0.4

Harry virou, dando de cara com Tomlinson perto de seu corpo, quase invadindo seu espaço, com suas mãos no bolso da calça social. 

— Por que você faz isso? — Harry olhou em seus olhos. — Não temos nada para conversar. 

Tentou sair de perto de Tomlinson, mas ao dar um passo para longe do mesmo, sentiu seu braço ser segurado. 

— Temos muitas conversas para conversar, começando…por que você foi embora? — Tomlinson endureceu seu maxilar, não queria se irritar. 

— Eu não devo explicações para você e para nenhuma pessoa que envolva Tomlinson. — Tentou tirar seu braço do toque do homem que parecia firme. 

Tomlinson se aproximou de Harry. — Não tente implantar o ódio que seu pai sente pelos Tomlinson's, pois isso não se encaixa em você. — Rosnou, não querendo gritar. 

Harry sentiu seus olhos marejar. 

— Você trouxe-me muitos problemas. Eu acabei de ganhar e perder uma vida…por sua culpa. — Harry limpou rapidamente uma lágrima que insistia cair. 

Tomlinson afrouxou um pouco seu aperto. 

— Para ter virado um Dillon e ter uma família que você tem, posso concluir que foi casado à força. 

Styles odiava isso dele. Odiava o modo de como o homem conseguia ligar todos os pontos em pequena fração de tempo. 

— Mesmo depois de um ano você tenta decifrar tudo. — Cuspiu as palavras. — Eu te odeio! 

Tomlinson contou até cinco. Aproximou seu rosto com a do garoto, sentindo o perfume velho e memorável em sua memória. O mesmo cheiro quando estavam fazendo amor, em meio ao suor. 

E naquele momento, sentindo a aproximação de Harry, ouvindo sua respiração, Louis odiou sua família. Ambas famílias. Tudo poderia ser diferente se não existisse uma rivalidade que parecia não ter fim, comprometendo qualquer relação de Harry consigo. Uma raiva passou em seu corpo ao cogitar que a culpa também estava em si. Ele o queria, mas não era a mesma coisa que poder. 

— Você não pode me culpar por ser um Tomlinson. Você não pode fazer isso. — Murmurou, roçando seu nariz suavemente na pele do garoto, sentindo o peito do mesmo descer e subir rapidamente. 

— Por que você complica tantas as coisas? — Disse Harry não tendo forças o suficiente para se afastar dos toques suaves e carinhosos do homem. 

Mesmo soando estúpido, Styles sentia insanamente saudade de Tomlinson. 

— Nesse momento, eu apenas quero te fuder, Styles. — Pediu, beijando seu pescoço e segurando fortemente sua cintura, trazendo para si.

No mesmo segundo que Styles foi segurar gentilmente os braços de Tomlinson, o mesmo segurou suas mãos, não permitindo que o tocasse, levando para baixo. 

Sem dizer uma única só palavra, Louis afastou-se minimamente. Pegou na mão de Styles e o levou até em uma cabine qualquer, fechando a porta. 

Harry olhou tudo que estava acontecendo, esquecendo por completo o porquê estava ali e quem estava ali, apenas tendo sua mente suplicando para desfrutar de cada toque de Tomlinson, recebendo cada ação de bom grado, com uma saudade absurda em seu peito. 

Louis avançou até os lábios do garoto, invadindo sua boca com fervor, depositando sua necessidade e o tanto que esperou por esse momento. Ter passado um ano longe do garoto, trouxe algo que jamais Tomlinson imaginou um dia desejar. Seus lábios ainda eram quentes e apetitosos, com seu gosto ainda intacto, como frutas frescas e totalmente viciante. Como um faminto precisando ser alimentado. 

E não importava quanto tempo ambos ficassem longe, eles sempre iriam  ter os mesmos fervor e conexões. 

Styles assustou minimamente ao sentir Louis segurar sua mão e virar seu corpo de um modo brusco, encurralando-o na parede. 

No entanto, Tomlinson tirou sua gravata, pegando as duas mãos do garoto, no mesmo momento que fazia um pequeno trabalho no pescoço do mesmo, ouvindo seus pequenos suspiros. 

— Você ainda tem essas manias ridículas. — Harry falou, ao notar o homem finalizar de amarrar a gravata em seu pulso. 

