Capítulo 08

Sentei no sofá logo sendo acompanhado por meu pai que se manteve calado olhando apenas para o notebook que estava ao seu lado e foi posto sobre seu colo.

— Pai, Seokjin já foi buscar o Taehyung?

Indaguei recebendo a atenção de meu pai que sorriu simples fazendo um gesto em direção ao meu quarto.

— Eles já chegaram?!

— Sim. Chegaram minutos antes de você. Seokjin ficou com um pouco de raiva porque não estava em casa antes que chegassem.

— Aishi. Ele vai me esfolar.

Comentei arrancando uma risada alta do mais velho ao meu lado.

Sorri minino me pondo em pé. Andei em passos rápidos até meu quarto abrindo a porta do mesmo.

Fui pego de surpresa com um travesseiro que foi jogado em meu rosto e após, um abraço forte.

Seokjin se encontrava sentado em minha cama entre uma mala e uma mochila com um enorme sorriso em seu rosto.

Taehyung desfez o abraço e ficou me encarando por um curto tempo até voltar sua atenção para nosso irmão mais velho.

— Bem que você disse que o Hoseok-hyung está diferente, mas do que eu imaginava!

Afirmou o Kim mais novo fazendo que eu revirasse os olhos e lhe desse um outro abraço.

— Eu que digo Tae. Você está muito diferente.

— É, talvez. Onde estava? Seok-hyung falou que estaria em casa assim que chegássemos.

— Também quero saber disso, Jung Hoseok. Onde estava? Você falou que não iria chegar tarde!

Protestou Seokjin com um ar de fúria.

— Eu disse que iria na casa do Jimin ver o Yoongi. Se demorei a chegar é porque não vi as horas se passarem.

— Hum, você não viu as mensagens que te mandei!

— Ah Seok, eu senti o celular vibrar e logo imaginei que era você então eu nem olhei e vim correndo para casa.

Ele apenas ergueu uma de suas sobrancelhas e não disse mais nada além de que iria para a cozinha preparar o jantar.

Sentei em minha cama junto a Taehyung que retirava algumas coisas de sua mochila.

— Quem é esse Yoongi?

Indagou dando agora, total atenção para os tênis que os retirava com certa dificuldade.

— É um primo do Jimin. Ele agora está morando junto com a senhora Park.

Notei o mais novo torcer o lábio para um lado e voltar a retirar suas roupas da mala.

— Acho que me lembro de algumas vezes ouvir o Jimin falar sobre esse primo dele. Mas... Como ele é?

— Como ele é?

Fiquei um curto tempo em silêncio até me por a dar a resposta do Kim.

— Não prefere vê-lo pessoalmente? Acho que amanhã o Jimin e ele vem na cafeteria buscar o café para a senhora Park.

— Já que diz. Prefiro vê-lo em carne e osso.

Comentou me arrancando uma gargalhada.

— Para de rir hyung, agora me ajude a terminar de tirar minhas roupas da mala e a colocar em seu guarda roupa!

— Meu guarda roupa? Está louco Taehyung? Não cabe mais uma pena alí dentro. Uma peça de roupa a mais e ele vai explodir!

Falei dramático vendo o mais novo revirar os olhos indo em direção ao guarda roupa, abri-lo e jogar boa parte de minhas roupas no chão.

— Agora tem espaço para as minhas!

Disse sorridente.

Bem, uma pequena discussão aconteceu entre mim e o mais novo por conta de seu ato.

Após conseguirmos arrumar toda a bagunça do meu quarto e ajeitarmos um lugar para as roupas do mais novo, fomos para a cozinha onde Seokjin e meu pai nos esperavam na mesa para jantarmos.

Ao finalizarmos nossa refeição, Taehyung e eu fomos para o pequeno quintal dos fundos para conversarmos e matarmos as saudades.

Taehyung comentava sobre suas diversas paqueras que deixavam para trás pelos países que passavam com nosso pai.

Era impressionante como o Kim conseguia ter ficado com tantas garotas e não ter se apaixonado por nenhuma delas — o que me era impressionante.

Voltamos para casa assim que nosso pai nos chamou para irmos dormir.

