Capítulo 13 – Decisões e despedidas

Jimin sentia suas pernas vacilando. Era difícil se manter em pé e se não estivesse amarrado com certeza teria caído. As cordas que circulavam seu corpo apenas o excitava mais e a sensação de que a qualquer momento seu pau explodiria apenas o levava mais para a beirada.

Amava aquilo, amava a dor nos braços ao estar pendurado na porra de um gancho. Amava a agonia que o anel peniano lhe proporciona, o brinquedo vibrando em seu interior e amava a sensação de estar amarrado, com todas aquelas cordas trançando o seu corpo, o dando a sensação sufocante de estar preso.

Amava ter Jungkook no controle, o olhar no rosto do homem, com aquela aura dominadora e perigosa, que o deixava tão fodidamente sexy, que fazia Jimin apenas querer rastejar sobre o seu corpo.

Ofegou ao sentir um pedaço de couro batendo contra sua bunda nua e choramingou baixinho se sentindo no limite, queria tanto o homem, queria ele por inteiro, o fodendo da forma que só ele conseguia. Aquilo era tão intenso e forte, que não sabia até onde conseguiria aguentar até derreter em um poça de emoção e prazer.

Jungkook havia comprado cordas e pedido para instalar um gancho no quarto do príncipe, com a desculpa de que iriam pendurar uma cadeira de balanço. E agora, após várias e várias sessões de prazer, Jimin já conseguia saber com exatidão tudo o que queria e a cada nova coisa que descobria, mas livre se sentia.

O homem o encarava com prazer e desejo, o provocando a cada segundo. E Jimin sabia que Jeon estava o esperando pedir, porque era um desgraçado que amava o ver destruído, implorando por seu pau, enquanto mal conseguia se manter.

As marcas vermelhas em seu corpo já demonstravam que estavam naquelas preliminares a muito tempo e enquanto Jimin estava completamente nu, o coreano ainda estava vestido. O que era para ser injusto e cruel, mas apenas deixava Jimin mais excitado.

Jeon se aproximou das costas do menino, beijando seu pescoço, enquanto levava as mãos até o pulso em sua garganta, deixando uma pressão gostosa sobre a pele.

O homem sorriu, Jimin estava tão mole, com lágrimas nos olhos e o pau duro tremendo contra o anel que o impedia de gozar.

– Você está tremendo tanto, tão desesperado. – Sussurrou contra seu ouvido, deixando outra chicotada fraca contra a bunda do menino, que apenas se contorceu, pedindo por mais. – Olha só pra você, totalmente impaciente. – Pegando o cabo no vibrador, Jeon o movimentou, fodendo o homem com força, ouvindo-o choramingar.

– Eu preciso de você. – Jimin murmurou, sentindo as pernas fracas. – Por favor, senhor. – Senhor. Aquela palavra agora tinha outro sentido e por mais que o príncipe tivesse o chamado assim desde o começo, naquele momento tinha outro tom, um mais tentador e provocativo.

E Jeon amava atender aqueles pedidos, amava se arrastar sobre a pele de Jimin e dar exatamente o que ele queria. Dando outro tapa na bunda do menino, puxou o vibrador para fora, sem cuidado algum, o jogando sobre o sofá e logo desengatou a corda do gancho, puxando Jimin em direção a cama.

Com as pernas bambas, não foi difícil cair quando Jeon o puxou com mais força e logo se via de quatro, com as pernas amarradas para trás, enquanto Jeon o comia duro. Arremetendo com força, uma das mãos na nuca do francês, o segurando com vigor, subjugando Jimin, o controlando.

A cada nova investida, mais Jimin se perdia, seus olhos se revirando, seu coração acelerando, seu corpo tremelicando em um prazer elétrico e sons que saíam de sua garganta sem sua permissão.

– Por favor. Eu preciso tanto. – Chorou, sentindo que explodiria e sorrindo, satisfeito, Jeon soltou as pernas, o virou na cama, voltando para seu interior ao mesmo tempo que o puxava para um beijo.

Jimin sentia as pernas abertas, esparramadas pela cama, sem forças para mais nada. E a mão do coreano foi até o seu pau, retirando o anel peniano durante o beijo.

– Você fez um bom trabalho. Pode gozar. – Permitiu, roçando sua boca contra a de Jimin, que chegou ao ápice com mais algumas investidas contra sua próstata.

– Deus... – Murmurou ofegante.

Jungkook sorriu, amava vê-lo destruído, com o cabelo bagunçado, os olhos molhados e o rosto corado.

Saiu de dentro de Jimin, com um arrepio o percorrendo e após jogar a camisinha longe, se punhetou até gozar sobre o estômago do homem. Apreciando a vista suja e obscena.

Jimin ainda tremia, completamente afetado, aquilo havia atingido todos os seus nervos e não se sentia capaz de raciocinar bem.

Jeon se jogou ao seu lado, o puxando para um abraçado enquanto pegava os lenços umedecidos para limpar Jimin. Assim que o teve em seus braços, apreciou o carinho que o príncipe fazia em seu peito e acariciou sua cabeça, com o coração acelerado e os olhos vidrados no francês, se sentia completo e vivo.

"Porra, como eu amo ele" – O pensamento o assustou e mesmo que sua mão tivesse parado entre os cabelos do moreno, Jimin não pareceu perceber.

– Je t'aime plus que je ne devrais¹ – Murmurou contra o peito de Jungkook, que apenas franziu o cenho. Ele não havia o escutado perfeitamente e mesmo que conseguisse se fazer entender em francês, misturando com algumas palavras em inglês, não era tão bom assim a ponto de entender um dialeto sussurrado.

