2.0

Penúltimo capítulo :(

Lembrando que eu dividi esse capítulo em dois também.

Três meses depois. 

Durante um mês após o acontecido de Desmond ir na casa de Styles, o mesmo buscou em seguir sua jornada. Deixar no passado as coisas lhe abalou, foi uma tarefa fácil, todavia, no fundo, difícil de ser esquecida. Trabalhar sua mente parecia tão exaustivo como passar um dia de verão trabalhando com todo o calor. 

A exaustão tinha sua reta final. Tudo tinha seu final. Aprender a lidar com as consequências da vida, é justo por aquilo que fazemos por merecer. Styles, certamente, tinha suas consequências e nada lhe parecia doce. 

Engolir seu passado e olhar para frente, ter que enfrentar as causas, estivera sendo difícil. Harry não sabia como descrever suas emoções nos últimos momentos, tampouco decifrá-las, mas as sentia. Vivas e alimentadas.

Os dias passavam logo após os outros, e Styles cada dia mais acreditava que ficar sozinho não era tão difícil como cogitou que seria. Afinal, a solidão nem sempre é uma má companhia quando se sentia preenchido. 

Às vezes, a multidão te sufoca, e o silêncio parece ser a única coisa que te entende. 

Contudo, não pode negar-se a absurda e incontrolável acontecimento que rondava em sua mente. Onde estaria Tomlinson? Será que o mesmo sentia sua falta? Como Harry se sentia todas as noites quando se pegava sentado na beirada da cama? Será que Louis sabia controlar suas emoções como sempre fazia naquele instante? Certamente sim. O homem sempre sabia controlar suas emoções, como um poste no meio de uma tempestade. 

Naquele mesmo mês, Harry conseguiu um emprego em uma mini empresa, como secretário. Ganhava um salário ótimo para sustentar Colin e a casa. Embora que no início o garoto se sentiu desnorteado, mas não demorou muito para ganhar seu jeito e o agrado de sua nova chefe. A mulher era simpática e muito profissional, ensinando passo a passo para o garoto. 

Colin tinha se habituado no berçário e sua exigência de ficar o tempo todo com Harry foi esquecida, tendo as professoras o tempo todo auxiliando o pequeno garoto. Harry sentia-se inteiramente confortável em saber que Colin estava em boas mãos. As professoras eram incrivelmente maravilhosas, sempre gentis e simpáticas, fazendo Styles criar um pequeno laço de amizade com elas. 

Sua vida passou a ser meramente dedicada em serviço e Colin, não tendo espaço para qualquer romance que fosse. Desejava ficar só, por um tempo. Sua relação com Louis ainda parecia bem mais que vivo em sua mente e carregava um pequeno receio por questão de convivência em que teve com Charles. 

No segundo mês, Harry teve seu primeiro encontro com um homem que trabalhava na mesma empresa. De primeira o homem tinha gostado de Colin e todo seu jeito. O homem era engraçado, aberto, entusiasmado, carinhoso, romântico e ilimitado. 

O homem era completamente e inteiramente oposto a Tomlinson. 

Seu beijo era bom, mas não era nada comparado a Louis e ao seu jeito. 

E foi ali, naquele final do jantar, que Styles percebeu que não esqueceu Tomlinson. Que ainda comparava seu jeito com os demais. E aquilo o irritou. Profundamente. 

Ao chegar em casa após o jantar, dispensou a mulher que ficou cuidando de Colin, pagando-a e agradecendo imensamente seu serviço. No fim, Harry trancou-se no quarto e despiu-se de suas roupas jogando-os na parede, tentando arrancar sua raiva dentro de si. Sentou na cama soltando um longo e frustrante suspiro. 

Louis, indubitavelmente, estava construindo prontamente sua vida e talvez se relacionando com outras pessoas. Enquanto Harry via-se preso a ele, ainda. 

