PENÚLTIMO CAPÍTULO

Comentem bastante para me fazer feliz

Capítulo 15 – Fique ao meu lado

Algo na Inglaterra sempre deixava Jimin com uma sensação mórbida. Talvez fosse o clima, que sempre parecia chuvoso, ou ambiente que parecia mais um enterro do que um casamento e Jimin entendia.

O príncipe Min Yoongi não parecia apaixonado pela Lady Lithford e o casamento não parecia da vontade deles, mas era um arranjo entre o Marquês e a Rainha, um casamento arranjado e sem sentimentos românticos, Jimin entendia o desânimo de ambos.

Mas o conselho parecia radiante. Estavam conseguindo o que tanto queriam e no jantar antes do casamento, era nítido a tristeza estampada no rosto do príncipe, mas todos fingiam não notar. O que era triste e cruel, mas era assim que as coisas funcionavam.

Jimin queria ter falado com Yoongi, tentado melhorar seu ânimo ou o aconselhar. Não tinha nenhum amigo e ele era o mais próximo disso. Apesar de agora saber que o sumiço dele não havia passado de uma tática de segurança da KGB, havia ficado preocupado e gostaria de conversar melhor com ele.

Mas com tantos urubus em cima, ficava difícil ter um segundo a sós com o herdeiro inglês.

Na manhã do casamento, todos pareciam animados, o castelo estava uma grande correria e na TV não se falava mais nada além do evento histórico que seria.

Enquanto se arrumava, Jimin pensou em toda merda que aquilo era, pensou que em alguns dias, se tivesse sorte, meses, seria a sua vez, o seu casamento, o seu desespero, a sua felicidade, tudo vazando pelas suas mãos sem o seu controle e aquilo não poderia o deixar mais apavorado.

Naquela altura, já era claro que havia desenvolvido sentimentos por Jungkook. Seu coração acelerado, seu corpo mole e completamente entregues nas mãos no homem deixava aquilo claro e havia acontecido de forma tão natural, seus corpos se encaixavam, seus olhos brilhavam e tudo parecia feito um para o outro, como se tivessem um mundo só deles e Jimin se odiava por isso, porque sempre soube que um dia ele iria embora e mesmo assim permitiu se apaixonar por ele.

Se sentia estupido e triste, mas tentava se consolar com a ideia de que pelo menos teria aquele tempo que passaram juntos como memória de um tempo feliz.

Jungkook estava no quarto ao lado, era um convidado do príncipe Francês e estava o acompanhando em todos os eventos, havia visto Jimin conversando com várias ladys, possíveis candidatas para o cargo de rainha e mesmo sabendo que aquilo não era da vontade do Príncipe, não conseguia impedir o sentimento rude que o comia por dentro e Jimin não era estupido e já havia notado alguns sinais.

O homem estava nervoso, ansioso e um tanto quanto preocupado e todo o seu corpo parecia tenso. Jimin sabia que tinha algo ali, mas foi apenas quando ele bateu em sua porta, minutos antes de irem para o casamento, que Jimin notou o olhar aflito do médico.

– Algum problema? – Perguntou permitindo a entrada do Coreano no quarto, fechando a porta a chave atrás dele.

– Na verdade, sim. – Foi sincero. – O casamento é hoje e o seu voo está marcado para amanhã cedo.

– Deus... você não está voltando, está? – Questionou ao notar o que o médico queria dizer nas entrelinhas. – Você não vai voltar comigo.

– Eu acho que não consigo. – Jeon murmurou. – Eu tenho estado no meu limite, mas até eu tenho extremos. – Pontuou se virando de costas e Jimin conseguia notar o quão abalado ele estava. – Eu não consigo ficar e ver você se casar. Não posso fazer isso, Jimin.

– Pensei que não ligasse. – Disse em um fio de voz, já que o médico sempre o aconselhou a ir atrás daquilo.

– Eu queria não ligar. Queria ser indiferente e conseguir fazer o meu trabalho, gostaria de não ter me apaixonado por você, mas eu fiz e agora eu não consigo ficar aqui e assistir você procurando uma noiva. – O tom agoniado em sua voz demonstrava todo o seu descontrole emocional, o que era algo novo, porque Jeon se considerava alguém sensato e controlado.

E Jimin apenas o encarava em pânico, com os olhos arregalados, a boca aberta e a mente fervendo, porque Deus, Jungkook havia mesmo dito aquilo?

– Você disse que se apaixonou por mim?

