Pavê de bolacha e a grande família
Dedico essa torta à querida leitora que escolheu a receita @nu_bonadiman
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Por Jota... (o bobo)
Era uma vez um lindo menino de 32 anos, de físico mirrado, trejeitos afeminados, pele de chocolate, olhos escuros, boca sensual e a bunda mais bonita que o autor consegue imaginar. Dono de um traseiro redondo, durinho e empinado, que se destaca do conjunto da obra prima que sua beleza lhe fez.
Chamado de Carlinho, ganhou um apelido, tal Cinderela, Branca de Neve ou Bela adormecida, é ele chamado de Bombonzinho.
Bombonzinho é uma forma carinhosa de se referir a um jovem delicioso que lembra uma pequena trufa do sabor que mais gostamos. E também por ele ter o dom de fazer guloseimas que abrem o apetite e despertam a gula, especialmente chocolate que ele maneja como se brincasse de cozinheiro pelo prazer que isso lhe dá.
Ele teve um passado triste, que vez ou outra menciona, mas é o presente que o autor quer destacar. Ele é um pequeno sonhador que jamais imaginou que seus sonhos se realizariam exatamente como ele queria. Pois os que se realizaram, excederam qualquer expectativa.
Sua vida está boa e perfeita com imperfeições que tem a vida. Quando lhe perguntarem sobre seus "poblemas", como ele erroneamente fala, ele apenas diz que suas alegrias são maiores e os problemas, são só uns "pobleminhas", coisa do passado que está morto e enterrado.
Ele tem seu príncipe, que não lembra um. Lembra sim um bravo cavaleiro que luta pelo seu reinado, mas que não é reconhecido num conto de fadas, pois para essas fábulas, somente os "perfeitinhos" são escolhidos como protagonistas. Será as pessoas pensam que um príncipe jamais vai brigar com a princesa, encher a cara, envelhecer e ficar pançudo?
Esse grande cavaleiro se apaixonou perdidamente pelo pequeno Carlinho, que já teve a sensação de que não merecia ser feliz, pelos erros que ficaram marcados a ferro e fogo na sua alma. Mas o grande cavaleiro teve paciência e persistiu, se tornando seu amigo no começo e sofrendo com a desconfiança de que não era correspondido. Enfim, teve um dia que se declarou e Carlinho, seu namorado se tornou. Depois tornaram-se amantes e se amasiaram. Estavam felizes somente os dois, mas algo aconteceu com o tempo...
A mãe do cavaleiro Francisco, também se apaixonou por Carlinho e no seu coração, ele tornou-se mais um filho, o filhinho na verdade. A italianona corpulenta tratando seu genro como se fosse filho dela, acabou fazendo a família ficar maior e três pessoas eles já eram.
Mas não ficaram por aí, porque entraram na fila da adoção e até concluírem os trâmites, Juju, o gatinho foi adotado, ou seja, Carlinho tinha seu maridinho, sogra e um "filho" que mia alto quando tem fome e pede carinho pro pai gigante quando esse senta no sofá da sala para ver o Jornal Hoje.
Então uma grande alegria aconteceu: a Luiza, a menina a quem adotaram chegou e logo a seguir, a Pernoca que é a boneca e "filha" da filha de Carlinho, então esse "avô" se tornou.
Ah, não podemos esquecer do irmão do Carlinho, o Cássio com a esposa Luma e os dois sobrinhos do Carlinho, a Cristiane, irmã do Carlinho e a dona Tide, vó do Carlinho. Quem sabe mais pra frente poderemos mencionar dona Carmem e os irmãos do Carlinho. Mais adiante quem sabe esses laços venham a estreitar, tomara.
Pensando bem, se for pra melhorar sim, se não, deixa como está.
Ele se achava muito sozinho e olha agora. Uma grande família só com quem o adora. Aí ele chora. Chora porque é sensível e emotivo, não porque é um viadinho, como alguns se referem a ele grosseiramente. Tem seu amigo Eliseu que o chama assim, mas é outro que já faz parte da família, chega até sem avisar e Carlinho estando na limpeza, o coloca pra ajudar.
Em reunião de família grande precisa fazer muita comida. Um prazer pra quem adora um fogão. Carlinho e dona Itália se organizam e cada um sabe o que fazer. A grande "italianona" cozinheira de mão cheia, diz que não é aniversário quando não tem churrasco, maionese, bacias de salada verde, cenoura e beterraba na conserva que ela prepara.
