࣪✶ acho que sem festa do tio Jack pra nós.


nada não, só passando pra avisar que tem fanfic da robin no perfil, que vai se encaixar com essa aqui, então teremos os maiorais, Steve e Tessa sendo muito cupidos da robin.

Enquanto o elevador despencava em uma velocidade alucinante, passando por sabe-la quantos andares, o pânico tomou conta de todos ali dentro. Gritos ecoavam pelas paredes metálicas enquanto cada um tentava se agarrar em qualquer coisa que pudesse oferecer algum tipo de segurança.

— Merda! Merda! — Dustin berrou em desespero, correndo até o painel e martelando os botões na tentativa desesperada de parar a queda.

— A gente tá caindo! Tá caindo! — Steve gritou em desespero.

— Não diga, Harrington! — Robin rebateu, o sarcasmo mal disfarçando o medo em seu tom de voz.

— Puta merda! Tive pesadelos assim a vida toda! — Tessa gritou, segurando Erica firme contra si, enquanto as caixas balançavam ao redor delas.

— Por que os botões não funcionam?! — Dustin questionou, a voz elevada enquanto continuava a pressionar freneticamente os botões. Steve, desesperado, apenas continuava a gritar, incapaz de processar outra coisa senão o medo paralisante.

— Aperta qualquer coisa, Dustin! Qualquer coisa! — Steve ordenou, a urgência em sua voz impossível de ignorar.

De repente, o elevador parou bruscamente, jogando todos no chão.

— Caiu na minha virilha! — Dustin gemeu, preso sob uma caixa, enquanto Tessa massageava a cabeça, ainda tonta pela queda. — Minha virilha!

— Dustin, tira isso de cima de mim! Não consigo me mexer! — Steve reclamou, debatendo-se sob o peso das caixas que o soterravam.

Dustin, ainda dolorido, finalmente conseguiu retirar as caixas de cima de Steve, que, mesmo assim, continuou a resmungar, mas se pôs de pé com dificuldade. Robin, ainda no chão, tocou a cabeça dolorida e perguntou:

— Tá todo mundo bem?

— É, eu tô ótimo agora que sei que os russos não sabem fazer elevadores! — Steve explodiu de frustração, empurrando Dustin de lado enquanto começava a pressionar os botões novamente.

— Acho que já ficou claro que esses botões não funcionam, Steve. — Tessa comentou com a voz carregada de ironia.

— São botões, eles têm que fazer alguma coisa! — Steve retrucou, a exasperação evidente.

— É, se tivéssemos um cartão. — Tessa começou a explicar.

— O quê?! — Steve perguntou, incrédulo.

— Ele tem uma trava eletrônica, igual à da porta do depósito. Sem o cartão, ele não vai funcionar. Ou seja... — Tessa parou, deixando o resto implícito.

— Estamos presos aqui. — Dustin completou, a realidade da situação finalmente se instalando.

— Bingo. — Tessa confirmou.

— E só pra avisar os quatro nerds aqui, eu deveria passar a noite na Tina. Ela sempre me acoberta, mas se eu não estiver em casa pra festa do tio Jack amanhã e minha mãe descobrir que vocês são os responsáveis, ela vai caçar cada um de vocês e cortar suas gargantas! Principalmente a suposta irmã mais velha responsável. — Erica despejou, os braços cruzados e o olhar acusador fixo em Tessa.

Tessa abriu a boca para responder, mas Steve foi mais rápido.

— Garota, eu não tô nem aí pra Tina ou pra festinha do tio Jack! Sua mãe não vai encontrar a gente se estivermos mortos em um elevador russo! — Steve rebateu, exasperado.

— É, acho que sem festa do tio Jack pra nós. — Tessa murmurou sarcasticamente, lançando um olhar para Erica.

— Ei, e se a gente escalar? — Dustin sugeriu, apontando para a escotilha no teto.

Steve e Dustin rapidamente subiram para fora do elevador, alcançando o topo. Eles olharam para cima, a escuridão da longa subida se estendendo acima deles.

— Ainda quer escalar? — Steve provocou, o tom desafiador mascarando sua própria incerteza.

{ . . . }

Horas mais tarde, o silêncio predominava no elevador. Dustin, Erica e Robin estavam espalhados pelos cantos, dormindo tão profundamente quanto possível naquela situação. Mas Steve e Tessa continuavam acordados, tentando descobrir uma maneira de sair daquele elevador.