– Eu... Eu disse. – Admitiu notando as palavras que haviam saído de sua boca. – Eu disse, mas isso não é importante, porque você já tomou sua decisão.

Já haviam conversado sobre aquilo e Jungkook sabia sobre a resistência de Jimin em sair do armário, e o entendia, tinha muito a perder e estava apavorado com a ideia de decepcionar. Jimin preferia o casamento falso a desaprovação e ele odiava a ideia do casamento.

Na mente de Jimin apenas uma coisa se repetia: Ele também gosta de mim. Ele realmente gosta.

O príncipe o encarava com os olhos cheios e o peito arfante, porque aquilo não parecia realidade, mas queria tanto que fosse.

– Você irá se casar em breve e eu tenho que me afastar para que ambos consigamos seguir em frente. Ou então tudo se complicará ainda mais e eu... – Quando Jimin avançou contra ele, seu tempo de reação foi lento e mole, surpreso pela atitude.

O príncipe o beijou de verdade, segurando seu rosto entre as mãos trêmulas, enquanto o puxava para mais perto do seu corpo, suas mãos foram automaticamente até o francês, porque Deus, amava segurar seu homem, mas aquilo estava o destruindo.

– Jimin...

– Cala boca. – Sussurrou contra a boca do outro, enquanto o empurrava para se sentar sobre a poltrona do quarto. – Você não vai para lugar nenhum.

Jeon ficou perplexo, observando o francês de perto, enquanto Jimin se sentava sobre seu colo e mesmo confuso, correspondeu ao beijo quente e afoito, o segurou o mais perto que pode, sentindo seu peito martelar contra a caixa torácica, porque agora Jimin sabia que ele o amava e seria diferente.

Quando as mãos do príncipe chegaram em seu cinto, o puxando para fora da calça, Jimin segurou em seus pulsos, se afastando para encará-lo.

– O que você pretende? – Questionou ao ver Jimin confiante sobre seu colo.

– Te prender até você decidir ficar. – Foi sincero, com o olhar carregado de ternura e esperanças, porque Deus, faria tudo por ele. – Coloque as mãos para trás, Jun. Eu irei tomar a responsabilidade pelos seus sentimentos.

Jeon sentiu um arrepio pelo seu corpo e sem contestar ou repensar, obedeceu. Sentiu Jimin dando voltas em sua mão com o couro e logo estava com as mãos amarradas nas costas.

Jimin voltou a segurá-lo pelo rosto, o olhando com amor e desejo.

– Vamos nos atrasar para o casamento.

– Não iremos a lugar nenhum. – Foi claro antes de beijar o coreano. Um beijo apaixonado, que diferente dos últimos, tinha gosto de "para sempre", de alguém que iria ficar.

Completamente perdido na boca do médico, Jimin se viu rebolando contra o corpo abaixo do seu, se esfregando de um jeito depravado e impróprio que havia notado que gostava.

Jeon se sentia agoniado, louco para colocar as mãos no seu homem, mas entendia o que Jimin queria e o daria aquele momento. Sentiu as mãos do francês passando pelo seu peito, abrindo sua camiseta antes de descer para o botão da sua própria calça.

Sentindo sua respiração pesada e irregular, seu coração acelerado e sua visão turva em desejo, Jimin esfregou a ereção do médico, a segurando com vontade antes de puxá-la para fora da calça. Passando a língua pelos lábios, o punhetou, lentamente, aproveitando cada reação do homem abaixo do seu corpo, que tremia em excitação e ansiedade.

– Você me fodeu. Fodeu minha mente e agora eu só consigo pensar em você. – O príncipe choramingou. – Eu quero fazer amor com você, mas também quero que me foda como a vagabunda que eu sou por você. – Jeon sentia uma pontada de orgulho, porque Jimin estava tão livre naquele momento, falando com tanta naturalidade tudo o que queria, sem se reprimir ou se impedir, ele havia amadurecido sexualmente falando. – Então diga que me ama e me assista montar em você, porque eu só vou parar quando você decidir ficar.

– Eu tô orgulhoso pra caralho agora. – Admitiu com um fio de voz e um sorriso escondido e Jimin sorriu de lado, satisfeito o bastante. Se levantou do colo do médico para ir até sua bolsa, buscando uma camisinha e lubrificante, que o próprio Jeon havia deixado em seu quarto.

Acompanhando Jimin com os olhos, Jeon mordeu os lábios, aquele homem seria sua perdição, seu fim e o motivo do seu óbito, Jimin o fazia viver no limite e não sabia por quanto mais tempo conseguiria viver assim.