Taehyung, claramente iria ficar na mesma cama que eu. Por sorte, ele não é igual ao Park que ronca mais que tudo.

Até contei a Taehyung sobre a noite passada com Jimin e ele teve uma crise de risos.

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No outro dia, bem cedo após tomarmos nosso café, fomos todos para a cafeteria de Seokjin.

Começava a chegar alguns clientes que de imediato, os atendi.

Jungkook entrou no ambiente e sorriu de orelha a orelha assim que reconheceu Taehyung que foi agarrado com tamanhas forças do Jeon.

— Por que não me disse que o Tae estaria aqui, Hobi-hyung?

Perguntou Jungkook e eu apenas dei de ombros com um sorriso forçado.

— Enfim, como está Tae-hyung?

— Estou bem, Jungkook.

— Que bom. Vai ficar aqui por quanto tempo?

— Uma semana rapaz.

Falou por último meu pai, recebendo o olhar brilhante de Jeon que cumprimentou devidamente meu pai.

— Por que vocês não passam pelo menos duas semanas, senhor Kim? Ou um mês.

Murmurou dando de ombros arrancando um sorriso quadrado de Taehyung.

— Ah não. Meus filhos tiveram sorte que tive essa semana livre em minha agenda. Em falar em agenda, preciso ir agora. Tenho que ver a mãe de vocês.

Meu pai falou voltando sua visão para mim e meus irmãos que se encontravam ao meu lado.

— Também vai ver a minha mãe?

Falei com um certo receio.

— Com certeza Hoseok. Eu liguei para ela ontem a noite e falei que iria lá para vê-la. E de lá vou na casa da mãe de seus irmãos. Quer ir comigo, Taehyung?

— Não pai, eu vou ficar aqui. Avisa para ela que vou vê-la depois.

— Ok. Tenham um bom dia, vou voltar à noite.

Disse já se afastando em direção a porta de entrada.

Logo em seguida, Jimin e Yoongi entraram e se aproximaram do balcão.

Taehyung ao ver o ruivo, lhe deu um forte abraço e em seguida, encarou o azulado parado um pouco atrás de Jimin.

— Jungkook, prepara o café da minha mãe, por favor.

O ruivo pediu amistoso para o mais novo que estava parado a um tempo perto da porta para a cozinha, ele concordou e entrou sendo seguido por Seokjin.

— Quem é este de cabelo azul, Jimin? É seu primo o... Ungi?

Taehyung perguntou falando o nome de Yoongi errado por propósito, arrancando um sorriso envergonhado do azulado.

Aproximei-me de Yoongi pousando uma de minhas mãos no ombro do mais novo.

— Yoongi, este é meu irmão mais novo, o que te falei ontem. E Taehyung, sim este é o Yoongi o primo do Jimin.

O Kim ergueu uma de suas sobrancelhas e sorriu quadrado apertando a mão de Yoongi que olhou de imediato para seu primo.

— Prazer em te conhecer. Pelo jeito já deve saber um pouco sobre mim por causa do Hoseok.

— O prazer é meu.

Yoongi murmurou de forma tímida desfazendo o aperto de mão.

— Você é tímido, né?!

— Taehyung!

Reclamei vendo Taehyung dar alguns passos para trás coçando a nuca.

O azulado levou sua visão para o movimento em nossa volta e se pronunciou baixo.

— Um pouco.

Taehyung sorriu ladino demonstrando um pouco de vergonha por ter deixando o mais novo sem jeito.

Jeon voltou até o balcão e entregou o café para Jimin voltando logo em seguida para a cozinha.

O ruivo se despediu junto ao seu primo, já saindo do estabelecimento.

— 'Tá vendo, Taehyung? Você tem que aprender a controlar sua boca. Você deixou ele mais envergonhado!

Reclamei em voz baixa ao perceber a presença de Dahye, que se aproximava do balcão onde estávamos.

— Bom dia meninos. Hoseok, o de sempre, pra viagem.

— Claro dona Dahye. Hum, você se lembra dele? Meu irmão, Kim Taehyung.

A mulher fitou o Kim ao meu lado e estendeu a mão para o moreno que a comprimento.

