0.3
Um ano depois.
Para Harry, um ano foi, indubitavelmente, a coisa mais estranha em sua vida. Ao saber da gravidez, seguiu as ordens de sua mãe, calado, sem escolhas e sem rumo. Ceder aquilo nunca foi o seu alvo e saber da gravidez fez-o perder o chão.
Em pouco tempo, Anne, com suas palavras, arrumou um homem para o garoto. Charles Dillon, seu namorado e futuro marido. Styles sentia-se à beira mar, sem saber o que de fato fazer. Não podia negar que o homem era atraente e charmoso, e isso causava insanamente a Harry saber o porquê o homem estava concordando com aquele negócio sujo para o seu gosto.
Já com o futuro prometido, após um mês informa na frente de toda sua família o namoro com Charles, logo informou a gravidez, tendo Anne com um belo sorriso no rosto e Desmond os parabenizando, enquanto Gemma os abraçava contente pela relação e a futura família que se formaria.
Tudo parecia perfeito, se não fosse a angústia dentro do garoto que parecia matá-lo pouco a pouco, com sua garganta em um nó e sua máscara querendo deslizar de seu rosto a qualquer instante, mostrando seu real desespero e choro.
Após o pedido de noivado, em menos de um mês, com a grande fortuna de Styles, conseguiram fazer um casamento para ambos, para celebrar a união e o bem-estar. Dillon tinha uma família razoável, contudo, ajudou nos preparativos. Para Harry, a festa estava linda, porém, quando se recordava do porquê de tudo aquilo, sentia seu peito doer. Já se pegou inúmeras vezes chorando no seu quarto, se perguntando o por quê era tão irresponsável quando cedeu ao seu desejo em querer mais de Tomlinson.
Louis era um homem proibido para si, e isso o deixava excitado.
E naquele meio tempo, não viu mais Louis, como se o homem estivesse desaparecido e apenas sendo visto através de alguma tela de sites importantes. Não podia negar que sentia demasiadamente saudade do homem. De seus toques. Do seu olhar. De seus lábios. E até mesmo de seu jeito bruto na hora do sexo.
E assim foi feito, após o casamento, não houve núpcias, Styles preferiu não ter. Sendo obrigado a ir para Alemanha, Harry começou a viver na casa que seus pais compraram como presente de casamento, fazendo assim, finalizar sua gestação em outro país.
Ser mãe de primeira viagem, para Harry, não foi nada fácil, mas agradeceu por ter a presença de Charles. Embora não se sentisse confortável com o homem no início, aos poucos, Charles foi se mostrando um homem apoiador, alegre e às vezes romântico. O mesmo era carismático e engraçado, cuidando do garoto a todo momento. No fundo, Harry sentia-se grato pelo homem.
Ao se mudar para Alemanha, Charles rapidamente arrumou um serviço, não permitindo que a família Styles os sustentasse todo mês, começando a trabalhar como administrador em uma pequena empresa. Harry sentia-se orgulhoso por ele, ao vê-lo dedicar-se.
Contudo, sentia-se culpado.
Quando o pequeno Colin nasceu, não havia dúvidas, mesmo tão novo, o mesmo era a cópia de Tomlinson. Harry sentia-se que estava pagando por algum castigo cruel e aterrorizante. Charles logo percebeu o comportamento do garoto, mas não o interrogou, sabia desde o início que a criança não era seu filho e cogitou que jamais saberia quem era o verdadeiro pai, já que uma vez Anne não ousou jamais dizer.
Diante da lei, Charles e Harry eram os verdadeiros pais da criança.
Diante do destino, Louis e Harry eram os verdadeiros pais de Colin.
Com alguns tempos, Styles notou que a criança tinha seus olhos incríveis. Quando o mesmo estava nervoso, ficava com os olhos azuis, quando estava feliz e neutro, ficava verde. Seu cabelo era castanho escuro com algumas mechas onduladas. Seus lábios eram pequenos iguais aos de Tomlinson, porém carnudos igual ao de Harry. A sobrancelha era igual a de Tomlinson.