Depois do encontro, Styles esclareceu, quando houve uma pequena oportunidade em dizer que ambos não passassem apenas como uns grandes e bons colegas da empresa, disse, sendo percebido a forma como o homem concordou a contragosto. 

Harry não queria feri-lo, mas não queria mentir. 

Durante aqueles dois meses, Gemma não ligou mais, apenas tendo informações da mesma através de sites de fofocas informando que a única herdeira da família Styles agora iria comandar uma nova empresa que já estava em preparativos e agora finalizado. 

Harry sentia-se orgulhoso de sua irmã. Ela sempre foi uma verdadeira Styles. A única que agora carregava o legado, com simplicidade e gentileza. 

E durante aqueles três meses, pela primeira vez, Harry viu Colin andar de andador. Seus olhos encheram de lágrimas, seu filho já estava quase andando. As professoras proferiram que havia uma possibilidade do pequeno garoto começar a andar cedo, uma vez que suas pequenas perninhas mantinham-se duras no chão mostrando um encorajamento em querer andar, e deduziram que poderia acontecer que o mesmo começasse a andar com dez meses. 

Colin, certamente, era muito esperto. 

— Queria ter a oportunidade de trabalhar com o Tomlinson. — Ouviu sua Chefe, Skyler, dizer um pequeno suspiro após.

Harry levantou sua cabeça, despertando de seus devaneios, olhando agora para a mulher que prestava atenção na tela de seu laptop, sentada em sua mesa com uma caneca ao seu lado. 

Piscou algumas vezes, processando as palavras da mulher, perguntando-se se era aquilo que estava ouvindo ou sua mente estava o enganando.

— Por que diz isso? — Colocou os papéis em cima da mesa, apanhando alguns outros, contudo, mas tendo sua atenção voltada em Skyler. 

— Sempre foi meu foco. — Disse. — Mas acabou de sair uma matéria que ele desertou toda sua herança e não está mais em nenhuma empresa vinculado a sua família. — O olhar da mulher continuava ainda na tela. 

Harry sentiu sua curiosidade engrandecer dentro de si, se perguntando o que aconteceu para o homem chegar em tal situação. Mas, falar de Louis Tomlinson, fazia sua boca secar e um pequeno nervosismo estabelecer em cada veia de seu corpo. 

— E quem será o novo dono das empresas? 

— Aqui diz que será a irmã dele, a segunda mais velha. — Ela o olha. — Bom, a matéria faz algumas horas que saiu, mas acredito que isso venha acontecendo de algum tempo para cá e só agora decidiram oficializar a saída do Tomlinson. — Skyler comentou como uma mera teoria. 

Harry encolheu seus ombros, concordando com a teoria de sua chefe. Suas mãos pareciam ter ficado magicamente geladas e sua garganta continuava seca, se perguntando a todo momento o que de fato estava acontecendo com Louis.

Era notório sua preocupação com o homem.

Mordeu seu lábio inferior mantendo-se calado, grampeando a última folha com a outra. Seu pensamento parecia rodar apenas com aquela notícia e em Louis. 

— Harry, você poderia jogar todos os gráficos, as reuniões marcadas durante esses quinze dias e alguns e-mails de sócios para o meu sistema? Preciso deles até o final do dia, você se dá conta? Ainda faltam quatro horas para acabar seu turno. 

Styles anuiu ao pedido de sua chefe, desejando afastar seus pensamentos que parecia corroer cada nervos de sua mente, consumindo cada célula. 

— Irei fazer agora mesmo, senhora Skyler. — Proferiu, deixando os papéis de lado. 

— Obrigada! — A mulher diz gentilmente.

Assim que finalizou seu serviço pedido, Skyler o dispensou, argumentando que naquele dia Styles poderia sair mais cedo, uma vez que as coisas já estavam em ordem e não haveria o que fazer naquele restante de tarde. 

