❖ Escolha certa

Olá, antes tarde do que nunca! Hoje é dia de Born to be wild! Uhuul. Estamos quase chegando onde paramos no Spirit, só mais um pouquinho! Tenho um aviso pra dar, que colocarei nas notas finais, então leiam!

Agradecimentos a: BrendaStefanni, leleinuzuka, Danystefribhina. ♡ Obrigada, amores, por continuarem me apoiando e incentivando, é realmente muito bom ter vocês por aqui! :)

Boa (re)leitura, nos vemos nas notas finais. ♡ Agradecerei se puderem votar e comentar o capítulo, me deixa mais animada pra continuar! :)

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A respiração escapou entrecortada pelos lábios femininos e inchados pelos beijos sedentos do mafioso. Ela conseguia sentir o coração batendo forte contra suas costelas, as pernas mais pareciam gelatina do que membros feitos para andar. E cada vez que os dedos ásperos tocavam sua pele nua, arrepios de prazer percorriam todo o seu corpo. Deixou um gemido entregue escapar e a boca dele cobriu a sua mais uma vez.

Sasuke foi dominado pelo instinto e tudo que veio depois, parecia como uma espessa névoa escura. A libido falara mais alto e tudo que conseguia pensar era no corpo dela junto ao seu. Tudo que importava era o corpo febril, feminino e firme contra ele. Deixou que as mãos passeassem pelos contornos sinuosos de sua cintura, até descer pelas ancas pálidas e redondas. Apertou uma de suas nádegas com vontade e libertou a boca dela para que respirasse.

O mafioso girou o corpo e deitou-a na cama, ficando por cima dela.

— Você é maravilhosa — murmurou antes de morder o lóbulo de sua orelha. Beijou-lhe o ombro nu e voltou o caminho, lambendo o seu pescoço quase com suavidade. — Maravilhosa — voltou a dizer.

A essa altura as mãos dela já estavam dentro do robe dele. Mesmo que fosse nova nesse tipo de coisa, parecia que sabia exatamente o que fazer. Delineou os músculos tensos e fortes do peito de Sasuke, sentiu-o tremer com o contato. Entendeu rapidamente que ele era sensível ao seu toque e isso a deliciou de uma forma que fez seu corpo todo esquentar ainda mais.

Quis ver a imensidão negra que os olhos dele eram enquanto o acariciava, porém, estava inebriada demais com tudo para pedir que o fizesse. Ele rasgou as alças do sutiã com uma destreza invejável e quando puxou o tecido para fora do seu corpo delgado, ela soltou um arquejo de surpresa.

— Machuquei você? — Sasuke perguntou com a voz rouca.

— Não — respondeu com suavidade.

Da cintura para cima, Hinata estava completamente nua. Ele imaginou que, como uma reação natural, ela tentaria cobrir os seios desnudos, mas ela não o fez. Não havia vergonha em seu olhar, pelo contrário, havia apenas desejo. Ardendo, queimando como fogo e era tão estranho como os olhos cor de pérola conseguiam ser apaziguadores e excitantes ao mesmo tempo.

O olhar dela se manteve fixo no mafioso quando ele abaixou os lábios para lhe capturar um seio. A língua percorreu em uma velocidade tortuosa a auréola, enquanto brincava com o outro com a ponta dos dedos. E Sasuke estava certo: os seios de sua Hinata eram fartos e enchiam as palmas de suas mãos com perfeição.

— Sasuke — gemeu o nome dele e os dedos se enrolaram ainda mais em seu cabelo.

A mão que acariciava o seio abandonou o lugar e desceu pela extensão da barriga, causando arrepios. Continuou o caminho até chegar no centro de sua feminilidade. Ele ergueu o olhar para encará-la e lambeu os lábios quando teve o vislumbre da face corada e da boca entreaberta. Hinata se apoiou pelos cotovelos e observou-o com cuidado, a visão de Sasuke lhe dando do mais sublime prazer, excitava-a.

— Você vai querer me ver fazendo isso? — perguntou antes de se aproximar o suficiente para dar-lhe um beijo cálido.

— Vou — murmurou.