Colin era doce, contudo, apenas exigia ficar no colo de Styles.
Depois do nascimento de Colin, Charles saiu da pequena empresa, entrando em uma multinacional que fora comprada por outra pessoa, na qual estava buscando novos funcionários. Charles se posicionou para trabalhar na empresa, para dar uma renda melhor para Colin e Harry. Entrando como uns dos contadores da empresa, Charles era uns dos braços direitos do dono.
Tendo um pequeno receio, Styles se viu ceder em deitar pela primeira vez com um homem que não imaginava que um dia deitaria. Embora soubesse que um dia poderia acontecer, não se sentia preparado, todavia, vendo que Charles estava-o esperando por muito tempo até Colin nascer, se viu cedendo. Sem emoção e sem total clima.
Estava claro e evidente que Harry apenas olhava-o como um bom amigo, mas, no momento, era grato pelas coisas que o homem fazia para o seu filho e até para si mesmo.
— Harry? — A voz de Charles ecoou pela sala, animado. Ouviu a porta da sala se fechar.
Styles saiu da cozinha com uma mamadeira na mão, finalizando de fechar, olhando Charles colocar a pasta em cima do sofá com um grande sorriso no rosto.
— Ei! — Viu-o olhar para a escada, mas seu olhar deslizou até a porta da cozinha, cruzando seus olhares.
— Você não vai acreditar! — O homem se aproximou animado. Harry sorriu pelo entusiasmo da figura em sua frente.
— O que? Me diga! — Proferiu curioso, querendo saber o que estava causando-o para ficar tão animado.
— Amanhã prepare umas de suas melhores roupas! — Disse já próximo, segurando gentilmente no braço de Harry. Ele olhou em seus olhos. — Você vai conhecer meu chefe!
Harry continuava sorrindo, não entendendo ao certo o motivo.
— Como assim?
Indagou.
— Ele chegará hoje de viagem e pediu para ser marcado um jantar com os contadores e podemos levar nossos maridos e esposas. Você pode fazer amizade com eles e conhecer meu chefe. — Ele proferia cada palavra animado, com um brilho em seus olhos, sedento para Harry ceder e ir junto a ele.
— Não podemos deixar Colin sozinho! — O alertou.
— Ele não ficará sozinho. Zofia poderá fazer algumas horas extras até a gente voltar. Vamos, Harry, por favor! — Suplicou, fazendo Harry sorrir largamente pelo modo que o homem pedia.
— Já que quer que eu vá tanto, então eu irei sim. — Disse.
Charles o abraçou animado, causando Styles quase derrubar a mamadeira no chão, tendo que segurar firme enquanto abraçava o homem de volta.
— E como está nosso pequeno Colin? — Charles se afastou, notando Harry com a mamadeira na mão.
— Está dormindo, mas logo ele irá acordar para mamar, então decidi já fazer a mamadeira dele para não fazê-lo chorar. — Disse recebendo um pequeno aceno de cabeça do homem.
— Depois do jantar de amanhã, podemos ir a algum lugar mais reservado para nós, o que acha? — Charles roçou seu nariz na pele de Harry, sentindo seu perfume. — Zofia não se importaria em ficar mais uma horinha com o pequeno Colin. — Harry se arrepiou ao senti-lo beijar seu pescoço, se afastando por impulso para trás.
— Mas eu me importaria. Você sabe que eu não consigo ficar muito tempo longe de Colin. — Disse Harry, porém não foi o suficiente para o homem à sua frente ceder ao seu pedido, avançando novamente em Harry.
— Qual é o problema, Harry? Apenas será por uma horinha. — Insistiu.
A contragosto, Styles anuiu. — Tudo bem. Por uma hora apenas. —Disse ouvindo um sorriso abafado do homem em seu pescoço.
— Prevejo que amanhã será uns dos meus melhores dias. — Afastou-se, agora olhando para o garoto. — Irei tomar um banho. Já tomou banho?
— Sim. Irei te esperar para jantarmos.