Harry agradeceu, passaria mais tempo organizando sua casa e buscaria Colin no horário certo, já que buscava sempre seu pequeno com alguns minutos de atraso. 

Poderia fazer uma janta um pouco mais diferente e passaria arrumando alguns detalhes de sua casa, já que o mesmo se mantinha mais limpo do que uma desordem. 

Com suas coisas na mão, Harry locomoveu-se para fora, despedindo de alguns conhecidos e até mesmo de Skyler. Adentrou no carro e colocou suas coisas no banco ao lado, ligando-o logo em seguida. Colocou uma música calma para o final de tarde. 

As ruas pareciam pouco movimentadas e o clima parecia favorável naquela estação. Seus olhos estavam atentos na rua, contudo, admirava a beleza em sua volta, buscando distrair. Batucou seu polegar no volante, ouvindo a música acalmar seus ouvidos. 

Parou em uma padaria com uma pequena vontade de comer algumas guloseimas. Se retirou do carro e caminhou para dentro. Foi atendido no mesmo instante, apanhou o cardápio em sua mão achando o ambiente com várias opções e variedade, sendo um lugar reconfortante e bem decorado.

Pediu para viagem um Chocotorta, Zeppole e chocolate quente. Pagou e seguidamente Harry partiu, comendo um de seu Zeppole, observando que pegou mais do que deveria. Mas aquilo parecia bom e macio.

Durante o percurso, Harry sentia inteiramente buscando afastar qualquer pensamento, desfrutando de seu chocolate quente e deixando a música envolver em sua mente. Ao estacionar, saiu, apanhando suas coisas e suas guloseimas, tentando se equilibrar e não derrubar tudo no chão. 

Senhora Abby estava aguando duas pequenas flores e ao ver Harry, sorriu e acenando. A mulher parecia animada, como sempre. Era incrível a forma como a mesma sempre dava uma atenção especial para duas plantas. Houve tempos que Harry flagrava a senhora Abby conversando com as plantas distraidamente, como se fossem suas verdadeiras amigas e companheiras. Aquilo parecia muito admirável para o garoto. 

Chegou perto da porta e tentou agachar-se para pegar a chave atrás do vaso de planta sem derrubar uma única coisa. Entretanto, a chave não estava ali. Estranhou. Levantou-se e colocou a mão na maçaneta, certificando que a porta estava aberta. 

Não lembrava de ter saído e deixado a porta aberta. 

Franzindo a sobrancelha, Styles abriu a porta e adentrou, fechando-a logo atrás de si. Olhou para o sofá e encontrou um moletom em cima do mesmo, como se alguém tivesse passado ali e jogado. Harry ficou alguns segundos parado na porta, assimilando o que estava a acontecer. Cogitou em voltar para fora e questionar para senhora Abby se a mesma percebeu alguma coisa acontecer em sua casa. 

Styles se aproximou e colocou todas as coisas em cima da pequena mesa da sala, sentindo um pequeno receio do que estava acontecendo. Se perguntou o que raios era aquilo. E com os movimentos menos bruscos, apanhou o moletom em sua mão, sentindo a maciez do tecido. Um forte cheiro de perfume masculino adentrou em suas narinas. E Harry conhecia perfeitamente aquele cheiro. 

E foi o suficiente para fazer seu coração palpitar em um ritmo acelerado e sua barriga criar uma verdadeira onda de frieza, congelando cada parte possível. Harry sentiu suas mãos levemente começar a tremer e sua garganta involuntariamente secar, sentindo que a qualquer momento seu coração sairia pela boca. 

Aquele era o moletom de Louis. 

Ele estava ali. 

Styles colocou o moletom sobre o sofá novamente e começou a andar pela casa, como se estivesse à sua procura. Ouviu algo mexer em um cômodo. 

Então, seus passos diminuíram, parando no corredor. Ele estava no quarto de Colin. 