Ele sorriu minimamente e eles continuaram sustentando o olhar um do outro, um dedo pressionou o seu clitóris e a Hyuuga gemeu, mordeu o lábio inferior com força quando Sasuke continuou tocando-a ali em movimentos circulares. Quando os seus lábios se encontraram com os dela novamente para mais um beijo, tinha sido totalmente diferente da primeira vez.

Voraz e repleto de um desejo inflamado, ardente. Uma batalha sobre quem poderia dar mais prazer foi iniciada e a libido tomou conta de ambos. Enquanto Hinata pressionava mais o corpo contra o dele, sentindo-o, amando-o, desejando-o e chamando-o; ele a tocou com mais intensidade. Devorando-a, excitando-a.

Incitado pela sonora aprovação dos seus toques, desceu o dedo para a umidade do seu calor e penetrou-a devagar. Sentiu os fortes espasmos e notou um certo desconforto. Um pensamento abateu-o imediatamente. Ofegante, afastou-se dela e perguntou:

— Hinata, você é virgem?

Ela piscou algumas vezes, atordoada, e demorou alguns segundos para que entendesse sobre o que ele estava falando. A garganta estava seca quando finalmente respondeu:

— Eu sou.

Merda — Sasuke sibilou tão atordoado quanto ela e se afastou ainda mais. Apertou o roupão e ficou em pé com um pouco de dificuldade. — Vou pedir nosso café, apenas vista-se, eu não vou demorar.

Ela quis perguntar qual era o maldito problema, entretanto, ele foi mais rápido e se retirou antes que pudesse ser questionado. Confusa, Hinata enrolou-se no lençol e andou até o espelho que ficava atrás da porta do banheiro. Olhou o próprio reflexo demoradamente na tentativa de encontrar algum defeito eminente em si mesma.

Era óbvio que Sasuke a desejava e era uma sensação totalmente recíproca. Então o problema era que nunca estivera com nenhum outro homem, enquanto ele estivera com tantas outras mulheres? Não compreendia. Apenas voltou para o quarto e terminou de se vestir.

Optou pelo vestido azul escuro que ia até os joelhos. Deixou que o cabelo caísse sobre seus ombros e enrolou-o nas pontas para que ficasse com pequenos cachos, pegou um prendedor com uma flor e prendeu-o no cabelo delicadamente. Puxou as meias longas até que estivessem devidamente no lugar e calçou os sapatos. Não se maquiou.

Hinata sentou na poltrona próxima a janela e observou a vista. O dia ainda amanhecia, os raios de sol brilhavam ainda tímidos e as nuvens branquinhas se espalhavam pelo vasto céu azul. O campo verde se estendia por quilômetros e os sinais da primavera estavam todos ali, as flores coloridas se espalhavam pela imensidão verde, enfeitando e harmonizando a paisagem. A Hyuuga teve vontade de correr entre as flores e rolar na grama lisa.

Há quanto tempo ela não fazia aquilo? Há quanto tempo ela não experimentava a sensação de liberdade?

Foi tirada de seus pensamentos quando uma empregada emergiu no quarto, quase silenciosa, se não fosse pelo pequeno carrinho com o café da manhã que empurrava. Virou-se para ela, sentindo-se repentinamente faminta. Notou que Sasuke estava parado no batente da porta, ainda trajava o roupão felpudo. Ele dispensou a garota com um breve gesto e fechou a porta atrás de si quando ela se retirou.

— Você está bem? — Hinata perguntou ao se sentar na pequena mesa, também perto da janela.

— Sim — assentiu devagar e juntou-se a ela.

Ela apreciou as várias opções para o café da manhã — croissant, pães com geleia, café, leite, suco de laranja e chá. Ela costumava ser muito tímida quando mais nova, em relação a várias coisas, principalmente com comida, mas quando descobriu sua vocação para investigar — sendo que como mulher, ela não tinha muitas oportunidades para trabalhar com isso —, esse seu lado foi praticamente enterrado. E bem, ela gostava de comer.

Kurenai costumava dizer que não compreendia como alguém podia comer tanto e não engordar, Hinata sempre dava de ombros e continuava comendo. Isso a fez pensar em sua mãe e sentiu uma pontada no peito.