Tomlinson roçou levemente sua ereção nos dedos de Harry, na qual o mesmo passou o dedo delicadamente, tendo um pouco de dificuldade. 

— É isso que você me causa quando está amarrado. 

Tomlinson mordeu o lóbulo da orelha do garoto.

Louis virou-o, beijando seus lábios com ardor repetidamente, não dando tempo para o garoto pensar sequer um segundo. Suas línguas entraram em uma perfeita sincronia, pedindo por espaço, sentindo o gosto um do outro. Tomlinson imaginou tendo mesmo chupando e abocanhando seu pau como fazia. Com gosto e com vontade. 

Tomlinson se afastou. 

— Eu quero que você me chupe. — Pediu, desabotoando sua calça social. 

Styles umedeceu seus lábios, com receio que alguém entrasse ali e pegasse os dois dentro da cabine. Contudo, cedeu, vigiando Tomlinson baixar sua calça e cueca, mostrando seu membro totalmente duro e pronto para receber a atenção que merecia. 

Com uma certa dificuldade – por suas mãos estarem amarradas–, Styles se agachou, passando sua língua nas laterais do pau de Louis. Com a ajuda do homem, Harry presenciou o momento que o mesmo segura no próprio pau e conduz até sua boca. 

Harry beijou a cabeça, deslizando a língua para a glande, logo em seguida voltando e chupando a cabeça, sentindo o pré-gozo do homem. Olhou brevemente para cima, pegando o momento exato que Louis mordeu os lábios, com seus olhos vidrados no que o garoto estava fazendo. 

Styles deslizou sua boca, abocanhando de vez o pau de Tomlinson, tendo a ajuda do mesmo, que mexia levemente seu quadril. Sem delongas, Harry começou chupar Louis, sentindo seu gosto. Seu delicioso gosto. Não desejando parar um só segundo. Sua excitação parecia aflorar rapidamente e intensamente dentro de si, pedindo por mais. 

Sua língua mexia a todo instante, no mesmo momento que o membro de Tomlinson prensava no céu de sua boca e mexendo constantemente. Seu gosto era único. Viciante e apetitoso. E por um e breve segundos, Harry fechou os olhos, sentindo melhor a sensação. 

Por mais que aquilo fosse errado em vários fatores, Harry não conseguia simplesmente parar. Ele queria mais do que pensava ou imaginava. Sua excitação estava fazendo-o chegar em pensamentos impróprios. 

Não importava, Tomlinson sempre seria seu ponto fraco. Sempre a sua recaída. 

Retornou olhar para Tomlinson. Sentiu os dedos do homem cravar em seu cabelo, puxando subitamente, indo a fundo com seu membro na boca de Harry, causando o mesmo se engasgar.

Alguns minutos se passaram e Harry ainda continuava com seu trabalho de bom grado, tendo a todo momento a ajuda do homem. 

Tomlinson sentiu seu corpo contrair-se e uma onda gostosa passou por seu corpo, notando chegar em seu clímax. Admitiu que era a primeira vez que chegava em seu ponto tão rápido. Realmente sentia-se necessitado. 

— Espero que você não se importe que eu goze na sua boca, querido. — Disse, cravando mais seus dedos no cabelo macio do garoto. 

E sem receber nenhum movimento de afirmativo, Louis gozou, causando Harry engolir cada pingo de seu gozo, sentindo um pouco doce e cremoso. 

Tomlinson retirou seu pau na boca do garoto vendo-o lamber os lábios. Voltando sua calça social no lugar, observou Harry tentar se levantar. Ajudou-o. 

— Eu quero que vá ao meu novo apartamento amanhã durante o dia. — Disse Tomlinson, virando o corpo de Harry e retirando a gravata. 

— Eu não posso! — Harry retornou virar para o homem. 

— Isso não foi um pedido. — Tomlinson colocou gravata em torno de seu pescoço, começando a arrumá-lo. 

— Eu não posso! — Harry insistiu. 

— O que te impede? — Tomlinson proferiu ajeitando sua gravata. 

Ao abrir os lábios, o barulho da porta do banheiro ecoou. 

— Harry? — Charles chamou-o.

Sentindo o desespero em seu corpo, Harry olhou para Louis que negava levemente com a cabeça. 

— Harry, você está aqui? – Charles o chamou novamente. 

