0.5

A noite passou, e a cada uma em uma hora Styles acordava, observando Dillon fazer os gráficos. Era inevitável ver o homem dando tudo de si para as luxúrias de Tomlinson e não sentir uma certa raiva em seu corpo. 

Ao saírem do jantar, foram diretamente para casa e, como previsto, Charles pediu desculpa por ter cancelado a noite de ambos a sós, alegando que não poderia deixar o trabalho de lado. Harry profundamente entendia e mesmo que fosse errado, agradeceu por aquela noite não ter acontecido. 

Ele realmente não queria deitar-se com o homem.

Zofia acabou ganhando um pouco a mais de dinheiro, como o combinado. De início a mesma estranhou, sendo evidente que a mesma estava se perguntando o que estava acontecendo para ambos terem chegado tão cedo, mas logo sua confusão se esvaziou ao ver Charles com uma pilha de papéis em mão. 

E naquela mesma noite, Styles preparou um café para Charles, para que o mesmo permanecesse acordado e finalizasse o trabalho a tempo. Como de se esperava, Colin acordou na madrugada, querendo mamar. Naquela noite, nem mesmo Styles conseguiu dormir direito. 

Harry sentia vontade de socar Tomlinson, achando aquilo tudo que fizera com Charles uma tremenda maldade e injusto.

Mal se reencontraram e uma pequena raiva parecia formar dentro de si. 

Contudo, às seis da manhã, Dillon entregou o último gráfico para Calleb e a soma total para Tomlinson, como foi pedido. Trocou de roupa e deitou na cama, logo em seguida entrando em um sono profundo. 

Do outro lado, quando Charles entrou em seu sono, Styles acordou, pela quinta vez. Desta vez, sem sono. Fitou para o relógio notando que logo Colin acordaria, uma vez que o garoto sempre acordava às sete para tomar seu banho. 

Harry então se levantou para preparar o café da manhã, visto que apenas Zofia e Harry tomariam. E antes de sair do quarto, tomou um rápido banho para despertar-se de vez. Passou seus hidratantes e vestiu-se, partindo finalmente para a cozinha. 

Ao descer a escada, ouviu a porta da sala destrancar e por ela passar Zofia, com sua bolsa na mão. A mesma olhou para o Harry com um sorriso gentil nos lábios. 

— Bom dia, Harry! — Se aproximou, assim que fechou a porta. 

— Bom dia, Zofi! — Harry sorriu gentilmente, descendo o último degrau. — Prepara Colin e o carrinho dele. Vou levá-lo para fazer compra hoje comigo. 

A mulher anuiu. — Como quiser, Harry. 

Styles agradeceu. A mulher então pediu “licença” e subiu rumo para o quarto do pequeno, enquanto Styles continuou sua trajetória até a cozinha. 

… 

— Não podemos fazer compras muito grandes, Colin. Hoje eu não vim com o carro, então vamos fazer um almoço simples. O que você quer comer, hum? — Styles olhou para o pequeno, vendo-o mexer os dedinhos um no outro, prestando atenção com um pequeno sorriso no rosto, com seus olhos verdes julgando-o estar feliz ou neutro. — Se eu comprar as coisas para o purê, será que você poderá comer? — Colin riu pela frustração e indecisão de Styles, fazendo o mesmo soltar um pequeno gemido. — Você não está ajudando! — Styles fez um pequeno beicinho. Colin colocou sua pequena mãozinha nos lábios de Harry. 

Styles sorriu, olhando para o seu pequeno no colo. 

— Certo, então eu irei comprar as coisas para o purê! — Proferiu indo para outra trajetória, caminhando para o hortifruti. 

Com uma pequena cesta em uma mão, Styles agradeceu por ter uma sala de suporte dentro do mercado para guardar o seu carrinho, no mesmo momento que podia fazer sua compra tranquilamente, preferindo levar Colin em seu próprio colo. 

— Espero que ao terminarmos o almoço Charles já tenha acordado. — Comentou, ainda recebendo o pequeno olhar de Colin que parecia aos poucos querer dormir. 

Parou em frente ao suporte de batatas. Colocou o cesto no chão. Levantou e pegou um pequeno saquinho que continha quatro batatas, colocando cuidadosamente no cesto. 