Bebericou a xícara com café preto e apreciou quando o líquido quente desceu por sua garganta. Encarou Sasuke, que estivera observando-a silenciosamente durante toda a refeição.

— Qual é o problema? — finalmente perguntou, deixou a xícara de lado e sustentou o olhar dele.

— Eu não vou fazer amor com você em uma pensão qualquer no meio da estrada, Hinata — explicou e depois apertou os lábios em uma linha reta.

— Você parecia bem-disposto antes de descobrir que eu sou virgem — retrucou absolutamente calma.

— É diferente — Sasuke tentou colocar em palavras o que queria dizer, mas era extremamente difícil para ele falar abertamente, mesmo que se sentisse muito confortável em conversar com ela. — Sua primeira vez...

— Precisa ser especial? — Hinata completou, de algum modo, compreendia-o bem. Capturou os dedos dele entre os seus e apertou-os suavemente. — Eu estou com você e isso já é o suficiente. Eu não preciso de um hotel cinco estrelas, champanhe ou qualquer coisa do gênero. Sei que tem dinheiro o suficiente para me dar tudo isso, mas eu não ligo.

Mas eu faço questão, você é minha mulher agora — insistiu em um tom mais ameno e retribuiu o gesto. — Tem algo que queira antes de continuarmos a viagem?

Ela olhou além da janela mais uma vez e um sorriso matreiro desenhou os lábios cheios e rosados.

— Bem...

Sasuke segurou os sapatos dela enquanto Hinata corria, descalça, pelo terreno fofo e florido. Dali, conseguia vê-la sorrir cada vez que seus pés nus se entrelaçavam em alguma flor. Ela parecia uma criança daquela forma, mas ele não ligava. Quase deixou um sorriso escapar, satisfeito com sua felicidade.

— Hey, Sasuke! Venha até aqui! — ela gritou, dando pulinhos de animação. Percebendo que ele não tinha movido um músculo sequer, voltou a dizer: — O que foi? Aposto que não me pega!

O mafioso arqueou as sobrancelhas e um sorriso mínimo tomou seus lábios.

— O que? Você está me desafiando? — perguntou em voz alta. — O que vai me dar quando eu ganhar?

— Isso você só vai saber quando me alcançar! — dito isso, saiu correndo mais uma vez, sem olhar para trás.

Sasuke largou os sapatos dela no chão, desabotoou o colete e dobrou-o perfeitamente, colocou-o junto com os sapatos e correu atrás dela. Demorou alguns minutos para alcançá-la. Hinata era bem mais rápida do que ele tinha imaginado e pegá-la tinha se tornado um desafio excitante.

— Você não está cansada? — perguntou há poucos metros de distância, os dedos dela quase roçando nos seus quando estendeu o braço para capturá-la.

— Você não ia me pegar? — devolveu a pergunta, um pouco ofegante, mas sem diminuir o ritmo. Deu uma risada.

Okay. Já estava na hora de fazê-la parar de se achar tanto. Apressou a corrida e segurou o braço dela, ela se virou com tanta velocidade, que Sasuke trombou nela. Antes que conseguisse se equilibrar, os dois foram ao chão. A Hyuuga caiu por cima dele de forma desajeitada, enquanto o Uchiha absorvia todo o impacto da queda.

Ela gemeu um pouco e abriu os olhos, apenas para encontrar os escuros dele, fitando-a com intensidade. Os braços fortes se estreitaram em volta de sua cintura delgada, deixando seus corpos tão próximos, que Hinata ficou sem ar.

— Você está bem? — ele perguntou, sério.

— Eu estou — murmurou em resposta.

— Você é rápida — admitiu alto demais, enquanto desenhava os lábios dela com o polegar. — Mas parece que eu te peguei, madame. — Para reforçar o que tinha dito, apertou os dedos na cintura dela.

— É, parece que sim. — Mordeu o lábio inferior para esconder um sorriso. As mechas bagunçadas cobrindo parcialmente os olhos perolados. — O que eu devo te dar agora? — Desceu as mãos pelo peitoral definido, as pernas descansando separadas em torno do corpo dele. — Creio que você já tem tudo que quer.