Ainda olhando para Tomlinson, disse. — Estou sim! — Sua voz saiu rouca. 

— Você está bem? Está demorando! — Charles parecia um pouco preocupado e tedioso. 

— Sim, eu estou bem...acho que bebi um pouco demais o champanhe, mas já estou indo para a mesa. — Tentou mentir, tendo o olhar de Tomlinson em sua direção com um pequeno sorriso de canto, negando levemente com a cabeça. 

— Certo! Acho que o senhor Tomlinson foi fumar. — Comentou. — Irei te esperar na mesa. Quando o senhor Tomlinson chegar direi que precisamos ir e daqui podemos ir para algum motel. 

Nesse exato momento, Styles assistiu Tomlinson erguer a sobrancelha, com as últimas palavras de Charles. Harry sentiu seu corpo arrepiar-se. 

Droga. 

Harry engoliu seco. 

— Tudo bem, querido. 

Os mares azuis nos olhos de Tomlinson ficaram escuros. Seu corpo um pouco mais rígido e seu maxilar levemente travado. 

Passos foram ouvidos e logo em seguida a porta se fechou. 

Tomlinson abriu a porta da cabine, saindo, deixando Styles para trás. Avançou até a pia e começou a levar sua mão, em silêncio. 

Naquela hora, Styles sentia que estava pisando em ovos com casca fina. Sabia que o homem estava irritado e que nenhum momento desde então olhou-o, deixando a situação mais complexa. Parou ao seu lado. Calado. 

E como um lobo faminto, Tomlinson se aproximou de Harry, encurralando-o na pia. Harry fechou brevemente seus olhos, não querendo encarar o rosto do homem que parecia bem mais que irritado em sua frente. 

— Posso lhe fazer uma pergunta? — Indagou, recebendo de volta sua atenção. — Você gosta dele, Styles? 

Silêncio. 

— Você gosta? — Insistiu Tomlinson, rosnando baixo. 

Silêncio. 

— É isso que eu precisava saber. — Proferiu, afastando-se do garoto e começando a caminhar para fora do banheiro. 

… 

Já sentado na cadeira ao lado Charles, observou Tomlinson se aproximando com alguns arquivos em mãos. Sem olhar uma única vez para Harry, retornou ao seu lugar, colocando os arquivos sobre a mesa. Todos o olhavam atentamente, em silêncio. 

— Senhor Dillon — Começou Tomlinson, arrumando despreocupado os arquivos. —, eu quero que o senhor refaça todos esses gráficos das porcentagens, jogue para o sistema e renove com os atuais. — Entregou as folhas. — E depois me faça uma soma total e me manda. — Charles pegou os papéis. — Detalhe, eu quero isso amanhã de manhã na empresa.

— Mas sábado não é meu turno. — Justificou Charles, não entendendo. 

— Já que é assim, ao finalizar tudo você jogará para Calleb, que apenas fixará no sistema. E segunda-feira irei analisar cada gráfico e soma. — Finalizou. 

Sem ter outra opção, Charles anuiu, a contragosto, sendo evidente que o homem não queria passar sua noite fazendo tais deveres. Styles engoliu seco, cogitando que o homem em sua frente estava fazendo de propósito, para arruinar todos os planos de Charles ao saírem do jantar. 

E naquele momento Harry sentia pena do homem ao seu lado. Sabia que o mesmo passaria a noite toda acordado para apenas entregar o que foi pedido. 

— Agora sim, rapazes, o jantar acabou. — Tomlinson finalizou de beber seu último gole do champanhe. — E não se preocupem que eu já paguei a conta. Tenham uma boa noite. — E assim se levantou, ajeitando seu terno. 

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Em questão aos olhos de Colin que muda de cor a medida que o garoto muda de emoções. Eu me inspirei um pouco em meu pai, pois ele é assim (quando ele fica irritado, os olhos dele fica verde, e quando ele está calmo, fica um castanho mel). Então achei interessante em colocar no pequeno Colin esse detalhe.

Obrigada por quem está lendo até aqui <3

Talvez vocês possa achar que a fanfic está indo um pouco rápido, mas é muito preciso, uma vez que era para ser um oneshot, mas como eu coloquei alguns acontecimentos, então eu tive que prolongar os capítulos.

Então, é isso por enquanto <3

Bjs

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