— Ei! Você não pode dormir e me abandonar! A gente ainda tem que decidir o que fazer para eu, Charles e Zofia comer. — Falou notando que já estava ficando tarde demais, Colin já fechava os olhos, abrindo de vez ou outra. — Tudo bem, eu vou ver o que fazer. — Disse para si mesmo, começando andar. 

Analisou algumas outras frutas que pudesse levar de momento, cogitando que poderia fazer carne com legumes no forno. Portanto, pegou mais um saquinho de batatas, tendo que fazer toda a ação anterior, contudo, desta vez, tomando cuidado para não acordar o pequeno bebê em seu colo. 

Após pegar tomate, cenoura, pimentão, temperos e até mesmo brócolis, caminhou pelo mercado, buscando lembrar o que mais poderia pegar para fazer o almoço. Por fim, Styles pegou algumas coisas para fazer um bolo à tarde. Notando o cesto começar a encher, achou o suficiente. 

Pequeno Colin ainda dormia sereno em seu colo, com sua pequena mãozinha apoiada no peito de sua mãe, lembrando perfeitamente Tomlinson. Era assustador como os dias se passavam e Colin parecia cada vez mais com o verdadeiro pai. 

Styles sentia medo em ter uma visita de Desmond e o mesmo desconfiar. 

O garoto acordou de seus devaneios ao ser chamado, indicando que era sua vez para ser passado à compra. Ao finalizar, sentindo-se um pouco atrapalhado, apressou seus passos até o suporte onde se encontrava seu carrinho. Informou o segurança que o mesmo abriu a porta, dando espaço para o mesmo adentrar e pegar o que tanto ansiava no momento. 

Com muita cautela, Styles colocou Colin, notando o garoto se mexer pela falta do calor de sua mãe, mas em seguida parou, voltando a dormir. Harry saiu agradecendo o segurança, andando mais ligeiramente até o balcão onde encontrava suas sacolas. 

Pegou-os colocando na pequena cesta que continha embaixo do carrinho, pedindo desculpa pelo pequeno transtorno. Começou a caminhar para fora. O tempo parecia que a qualquer momento cairia uma forte chuva. Fitou para os lados vendo pessoas com guarda-chuva, fazendo-o esbravejar por não ter ido de carro. 

Sem enrolar, decidiu ir para o caminho mais curto, apesar que, não importasse por onde iria, a caminhada ainda era um tanto longe, todavia, a única alternativa que achara no momento fora aquela. Olhou para Colin que parecia sereno em seu sono, respirando calmamente. 

— Reza para a gente não pegar uma chuva, Colin! — Harry murmurou, começando a firmar seus passos. 

… 

Styles parou em frente a um prédio, tendo o toldo cobrindo e os protegendo da chuva, que começou com alguns pingos e em segundos fora se agravando, causando o garoto parar em qualquer canto com medo de Colin pegar uma chuva ou resfriado. 

Pegou uma pequena roupinha de frio que Zofia tinha separado para caso começasse a ventar, e colocou no pequeno garoto. Colocou a touquinha para proteger seu ouvido. Apalpou seu bolso certificando se levou seu celular, podendo assim ligar para Charles, contudo, recordou que deixou o mesmo no criado-mudo, esbravejou mentalmente, soltando um longo suspiro. 

Tapou com o lenço o carrinho para que não entrasse nenhum pingo de água, determinado e notando que ainda dava para andar alguns quarteirões. 

Entretanto, ao empurrar o carrinho para frente, sentiu uma mão apertar seu braço, não permitindo que continuasse a andar. 

— Droga Styles, você está louco? 

Louis Tomlinson apareceu prontamente ao seu lado, com a sobrancelha franzida e levemente irritado. 

— Eu estou indo apenas para minha casa. — Murmurou. — E o que você está fazendo aqui? Está me perseguindo? 

Tomlinson revirou os olhos, pelas últimas falas do garoto. 

— Eu estou morando nesse prédio. — Disse. — Venha, você não vai andar nessa chuva — Seu olhar deslizou para o carrinho.— …vocês. 

Com muita relutância dentro de si, Styles cedeu, pensando em Colin. Ele certamente poderia pegar um resfriado e Styles não se perdoaria por isso. 