Sasuke prendeu a respiração. Ela não sabia, mas podia lhe dar milhares de coisas que nenhuma pessoa seria capaz, só que ao invés de dizer isso naquele momento, decidiu que iria deixar para um momento mais apropriado. As mãos dele descansaram na cintura dela, enquanto Hinata se inclinava para beijá-lo.

O beijo foi lento, tinha gosto de chá de hortelã.

Ela poderia lhe dar amor. Hinata poderia lhe dar o infinito.

Pressionou os lábios com mais força contra os dela, o sorriso aumentando a cada segundo que o beijo se aprofundava, enquanto os dedos se enterravam no emaranhado preto-azulado que era o cabelo dela.

— Ei, vocês não podem fazer isso aqui! — alguém gritou ao longe.

Eles se separaram rapidamente, pegos totalmente desprevenidos. Hinata levantou a cabeça, sem sair de cima de Sasuke e encontrou o olhar de um casal de idosos sobre eles. Corou fortemente, sentindo-se constrangida, por terem sido pegos naquele beijo tão íntimo, estava surpresa.

Riu baixinho, sem jeito, e levantou.

— Desculpem! — gritou com um sorriso.

Ela ainda conseguiu ouvi-los murmurar algo como "esses jovens de hoje, eles estão cada vez mais assanhados". Isso só a fez soltar outra risada sem graça.

— Parece que temos que ir, Mr. Mafioso — declarou e estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar.

— Se não quisermos ser presos, parece que sim — concordou e levantou-se.

— Isso seria engraçado, você não acha? — Hinata ponderou, deixando a mente divagar. — Imagino que durante todo o seu tempo como mafioso, você nunca foi preso ou algo do tipo. Seria engraçado ser preso por estar me beijando.

Você estava me beijando, Miss Hinata.

— Isso é verdade. — Sorriu maliciosa. — Onde estão nossas coisas?

— Por ali. — Sasuke indicou o caminho e não tardaram a achar seus pertences. Andaram de volta para o carro sem dizer uma palavra. — Depois de tudo, para onde você quer ir? — perguntou de repente.

Hinata levantou os olhos para encará-lo. Não esperava essa pergunta tão cedo. Não pôde se impedir de abrir um sorriso e responder:

— Para qualquer lugar?

— Qualquer lugar que você quiser. — Balançou a cabeça afirmativamente, feliz pela felicidade dela. — É só escolher.

— Acho que preciso pensar nisso — refletiu por um instante. — Tem muitos lugares que eu gostaria de conhecer, preciso rever minhas prioridades.

Ele abriu a porta do carro para que ela entrasse e assim que Hinata se acomodou, Sasuke deu a volta e sentou-se no próprio assento. Afivelou o cinto e deu a partida, retomando o caminho para chegar à estrada.

— Temos tempo, quando você decidir, nós iremos.

— Isso não vai atrapalhar seus... Negócios?

— Não. — Os olhos dele continuaram na estrada. — Não se preocupe com isso.

"Minha prioridade agora é você", ele pensou.

O trajeto até Bagneux foi silencioso. Enquanto ele dirigia, a Hyuuga leu um livro sobre Psicologia e parecia muito interessada para que ele ousasse interrompê-la. Mas de modo algum foi desagradável, porque o silêncio entre eles não era tenso, do tipo que alguém precisa urgentemente falar alguma coisa. E, sim, confortável.

Quando chegaram ao seu destino, já era noite. Hinata não precisou perguntar para saber que antes de se acomodarem em algum lugar, iriam encontrar alguém. Pararam na frente de um luxuoso bar, a fachada era brilhante e extremamente limpa. As pessoas que entravam estavam muito bem vestidas e claramente tinham muito dinheiro.

— Nós vamos encontrar o Suigetsu. Tem algum problema para você? — o mafioso perguntou antes de se preparar para descer do carro.

— Nenhum — murmurou em resposta. — Ele é divertido. — Isso fez Sasuke franzir as sobrancelhas, mas ele não disse nada. — Espero que ele não fique com raiva quando descobrir que foi eu quem roubou aquele caderno de contatos.

