cedo da casa do amigo, deixando Magda e Judy lá, onde disseram a ela que iriam mais tarde.
Magda corou muito e ficou muito nervosa ao ver Edward Cullen na sua frente.
— Oi. Olá...
— Olá. — ele cumprimentou, olhando para ela com o canto do olho e depois olhando para a companheira que ergueu uma sobrancelha ao ver como a morena estava olhando para ele. — E... Olá para você também.
— Olá, magrelo. — Judy cumprimentou, arrancando risadas divertidas dos presentes, incluindo risadas dos gêmeos que já estavam no jipe de Emmett.
— Judy, você veio! — Alice cumprimentou radiante, aproximando-se da amiga para abraçá-la. — Olá, Magda!
— Olá, Alice. — Magda cumprimentou timidamente.
— Vocês não viram Ava? — Jasper perguntou preocupado, aproximando-se das amigas de sua namorada. — Vou procurá-la e trazê-la.
Andy assentiu.
— Ela deve estar fazendo a lição de casa como a nerd que é! — Ethan gritou de trás do veículo. — Vamos, Jasper, vamos levá-lo para o lado negro!
O loiro encarou o humano de sua irmã e caminhou em direção ao carro de Emmett, onde mais tarde pediria seu Jeep para trazer Ava para casa.
— Vá embora, Edward.
— Sim... Ah...
★
— Eu disse a ele, se você não estiver aqui, o que vou fazer se você não estiver aqui? — Andy gritou, cantando. — E eu sei que é perigoso dizer sempre a verdade! Simmmmmmm.
As Cullen e as fêmeas humanas assistiram confusas enquanto Andy cantava com um pente como microfone e com uma peruca loira na frente da televisão que estava tocando uma música de Karaokê.
De uma tal Raffaela Carrá.
— Eu falei para ele se você não estiver, o que eu vou fazer se você não estiver aqui? — Andy continuou, começando a dançar como Rafaela Carrá, jogando a cabeça para trás. — É por isso que eu faço essa festa aqui, mas sem você! Festa, que fantástica, fantástica essa festa, fantástica essa festa, essa festa com amigos e sem você!
— Sua madrasta é sempre assim? — Judy perguntou a Alice em um sussurro.
Onde a vampira tentou ignorar suas emoções revolucionárias por tê-la tão perto dela e sussurrou para ela.
— Sim, às vezes é pior.
— Quão pior? — ela perguntou divertida, aproximando-se da amiga, quase tão íntima que Alice teve que olhar para a madrasta maluca (sua peruca voou) para não se perder no olhar escuro da amiga.
— Bem... Às vezes se você a perde de vista, ela já está dançando uma cumbia fantasiada de dinossauro. — ela murmurou com um sorriso ao lembrar que forçou todos a usarem aquelas fantasias ridículas. — Até para fazer compras, ir ao supermercado disfarçado e nos envergonha. Ela adora nos envergonhar.
Judy riu divertida.
— Me encanta.
— O que? — a vampira perguntou confusa, desta vez olhando para sua parceira, ambas sentadas no sofá da sala, ignorando completamente Magda, Ava, Rose e Esme.
— Eu amo sua madrasta. — Judy respondeu com um sorriso, olhando para a vampira. — Ela é divertida, gentil e muito bonita. — ela confessou. — Seu pai realmente ganhou na loteria.
Alice franziu a testa e murmurou sem pensar.
— É assim que você gosta?
Judy ergueu uma sobrancelha para Alice e a vampira queria que a terra a engolisse, enquanto Rosalie, nem um pouco escondida, bateu a mão na testa.
Esme lançou para loira um olhar de alerta para ficar fora disso.
— Aham...
Andy parou de cantar com o pescoço dolorido e olhou na direção da única voz masculina da casa.
Todos os orbes olharam para ele, encontrando o Dr. Cullen na entrada da sala com diversas caixas de pizza e dois pacotes de refrigerante.