— Faz tempo que não te vejo. Está diferente, parece com o Seokjin.

— Obrigada. Mas, infelizmente eu não lembro de já ter lhe visto antes.

— Taehyung! Dahye, a mulher que te chamava de teteco.

Falei risonho preparando o café da mais velha do outro lado do balcão.

— Ah, agora eu me lembro. Eu não gostava que me chamasse de teteco.

Taehyung murmurou deixando que se formasse um bico em seus lábios. Dahye riu enquanto recebia seu pedido.

— Eu já vou indo meninos. Seokjin não está trabalhando hoje?

— Está sim, Dah. Ele está na cozinha.

Respondeu Taehyung e ela apenas confirmou sorrindo. Despediu-se e saiu do local.

Horas depois, a cafeteria foi fechada.

Voltamos para casa e ajudamos Seokjin a fazer o almoço no qual comemos assim que pronto.

Dada 13:00 horas, Seokjin voltou para o trabalho deixando apenas eu e Taehyung em casa.

Estávamos na sala assistindo um noticiário sobre as músicas mais ouvidas em todo país e mundo.

— Chega, isso tá chato demais. Eles só falam das músicas mas não colocam para tocar! Isso é um saco.

Reclamou o Kim após desligar a tv e cruzar os braços, fazendo uma cara feia.

— Verdade. Mas agora vamos fazer o que? Ficar com os braços cruzados e com cara feia, assim como esta que está fazendo!?

— Aigo, Hobi. Vamos dar uma volta na praça da igreja e, a sei lá. Caminhar pela feira?

— A praça da igreja talvez mas a feira não!

— Por que não?

— Lá é chato demais. Tá pior que antes. Só tem gente gritando e implorando para comprar roupas e objetivos velhos e estragados.

O Kim se pôs em pé parando em minha frente, segurou em minhas mãos e as balançou antes que falasse mais alguma coisa.

— Levanta a bunda desse sofá e vamos agora mesmo andar por aí. Eu não quero passar uma semana aqui para ficar trancado dentro de casa assim como nos apartamentos que fico com o papai em cada viagem.

Ri revirando os olhos. Levantei e saímos para fora. Deixei a chave no lugar de sempre e seguimos caminhando pelas calçadas.

Taehyung falava pelos cotovelos, animado a cada pessoa ou loja que via.

Ao chegarmos na praça, nos sentamos nos banquinhos de madeira e observamos algumas crianças correrem pelo pátio e um grupo de adolescentes que usavam o palco para ensaiarem com seus instrumentos.

— Aqui está tão movimentado.

— Não muito. Tem dias que aqui fica lotado de pessoas que mal dá para caminhar entre elas sem se esbarrar.

— Legal. Olha ali, o que é aquilo?

— Aquilo, o que?

Questionei olhando para ambos os lados à procura de algo que tivesse chamado a atenção de meu irmão.

— Ali, um pouco acima da torre da igreja.

Disse apontando para algo que se mantinha mais alto que a própria torre da igreja.

— Hum, não tenho certeza mas acho que deve ser um dos brinquedos do parque de diversões que está na cidade, novamente.

— Parque de diversões. Será que já está aberto?

— Eles só abrem a noite, Tae.

— Eu sei sua mula. Quero saber se já está tudo pronto para brincarmos?!

— Me respeita, Taehyung! Respondendo à sua pergunta: sim, está. Tem um panfleto colado nessa árvore aí ao seu lado.

Apontei e o mais novo olhou de imediato, voltou sua atenção para mim com um enorme sorriso.

— Vamos lá hoje a noite? Ou, amanhã? Bem, eu prefiro ir ainda hoje.

— Que animação. Está bem, quando chegarmos em casa vamos falar para o Seok e para o nosso pai, okay?

— Okay. Espero que eles queiram ir. Sabe, poderíamos convidar o Jimin e aquele seu amigo.

— amigo, qual amigo?

— Aquele do cabelo azul. Vocês não são amigos?

— É claro que somos. Por que não o chama pelo nome? Sabe que ele se chama Yoongi.