— Não vai — garantiu. — E sobre ele ser divertido, tente não deixar essa opinião muito em evidência. — Não esperou que ela fizesse a pergunta, adiantou-se em acrescentar uma breve explicação: — Karin está aqui e, às vezes, ela pode ser muito temperamental.

— Você quer dizer "ciumenta"? — ela sugeriu com um sorriso. — Tudo bem. Não imaginava que Suigetsu fosse casado, quando o encontrei... Bem, acho que você não precisa de explicações, já que é amigo dele.

Eles desceram do carro. Hinata passou a mão no vestido para tentar tirar um pouco dos amassados, já que tinha ficado muito tempo sentada estava um tanto bagunçada. Também arrumou o cabelo e se endireitou. Não poderia estar tão bem vestida como todas aquelas senhoras, mas ainda tinha seus bons modos e a inteligência. Sasuke lhe ofereceu o braço e ela entrelaçou o dela ali.

— Eles não são casados, Hinata — Sasuke retomou o assunto. — É melhor não citar isso, ela fica zangada.

— Entendi. Me parece complicado.

— Bem complicado. E eles têm um filho, chamado Pietro.

— Nossa! — exclamou verdadeiramente surpresa e continuou com franqueza: — Isso parece muita coisa para mim.

Ele assentiu, concordando. Os dois alcançaram a entrada e Sasuke disse alguma coisa para o homem que guardava a porta, que os deixou entrar imediatamente. Sem delongas, seguiram para o fundo do lugar. Hinata tentou não ficar tão deslumbrada com tudo aquilo — era diferente de tudo que já tinha visto —, embora seus olhos curiosos se atentassem aos mínimos detalhes: desde as luzes brilhantes as bancadas repletas de bebidas.

Era tudo tão... Chique.

— Ali estão eles, vamos. — Sasuke puxou-a pela mão, andando e desviando entre as pessoas com uma destreza invejável. Às vezes uma pessoa ou outra o cumprimentava, o que era retribuído com um leve aceno de cabeça. Pararam na frente de uma extensa mesa de madeira bem polida. — Suigetsu, Karin.

Antes do mafioso chamá-los, os dois estavam pertinho um do outro, sussurrando coisas. Então foram pegos de surpresa pela voz dele.

— Cara! Você está vivo! — Suigetsu levantou e abraçou Sasuke, dando tapinhas em suas costas, ignorando todas as restrições dele por esse tipo de ato. E estava animado demais para notar a mulher que estava ao lado dele de primeira. — Por que demorou tanto? Já estava imaginando que aquele desgraçado do Orochimaru tinha conseguido te pegar, cara!

Sasuke revirou os olhos e pigarreou. Dessa vez Suigetsu desviou a atenção para a mulher, rapidamente assimilando as memórias, pareceu assombrado.

— Você! Miss Hinata! — A boca estava aberta de surpresa. — O que está fazendo aqui? A... — interrompeu-se quando viu o braço de Sasuke ao redor da cintura dela. — Espera!

— Mr. Hozuki — cumprimentou com um sorriso matreiro, na tentativa de conter uma risada.

— De onde você conhece ela? — Karin se pronunciou pela primeira vez, estava claro o tom de acusação em sua voz estridente. — Espero que não seja uma daquelas vagabundas com quem você sai quando não estou de olho!

O mafioso franziu o cenho, incomodado, e preparou-se para dizer algo. Mas a Hyuuga apertou-lhe o braço para impedi-lo, como se dissesse "deixe que eu cuido disso".

— Karin, não comece, não é nada disso... — Suigetsu começou.

— Miss Karin — Hinata interrompeu-o com uma calma solene e abriu um sorriso amistoso, para depois continuar: — Meu nome é Hinata Hyuuga. — Esticou a mão na direção dela, que estreitou os olhos antes de aceitar o gesto. — Conheço o Mr. Hozuki de Paris, encontrei-o uma vez em uma reunião de negócios. Sou jornalista e agora...

