Mousse de Limão e o Ciúme - Parte 01

Por Carlinho...

Hoje é segunda-feira, veio aqui em casa o dono de uma construtora e se desmanchou me elogiando, até falou que foi sorte ter me encontrado. Fez uma encomenda muito grande, queria docinhos de leite ninho com formatos de bichos para a festa de aniversário de um ano do seu filho que teria como temática o mundo animal.

- Certo, obrigado moço. Mas não precisa você me pagar tudo agora. Nem fiz nenhum docinho ainda.

- Sem problemas, querido. Já sei que seus doces ficarão perfeitos. Provei uma torta que você fez para o aniversário de uma amiga minha e ela que te indicou. Minha esposa, talvez você não lembre o nome, mas os doces e salgados do chá de bebê do meu filho foram feitos por você.

Fico até sem graça com tanto elogio, acho que o Chico vai ficar orgulhoso de mim se escutar lá da sala onde ele está assistindo a Ana Maria Braga, hoje ele está de folga do trabalho.

O rapaz da encomenda vai embora e eu fico todo alegre com esse reconhecimento.

Ai que coisa legal, aprendi fazer os docinhos de leite em pó com parafina por fora, agora posso fazer vários formatos: bichos, frutas, bonequinhos... O Francisco não gosta muito, mas está na moda esse tipo de doce e já estou recebendo encomendas.

Como ele pagou adiantado e em dinheiro eu tive que adiantar a encomenda e deixar meu maridinho de lado uns dias para dar conta do recado.

Ai meu Deus, o Chico ficou sério a semana inteira. É até fofo ele com aquela cara de brabo, mas não faço ideia do que ele tem porque toda vez que pergunto, ele só diz: "tô cansado".

Já é sexta e tenho os doces prontos, os salgados serão fritos amanhã no início da tarde um pouco antes de eles virem busca-los.

Ando de um lado para outro ajeitando todas as coisas, enfim tudo limpo e cheiroso como eu gosto. Chegou a hora de agarrar meu maridinho e fazer uns carinhos nele.

Francisco está na sala pensativo que até me deixa preocupado com a possibilidade de eu ter magoado ele, se for esse o caso, eu largo essa função de fazer doces sem reclamar.

Não sou de me carregar demais com as encomendas porque o Chico não deixa faltar nada em casa, mas para mim é algo que amo fazer.

Chego todo mimoso com uns docinhos que sobraram.

- Francisco, pode dar uma provadinha e me dizer se ficou gostoso esse daqui...

- Não. Não me agradei desse doce aí.

Fico muito triste porque por minha culpa o clima ficou azedo aqui em casa.

- Ai Chico, posso te mostrar uma coisa que mandei fazer? – Pergunto querendo amenizar.

- Não quero provar, já disse. O doce é bonito, mas você parou de me dar atenção por causa dele.

- Mas Chico eu prometo que entrego essa encomenda e te dou muita atenção depois. –Beijo meus dedinhos cruzados e fico na frente dele esperando um sorriso. – Prova só esse.

Ele pega meu doce que fiz com cara de urso e dá um sorriso.

- Como posso morder algo assim tão engraçadinho? – Chico me devolve e pede outro. Busco um cachorrinho, mas ele não come porque ama cachorros, nem o gato, nem o porquinho, nem a ovelha. Todos que eu fiz são cabeças de bichinhos e Chico disse que prova quando ficarem prontas as frutas.

- Ai Chico, a festa é temática e o tema é o mundo animal, só vai ter bichos. – Digo triste porque o meu soldado não quer me dar sua opinião, sendo esta a primeira vez que se nega a provar algo que faço. – Mas tudo bem não precisa comer.

Porque meu soldado está assim desse jeito estranho comigo, faço tudo que ele gosta e sempre fui fiel e carinhoso, hoje fico muito triste de ver ele assim sem me dizer de verdade o motivo.

Ele nem diz mais nada, toma banho sozinho e eu fico ali pensando se ele está assim só pelos docinhos.

Naquela noite vou dormir bem tarde, muito cansado e cheio de vontade de chorar. Quando deito na cama Chico então me abraça apertado fazendo a vontade de chorar ir embora.