Steve estava ajoelhado ao lado do painel da porta, mexendo nos fios na esperança de encontrar alguma solução improvisada. Tessa estava sentada ao lado dele, os braços cruzados sobre os joelhos enquanto observava o Steve.

Ela tentava ajudar, mas a verdade era que sua mente estava em outro lugar. O peso dos últimos dias a impedia de relaxar, e ela sabia que mesmo se estivesse em um lugar seguro e confortável, o sono ainda lhe escaparia.

— Eu já tentei quase tudo, mas essa merda não abre. — Steve murmurou, finalmente desistindo e se encostando na parede ao lado dela.

— É, eu percebi. — Tessa respondeu com um suspiro, a ironia escondida em sua voz pelo cansaço. Ela encostou o queixo em seus braços e ficou olhando para o chão.

Steve a observou por um momento, notando a tensão em seus ombros e as olheiras que começavam a se formar sob seus olhos. Ele estava exausto, mas não tanto quanto Tessa parecia estar.

— Aí... tudo bem? — Ele perguntou, um pouco hesitante. Não era o tipo de conversa que ele estava acostumado a ter, mas algo na forma como ela parecia distante o preocupava. — Talvez você devesse dormir um pouco.

Tessa riu baixinho, mas sem humor, e balançou a cabeça.

— Dormir virou um luxo, sabe? Eu já nem sei mais o que isso significa. Já tô acostumada. Então sim, tá tudo bem.

Steve ficou em silêncio por um momento, pensando nas palavras dela. Ele sabia que todos ali estavam lidando com coisas difíceis, mas ver Tessa tão afetada o atingiu de um jeito diferente. Havia uma vulnerabilidade nela que ele não estava acostumado a ver, e isso mexia com ele.

— Você deveria tentar descansar um pouco. — Steve sugeriu, tentando ser gentil. — Eu cuido da porta por um tempo.

— Não é só essa porta que tá trancada, Steve. — Ela disse suavemente, desviando o olhar para longe. — Tem muita coisa na minha cabeça que eu não consigo desligar. Acha que se eu dormir, isso vai embora?

Ele não sabia o que dizer. Ele queria ajudar, mas não sabia como. Então, ao invés de tentar resolver algo que não podia, ele apenas se aproximou, se sentando ao lado dela, as costas encostadas na parede fria.

— Tá bom, então eu fico acordado com você. — Ele disse, tentando dar um sorriso reconfortante. — E, quem sabe, a gente pode conversar até resolver como sair daqui. Ou até você pegar no sono. O que vier primeiro.

Tessa olhou para ele, um sorriso pequeno e cansado nos lábios. Por um momento, ela quase se permitiu relaxar um pouco.

— Obrigada. — Ela disse, a voz suave, mas cheia de sinceridade.

Steve sorriu fraco ao ouvir o agradecimento da Tessa. Por um tempo, eles ficaram em silêncio, apenas apreciando a companhia um do outro enquanto o resto do grupo dormia. Mas, aos poucos, a tensão começou a se dissipar e a conversa foi se tornando mais leve.

— Ei, Steve? — Tessa chamou, e ele virou o olhar para ela.

— O que foi? — ele perguntou, curioso.

— Lembra daquela vez que você quebrou o porquinho da sua mãe só para a gente gastar tudo no fliperama? — Ela perguntou, com um sorriso nostálgico.

Steve riu, balançando a cabeça ao se lembrar da travessura.

— Ah, lembro, sim. Principalmente da surra que eu levei depois. A gente torrou o quê, uns 60 dólares no fliperama? — Ele perguntou, ainda incrédulo com a quantia.

— Isso mesmo. Mas a ideia foi sua, e eu avisei que não ia dar certo. — Ela afirmou, com um sorriso travesso.

— É, mas você também não era nenhuma santa, Sinclair. Quando você acordava virada, cheia das ideias mais estúpidas possíveis, eu tinha até medo de você. Foi assim que você conseguiu esse joelho fudido.

Tessa deu uma gargalhada, lembrando das aventuras e dos diversos joelhos ralados. Steve logo continuou, rindo com ela.

— Tipo aquela vez que você tentou me ensinar a andar de skate. Você literalmente me empurrou morro abaixo e gritou ‘boa sorte!’. Eu jurei que ia morrer!