Carlinho não fica por baixo em sua cozinha e já se escalou para a sobremesa e é claro que elegeu o Pavê ou como sua sogra insiste em dizer a Torta de bolacha, como o doce do aniversário do Chico.
Até mesmo Túlio e Braz prometem dar uma passada, pois Braz é amigaço do PM desde carnavais passados e não quer perder a chance de zoar o cara que chegou nos 41 anos antes dele.
Poderíamos comparar muita coisa à Torta de bolacha em camadas, chamada de Pavê. Como a vida do pequeno Carlinho. Querem ver como dá certo?
Carlinho é a travessa de vidro transparente onde montaremos a receita.
Primeira camada é meio irregular e serve de base na travessa, não fica tão bonita, pois tem falhas que são as ondulações no creme, como a infância de Carlinho cheia de coisas que não tiveram a melhor cara, mas fundamental e inalterável em sua vida.
Depois vem os biscoitos champanhe com açúcar cristal arrumadinhos lado a lado, como se obedecessem uma cega disciplina ou tivessem um medo que os cegassem para não sair de sua posição, assim representa um período onde o jovem era aliciado e abusado pelo padrasto.
Uma rápida camada de creme belga (que o autor se baba todo só de lembrar) é o que adoça e acalma o período anterior e horrível do nosso ainda jovem Bombonzinho. Um creme delicioso sem dúvida, espalhado tem um aspecto até bem bonito e liso. Mas como a torta tem outras camadas...
Um novo "regimento" de biscoito champanhe é posto. Isso explica a nova fase difícil, onde Carlinho ficou detido quando acusado de portar as drogas que o velho padrasto o obrigava a usar.
Novamente vem o creme, com um leve sabor de Chocolat au Café. Algo mais elaborado, que lembra que nosso jovem também teve sucesso no passado. E pelo empreendedorismo dele foi dono de si por um período, teve seu próprio dinheiro, seu pequeno negócio, suas funcionárias e seus bombons finos estavam além de nas suas lojas, em muito grandes mercados.
Mas uma nova fileira de biscoitos é posta, a última e mais complicada. Pois representa um ítalo-brasileiro chamado Valentin que parecia um ditador e por várias vezes, mais numerosas que as bolachas que foram organizadas lentamente, quase matou o Bombonzinho que até um tiro levou dele.
Aí vem a pausa para decidir a cobertura, mas quem decide é outro descendente de italianos, com dois metros e um centímetro de altura, amante de chocolate, pede ao pequeno amor de sua vida que cubra com creme com sabor de brigadeiro, porque é o doce que ele mais ama.
Lógico que o Carlinho o faz. Ele ama agradar o homem que sempre dá um jeito de lhe agradar.
Então finalmente temos uma cobertura, não apenas bonita, mas deliciosa, pois está por sobre várias camadas que tem um sabor e um significado importante na vida desse "menininho".
Lá está o Chico, observando Carlinho preparar o último creme, enquanto fala sem parar e nenhuma palavra, o nosso grande cavaleiro grava, pois é no traseiro do marido onde ele se perde em olhar.
Então...
— Ai Jota, seu bobo, o conto é meu. Eu que tenho que contar.
Levo bronca do Carlinho e saio de cena enquanto o maridão ciumento do nosso pequeno ainda está viajando e não percebeu que eu era quem estava narrando...
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Por Francisco...
Depois dos 18 anos, nossa vida passa voando, chegam os trinta e queremos diminuir o ritmo, mas não dá. Então chegam os quarenta e a gente percebe tudo que ficou lá atrás, foi o que ajudou a nos formar.
Hoje completo 4.1 e não poderia ser melhor. É sexta feira e até folga do batalhão eu tirei. Convidei uns amigos e claro, minha família está alvoroçada como se eu fosse um moleque, fizeram tanta "bóia" que eu poderia ter convidado a corporação toda pra vir comer em casa.
Em volta da churrasqueira, estou conversando com uns amigos mais chegados enquanto assamos linguicinha, tomamos cerveja bem gelada, cachaça de butiá de Luiz Alves ou o garrafão de vinho tinto que o Braz trouxe.
Minha filha está encantada com tanta gente na casa, com seus primos e comenta com o Carlinho que o Edu, filho do Túlio é bonito e que quando crescer quer namorar com ele.
— Seis anos e pensando em namorar? — Túlio e sua franqueza.
— As crianças estão cada vez mais espertas, amor. Espera a Rafaela, vir com esse papo...
Túlio não diz nada, só fica vermelho e Braz, um santo homem na minha opinião, o abraça rindo com cara de parvo. Será que fico assim perto do Carlinho?