Fitou na entrada do prédio. Era uma bela de um hall de entrada, mostrando claramente a riqueza e o conforto. Olhou brevemente para Tomlinson que o mesmo tirou a mão de seu braço, esperando que o mesmo entrasse para dentro. E assim Harry fez. 

Em silêncio, Styles seguiu Louis até o elevador, observando sua roupa, vendo o mesmo com um tênis esportivo, uma calça moletom de ginástica larga e uma camisa um pouco larga em seu corpo. Seu cabelo parecia um pouco molhado, como se estivesse acabado de sair de um banho. 

Adentraram no elevador, ambos permanecendo em silêncio. A porta se fechou e Harry respirou profundo, encostando no canto do elevador, evitando de ter algum contato visual com o homem que agora estava olhando-o.

— Bem que dizem — Harry olhou-o. —, o mundo é pequeno e as pedras se encontram. 

E naquele momento, Styles recordou-se quando Tomlinson o chamou para ir em seu apartamento. Agora lá estava, porém, com Colin. 

— E de quem é essa pequena criatura? — Proferiu Tomlinson apontando com a cabeça na direção do carrinho. 

— Meu filho. — Harry apenas disse, engolindo um pequeno nó que se formou em sua garganta. 

— Com o senhor Dollin? 

Styles ficou em silêncio, desviando seu olhar. 

A porta do elevador então abriu, dando de cara com uma enorme porta marrom. Tomlinson tomou a frente, colocando uma rápida senha na tela do lado, logo em seguida empurrando levemente a porta, fazendo a mesma se abrir. Deu espaço para Harry adentrar. 

Era impressionante a forma como Tomlinson amava ter espaço onde ficava. 

— Admito que não gosto quando você fica quieto quando faço uma pergunta — Harry olhou para trás, vendo Louis fechar a porta e ir em sua direção, com seus passos preguiçosos. —, parece que está afirmando o que estou pensando. 

— E o que é que você está pensando? 

— Teve a gestação de nove meses completa? 

Tomlinson parou em sua frente, colocando suas mãos no bolso do moletom. 

Harry anuiu. 

— E faz quantos meses que essa criança nasceu? — Tomlinson aproximou-se um passo à frente, franzindo a sobrancelha. 

— Quatro…mas isso não quer dizer que Colin seja seu filho! — Harry logo disse, querendo tirar quaisquer pensamentos do homem em sua frente. 

— Posso vê-lo? — Tomlinson perguntou, ignorando o pequeno desespero do garoto. 

Styles mordeu levemente sua bochecha, sentindo-se em cima de uma corda prestes a despedaçar. 

Se ele visse, saberia. 

— Não tem o porquê de você ver. — Naquele momento sentiu vontade de pegar Colin em seu colo, protegendo-o, sentindo gradualmente inseguro e indefeso diante do olhar que o homem em sua frente lançava em sua direção. 

— Eu estou te dando uma oportunidade de falar a verdade, Harry. — Tomlinson trincou o maxilar, odiando ver o garoto negar ao seu pedido. 

— Por que quer saber? Isso te interessa? 

Tomlinson aproximou mais um passo. 

— Porque se aqui  — Apontou para o carrinho. — estiver o meu filho, é claro que me interessa. 

Agora foi a vez de Styles franzir a sobrancelha. 

— Por que acha que ele é seu filho? 

Tomlinson deu de ombro, ficando alguns segundos calado. 

— Quando eu joguei a camisinha fora, não estava com meu gozo. 

Styles ficou alguns segundos calado, procurando uma resposta em meio a turbulência que sua mente estava no momento. 

— Mas isso não quer dizer que eu apenas deitei com você. — Cuspiu as palavras tão rápido, não querendo vacilar um único só momento. 

— Se eu pedir o DNA dessa criança e comprovar que eu sou pai, eu vou tirar ele de você. — Ameaçou, fazendo Styles no mesmo instante arregalar os olhos. 

Ele não seria capaz de fazer isso. 

— Você não pode fazer isso! — Harry sentiu seus olhos marejar ao imaginar Colin longe de si. 

Entretanto, Louis ficou cinco segundos quieto, apenas fitando o olhar de Harry, que estava suplicando, entregando-se que a criança era seu filho. Seu corpo ficou mais rígido, podendo imaginar que seus olhos já estavam em uma maré escura, tendo a raiva o único sentimento nutrido dentro de si. 