Harry deu alguns passos para trás. Fechou seus olhos por alguns segundos, respirando profundamente, de frente com o quarto, que mantinha a porta encostada. Sua mente naquele momento parecia vazia e ansiando tirar suas dúvidas. Seu coração ante palpitava, agora parecia querer parar a qualquer instante. 

Colocou a mão na maçaneta e abriu cuidadosamente a porta, fazendo seu olhar cair na única figura que lhe importava naquele momento. 

E lá estava ele, com uma calça preta justa, seu tênis e com uma camisa regata. Permanecendo encostado no berço de Colin, manteve seu olhar no retrato em sua mão, com um pequeno brinquedo ao seu lado. 

Vendo-o ali, Harry sentiu seu coração apertar e ao mesmo tempo ser preenchido, em uma mistura de saudade e preocupação. Segurou quase sem força a maçaneta, tendo o silêncio do homem que permanecia sentado no chão, com seus pés no chão e os joelhos dobrados, com seus braços apoiados nos mesmos. 

Seu olhar parecia vago e seu rosto parecia imperturbável, com seus olhos cravados no retrato em sua sua frente, que segurava em suas mãos. Ele parecia tão alheio que sei olhar em nenhum momento subiu para encarar o garoto que permanecia ainda na porta reprimindo sua estúpida vontade de sorrir. Ele tinha voltado. 

— Há espaço para mais um? — Indagou Louis, com sua voz indefinível. Seu olhar mantinha-se no retrato que continha Harry e o pequeno Colin na foto. 

Styles aproximou-se vagarosamente. Sentou ao seu lado. Sentia uma absurda saudade do homem e vê-lo pela primeira vez depois de meses, Harry desejava estupidamente abraçá-lo e sentir em seu corpo. Sentir seu cheiro. Sentir seu toque. Ouvir sua voz. 

Tomlinson olhou-o, pela primeira vez desde então, mostrando seus olhos em uma maré incrivelmente azul.

Harry acenou, afirmando sua pergunta. 

E no momento totalmente ousado e distenso, Tomlinson aproximou suas testas, fazendo seus rosto ficarem centímetros longe um do outro. Inalou seu perfume deleitável e doce. 

Suas respirações pareciam misturar uma com a outra, fazendo Styles acreditar que de fato ele estava ali e nada era um delírio seu. 

— O que aconteceu? — Indagou Styles, sentindo ainda uma pequena preocupação. 

— Eu deserdei. Entreguei tudo para minha família. – Louis disse baixinho. 

Harry fechou seus olhos, memorizando e alimentando sua saudade, com a voz e o calor do homem próximo ao seu corpo. Com seus rostos quase unidos, com seus perfumes misturando. 

— Oh céus, eu estive com tanta saudade! — Murmurou Harry, aproximando mais seu corpo com o de Tomlinson, desejando senti-lo próximo a si. 

E como resposta, Louis passou delicadamente seus lábios com a de Styles, sentindo a maciez de sua pele e sua quentura, tombando levemente sua cabeça para o lado, encaixando seus lábios sem pressa. Percebeu Harry corresponder, parecendo estar sem força e totalmente submerso para os seus toques. 

Louis desceu mais seus lábios, parando na pele do pescoço do garoto e beijando, ouvindo um pequeno gemido sair dos lábios do garoto. 

— E você está aqui. — Harry murmurou no pé de seu ouvido, fazendo Louis sentir um pequeno arrepio. 

Beijou repetidamente a pele do garoto e logo após chupou, avançando preguiçosamente as mãos até aos seus, sentindo-se insanamente com vontade de saciar seu prazer em Styles. Como um doente louco para saciar seus desejos. 

— Sim, eu estou. — Disse, com seu hálito quente batendo contra a pele de Harry, causando-lhe arrepios instantâneos. — Vamos para o seu quarto. — Pediu Tomlinson, beijou o maxilar do garoto. 

Como resposta, Harry suspirou. 

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