— Ela está comigo — Sasuke completou com uma expressão séria. — Não seja tão ciumenta, Karin.

Karin soltou uma risada.

— Ah! Então você é a mulher que abocanhou o coração do meu irmão. — Hinata riu da maneira que ela colocou as palavras e aceitou o convite para sentar ao lado dela. — Espero que seja só o coração...

— Karin! — Sasuke grunhiu. Como ela podia ser tão inconveniente?

— O que? — Karin replicou com inocência fingida.

— Está tudo bem, Sasuke. Deixe-a! — Hinata não pôde evitar e riu outra vez com as bochechas vermelhas. Voltou-se para a mulher novamente: — Não se preocupe com isso. Eu amo o seu irmão e não o dinheiro dele. O dinheiro foi só um bônus — garantiu com convicção.

— Gosto dela! — Karin opinou com um sorriso. — Escolheu bem dessa vez, irmão. — Sasuke revirou os olhos novamente. — E você, Suigetsu? Vai ficar parado aí em pé, feito um idiota? Sente logo!

Suigetsu ainda estava meio atônito, mas obedeceu a companheira e sentou ao lado dela. Sasuke fez o mesmo e sentou do outro lado da Hyuuga. Ao invés de cadeiras, um sofá aveludado servia de assento.

— Mr. Hozuki, perdão sobre seu caderno de contatos — começou com sinceridade. — Não era minha intenção deixá-lo chateado. Mas realmente precisei fazer tudo aquilo, era importante para o meu trabalho.

— Está tudo bem, Miss Hyuuga. Já comprei outro. — Desdenhou com um sorriso. — Incrível a vida, não é? Quem diria que seria logo você a mulher de quem o chefão falou tanto!

— É mesmo? Ele falou muito de mim? — Hinata arqueou as sobrancelhas e inclinou-se na direção de Suigetsu, enquanto alternava o olhar entre os dois. Apoiou os cotovelos na mesa. — Fale-me mais sobre isso.

— Suigetsu! — Sasuke alertou com o rosto vermelho, principalmente de vergonha. — Não se atreva!

— Mas você falou mesmo, cara! Você precisava ver. Não parava de falar e pensar em você. Que queria te encontrar, saber seu nome. Que você era diferente...

— Se você disser mais uma palavra, mato você! — Sasuke ameaçou com o cenho franzido, as sobrancelhas juntas e um sorriso assustador.

— Qual é o problema? — A morena sorriu e apertou os dedos dele entre os seus por debaixo da mesa. — Isso é bonito.

— Jesus! — Karin exclamou. — Ela te pegou direitinho, não foi?

O mafioso quebrou o contato visual com Hinata e estalou a língua, constrangido e incapaz de negar. Resolveu tentar não se importar muito com as provocações dos amigos. Em vez disso, tentou desfrutar o momento. Afinal, ele estava ali, vivo, com sua família, e agora Hinata também fazia parte dela. Estava mais feliz do que já estivera em muito tempo.

Com esse pensamento, deixou a noite seguir e fez questão de guardar aquele momento na memória.

A noite tinha passado rápido e antes que percebessem, estava de madrugada. Diferente de Karin e Suigetsu, Sasuke e Hinata não tinham bebido muito, então puderam ir com tranquilidade para o lugar em que passariam a noite. Era uma casa que parecia grande demais para apenas duas pessoas, mas Hinata não tardou a descobrir que havia empregados ali.

— Fiquei uma parte da minha vida aqui — ele contou enquanto abria a porta e levava as malas para dentro. — Meu pai comprou essa casa e me jogou aqui dentro para me ensinarem como um homem deveria ser.

— Certo — ela assentiu, sem saber o que dizer. Mas pensou que ele devia ter sido solitário. Além disso, o lugar lembrava a pousada em que morava.

O chão estava perfeitamente limpo, o assoalho chegava a brilhar, demonstrando que tinha sido polido recentemente. Um tapete vermelho com desenhos amarelos de dragões — era bem oriental — adornava o chão perto da escada, que ficava bem no centro, de frente para a porta e que dava para o segundo andar. Apenas a sala de recepção era fantástica, com suas paredes pintadas em um tom escuro de azul e os móveis coloniais limpos. Tudo cheirava a limpeza.