— Eu sei mas, eu não me lembro no momento.

Apenas torci o lábio para um lado sem me pronunciar novamente.

Ficamos o resto da tarde passeando pela cidade, conversando sobre assuntos malucos e rindo de tudo que acontecia à nossa volta.

Eu estava de rosto dolorido de tanto rir do que Taehyung contava sobre pessoas de outros países e suas vergonhas alheias que o divertia por um bom tempo.

Voltamos para casa já encontrando meu pai e meu irmão no sofá da sala conversando sobre seus trabalhos e como havia sido o dia de meu pai junto a suas ex-esposas.

Taehyung e eu nos sentamos ao lado dos mais velhos e os encaramos com um olhar piedoso.

— Vocês dois, o que querem para estarem com essas caras de gato de botas?

Indagou Seokjin que calou-se logo em seguida, passando a ficar à espera de nossa resposta.

Eu e o mais novo, ao meu lado, nos entreolhamos e rimos baixinho. Dei a permissão para que Taehyung falasse e assim o fez.

— Tem um parque de diversões perto da igreja e eu quero ir e quero saber se vocês também querem ir.

Taehyung falou o mais rápido possível deixando os mais velhos um pouco confusos.

Seokjin passou a mão pela testa, levantou-se e foi para seu quarto sem dizer mais nada.

— Não sei o irmão de vocês, mas eu quero ir.

Comentou meu pai arrancando um sorriso enorme tanto de mim quanto do moreno ao meu lado.

— Vão se arrumar e não demorem.

Ordenou o mais velho. Taehyung e eu corremos em direção ao meu quarto, tomamos nossos banhos, nos vestimos e voltamos para a sala encontrando Seokjin e meu pai que nos esperava na porta.

Saímos de casa e entramos no carro que logo foi dado a partida e saímos.

— Seokjin, passa na casa da senhora Park para convidarmos o Jimin e o Yoongi.

Pedi recebendo em seguida um rápido encarar vindo do retrovisor.

— E nós vamos sim. Eu mandei mensagem para o Jimin e ele confirmou que iria com a gente.

— E o Yoongi, ele não vem?

Indaguei curioso e ele confirmou deixando um sorriso ladino se formar no canto de seus lábios, assim como eu.

Em questão de minutos, paramos em frente a casa dos Park 's. Jimin e Yoongi entraram no carro e continuamos nosso percurso.

Claro que fomos imprensados uns com os outros.

Ao chegarmos no estacionamento ao lado do parque de diversões, meu pai e Seokjin falaram que voltariam para casa às 23 horas.

Confiemos vendo os dois mais velhos se afastarem na direção contrária do parque.

— Então vamos lá nos divertir, hum?

Taehyung comentou empolgado, esfregando a palma de suas mãos uma com a outra.

Jimin e eu nos entreolhamos e rimos acompanhando o Kim que já se afastava em direção a alguns brinquedos.

Em um piscar de olhos, Taehyung sumiu de nossa visão fazendo eu e os dois mais novos ao meu lado, olhavam de uma direção a outra a procura do moreno.

— Taehyung já sumiu sem nem dar explicações.

Reclamou o ruivo e eu confirmei.

— Bem, já que ele sumiu, vamos andar por aí e procurar um brinquedo legal para nos divertirmos, hum?

Yoongi e eu concordamos e saímos os três caminhando por entre as pessoas.

Uma enorme rede de pisca-pisca foi feita de teto para dar claridade ao lugar, os brinquedos enormes e as barraquinhas de comida estavam movimentadas.

Jimin se mantinha vidrado na roda gigante que se movimentava com algumas pessoas dentro de suas pequenas cabines.

Já o azulado, observava tudo com atenção como se quisesse entender tudo à sua volta, não queria perder nada de vista.

Seu sorriso dominou seu rosto assim que seus olhos parou em uma barraca de tiros na qual um casal recebeu como recompensa, uma estrela de pelúcia.

Peguei na mão de ambos e sai os puxando em meio as pessoas até chegarmos em uma parte mais calma onde continha apenas algumas crianças tomando sorvete enquanto eram supervisionadas por seus pais a uma curta distância.

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