Chapter Two: Interrogation, Bars And Good Music
Eles a olhavam friamente, ela estava assustada mas jamais demonstraria, pelo menos não agora que estavam a interrogando. Seu cabelo molhado cheirava a lírios, uma camisa de flanela vermelha xadrez três vezes o seu tamanho cobria a extensão do seu corpo, ela estava realmente incomodada com tudo aquilo.
- Isso é realmente necessário? - Não falava apenas do interrogatório - Essa droga de luz está machucando os meus olhos. - Disse rudemente num tom frio e seco, sem hesitação.
- É, se não fosse, não estaríamos aqui perdendo nosso precioso tempo com você! - Ele mirou a luz no centro da mesa bem no rosto dela enquanto esbravejava e a garota fez uma careta quando a luz entrou em contato extremo com seus olhos.
- Isso é sério? - Dean puxou os braços da garota e pôs algemas nela, apertando-as com toda sua força sem tirar os olhos furiosos de cima da garota.
- Cala a boca menina!
- Dean, é sério que eu vou ter que ficar te censurando?- O moreno olhou para o loiro.
- Shhh!- Disse o Dean colocando o indicador nos lábios do irmão - Deixa que eu cuido disso Sammy!
- Dean...- Disse com os lábios apertados pelo dedo do loiro.
- Agora chega de palhaçada! - Disse Nathalie erguendo o corpo fazendo mensão para sair do cômodo.
- Senta essa bunda na cadeira garota que ninguém deixou você atravessar essa porta! - Disse Dean se levantando junto com a garota.
- Eu não preciso da permissão de vocês! - Nathalie caminhava em direção a porta e Dean a puxou pelo braço fazendo a garota virar o corpo abruptamente.
- Dean solta ela - Sam disse calmamente num tom de voz cansado prevendo que ele teria que censurar Dean durante todo aquele processo.
- Não! - Dean olhou para o irmão com as testa franzida e raiva depois tomou sua atenção para a morena de cabelos cacheados - Agora ela vai ouvir! - Ele puxou ela pra mais perto.
- Me solta seu...- Ela se debatia mas não tinha forças pra se desfazer de Dean, que estava empenhado em fazê-la ouvir o que ele tinha a dizer.
- Sabe essa roupa garota? Essa blusa que você está usando agora é do meu irmão, e você está usando ela depois de ter tomado banho na minha casa com shampoo do Sammy que custa uma fortuna! Esse cheirinho de sabonete não era pra estar em você, agora vamos refrescar sua memória, antes disso salvamos você de um monte de coisas assassinas que iriam devorar cada pedacinho seu, depois eles roeriam seus ossos e chupariam os dedos ,- Ela prestava atenção nas palavras do mais velho, agora já não se debatia mais, ela apenas havia relaxado o corpo, seus olhos se inundaram em lágrimas - Você nos deve a vida! Sabe por quê? Porque você não foi capaz de se defender sozinha, o seu amigo babaca fugiu e te abandonou então o mínimo que você pode fazer é sentar a droga da bunda na maldita cadeira e responder a porra das perguntas!
O silêncio se fez presente depois de Dean ter cuspido tudo na cara dela, ela não se lembrava e dessa vez Sam não o interrompeu, ele sabia que era verdade, Dean só havia falado o que todos pensavam. Ele afrouxou o braço da garota e ela por sua vez puxou o punho com força levando sua outra mão ao local onde ele havia apertado.
- Te odeio - Disse com fúria indo até a cadeira e sentando pensando melhor forma de assassina-lo e fugir.
- Te dou dez pratas se você adivinhar o que eu sinto por você? - Falava irônicamente sorrindo e levantou as sobrancelhas quando seus olhos se encontraram e a mesma lhe mostrou o dedo do meio.
- Dean, deixa que eu assumo daqui. - Dean franziu a sombrancelha quando seu irmão deu leves tapas no seu ombro - Você não está ajudando. Seu método meio agressivo não está melhorando as coisas.
- Meu método "agressivo" funcionou não foi? - Ele disse com cara de deboche friccionando os lábios e apertando as sombrancelhas.
- É Dean, eu sei mas...