Hinata perguntou-se como seria o restante da casa, porém, preferiu deixar esse pensamento para mais tarde.

— Vou te levar para o quarto, venha. — Estendeu a mão para ela, e, com a outra, segurou a simples mala que ela tinha trago.

Entrelaçou os dedos nos dele e seguiu-o escada acima. Atravessando os longínquos corredores mal iluminados com rapidez. Ele empurrou uma porta no final do corredor, relevando um quarto imenso. Ela soltou um arquejo de surpresa.

— Exagerado? — Sasuke perguntou, ainda segurando a maçaneta da porta.

— Um pouco — admitiu. — Mas está tudo bem, posso me acostumar com isso.

Ele sorriu pequeno.

— Tudo bem. Pode ficar à vontade, pela manhã...

— Espere! — interrompeu-o com as sobrancelhas juntas. — Você não vai me deixar dormir nesse quarto sozinha, vai?

— Bem... Pensei que iria gostar de espaço — explicou, os lábios apertados em uma linha reta.

— Aqui tem espaço o suficiente para duas pessoas que precisam de espaço! Não se atreva a me deixar sozinha nesse quarto enorme!

Sasuke suspirou.

— Hinata...

— Sasuke. — Virou-se para ele e deslizou as mãos pelos ombros dele, até a ponta dos dedos. E depois, disse em um sussurro: — Você está se preocupando demais.

— Você não sabe no que está se metendo — ele sibilou, largando a mala dela no chão e empurrando-a devagar para dentro do quarto.

— Eu sei. — A porta se fechou em um baque quando Hinata o empurrou contra ela. — E eu sou uma adulta, a decisão é minha.

— Não vai se arrepender depois? — perguntou com a voz entrecortada, e inverteu as posições, pressionando-a contra a porta gelada.

— Isso eu não posso garantir, mas tenho praticamente certeza que não vou. — Sua voz não passava de um sussurro apaixonado. — Mostre-me.

— Você é uma mulher audaciosa, Hinata — grunhiu, beijando-lhe os lábios de um modo quase primitivo.

— Deve ser por isso que você gosta tanto de mim — respondeu quando eles se afastaram, os lábios inchados pelo beijo.

Sasuke ainda tem 26 anos e Hinata 23 quando, pela primeira vez, as roupas dela se espalham pelo chão do quarto e as dele também. Ele sente o calor dos seus lábios e do corpo dela, que, para ele, é perfeito. Hinata descobre outra forma de ser amada, e sussurra e geme o nome dele, enquanto Sasuke mergulha nela, amando-a. Os dois se sentem completos, como se um espaço há muito vazio, estivesse sendo preenchido.

Ela aprecia o corpo nu de Sasuke, que é uma das coisas mais fantásticas e bonitas que ela já viu. E Hinata gosta da maneira que ele a olha e como murmura coisas, enquanto lhe dá prazer. Eles se encaram enquanto fazem amor, e ela grita de êxtase quando chega ao ápice, enquanto ele grunhe seu nome e afunda o rosto na curva do seu pescoço e deixa o corpo descansar em cima do dela. Ela gosta, porque o calor dele é maravilhoso e faz com que sinta segura — ainda que não tenha nada a temer.

E mais do que nunca, ela sabe que realmente o ama e que fez a escolha certa em deixar tudo para trás.

Como eu falei na primeira vez, foi escolha minha o primeiro hentai não ser explícito, mas isso não quer dizer que não vai ter sexo detalhado. Vai ter, mas no momento certo! ♡

O aviso que eu tenho pra dar não é nada demais, só que a partir da semana que vem, pelo menos nesse mês, Born to be wild será atualizada nas quartas-feiras. ♡ 

No Social Spirit, a fanfic tinha chegado até o capítulo 04. Devo avisar que ele estará diferente da primeira versão, depois de reler, percebi que não tava estava tão bom quanto poderia ficar. Então, o próximo, é quase novinho, tem mais cenas, detalhes, romance. ♡

É isso. Obrigada, até quarta! Bjss ^3^

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