— Sim! Chegou a comida. — a morena aplaudiu alegremente, jogando o pente na cadeira para se aproximar do seu vampiro-novio. — E veio acompanhada de sobremesa.
— Andy. — o loiro o repreendeu sem graça, entregando as pizzas para sua humana enquanto os pacotes de refrigerante para sua irmã que foi ajudar.
— O que? — Andy piscou inocentemente. — A sobremesa é só para mim.
Carlisle suspirou.
— Estarei no meu escritório. — ele falou para as duas. — Se precisarem de alguma coisa, podem me avisar.
— Eu preciso de um beijo. — a morena fez beicinho.
Carlisle riu balançando a cabeça.
— Meus filhos vão me matar se eu te beijar. — ele sussurrou, beliscando a bochecha macia de sua humana. — Eu prometi a eles que não iria chegar perto de você. Além disso, é uma noite de garotas.
Andy fez beicinho.
— Tudo bem. — ela resmungou.
— Divirtam-se. — ele cumprimentou as humanas na sala.
— Nós iremos, Dr. Cullen.
— Você pode me chamar de Carlisle.
— Ou Carlitos.
— Andy. — ele a repreendeu. — Não quebre nada.
— Ei. — ela reclamou e depois sorriu. — Eu não prometo nada.
Carlisle balançou a cabeça e caminhou em direção ao seu escritório com um sorriso nos lábios. Andy suspirou apaixonada, quase deixando cair as caixas de pizza que ela rapidamente segurava nas mãos. Ao girar nos calcanhares se deparou com todos os olhares engraçados das mulheres e vários "aww" que fizeram a morena corar.
— Ah, calem a boca agora. — reclamou ela, colocando as pizzas na mesa de vidro que ficava bem no meio das poltronas, onde Andy sentou no travesseiro que jogou no chão enquanto pegava uma fatia de pizza já cortada. — Bem... Estamos aqui reunidas hoje por duas coisas... Primeiro... para nos divertir e segundo para dar conselhos à nossa nova amiga... Magda.
A ruiva corou tendo todos os olhos voltados para ela que só tinha um pouco de queijo nos lábios. Judy, ao vê-la assim, tirou o queijo que estava pendurado, limpando o local.
— O-obrigada, Judy...
Judy sorriu para ela, divertida, vendo seu rosto vermelho até as orelhas.
— Sem problemas, minha querida Magda. — Judy falou, aproximando-se para pegar um pedaço de pizza, olhando pelo canto do olho para o rosto de Alice, que brincava distraidamente com um fio saindo da poltrona. — Você quer um?
Alice levantou a cabeça e observou sua humana lhe oferecer uma fatia de pizza. A vampira sorriu desconfortavelmente e balançou a cabeça, infelizmente não sendo capaz de aceitar a comida que ela lhe ofereceu especialmente.
— Não, obrigada, Judy, estou satisfeita.
— Mas você não comeu nada. — Judy a repreendeu. — Até sua mãe e sua irmã estão comendo.
Alice observou atrás de Judy enquanto as outras vampiras fingiam comer, onde então jogaram a comida em um guardanapo e fizeram uma bola para jogar na lata de lixo.
Ela não faria isso.
— Tomei uma xícara de chá com alguns biscoitos que Ava trouxe há alguns dias. — ela riu desconfortavelmente: — E fiquei satisfeita.
— Mentirosa.
Alice olhou para Andy, que disse essa palavra em um sussurro. Enquanto a humana comia o sétimo pedaço como se não tivesse dito nada.
— Você... Você... — Magda gaguejou, chamando a atenção das mulheres. — Você disse que foi a primeira. Como lhe ocorreu confessar assim?
— Para ser sincera... Não sei. — Andy confessou, lembrando-se de seus tempos. — Eu só... Queria me aproximar dele, mas sabia que não conseguiria porque ele estava sempre ocupado ou sempre acompanhado por alguém... E fiquei envergonhada. Eu não conseguia nem estar a dois metros dele porque isso me deixava nervosa.
Andy riu com as bochechas decoradas com vermelho carmim.