Tessa riu ainda mais, escondendo o rosto com as mãos por um momento.

— Ei, eu acreditava no seu potencial, ok? Eu sabia que você ia conseguir, você só precisava de um empurrãozinho... literalmente. — Ela ironizou, piscando para ele.

— Precisava ser tão literalmente assim? — Steve perguntou, fingindo ofensa, e os dois riram juntos.

Conforme as risadas foram diminuindo, eles começaram a lembrar de outras aventuras da infância, momentos que pareciam gigantescos na época, mas que agora eram apenas memórias engraçadas. Durante aqueles minutos, era como se as preocupações de agora desaparecessem, e eles voltassem a ser os melhores amigos de antes, despreocupados e cheios de energia.

Em um determinado momento, enquanto ainda riam de uma lembrança especialmente engraçada, Tessa se permitiu relaxar um pouco mais. Sem pensar muito, ela deitou a cabeça no ombro de Steve, como costumava fazer antigamente. Ele olhou para ela, surpreso no início, mas logo um sorriso suave apareceu em seus lábios. Era um gesto simples, mas cheio de uma intimidade e confiança que um dia havia sido tão natural entre eles.

Tessa fechou os olhos por um instante, aproveitando o conforto daquele momento. Mas então, um pensamento brincalhão surgiu em sua mente. Ela abriu os olhos, levantando a cabeça para olhar para Steve com uma expressão travessa.

— Espera aí... você não tem piolhos, tem? — Ela perguntou, tentando parecer séria, mas o sorriso em seus lábios a entregava.

Steve soltou uma gargalhada alta, balançando a cabeça em negação.

— Até parece, Sinclair. Meu cabelo é mais bem cuidado que o seu! Se tem alguém aqui que pode ter piolhos, esse alguém é você. — Ele retrucou, fingindo estar ofendido, mas com um brilho divertido nos olhos.

Tessa, não se contendo, mostrou o dedo do meio para ele, mas com um sorriso de orelha a orelha.

— Só estava checando, ok? Precaução nunca é demais. — Ela respondeu, ainda sorrindo, antes de deitar a cabeça novamente em seu ombro, e ele apoiou a dele em cima da dela.

{ . . . }

— Tem alguém na escuta? Isso é um alerta vermelho. Repito: alerta vermelho. Esse é um alerta vermelho. — Dustin falava pelo rádio, caminhando de um lado para o outro na parte superior do elevador, tentando desesperadamente estabelecer comunicação. — Repito: alerta vermelho! Tem alguém na escuta? Somos crianças inocentes presas debaixo do Starcourt Mall. O exército vermelho se infiltrou em Hawkins e, se nos encontrarem, vão torturar e matar a gente.

— Ei, maneire um pouco nisso aí, tá? Vai acabar com a bateria. — A voz de Steve ecoou, fazendo Dustin se virar para ver o mais velho subindo.

— O shopping acabou de abrir.

— E daí?

— E daí que alguém pode estar ao alcance.

— E você acha que o Petey, o segurança, vai descer de rapel aqui embaixo pra salvar a pátria? — Steve ironizou, claramente de mau humor, enquanto terminava de subir.

— Cara, por que você tá tão rabugento depois de passar a noite toda com a Tessa? — Dustin sussurrou a última parte, fazendo Steve arregalar os olhos.

— Shh! Tá maluco? Dá pra parar com essa sua ideia esquisita?

— Eu ouvi vocês conversando ontem.

— É, a gente tava pensando em como abrir aquela porta, enquanto as crianças dormiam. Depois de oito horas, ainda não chegamos a lugar nenhum, o que, provavelmente, é o motivo pra eu estar um pouquinho... Rabugento. — Steve explicou, indo para um canto da parede, de costas para Dustin, enquanto começava a desafivelar o cinto e abrir o zíper.

— O que você tá fazendo? — Dustin perguntou, olhando desconfiado para Steve, que virou a cabeça em sua direção.

— O que você acha? Tô fazendo xixi. Olha pra lá. Olha pra lá!

Dentro do elevador, Tessa e Robin, que estavam ocupadas tentando abrir a porta ou fazer os botões funcionarem, escutaram o som e se viraram. Tessa fez uma careta de nojo.