Apenas com isso, Charles assentiu, caminhando para a escada, subindo de dois em dois degraus parecendo ainda animado com o amanhã. Styles soltou o ar de seus pulmões olhando-o se afastar.
…
Já em frente ao restaurante que Styles nomeou de elegante, observou Charles aflito em sua frente, buscando acalmar-se. Harry sorriu de lado ao ver o nervosismo do homem, não vendo motivos para estar assim, todavia, compreendia, era a primeira vez em que irá ver o seu chefe e entrará em sua primeira reunião, debatendo vários assuntos vinculados à empresa e teria Harry ao seu lado, vendo seu profissionalismo e dedicação. Aquilo parecia tenso.
— Como eu estou? — Indagou pela terceira vez, causando Harry rir mais ainda de lado. Ajeitou a gravata borboleta do homem, que de tanto mexer já estava desalinhado, deixando-o torto.
— Você está belo. — Tirou sua mão da gravata do homem, dando uma última olhada. — Ainda não consigo acreditar que fomos uns dos primeiros a chegar.
Charles dera de ombro. — Eu estou muito nervoso. — Justificou.
— Você tem que se acalmar. Não pode gaguejar na frente dele. — O alertou, com sua voz soando calmo. — Vai dar tudo certo.
Charles anuiu. Olhou por cima do ombro de Styles notando um dos contadores chegar e logo adentrar no restaurante.
— Vamos entrar? Um já chegou, pelo menos vamos ter uma companhia até todos e exclusivamente o chefe chegar.
Harry concordou, passando sua mão pela última vez no ombro de Charles, antes de virar as costas e começarem a andar para dentro do Restaurante. Uma vez já dentro, o garçom os acompanhou até a mesa. Harry fitou para um homem de cabelos grisalho sentado, ao seu lado, uma bela e jovem mulher, com seu batom vermelho chamativo.
Ambos olharam-os. O homem sentado então se levantou, cumprimentando com um sorriso radiante Charles, que o mesmo estendeu a mão que logo foi preenchido.
— Boa noite! — O homem olhou para sua direção. Harry sorriu de lado e estendeu a mão, notando pegá-lo com delicadeza e beijar as costas de sua mão.
— Boa noite. — Styles murmurou para o homem e para a mulher que estava com um sorriso nos lábios. Afastou sua mão, sentindo a mão de Charles em suas costas, conduzindo-o para se sentar, arrastando a cadeira para o mesmo.
— Você é um Styles, certo?
Harry sentou-se. Olhou para o homem já sentado, curioso em saber do sobrenome que o garoto levava.
— Sim, eu sou um Styles.
O homem murchou drasticamente seu sorriso.
Harry estranhou, mas decidiu descartar sua reação.
— Algum problema, senhor John? Você mudou de humor tão rapidamente ao notar que meu marido é um Styles. — Charles disse, sendo notável que o mesmo notou sua mudança de humor repentina.
John sorriu sem graça. — Nenhuma...pelo contrário, para mim foi uma surpresa, havia anos que eu não conversava diretamente com um Styles.
Um garçom com champanhe na mão se aproximou. Styles olhou brevemente para Charles vendo-o feliz, com um simples sorriso no rosto. Retornou sua atenção para o garçom que agora colocava o líquido na taça de cada pessoa presente.
— Espero não ter chegado atrasado. — Harry olhou para cima, ouvindo uma voz alegre e descontraída.
Observou um homem alto e moreno da cor escura, com um sorriso no rosto. Charles se levantou, juntamente com John, cumprimentando o homem.
— Calleb, que bom te ver cara! — Charles o abraçou. — Esse é meu marido, Harry!
O homem então o cumprimentou, apertando sua mão com um simples sorriso gentil nos lábios.
— Prazer em conhecer! — Disse.
Do outro lado, John apresentou sua mulher, e com a ação anterior, Calleb a cumprimentou.
— Então, ele ainda não chegou? — Calleb proferiu sentando na cadeira, junto aos demais.
Charles negou.
— Ainda não. — Tomou um pouco de seu champanhe.
As pessoas em volta ficaram alguns segundos em silêncio, até Calleb voltar olhar para Styles com a sobrancelha franzida.