— E... Um dia ele veio até mim para tomar café. — ela continuou com um sorriso nos lábios. — E eu não quero me gabar, mas sou boa em fazer café. E aquele momento foi um desastre, fiquei tão nervosa que queimei as mãos. Mas acho que cliquei aí...— ela suspirou.— Pensei que se não pudesse falar com ele cara a cara, poderia escrever bilhetes e entregar café, já que sabia que ele trabalhava muito e bem... O café ajuda algumas pessoas a ficarem acordadas.
Pausa.
Até que uma raiva apareceu em seu olho e uma aura assassina cercou Andy.
— Claro... Se eu tivesse descoberto que ele era ALÉRGICO A CAFÉ não teria passado tanto tempo preparando minha especialidade com tanto amor. — Andy murmurou com a mandíbula tensa, onde Carlisle, em seu escritório, estava ouvindo à confissão de sua namorada, onde ele pensou consigo mesmo com pesar "Ela ainda não me perdoou por isso" enquanto balançava a cabeça. — Chorei vários dias por causa dele porque vi como ele jogou fora meu café e o bilhete. Maldito Carlitos.
— Ele fez isso!? — Magda perguntou preocupada, abraçando um travesseiro.
— Sim, ele fez isso. — Andy resmungou. — E bem... Então ele me disse que era alérgico a café e eu disse a ele que iria parar de enviar-lhe bilhetes porque estava preocupada com sua saúde e que ele jogou fora meu bilhete porque presumi que o incomodava. Mas então ele apareceu e me confessou no elevador. FIM.
— Espere... — Judy interrompeu, comendo outro pedaço de pizza e apontou para a madrasta de sua futura namorada. — No elevador?
— Sim.
— Estranho... — Judy murmurou divertida, até franzir a testa confusa com alguma coisa. — Você disse que o Dr. Cullen é alérgico a café?
— Som.
—E por que ele pediu café se é alérgico?
— Ah... Eu também fiz essa pergunta a ele no nosso primeiro encontro. — Andy falou, balançando a cabeça. — Foi para um amigo, não foi para ele.
— Oh...
— Que fofo. — Magda sussurrou maravilhada. — Vocês são um casal muito bonito.
Andy riu envergonhada. — Eu acho... Obrigada? — ela suspirou. — Mais tarde descobri que nossa Avary, aqui presente. — apontou que ela estava entre Magda e Rosalie. — Que começou a entregar suas notas e biscoitos para Juancho.
Avary sorriu com as bochechas vermelhas. Ao perceber que Magda queria que ela contasse sua experiência, ela começou a coçar o braço nervosamente.
— Mmm... Eu não sei... Acho que Andy e eu pensamos da mesma forma. — Ava murmurou. — Eu gostava muito de Jasper e sempre pensei que não era o suficiente para ele. Mas eu queria confessar meus sentimentos mesmo que fosse rejeitada. Mas, assim como Andy, eu não conseguia chegar perto dele. — Ava riu. — Na verdade... Quando o vi nos corredores, fugi dele, fui para o outro lado. E eu tive o mesmo pensamento que ela... Se eu não pudesse falar com ele, eu poderia escrever para ele. Felizmente ele nunca jogou fora minhas anotações. — Ava suspirou. — Mas fiquei muito envergonhada quando Margot Stain leu minha confissão no refeitório. E... Bem, ele estava lá.
— O que!?
— Que puta. — Judy falou, recostando-se na cadeira, esfregando o braço no de Alice, que não se importava que ela estivesse com tanto frio. — Eu queria ter estado aí com você... Eu iria bater nela.
— Judy!
— O quê? — Judy fez olhares inocentes para Alice que estava olhando para ela com a testa franzida.
— Você se meteria em muitos problemas.
Judy encolheu os ombros casualmente e disse.
— Meu nome do meio é problema. — ela piscou, onde a vampira bufou envergonhada.