— Dá pra virar pro outro lado, por favor? — Tessa pediu com ironia, e Steve começou a virar, fazendo as duas se entreolharem com expressões de desgosto. — Ew.

De repente, um barulho de algo batendo chamou a atenção das duas, que se viraram e viram Erica batendo com força um frasco que tinham encontrado em algo de metal.

— Ei, ei! Cuidado, cuidado! — Robin rapidamente arrancou o frasco das mãos de Erica. — A gente não sabe o que é isso.

— Exato, pode ser útil.

— Útil como? — Tessa perguntou, incrédula.

— Dá pra sobreviver aqui embaixo por bastante tempo sem comida, mas sem água o corpo humano morre.

— Desculpa ser estraga-prazeres, mas isso não é água. — Robin argumentou.

— Não, mas é líquido. E se eu tiver que beber essa merda aí, ou morrer de sede, eu bebo. — Tessa respirou fundo, passando a mão pelo rosto.

Um barulho vindo de fora chamou a atenção das garotas, que se viraram para olhar, enquanto Erica rapidamente pegava o frasco de volta das mãos de Robin.

As duas se aproximaram do elevador e identificaram o som de rodas se aproximando. Robin avisou aos garotos que eles tinham companhia, e todos rapidamente subiram antes que a porta fosse aberta.

Quando a porta finalmente se abriu, um dos russos dentro do elevador começou a fungar e reclamar do cheiro de urina. Ao ouvir isso, Tessa, sendo a única que entendeu o que ele disse, teve que cobrir a boca para conter uma risada.

Steve observou pela grade enquanto os russos saíam. Assim que o carrinho foi embora e a porta do elevador começou a fechar, Steve rapidamente pulou e correu, colocando o frasco para impedir que a porta se fechasse completamente. Todos passaram rapidamente pela porta, rolando pelo chão, com Steve sendo o último a atravessar.

Mal tiveram tempo de passar e o frasco quebrou, liberando uma fumaça enquanto o líquido verde derretia o chão onde havia caído, deixando todos com os olhos arregalados.

— Caramba.

— Ainda quer beber isso? — Robin ironizou para Erica.

— É. Tomara que a gente encontre mais. De repente eu levo uns pra casa. — Tessa comentou com sarcasmo, lançando um olhar para Erica.

— Ai... Eu não acredito nisso, gente. — Dustin murmurou, enquanto todos se viravam para encarar o longo e interminável corredor à frente.

— É, espero que vocês estejam em forma. — Steve afirmou, passando por Dustin e dando dois tapinhas no peito dele. — Isso foi pra você, hein, presuntinho. — Logo ele começou a andar. — Ah, e sem esquecer da pata manca ali. Vamos, anda, gente.

Ele se virou para Tessa ao falar, e ela ergueu o dedo do meio para ele, tocando o ombro de Dustin e de Erica em seguida, incentivando-os a seguir em frente.

— Por que eu? — Dustin murmurou, enquanto começavam a caminhar.

{ . . . }

Enquanto caminhavam pelo corredor interminável, Dustin olhou ao redor, impressionado com a extensão do túnel.

— A gente tem que admitir que, isso é uma grande obra de engenharia, é impressionante. — Ele comentou, ainda absorvendo o ambiente ao redor.

— Do que você está falando? Imagina se pega fogo? — Steve retrucou, com um tom de impaciência evidente na voz. — Não tem escadas, não tem saídas, tem apenas um elevador que te prende no meio do caminho pro inferno.

— Eles são comunistas. — Erica interrompeu com uma expressão de indiferença. — Vocês pagam pessoas, já eles dão um jeitinho.

— Para ser justa com nossos camaradas russos, não acho que este túnel tenha sido projetado para caminhadas matinais. Sério, pensa só. Eles desenvolveram o sistema perfeito para transporte de carga. — Tessa disse, lançando um olhar para Robin, que assentiu em concordância.

— Tudo chega ao shopping como qualquer entrega normal. — Dustin completou, juntando as peças.

— Tiram tudo dos caminhões e ninguém percebe. — Robin continuou, ecoando a mesma linha de raciocínio.

Steve franziu o cenho, processando a ideia.

— Será que eles construíram esse shopping inteiro só para poderem transportar esse veneno verde? — Ele perguntou, com um tom desconfiado.