— Deixa eu vê-lo. — Pediu novamente. 

Com muito esforço, Styles cedeu. Se não fizesse isso, Tomlinson poderia acabar tomando atitude que o garoto não desejaria. Sentindo-se em um verdadeiro abismo, ele não tinha escolha. Louis estava em sua frente, tão irritado tentando não transparecer sua fúria. 

E no fundo Harry entendia. Entendia totalmente. 

Ele era o pai de Colin. O verdadeiro pai. Tomlinson tinha o direito de saber e era amplamente notável que o homem almejava por cada informação. E sem rodeios, Styles simplesmente tirou o lenço branco, revelando uma criança que ainda dormia sereno, com suas mãozinhas unidas. 

Tomlinson mantivera frente a frente com Colin, olhando-o, suavizando sua expressão. 

Styles sentia seus dedos tremer. Suas lágrimas simplesmente evaporaram, dando a lugar de uma onda curiosa, vendo Tomlinson retornar com seu olhar inexpressivo, apenas olhando um pequeno bebê frágil em sua frente. 

Todavia, um bebê frágil e sua cópia. 

— Você ficou grávido de mim. Então para ninguém suspeitar, você casou a força para sua família acreditar que a criança não fosse de um Tomlinson. — Manteve seu olhar ainda no pequeno Colin. — Quem esteve por trás disso? — Olhou-o. E naquele momento, Harry pode ver toda a fúria do homem apenas no olhar, tentando controlar-se a qualquer custo. 

— Isso não vem ao caso…

Perdendo um pequeno total do controle, Louis aproximou-se de Harry, olhando em seus olhos. 

— Tudo agora que envolve você e Colin, é o meu caso. — Disse. — Eu jamais iria desamparar vocês por uma rivalidade estúpida, ainda mais quando envolve um futuro herdeiro meu. — Afastou-se. 

Fitando as atitudes inquietas de Tomlinson, Harry sentiu um desespero avassalar dentro de si, aproximando, desta vez, de Louis. 

— Está melhor do jeito que está, Louis. Não vamos complicar. — Pediu, como se pudesse ler o que Tomlinson estava pensando. 

Louis olhou-o com a sobrancelha erguida, não acreditando em ouvir tais palavras de Harry. Mas não proferiu mais nenhuma palavra. Sua mente parecia rodear em vários pensamentos, cogitando em uma solução para tais situações. 

Styles queria que o mesmo ficasse quieto, sendo notório seu medo de Tomlinson falar tudo e exigir aquilo que estava em seu direito. Mas sabia que seu pai jamais o perdoaria e poderia fazer alguma coisa com Colin. E Harry temia por isso. 

Ambos ficaram em silêncio. Styles olhava-o agoniado, mexendo em suas mãos. 

— E…— Antes que começasse a falar, Tomlinson olhou-o esperando que continuasse. — Charles não pode trabalhar com você. — Proferiu baixo, quase inaudível. 

Tomlinson fechou os olhos por alguns segundos, buscando acalmar-se. De alguma forma, ouvir aquilo, parecia atingir como um murro em seu estômago, fazendo-o sentir um amargo em sua boca. 

Styles queria manter a aparência para o seu pai, enquanto Tomlinson apenas queria arrumar um jeito para ficar com seu filho e Harry. Já não bastava ter ficado um ano afastado de Harry, agora tinha que manter uma relação de antes. Escondido e desafiador, sem ninguém ver ou perceber. 

— Isso eu irei ainda decidir. — Apenas disse. 

Mantendo o desespero e a agonia intacta em seu corpo, Harry aproximou-se, com seus olhos voltando a marejar. Seus corpos centímetros longe um do outro, com seus olhares cruzados, olhando profundamente um ao outro, como se tal ação fosse o suficiente para que ambos conversassem. Apenas com o olhar. 

E por impulso, Styles selou seus lábios, não tendo nenhuma reação do homem, que apenas cedeu, limitando em apenas tocar seus lábios. Nada mais além disso da parte do homem. Com suas respirações misturando um com o outro. Sentindo o calor um do outro.