— Obrigada, Judy, mas não foi necessário... Na verdade, sou grata a ela. — Ava confessou. — Se ela não tivesse feito isso... Acho que nunca teria me sentido encorajada para confessar a ele. E sabe? O mais engraçado é que Andy e eu nunca tínhamos nos conhecido antes, a primeira vez foi no supermercado quando Jasper me confessou. — Ava riu. — E quando descobri que Andy tinha feito a mesma coisa que eu, fiquei surpresa.
Judy riu.
— Um confessou-lhe no elevador. — Judy comentou divertida. — E o outro num supermercado. Que louco.
— É legal. — Magda murmurou sorrindo. — Eu também quero confessar, mas... Não estou pronta. Acho que ele está apaixonado por Isabella.
— Quem é? — Andy perguntou confusa.
— Ela é filha do xerife... Quase ficamos próximas. — Magda explicou. — E ela é muito próxima dele.
Andy então se lembrou de como Edward voltou para casa desesperado para deixar a cidade depois de ter pensamentos assassinos sobre aquele humano.
Ela era sua la cantante.
A morena apertou os lábios e um espinho apareceu em seu coração, preocupada que em algum momento seu Carlisle veria sua la cantante, aquela pessoa especial.
— Não desista. — Avary falou com um sorriso que conseguiu tirar Andy de seus pensamentos. — Continue mandando bilhetes e lenços... Na verdade... Você pode tricotar um para mim?
— Claro. — Magda respondeu com um sorriso nos lábios. — De que cor?
— Mmm... Celeste!
— Bem, bem... Espero lembrar já que também tenho que fazer um para Andy.
A morena assentiu com a cabeça e sorriu para ele.
— Bem, pelo que eu sei... Meu enteado está interessado em você. — Andy falou. — Você quer que ele saiba quem você é... Dê uma pista a ele.
— Eu coloquei minhas iniciais. — ela murmurou envergonhada.
— Ah... Como a pessoa que manda bilhetes para a nossa mãe! — Alice gritou animada, onde ficou surpresa ao ver como Andy cuspiu a bebida e como Magda tossiu depois de engasgar. — Vocês estão bem?
— Sim... Sim... Obrigada. — Magda murmurou.
— Você também, Senhorita Cullen? — Judy perguntou propositalmente com um sorriso zombeteiro nos lábios. — Você está recebendo anotações?
Esme ficou surpresa ao se envolver na conversa, onde ficou constrangida por ter a atenção das mulheres.
— Oh... Sim, sim. — Esme murmurou com um sorriso nos lábios e seus orbes brilhando de excitação. — Notas e flores.
— Ah... Que fofo. — Judy falou, ainda sorrindo. — E você ainda não sabe quem ele é?
Magda lançou um olhar mortal para Judy, que a ignorou completamente enquanto Esme suspirou e balançou a cabeça.
— Não... Eu não sei quem poderia ser. — Esme murmurou. — E eu não quero assediá-lo... Então vou esperar ele me contar.
— Bem... — Andy pigarreou para chamar a atenção de Esme e para Magda parar de ficar nervosa já que ela tinha certeza que a qualquer momento deixaria escapar que seu tio é a pessoa especial da matriarca Cullen. — Você poderia dizer a cor de seus olhos... ou... Algo que você gosta de fazer.
— Eu farei isso. — a ruiva murmurou pensativa, grata por mudar de assunto. — Vou tomar coragem logo e confessar.
— É assim que você fala! — Andy gritou animadamente, aplaudindo. — E se Edward quebrar seu coração, não se preocupe, eu vou quebrar as pernas dele.
— Ammm... Obrigada? — a ruiva sussurrou confusa enquanto a Quileute ria. Magda desta vez olhou para a loira na reunião. — Diga-me, Rosalie.
— Você pode me chamar de Rose.
Magda corou e assentiu.
— Ah.. Ok, Rose. — Magda se corrigiu. — Você também recebeu bilhetes, certo? Lembro-me de ter lhe dado um bilhete na primeira vez que conheci Ethan.
A deusa acenou com a cabeça.