— Ele não é um Styles? — Indagou.
Sentindo-se um pouco constrangido por perceber que o homem era o segundo que fazia tal observação, anuiu.
— Realmente é lamentável que sua família tenha rivalidade com os Tomlinson's e vice-versa, mas admito que fiquei surpreso agora em ver que seu marido está trabalhando para um Tomlinson. — O homem comentou sereno.
Como se estivesse perdendo o chão e toda sua estrutura, Styles se viu entre em um abismo de incertezas e desconfiança. Não podia acreditar que Charles trabalharia para um Tomlinson.
Seu pai indubitavelmente surtaria. Iria pirar. E se fosse possível sairia de Londres para ir atrás de Charles e xingá-lo, testemunhando que o homem era totalmente estúpido e pediria para sair da empresa o quanto antes, ao menos que queira encerrar o casamento com Harry.
Styles não podia entrar em conflito com sua família. Não agora. Colin ainda era um bebê recém nascido, e se o mesmo virasse mãe solteiro, teria que aguentar os insultos, os xingamentos de seu pai.
Anne não o perdoaria e sentia que tudo poderia ir por água abaixo por conta de um maldito emprego que Charles poderia arrumar em outro lugar, longe de um Tomlinson.
Desmond tinha todos os motivos para odiar a família que sempre quiseram acabar com a sua, colocando sempre a família Styles no chão, tendo o prazer e o gosto de pisar sem piedade. E ver que Charles colocaria o sobrenome “Styles” vinculado a alguma empresa de Tomlinson's, seria demais para Desmond. Imperdoável.
— Está tudo bem, Harry? — Ouviu Charles sussurrar em seu ouvido, fazendo-o desvencilhar de seus devaneios.
— Sim, estou. Depois podemos conversar? — Murmurou de volta, desta vez, olhando-o. Charles assentiu.
— Ele está vindo! — John proferiu se levantando, sendo acompanhado por Calleb e Charles.
Sentindo seu coração palpitar irregular. Seu peito subiu em um ritmo pesado e seus dedos tremer, Styles apanhou sua taça que continha uma quantidade de champanhe tomando, com sua garganta seca.
Era ele. A última pessoa que Harry queria ver. Louis Tomlinson.
Já poderia imaginar.
Desejou levantar-se e partir rumo para longe. Contudo, ao cravar seu olhar no homem, sentindo suas mãos suar, sentiu paralisado. Mesmo tendo passado meses, Tomlinson não tinha mudado quase nada, tampouco sua feição severo e autoritário.
Mesmo tendo passado meses, ele ainda sim continuava estupidamente atraente.
Harry, entretanto, não sabia como reagir ou o que de fato fazer. Não sabia se sorria ou fingia neutro. Não sabia se continuava olhando-o ou desviava o olhar. O coração do pobre garoto parecia querer sair de sua boca, como se estivesse pulando em seu peito. Podia jurar facilmente que seu rosto começava a ficar pálido mais que o normal.
— Esse champanhe é bom, não é mesmo?
Harry olhou para o lado, encontrando um mar marrom dos olhos da mulher. Assentiu sorrindo, na qual o mesmo vacilou.
— Sim, é muito bom. — Disse, tomando outro gole.
Retornou olhar para frente. Buscou transparecer tranquilidade, mas tudo parecia esvaziar no momento que Tomlinson se aproximou perto o suficiente. Styles baixou o olhar, sentindo o nervosismo em seu corpo.
Então sua voz ecoou.
— Boa noite, podemos começar? — O homem de voz fina e áspera, indagou.
Antes o coração de Styles palpitava, agora parecia querer parar a qualquer momento.
Ouviu as cadeiras voltar a se mexer e o barulho de algum líquido caindo em uma taça ecoou. Styles não sabia encontrar forças para olhar para cima. Aquilo estava sendo demais.