– O que isso significa? – Questionou com o tom calmo e Jimin apenas suspirou.

– Nada que você precise saber agora. – Respondeu em um fio de voz. – É preocupante eu gostar desse tipo de coisa?

– Fala do bondage?

– Falo das palavras rudes. – Respirou fundo. – Gosto quando me chama de vagabunda, ou cadela, ou quando diz que sou uma puta pelo seu pau. Isso me parece preocupante. Eu não deveria gostar disso, é humilhante. – Afirmou pensativo.

– É sim. E não tem nada de errado ou preocupante. É bem comum, na verdade. Sexo, assim como tudo na vida, é uma disputa de poder, você gosta que outra pessoa tenha poder sobre você, então gosta de ser humilhado. Não é nada demais. Essas palavras são com o intuito de excitar mesmo. – Jimin ficou em silêncio, concordando mudamente com o médico e Jeon resolveu que talvez fosse hora de entrar naquele tema. – Quer falar sobre hoje?

– Hã, qual parte? A parte em que o Yoongi foi achado, vivo e bem e tudo o que importa é que ele irá se casar com Lady Lithford em algumas semanas? Ou a parte que eles querem começar a procurar pretendentes por mim? – Jimin se sentiu aliviado ao saber que o príncipe Inglês estava bem, mas sua felicidade durou pouco, porque para o conselho tudo o que importava, era que o príncipe subiria ao trono inglês e Jimin ainda não poderia fazer isso.

– Acho que é hora de começar a pensar sobre isso. – Jeon respondeu com um gosto amargo na boca. – Você me chamou aqui para isso, para te ajudar com seu problema em se sentir confortável na cama e agora você me parece bem confortável.

– Mas com você, não com outra pessoa ou uma mulher. Como eu poderia fazer isso com uma mulher?

– Está sendo preconceituoso. – O repreendeu com ternura. – Muitas mulheres gostam de estar por cima, existem milhares de dominadoras, que fodem homens, e isso não é nada demais.

– Acha mesmo que umas das herdeiras ou ladys da alta sociedade irá compactuar com isso? – Questionou sem confiança. – Conheci a maioria delas, não consigo imaginar algo assim.

– Tenho certeza que todas elas também não imaginam de olhar para você, o seu gosto em ser amarrado e fodido, mas aqui estamos nós. – Brincou.

Jeon sentia seu coração apertado, claramente estava muito apegado ao francês, estava se apaixonando, isso se já não estivesse apaixonado, estava em fase de negação, se odiando por ter caído em algo como aquilo, mas tentando ao máximo ser profissional.

Precisava se afastar, finalizar o trabalho e ir embora, não poderia continuar com o pau dentro do francês, porque aquilo estava fodendo sua mente. Jimin iria se casar, com algum nobre em potencial e Jeon não fazia parte da sua vida.

O príncipe ainda não havia se decidido, se iria aceitar calado o casamento arranjado com uma lady, ou se se assumiria diante do conselho, para enfrentar as consequências, mas independente do que escolhesse, Jimin ainda era visto por aqueles homens como uma moeda de troca, então iriam a todo o custo tentar lhe casar com quem fizesse mais sentido, sendo ele hetero ou não.

Jungkook sabia daquilo e era triste e mórbido, porque Jimin estava adiando o inadiável e se agarrando a ele como um sonho lindo e impossível, que um dia chegaria ao fim.

– Gosto quando você faz. Não quero fazer isso com outra pessoa. – Murmurou chateado. – Você não está pensando em ir embora, esta? – Questionou ao notar que a fala do médico poderia conter segunda intenções e ao notar o silêncio e o coreano engolindo em seco, notou que estava certo. – Meu Deus, você tá.

– Jimin... – Resmungou tentando chamar a atenção do príncipe que agora parecia se desesperar. – Estamos aqui por um motivo, lembra? Você tinha um propósito e uma hora eu vou ter que ir embora.

– Eu sei, mas... mas eu ainda não estou pronto. Nós ainda não resolvemos todas as coisas que precisávamos, eu ainda tenho dúvidas e curiosidades e questões a tratar.

– Não estou falando que vou embora nesse momento, mas precisamos começar a pensar sobre isso. Você não vai poder adiar o casamento para sempre, você sabe disso e eu também sei. – Notando o olhar triste do príncipe, Jeon respirou fundo antes de continuar. – Já está mais do que claro que nosso relacionamento já passou do profissional a muito tempo e eu estaria mentindo se dissesse que quero ir embora, porque eu não quero, mas é exatamente por isso que eu tenho que ir.

Jimin o encarou nos olhos, sentindo seu peito apertar a cada palavra, sua mente dava voltas e voltas e sentia seu estômago embrulhado.

– Você tem que se casar e nesse momento, eu acho que sou mais um empecilho para você nesse quesito do que uma ajuda. – Foi sincero. – Estou tentando fazer o meu melhor aqui, estou me esforçando para ser o mais profissional possível, mas tem horas que é impossível e eu sinto que estamos apenas complicando tudo.

– Eu não quero me casar e não quero que você vá embora. – Jimin admitiu em um fio de voz, abraçando o homem com mais força e Jungkook apenas retribuiu, acariciando suas costas.

– Eu também não quero. 

|BONDAGE |

Ainda não chegamos ao ápice da cena de bondage, mas já tivemos uma amostra. 

Estão gostando? A fic tem 16 capítulos, então estamos quase no final.