— Isso mesmo. — Rose falou com um sorriso nos lábios. — Notas e batons.
A ruiva riu.
— Lembro que ele disse que roubava batons da mãe.
Judy sibilou, surpresa.
— Aquele menino teve sorte de não morrer.
A loira balançou a cabeça, envergonhada.
— Pedi desculpas à mãe de Ethan por isso. — Rose comentou, depois franziu a testa. — E não falei com ele por um mês.
— Coitadinho. — a ruiva murmurou fazendo beicinho.
Andy revirou os olhos.
— Um mês? Qual é, Rose, nem você acredita. — Andy comentou zombeteiro ao ver a loira envergonhada. — Você caiu facilmente naqueles olhos de cachorrinho... Você só durou três dias sem falar com ele.
— Bem... — Rose suspirou, exausta. — Sim...
— Não acredito que vocês ainda não estão namorando. — Andy falou indignada. — Agora... Quantos encontros vocês tiveram?"
— Cerca de... 15? a loira murmurou e apertou os lábios. Ethan tenta ter coragem de me pedir em namoro, mas então ele fica com medo ou há pequenos acidentes. Como o segundo encontro que ele caiu em uma fonte.
Judy riu ao ouvir aquelas palavras onde imaginava Ethan dentro de uma fonte, todo molhado.
— Como é possível que ele tenha caído em uma fonte!? — a Quileute gritou, ainda rindo.
— Ele não viu. — Rose murmurou com um sorriso divertido ao se lembrar daquele dia. — Ele estava me olhando como sempre, esbarrou em um cachorro, o cachorro tentou mordê-lo e quando ele evitou ele caiu na fonte.
Todas começaram a rir ao imaginar a cena.
— Pobre Ethan.
— Ethan é muito inseguro sobre si mesmo. — murmurou Avary com um sorriso triste nos lábios. — Embora ele seja muito bom em se esconder. Ele nunca acreditou que Rose concordaria em sair com ele e eu acho... Que ele pensa o mesmo que eu, que não somos o suficiente para você, eu com Jasper e Ethan com você.
Andy apertou os lábios ao ouvir essas palavras, entendendo o que eles sentiam, já que isso também aconteceu com ele. Ela vivia o tempo todo com a insegurança de que alguém melhor que ela iria aparecer e é uma sensação horrível, um pensamento horrível constante em seu cérebro onde seu coração começa a duvidar.
Tanto Ethan quanto Avary e Andy esconderam muito bem seus sentimentos amargos, suas dúvidas, seus medos.
— Vocês deveriam trabalhar nessa confiança. — Judy murmurou seriamente. — Isso poderia ajudá-los.
— Acho que seria ótimo... — elas murmuraram em dúvida.
— Ah sim... Eu vou te ajudar. — a Quileute falou determinada e então fixou o olhar na loira. — E por que você não pede que ele seja seu namorado?
Rosalie pensou muito e franziu a testa.
— Se ele não fizer isso no próximo encontro. — ela murmurou com determinação. — Eu farei isso. Vou dar mais uma chance a ele já que ele se esforça muito para deixar os encontros agradáveis... Me deixar confortável.
— Espero que quando isso acontecer vocês nos mandem uma pequena mensagem dizendo... 'Já estamos namorando, obrigado, meninas!' — Andy falou brincando, onde Rosalie revirou os olhos. — A propósito... Gostariam de criar um grupo de WhatsApp?
— Ah sim, isso seria bom. — Magda falou. — Eu me divirto muito com vocês... Devíamos fazer isso com mais frequência.
— Eu concordo. — Judy falou, sorrindo, fixando o olhar em Alice.
★
— Bem! Tem gente que tem que trabalhar amanhã e não vou dizer quem é. — zombou a morena. — Ou melhor, é hoje... Vou dormir com o Carlitos se vocês quiserem ficar mais um pouco...