Afastando seus lábios, Styles abraçou-o, e automaticamente Tomlinson colocou suas mãos na cintura do garoto, prensando-o em seu corpo, agora tendo a respiração do mesmo em seu pescoço. 

— Eu estou com tanto medo. — Disse Harry com sua voz abafada e rouca. — Eu não quero perder Colin. Mas eu fiquei com tanta saudade de você. — Murmurou as últimas palavras, saindo automático e sem freio. 

Harry o abraçou mais forte, como se aquilo fosse sua segurança, sua solução, sentindo as mãos do homem fortemente em sua cintura deslizando para suas costas. 

— Você não vai perdê-lo! — Garantiu Tomlinson, beijando o ombro do garoto. 

Harry olhou-o, e no mesmo instante Tomlinson o beijou sendo retribuído. Suas línguas pareciam calmas, entrando em um ritmo duradouro, aproveitando melhor a sensação. 

Tomlinson avançou suas mãos até o braço do garoto, puxando para baixo, segurando em seu pulso, mantendo o beijo e a aproximação, constatando Styles integralmente entregue e prontamente disposto entre o beijo que aos poucos parecia criar um fervor em desejar por mais. 

Louis conduziu Styles até algum sofá próximo, apertando os pulsos do garoto. Deitou-o delicadamente, tendo seu corpo por cima, roçando suas intimidades. Segurando o braço de Harry, Tomlinson os levou para cima, afastando alguns polegares da cabeça do mesmo, deslizando os lábios para o seu pescoço, acariciando suas intimidades. 

Um suspiro ousado escapou de Harry sentindo-se preso pelo corpo do homem e suas mãos. Encostou sua perna com a do homem. Sua excitação parecia aflorar velozmente dentro de si, no mesmo momento que sentia Tomlinson chupar a pele de seu pescoço, retornando os lábios para os seus com mais urgência e necessitado. 

Harry deslizou seu pé um pouco para baixo, beijando Tomlinson no mesmo fervoroso, sentindo seu gosto e sua língua fazendo uns ótimos movimentos. E como choque de realidade, lembrou de Colin e Charles. 

Os lábios de Tomlinson voltaram para o seu pescoço. 

— Louis, eu tenho que ir. —Harry disse, relutando dentro de si. 

E com muito esforço, Tomlinson cedeu. A contragosto, todavia, cedeu. Afastou sua mão dos pulsos do garoto, logo na sequência saindo de cima de si. 

Se levantou definitivamente. Fitou para a janela da sala verificando que a chuva já parou. 

— Irei pegar algo para cobri-lo. — Referiu ao Colin, que o pequeno ainda dormia, contudo, Harry sabia que o pequeno garoto acordaria a qualquer instante. 

Sem esperar por qualquer resposta, Styles observou Louis começar a caminhar para o corredor. Deslizou seu olhar para janela percebendo que a chuva parou, mas, mesmo assim, poderia estar frio para Colin. 

Harry tentou ajeitar melhor seu cabelo e roupa. Caminhou até o grande espelho que continha na sala e olhou melhor como estava. Seu rosto parecia um pouco corado, roupa levemente bagunçada e seu cabelo não estava diferente. Tentou arrumar o mais rápido possível. 

Fitou para o pescoço através do espelho vendo uma marca levemente vermelha. Respirou fundo, desejando que aquilo não ficasse mais avermelhado. Não queria que Charles descobrisse. Não naquele momento. Não dessa forma. 

Desejou ter um tempo, para colocar as coisas de sua mente em ordem e cogitar o que poderia fazer. Embora Charles soubesse que tudo que teve com Harry, começou por algo arranjado, forçado, mas mesmo assim não queria ser desonesto com o homem, pois, apesar de tudo, Charles esteve ao lado dele. 

— Eu quero você aqui segunda-feira. — Pediu Tomlinson, já dentro da sala novamente, com um pano branco e parecendo ideal para Colin. 

Entregou para Harry, que o mesmo pegou. 

— Eu não sei se poderei vir. — Confesso em um murmúrio, olhava do brevemente para o pano em sua mão, em seguida para o homem. 

— Eu estarei te esperando de manhã. 

Horário que Charles iria trabalhar. 

Não tendo forças para negar e não pensando muito, Styles apenas anuiu, segurando firmemente o pano branco em sua mão. 

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