— Duvido muito que seja algo tão bobo quanto veneno. Deve ser muito mais valioso, como promécio ou algo assim. — Dustin respondeu.

Steve lançou um olhar intrigado para ele.

— O que que é promécio? — Ele perguntou, confuso.

— É o que o pai de Victor Stone usou para fazer os componentes biônicos e cibernéticos do Ciborgue. — Tessa explicou.

— Vocês são todos tão nerds que me deixam enjoada. — Erica comentou, balançando a cabeça em desgosto.

Steve, se sentindo atacado, levantou as mãos em protesto, balançando a cabeça e negando.

— Não, não, não. Não, não me junta com eles. Eu não sou nerd, tá bom?

Tessa riu suavemente, notando o quanto ele estava defensivo.

— Que sensível, Harrington. — Robin debochou, lhe lançando um olhar de canto.

Tessa aproveitou a deixa e lançou uma provocação.

— Tá com medo de perder pontos com uma menininha de dez anos?

Steve bufou, claramente incomodado.

— Não, só estou dizendo que não sei nada sobre esse tal de Prometeu.

— Promécio. — Dustin corrigiu, rapidamente. — Prometeu é uma figura mitológica grega, mas não importa. A questão é: devem estar usando para fazer alguma coisa.

Robin, sempre alerta, acrescentou:

— Ou carregar alguma coisa.

Dustin estreitou os olhos, a ideia de uma nova ameaça já começando a se formar em sua mente.

— Como uma arma nuclear?

— Com certeza. — Robin respondeu com uma certeza desconcertante.

Steve balançou a cabeça, sentindo o peso da situação.

— Caminhando em direção a uma arma nuclear. Isso é ótimo. Vai ser incrível.

Enquanto seguiam pelo corredor, a atmosfera ficou ainda mais tensa. Robin, parecendo ponderar algo, começou a falar:

— Mas se eles estão construindo algo, por que aqui? Quero dizer, Hawkins. Sério. De todos os lugares. Na melhor das hipóteses, somos uma parada de banheiro no seu caminho para a Disneylândia, mas talvez seja isso. Talvez seja o nosso...

Ela parou no meio da frase, e Steve, Dustin e Tessa, ficando para trás, trocaram olhares de entendimento, todos provavelmente pensando na mesma coisa.

— Vocês acham que os russos sabem? — Steve perguntou, a voz carregada de preocupação.

— Sobre... — Dustin começou, hesitando.

— Pode ser. — Tessa respondeu, com a voz mais baixa.

— Então está conectado? — Steve perguntou, agora completamente intrigado.

— Talvez. — Tessa murmurou, pensativa.

— Como? — Steve questionou, franzindo o cenho.

— Não sei, mas é... Possível. — Dustin concluiu, ainda tentando ligar os pontos.

Robin, percebendo que os três estavam em um diálogo particular, parou de andar e se virou para eles, cruzando os braços.

— Desculpe, há algo que vocês gostariam de compartilhar com a turma? — Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

Antes que pudessem responder, o rádio na mochila de Erica começou a chiar, e uma voz masculina, falando em russo, ecoou pelo corredor.

— O rádio! — Os três exclamaram simultaneamente, correndo em direção às duas. Erica rapidamente tirou o rádio da mochila, e o homem continuava falando em russo.

Tessa, entendendo perfeitamente o que estava sendo dito, repetiu com precisão:

Поездка в Китайэто хорошо, если действовать осторожно. — Ela disse. — É o código. ( "uma viagem à china parece boa se pisar com cautela". )

Robin olhou para o grupo, o alarme evidente em seu rosto.

— Não importa de onde essa transmissão esteja vindo...

— Está perto. E se há uma coisa que sabemos sobre esse sinal...

Dustin completou o pensamento, sua voz cheia de determinação.

— É que chega na superfície.

Todos se entreolharam por um breve momento antes de Robin dar o primeiro passo adiante.

— Vamos. — Ela disse, e todos seguiram seu exemplo, com os rostos sérios e focados no objetivo.

{ . . . }

Steve olhou com cuidado para os lados, verificando se o caminho estava livre.

— Agora. Anda, vamos! — ele murmurou, liderando o grupo que o seguiu de perto.

— Ok, essa foi por pouco. — comentou Robin, ainda tentando regular a respiração.