-Terminou seus docinhos?

- Sim, estou muito cansado meu soldado.

- Seus doces ficaram lindos, tão perfeitos que fiquei com dó de mordê-los.

Aperto ainda mais forte meu soldado enorme e mesmo eu sendo lento entendo que o que aconteceu foi um ciúme muito bobo.

Francisco me aperta ainda mais forte, dá um beijinho na minha cabeça e um cheirinho no meu cabelo. Fico todo apaixonado querendo namorar um pouquinho só de sentir o cheiro do corpo dele ali colado no meu. Levanto meu rosto para ganhar um beijo cheio de paixão e carinho, abro meus olhos e ele também então mordo seu lábio inferior e puxo com meus dentes de um jeito bem sensual que faz ele ficar maluco. Não precisa eu dizer nada e nem ele, porque nosso beijo é o sinal de que a gente se pertence e quer a mesma coisa.

Nunca mais deixo ele de lado por causa do trabalho exagerado, afinal ele me dá tudo que pode e faço meus doces só por um capricho, já que o soldado Chico foi promovido a cabo e o salário melhorou um pouquinho.

- Carlinho, você nem sonha o quanto te quero bem.

- Mais do que eu mereço?

- De novo essa pergunta, moleque? Te amo e pronto.

Eu sei que isso é verdade, mas amo ouvir ele falar quando eu quero ouvir. Ganho mais beijos e vai esquentando com o Francisco me apertando e mordendo meu pescoço me deixando maluquinho de tesão.

Fico de joelhos na cama querendo seduzir de vez meu soldado grandão, que me olha de um jeito fofo e apaixonado quando retiro minha blusa de pijama bem devagar, sentindo meu homem com as costas de sua mão acariciar minha barriga e minha cintura, depois dando uma apertadinha.

- Lindo, meu Carlinho. Não há nada em você que eu não ame, mas sua parte mais bonita até hoje fica escondida aqui dentro.

Chico espalma a mão grandona no meu peito, sinto meu coração querendo pular para fora de tanto que bate forte e com isso uma lágrima teimosa e chata esquenta meu rosto.

- Mas é um bobinho, não é para chorar. – Francisco dando risada me pega de surpresa me deita na cama e cobre meu corpo com o seu, me beijando demorado e me mostrando o quanto deixo ele excitado.

Sei cuidar muito bem do meu homem na mesa e na cama não faço menos. Coloco em volta da cintura dele minhas pernas e assim ele chega muito perto do meu quadril, deixando eu sentir seu enorme pau gostoso todo duro.

Meu soldado morde minha boca e diz que ela é gostosa, percebo que as vezes ela fica mais inchada e até um pouco dolorida de tanto beijo que ganha dele... É beijo de manhã cedo, no café, antes de sair, quando chega para almoçar, quando volta para o trabalho dele, quando chega à noite, antes de dormir então nem durmo direito se ele não me "devora" com os beijos dele.

- Meu moleque, faz bastante dengo que eu adoro.... Faz manha, me deixa louco de tesão...

- Hum? Vai me chamar de menina hoje? – Pergunto fazendo aquela voz manhosa que ele adora.

- Seu safadinho.... Gosta assim?

- Uhum... Chama eu de putinha...

Chico não gosta de fazer isso porque diz que é desrespeito comigo, mas na cama é uma tara que eu curto. Casais fazem dessas coisas.

- Me provoca então que então eu chamo, mas só na cama...

- Tá, mas espera que fiz um doce que era para depois do jantar e você nem quis provar.

- O que será?

Vou correndo até a geladeira para buscar a mousse de limão, pois tive a ideia de fazer uma brincadeirinha gostosa com meu homem grandão.

Chico me espera de pé para eu tirar a roupa dele e quando termino, me obedece sentando na beira da cama para ver o que vou fazer.

Perto da cama eu tiro minha calça de pijama bem devagarinho com ele me olhando tarado e digo do meu jeito dengoso:

- Francisco, olha só a minha cintura, gosta dessa curvinha?

- Claro que sim. – Ele fica com o olhar paradinho no meu corpo.

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