Sabia que Jimin tinha sentimentos por ele e agora que o príncipe havia afirmado em voz alta era ainda mais real, mas mesmo sendo recíproco, ele ainda era um príncipe e nunca abandonaria suas responsabilidades, e Jungkook entendia aquilo, aquele era o limite para Jimin e tudo bem, porque todos temos limites, mas não deixava de doer por isso.

Quando Jimin voltou para perto, com um ar ansioso e necessitado, deixou as coisas ao seu lado, levando as mãos no botão da própria calça social, a abrindo com pressa junto de sua roupa íntima. Não se preocupou em tirar a camisa social por completo e muito menos a gravata que harmonizava com o terno que usaria naquele dia, retirou apenas o necessário para voltar para o colo do Coreano.

E assim que se sentou sobre ele. Pegou a camisinha, colocando com atenção no falo largo e robusto. Sentindo seu corpo arrepiar ao analisar com tanta atenção o corpo do médico.

Em todas as suas outras noites, Jungkook era quem estava no controle, ele era quem direcionava e ditava, Jimin não tinha tempo para apreciar, porque era apreciado, mas agora, sentindo o pau de Jungkook pulsando em sua mão, só conseguia desejar mais aquele homem.

Despejou o lubrificante em cima do médico, esfregando-o com luxúria, levou os dedos melados até a própria entrada, se preparando ao mesmo tempo que o estimulava. A sensação era boa, mas ter ele, era muito melhor.

– Isso parece uma tortura, sabia? – Jeon resmungou forçando um pouco as mãos, tentando se soltar, porque tudo o que queria naquele momento era tocar Jimin, o glorificar e o amar até o final.

– É apenas o começo. – Respondeu ofegante, se posicionando sobre o pau de Jungkook e descendo lentamente, gemendo ofegante e fragilizado ao sentir a sensação que tanto gostava, de estar preenchido da melhor forma possível.

– Jimin... – Jeon gemeu, jogando a cabeça pra frente, incapaz de raciocinar com decência e quando Jimin começou a se movimentar, quicando sobre seu corpo, se fodendo contra seu pau, sua mente se nublou e nada mais existia além do homem em seu colo.

Nada era mais importante, queria tanto ele, amava tanto ele. Tudo era sobre ele.

Jimin sentia suas pernas ardendo, o movimento queimando enquanto o prazer se espalhava por todo lugar. Estar no controle de Jungkook era incrível, podia fazer o que quisesse, mas tudo o que queria era o amar.

Nem ao menos se reconhecia, nunca havia imaginado que um dia estaria daquela forma, tão estabilizado, inebriado por prazer e luxúria, fodendo com outro homem, um homem que amava, que verdadeiramente amava e devia tudo aquilo a Jeon, que havia o ensinado a amar.

– Eu te amo, Jun. – Sussurrou contra os lábios do Coreano, sem parar em nenhum segundo e Jeon sentiu seu coração acelerado em um pico de energia.

– Eu também te amo, porra, eu te amo pra caralho. – O seu total descontrole era novo, mas tão intenso que nem ao menos se preocupava com aquilo.

E completamente envoltos um no outro, chegaram ao ápice de prazer, sentindo o mundo sair de órbita.

– Fique. Se mude para a França e fique comigo. – Jimin murmurou, ofegante, contra o pescoço do médico.

Jeon estava tentado a ficar, mas sempre que se lembrava de que seria obrigado a ficar nas sombras, vendo Jimin com outra pessoa, sorrindo para câmeras e pousando, que ela seria a mãe dos filhos dele, seu coração se apertava. Não aguentaria viver assim.

– Eu não sei se levo jeito para amante. Eu sou um pouco ciumento e...

– Eu irei falar com o conselho, irei colocar as cartas na mesa e falar a verdade. Não quero que seja meu amante, quero que seja meu marido. Quero que seja o futuro rei comigo.

Jeon o encarou perplexo, completamente surpreso com aquilo, porque sabia sobre os medos de Jimin e não esperava por aquilo, tinha certeza que o príncipe não tinha planos de sair do armário.

– Pensei que não quisesse tornar isso público, que estivesse com medo.

– Eu não ia contar, porque não tinha um motivo para isso, mas se você me ama, se tem uma chance de ficarmos juntos, eu irei lutar por isso. 

| BONDAGE |

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ESPERO QUE ESTEJAM GOSTANDO