É festinha de família, a casa aqui é bem pequena, uma casinha linda geminada que fica do tamanho do mundo quando tem visita.
Depois que o povo vai, fica apertado o coração, mas a alegria continua. Somos eu, meu amadinho e minha linda filha que "capotou" cansada na sua cama.
— Olha pra ela, amor. — Falo com Carlinho que termina de cobri-la com a manta cor de rosa. — Quase não acredito que a gente tem uma filha...
— É Chico... mas ela se parece mais comigo. — Carlinho brinca, pois bebeu uns golinhos de vinho e está todo brincalhão.
Mal entramos no chuveiro juntos e ele se vira de costas, melhor presente. Uma bunda dessa e todinha minha. E claro, esse danado se esfrega no meu cacete sem dó. Mas finge que está tomando seu banho, todo inocente.
— Francisco vê só, se ficou bem lavadinho.
Ele tá meio de pilequinho, só fica mais safado. Queria foder ele, já que estou com um tesão desgraçado, mas ele insiste em me dar uma chupada e quase perco a cabeça. Afinal Carlinho é autor da melhor mamada que já provei.
Adoro os sons de seus gemidos manhosos com a boca cheira. Não se trata de uma chupadinha, é mamada mesmo. Ele não tem medo de ganhar uma leitada na boca, quando me engole até sua garganta, lambe e suga a ponta e depois sou "ordenhado", que chego a puxar o lençol até tirá-lo debaixo do colchão. Meu amadinho se acaba na minha vara, chupa forte e acaricia com a mão macia, o meu saco.
(autor "inocente" descabelado)
— Assim é bem gostoso, Chico?
Como ele faz isso? Me judia e fica metendo a ponta da língua no buraquinho da minha rola até que eu surte e ejacule em seu rostinho travesso.
Depois ri pra mim enquanto eu inverto as posições e beijo a carinha dele e compartilhamos o beijo com o sabor mais íntimo de um homem. Somos um casal, sou um homem explodindo de paixão e amando loucamente até perder a razão. Porque não devolver o prazer ao meu menino tal como recebi? Quando goza, ele faz tanto escândalo e se contorce, que sou obrigado conferir se a Luiza ainda dorme.
— Pelo jeito não foi bom...
— Ai Francisco, claro que sim... é que bebi um pouco daquela cachacinha e por isso tô tontinho.
Dou uma risada, porque eu também me permiti uns goles a mais e meu pequeno ficou engraçado assim. Fecha os olhos sorridente e com o queixo tendo um resquício de esperma que ele, cheio de preguiça nem limpou. Isso é uma das coisas que um de seus transtornos nunca permitiu antes e hoje ele de tão feliz, esqueceu.
Mas não esqueceu de me dar os parabéns o dia inteiro, pendurando-se no meu pescoço e me beijando até na frente da minha mãe que pegou no nosso pé.
— Santa Maria... Parece aqueles dois safados lá de casa, vão se agarrar no quarto.
— Ai dona Itália, mas a Luiza tá lá assistindo.
— E a vó aqui? Tem que ficar vendo safadeza?
Carlinho morde o canto da boca meio sem jeito e eu quebro o gelo.
— Mãe, confessa que ver esse tipo de coisa é complicado pra senhora... Quantos anos sem ver "aquilo"?
— Quem disse que gosto "daquilo". Nessa idade só arrumo pinto murcho, prefiro me virar sozinha.
Carlinho arregala os olhos e põe as duas mãos na boca.
Essa é a minha mãe! Depois de nos chocar, ela dá uma de suas risadas mais sonoras.
Mas isso foi de dia. Agora é noite no meu "reino" e tenho meu belo príncipe adormecido exausto em meus braços.
Amanhã é outro dia e o Carlinho que estava todo preocupado, agora está cheio de encomendas de ovo de chocolate artesanal....
Nota: Chico faz aniversário em 07 de abril.
♥♥♥♥♥♥♥♥
Este capítulo é bem diferente, pois escrevi enquanto estava "espionando" o casal. Acredito que escreverei mais um apenas, pois tenho receio que fique cansativo e por isso quero fazer um final digno para o casal.
Queria perguntar (se alguém quiser responder, claro senão ficarei no vácuo, kkkkkk). O último capítulo deve ter:
( ) Muita Safadeza
( ) Algumas Safadezas
( ) Nenhuma Safadeza
Espero que pouca safadeza, pois sou um cara "puro".
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