— Muito pouco. — concordou Dustin, nervoso.

— Relaxem. Tudo bem? Relaxa. Ninguém viu... — Steve interrompeu-se ao perceber onde estavam, seus olhos fixos nos russos que andavam de um lado para o outro, enquanto uma voz feminina falava em russo pelo sistema de som. Quando um dos russos pareceu notar algo, eles rapidamente se abaixaram atrás de algumas caixas. — Merda.

— Amanhecer violento. — murmurou Dustin, a tensão visível em seu rosto.

— Eu vi. Primeiro andar, noroeste. — Erica sussurrou, os olhos brilhando com a descoberta.

— Viu o quê? — perguntou Tessa, curiosa.

— A sala de comunicações. — respondeu Erica.

— Você viu a sala de comunicações? — Steve perguntou, buscando confirmação.

— Isso mesmo! — Erica assentiu com firmeza.

— Tem certeza? — Dustin questionou, ainda cauteloso.

— Tenho. A porta ficou aberta por um segundo, e eu vi um monte de luzes, máquinas e outras coisas lá dentro.

— Isso poderia ser uma centena de coisas diferentes. — observou Dustin, sempre o mais cético do grupo.

— Eu topo arriscar. — disse Tessa, encarando Steve, que soltou um suspiro antes de concordar.

— Tá. Vamos rápido e bem abaixados, tá bom? — Steve sussurrou, dando as últimas instruções.

— Tá bom. — os outros responderam em uníssono.

Eles se moveram rapidamente, abaixados e em silêncio, parando ocasionalmente para se esconder, até finalmente entrarem na sala de comunicações. No entanto, ao entrarem, depararam-se com um russo sentado, que imediatamente retirou os fones e se levantou ao vê-los.

Tessa tentou tomar a iniciativa para falar com o homem, mas Robin, desesperada, foi mais rápida.

Действуйте осторожно. Действуйте осторожно! — disse Robin, tentando soar convincente. ("Pisar com cautela! Pisar com cautela.")

Кто ты? — perguntou o russo, desconfiado. ("Quem são vocês?")

Серебряный кот... Серебряный кот. — Robin improvisou, apontando para si mesma e para os outros. ("Gato prateado. Gato prateado.")

Я не понимаю. — o russo respondeu, confuso. ("Eu não entendo.")

Мы из... Технического обслуживания. — Tessa completou rapidamente. ("Nós somos da... da manutenção.")

O homem não pareceu convencido e riu soprado. Quando Steve percebeu o russo colocando a mão na arma, ele reagiu instintivamente, gritando e correndo na direção dele.

A luta começou, com socos e grunhidos enchendo o pequeno espaço. Tessa cobriu o rosto com a mão, já prevendo que Steve iria apanhar, mas, para surpresa de todos, Steve conseguiu acertar algo na cabeça do russo, que caiu desacordado no chão.

Tessa tirou a mão do rosto, esperando ver Steve estirado no chão, mas, em vez disso, viu o russo caído e Steve ajeitando o cabelo com um sorriso de alívio.

— Cara! Conseguiu! Você ganhou uma briga! — Dustin gritou, exultante, enquanto Steve ria, ainda ofegante.

— O que você está fazendo? — Erica perguntou, intrigada.

— Conseguindo nossa passagem para sair daqui. — Dustin respondeu, pegando o cartão de acesso do russo.

— Você quer andar o caminho todo de volta? — Erica retrucou.

— Ah, dá para ficar aqui um tempinho, relaxar, fazer um piquenique, talvez. — Dustin brincou.

— Fazer um piquenique? Viemos aqui pelo rádio! — Erica insistiu, irritada.

Enquanto os dois discutiam, Tessa ignorou a conversa e subiu uma escada, sendo seguida por Robin. Quando chegaram ao topo, Tessa espiou pela janela da porta e o que viu a fez murmurar em choque.

— Puta merda. — disse ela, trocando um olhar alarmado com Robin antes de descerem rapidamente. — Pessoal. Tem alguma coisa lá em cima.

Quando todos subiram, Steve abriu a porta e viu a mesma coisa que as meninas tinham visto: uma sala cheia de russos usando uma máquina imponente para abrir um portal para o Mundo Invertido.

— Puta merda. — Steve murmurou, incrédulo, enquanto todos absorviam o que estavam presenciando.

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