— Também estou um pouco cansada. — Avary murmurou envergonhada. — Além disso, tenho que cuidar dos meus irmãos amanhã ou... — ela olhou o relógio do celular, eram 5h30 da manhã. — Hoje... então eu dormir pelos menos por um tempo.
— Eu tenho que trabalhar amanhã também. — a matriarca Cullen falou, sorrindo para as meninas, levantando-se do sofá. — Eu me diverti muito... Eu nunca fiz nada assim, obrigada.
— Obrigada por nos deixar ficar. — Magda murmurou envergonhada. — E foi ideia da Andy...
— Precisávamos de uma noite só para nós. — falou a morena encolhendo os ombros. — Relaxar, nos conhecer... Foi divertido, né?"
— Sim, sim, foi mesmo. — falou a ruiva. — Eu... Queria agradecer por me aceitar nesse grupo...Nnão foi fácil para mim mudar para morar com meu tio, mudar de escola e fazer novos amigos... Eu realmente pensei que seria difícil para mim, que eu não conseguiria me encaixar depois...
Andy, percebendo como seus lindos orbes azuis escureceram e ficaram aguados, aproximou-se dela, sentou-se ao lado dela e abraçou seus ombros, trazendo-a para mais perto dela.
— Você não precisa nos contar se não estiver pronta. — murmurou a morena, acariciando os longos cabelos ruivos de Magda. — Mas se você conseguir, é chorar.
— Não... — Magda engoliu em seco. — Que vergonha.
— Vergonha? É normal chorar, e que melhor estar acompanhada?
— Andy tem razão. — falou Avary, olhando para a amiga. — Eles me ajudaram com o meu problema, eu chorei com eles e embora meu problema familiar não tenha sido resolvido, eles me ajudaram a me distrair e me apoiaram em tudo.
Magda olhou para cada uma das meninas, onde seus orbes não aguentavam mais e pequenas lágrimas começaram a escorrer pelas bochechas avermelhadas da ruiva.
— Sinto muita falta deles. — Magda murmurou, soltando pequenos soluços. — Sinto muita falta dos meus pais. Lembro sempre do dia que me contaram do acidente, eu estava na escola e a diretora me ligou... Quando vi o rosto dela eu sabia que algo estava errado... Meu mundo desmoronou. — continuou ela, chorando ainda mais ao ser abraçada por vários braços, quentes e frios, mas demonstrando muito carinho. — E eu me senti perdida, até que meu tio e vocês apareceram. Eu realmente aprecio ter conhecido vocês.
— Também estamos gratas por ter conhecido você, Mag. — Andy murmurou, beijando a cabeça enquanto ainda abraçava a ruiva. — Você é uma ótima pessoa, gentil e amorosa... Você merece o melhor do mundo. E se você se sentir mal ou triste, não hesite em procurar alguma de nós, estaremos sempre lá para te ouvir e dar conselhos.
★
— Tem certeza que não se importa que eu durma com você?
Alice já vestiu o pijama, virou a cabeça e viu Judy parada no meio do quarto olhando para ela em dúvida.
Elas haviam decidido se separar na hora de dormir, Magda acompanhou a matriarca Cullen até seu quarto onde Esme ficou encantada com a ruiva, ela tinha um sentimento maternal muito forte pela menina de cabelos ruivos. Andy, como ela mesma disse, foi dormir com Carlisle que estavam abraçados na cama enquanto o médico pedia desculpas a sua humana por aquela mentira sobre ser alérgico, onde Andy brincava com ele fazendo-o se sentir culpado. Então Avary e Rose dormiram juntas, e a amizade delas se transformou em um vínculo muito forte onde a loira via a morena como uma irmã mais nova. E por fim, Alice e Judy, a vampira agradeceu a sua família e amigas por deixar sua companheira com ela, já que a Quileute estava prestes a ir dormir com Magda e deixá-la com sua mãe, mas Andy e Esme foram rápidas em tomar a decisão de separar dessa forma.
— Por que isso me incomodaria? — a duende perguntou em dúvida.
A Quileute apertou os lábios e encolheu os ombros, tentando minimizar o assunto.