Mas, ao sentir os dedos de Charles em sua coxa, pedindo silenciosamente para que erguesse a cabeça, com muito esforço, Harry cedeu. Seus olhos primeiramente foram em Charles, que o mesmo mantinha seu olhar em Tomlinson, que começou a proferir sobre a economia que queria estabelecer na empresa e os recursos para gerar os lucros, não dando tempo para entrar em um bate-papo aleatório, indo diretamente para os negócios.
Styles olhou-o, e com um olhar inexpressivo, Tomlinson fitou-o de volta, brevemente, proferindo os interesses que os fizeram levar até o jantar, desviando seu olhar logo em seguida, como se estivesse olhando atentamente para todos.
O homem que fez Harry engravidar, casar-se forçado, ir morar em outro país e mentir para sua família inteira, era o mesmo que agora estava em sua frente como se absolutamente nada estivesse acontecido. Como se nunca tivesse visto Harry alguma vez em sua vida.
Ele conseguia ser cínico em todos os sentidos.
…
Após uma hora de puro exausto de palavras vinculadas a negócios, economia, gráfico e lucros gerados por empresas de Tomlinson ao redor do mundo, Styles finaliza seu jantar, bebendo ligeiramente seu champanhe, notando que para o seu agrado já estava satisfeito. Não podia exagerar na bebida, Colin precisava do garoto na madrugada para dar a sua mamadeira. Era impressionante como o pequeno Colin era faminto o tempo todo.
E ao finalizar o jantar, ainda tinha que ir para algum lugar que Charles reservou para ambos, não se sentindo totalmente disposto para ir. Naquela noite só desejava ir para sua casa, deitar ao lado de seu pequeno filho e poder dormir sentindo seu perfume natural.
— Irei ao banheiro. — Murmurou para Charles, que o mesmo assentiu com um simples sorriso.
Styles retirou o guardanapo de seu colo, colocando ao lado de seu prato. Se levantou, pedindo “licença” com sua voz baixa e quase despercebida. E sentindo-se um pouco desorientado, interrogou um garçom onde ficava um banheiro mais próximo, na qual o mesmo lhe deu a instrução. Harry agradeceu e partiu desta vez com seus passos mais ligeiros.
Ao chegar na porta observou uma pessoa sair entre o mesmo, desejando um breve “boa noite” e partindo para sua mesa. Styles entrou, caminhando mais vagamente até a pia. Faltava menos de uma hora para o jantar se encerrar e Harry ter que sair com Charles. Iria ser a terceira vez que teria de se deitar com o mesmo, começando gradativamente a repugnar isso. Tendo que preparar-se mentalmente.
Aquilo parecia ser uma tarefa difícil.
Cogitou que poderia ligar naquele momento para Zofia e dizer para a mesma ligar após alguns minutos informando que não poderia ficar com Colin, assim Harry não teria oportunidade para sair com Charles e agradeceria milhões de vezes Zofia pela ajuda.
Contudo, não queria irritar Charles. O homem sempre esperou pela vontade do garoto. Quando esteve em gestação, o homem não ousou sequer relar um dedo malicioso em Harry, respeitando a todo o momento a gravidez. Após o bebê nascer, Styles preferiu dar um tempo, até seu corpo voltar ao normal. E novamente Charles respeitou. Agora não tinha como escapar e sabia que qualquer desculpa que daria, Charles poderia ficar profundamente bravo ou até mesmo chateado.
Ouviu a porta ser fechada, e sem dar muita importância, Harry fechou a torneira, destinado a enxugar suas mãos. Mas, ao se olhar no espelho, sentiu seu corpo paralisar por alguns segundos ao ver a figura de Tomlinson refletindo sobre o espelho. Aproximou-se até a pia, lavando rapidamente sua mão.
Harry deu as costas indo até a toalha para limpar sua mão, tentando esquecer sua reação de segundos atrás. Contudo, com sua atenção ainda voltada para o homem atrás de si, ouviu o exato momento em que a torneira foi desligada e o barulho de passos se aproximando até si.
Styles respirou fundo, tendo suas narinas sendo inundadas por um perfume forte.
— Agora podemos conversar. — A voz baixa em um perfeito pedido, ecoou entre o silêncio do banheiro.
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