— Não, bem... Você sabe que eu gosto de mulheres. — Judy murmurou. — Muitas garotas não acham confortável dormir com uma 'lésbica', então... Eu poderia dormir no sofá.
— Não. — Alice resmungou, pegando uma calça larga e uma camiseta surrada, que estavam em cima da cama, cortesia de Andy, e as entregou para a morena. Nem no sofá, nem no chão. A cama é grande o suficiente para compartilharmos juntas, e não me incomoda que você seja lésbica... Quero dizer, é ridículo, então você dorme comigo.
— Eu sempre cometo erros na hora de escolher as pessoas com quem saio. — Judy murmurou com um sorriso nos lábios. — Mas eu não fiz isso com você.
— Huh?
A Quileute balançou a cabeça e disse.
— Você se importa se eu me trocar aqui? Se eu não for...
— Não, está tudo bem. — Alice murmurou nervosamente, virando-se. — Isso não me incomoda.
— Certeza? Você ficou nervosa. — a morena zombou, tirando a blusa.
— Eu não fiquei nervosa! — Alice gritou, grata por não poder mais corar. — Além disso... Por que eu ficaria?"
— Não sei, por que você se virou?
— Para lhe dar privacidade.
Judy riu daquela resposta já que parecia meio ridículo para ela, elas eram apenas garotas e amigas mas de qualquer forma, ela iria respeitá-la.
— Pronto.
Alice olhou por cima do ombro e a viu já vestida de pijama, os cabelos pretos cacheados soltos, o rosto completamente lavado, revelando um pouco mais suas adoráveis sardas. A vampira sentiu por um momento que seu coração estava batendo novamente e que seus nervos estavam crescendo cada vez mais, onde ela teve que desviar o olhar após ter colidido com aqueles brilhantes orbes negros.
— Bem... — Alice pigarreou, olhando para a cama. — De que lado você gosta de dormir? Da parede ou...
— A cama é sua. — comentou a mulher de cabelos negros, colocando-se ao lado de Alice. — Você vai para a cama primeiro, isso não importa para mim.
— Ah... — Alice subiu na cama e ficou encostada na parede, cobrindo-se com as cobertas.
As duas se deitaram e olharam para o teto branco da sala. Ambas estavam imersas em seus pensamentos e nos belos momentos que passaram na festa do pijama.
— Alice? — Judy chamou com dúvidas, caso ela já tivesse adormecido.
— Sim?
— Ah... Pensei que você já estivesse dormindo. — Judy murmurou.
Alice riu e disse.
— Não... Tem algo errado? Você está com frio? Você quer outro travesseiro?
— Não, não é nada disso. — Judy respondeu, virando o corpo para olhar para a garota com orbes dourados. — Só... É só que... O relacionamento dos seus irmãos com as garotas são muito bom. — disse com um sorriso nos lábios. — Recebendo bilhetes e aqueles presentes, que esse método de confessar funcionou para eles e agora estão felizes... Pelo menos eles parecem felizes e apaixonados... Até mesmo sua mãe, os olhos de Esme brilham quando ela fala sobre seu homem misterioso.
— Estou feliz por eles. — Alice falou, também se virando até ficar de frente para sua parceira. — Estou feliz que eles tenham aparecido em suas vidas... Eles estão muito felizes.
— E você? Você está feliz? — a Quileute perguntou curiosa.
— Sou feliz.
— Mas?
Alice riu. — Como você sabe que existe um mas?
— Mmm... Instinto.
Alice sorriu e disse.
— Estou feliz, mas... — Alice suspirou. — Eu também gostaria de ter alguém ao meu lado, como meus irmãos e meus pais adotivos. Eu gostaria de ter um parceiro que me ouça e me ame tão profundamente quanto Carlisle e Andy ou Avary e Jasper se amam.
— Oh... Acho que todos nós queremos isso. — a Quileute respondeu. — Até mesmo Magda...
— Sim... Judy... — Alice a chamou com dúvidas.
— Sim?
— Você... Você gosta da Magda?
Ao ouvir essa pergunta, Judy não pôde deixar de rir alto que Alice teve que colocar a mão nos lábios da Quileute para fazê-la calar a boca, já que a maioria dos humanos estava dormindo.
— Ei! Pare de rir! — Alice sussurrou, até tirar a mão da boca da parceira ao vê-la mais calma. — E não vejo o que tem de engraçado. — ela resmungou.
— Eu vejo o que é engraçado. — Judy zombou. — Como vou gostar de Magda, Alice?
— É que... Eu não sei. — ela murmurou confusa, fazendo beicinho. — Você foi muito atenciosa com ela hoje e vocês estão sempre juntas.
— Magda é minha melhor amiga, Alice. — Judy sorriu para ela. — Ela junto com Elliott foram os primeiros e únicos que falaram comigo.
— Ei, eu falei com você também. — ela reclamou.
A Quileute revirou os olhos.
— Sim, mas... Magda nunca me deixou sozinha, estávamos sempre juntas. — Judy respondeu. "Além disso, ela é um algodão doce... Sinto que tenho que protegê-la de tudo como uma irmã mais velha. Mas não nego que a primeira vez que a vi, fiquei atraído por ela, ela parecia uma garota muito bonita e seu comportamento fofo me derrete, mas ela é um pai casado assim como Andy.
— Papai casada?
— Bem... Na verdade Andy é um pai casado desde que ela sai com seu pai. — ela comentou pensativamente. — Magda é completamente hétero e ela também tem uma queda por seu irmão de cabelo de vassoura.
Alice pôde ouvir diversas risadas de seus parentes, certamente rindo do apelido de Edward, o que conseguiu arrancar dela um sorriso divertido. Ela também ouviu seu pai resmungar como uma criança, dizendo: — Andy é um pai casado, ela está comigo, ela é só minha.
E ela também ouviu a resposta de Andy: — Sim, Carlitos, sou todo seu... Agora me deixe respirar, você está me esmagando, amor... Eu sei que você me ama, mas não sou um ursinho de pelúcia para abraçar.
— Sim, você é.
— Não.
— Sim.
— Não.
— Sim.
— Carlitos.
— Andy.
— De qualquer forma. — Judy falou novamente, fazendo Alice prestar atenção em sua parceira novamente. — Magda é minha melhor amiga e se seu irmão partir o coração dela eu vou esmagar o saco dele.
— Deixarei você fazer isso com prazer, embora tenhamos que cuidar para que Andy não derrote você primeiro.
Ambas riram.
— Você gosta de alguém, Alice? — a Quileute perguntou, estreitando os olhos, curiosa.
— O que?
— Se você gosta de alguém? — Judy repetiu novamente. — Você disse que queria ter um parceiro que te amasse...
— Ah... — a fada murmurou envergonhada, escondendo-se debaixo das cobertas. — Tem alguém de quem gosto...
— Sério? — Judy se aproximou dela. — E essa pessoa sabe?
— Ele não sabe. — ela murmurou, querendo que a terra a engolisse. — Não me atrevo a confessar...
— Por que? Você tem medo de ser rejeitada?
Alice não falou, mas acenou com a cabeça timidamente, que se ela fosse humana seria vermelha como um tomate e seu coração estaria batendo tão rápido que a Quileute não hesitaria em ouvir.
— Bem... É normal. — a morena murmurou com simpatia. — É normal ter medo de se machucar... Que a pessoa que você gosta não te ame de volta, mas... E se corresponder a você? E se essa pessoa estiver interessada em você? Se ela realmente gosta de você?
A Quileute suspirou e olhou para o teto, virando o corpo completamente e disse.
— Gostaria que a garota das notas e pulseiras confessasse. — Judy falou com um sorriso nos lábios, virando o rosto e olhando para a amiga que notou que aqueles orbes dourados brilhavam como dois sóis. — E eu adoraria conhecê-la pessoalmente e... Retribuir seus sentimentos.
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