- Mas nada, - Ele fez uma pausa dramática - fique a vontade com esse demônio - Ele disse mechendo nos bolsos.
- Você foi para cama com demônios a vida inteira - Dean parou no mesmo instante e encarou o irmão que exibia um sorriso maroto.
- Não, - Dean sorriu irônico novamente e apontou o dedo para o irmão - Eu durmo com mulheres que são iguais a mim, mulheres inteligentes e desapegadas que temem compromissos como o diabo teme a cruz não com coisas como ela - Ele apontou o indicador para a garota algemada que com uma pequena lâmina nas mãos riscava a mesa - Essa garota tá possuída Sammy,- Ele fingiu estar sério - Toma cuidado pra ela não cortar essa sua cabeleira ou te esfaquear... - Ele refletiu um pouco- Se parar para pensar você morre nas duas ocasiões... - Sam o interrompeu .
- Quanto você quer? - Sam tirou a carteira pra fora do bolso do jeans surrado falando baixo entre os dentes.
- O suficiente pra comprar torta e cerveja por que acabou minha grana - Sam entregou alguns dólares e de repente viu um certo brilho no olhar do irmão.
- Agora some!
- Esse é o Sammy que eu conheço! - Sorriu e deu tapinhas na bochecha do irmão - Coisa mais linda! Ela é toda sua! - Dean saiu fazendo uma dancinha.
- Seu irmão é ridículo. - Disse Nathalie fazendo Sam voltar ao mundo onde ele tem que interrogá-la.
- Ele é uma boa pessoa, ele é só... Meio bruto - Sam se aproximou da cadeira a puxando, assim que se sentou olhou para a mesa e arranhado na mesa Sam leu a frase "arranquem as bolas" e logo embaixo as inicias "D.W" Sam deu um pequeno sorriso de canto e inclinou a cabeça vagarosamente.
- Meio? - Ela ergueu uma de suas sombrancelhas e deu um sorriso exibindo os dentes brancos num semblante perfeito.
- É o jeito dele, ele só quer ajudar.
O silêncio se situou entre eles por alguns minutos até Sam soltar um suspiro pesado - Reconhece isto? - Sam tira do bolso um cordão estilo militar cinza com uma numeração, um nome e a data de nascimento gravados de um lado e do outro o símbolo de um corvo sobre uma cruz da cor preta se encontrava ali. - Nós o encontramos jogado no chão da cabana onde você estava morando, lá na floresta.
- Eu... - Ela parecia querer lembrar ,sua mente estava confusa, a cabeça e o pulso doíam tanto que latejavam a cada movimento do seu corpo, a cada esforço cerebral.- Me lembro vagamente. - Flashes piscavam dentro da sua cabeça porém sem o menor sentido, todas as cenas desconexas e borradas.
- Tudo bem - Ele ergueu o corpo lentamente. A voz de Sam era calma, paciente, suave, que tranquilizava a garota. Nathalie preferia conversar com ele, que era civilizado diferente irmão imoral e brutamontes - Lembra o por que de você estar morando na floresta?- Ele se sentou sobre a mesa e fitou o rosto delicado da menina com alguns machucados roxos e vermelho na pele extremamente branca.
- Não lembro de nada, - Disse séria com o olhar fixo nos olhos verdes do homem - Nada que faça sentido.
Sugestão de música: A Hazy Shade Of Winter - Simon & Garfunkel
Dean dirigia atordoado por algo, sentia que precisava de paz, estava sobrecarregado demais nos últimos dias e havia decidido que precisava descansar mais do que precisava de ar nos pulmões ou sangue nas veias, então por isso ligou o som do Impala 67 e cantarolou até o primeiro bar de esquina que encontrou sentindo sua tensão se esvair do corpo a cada verso da musica alta.
Dean avistou de longe seu refúgio:Blood Alcohol. Estacionou e entrou no bar sem hesitação. Ele queria anestesia, uma noite divertida e esse era o lugar perfeito. O bar estava cheio, havia tanta gente que a multidão não conseguia se concentrar apenas dentro do bar, parecia não caber mais gente lá dentro mas ele queria beber e quanto mais mulheres melhor então se enxergou numa ótima localização com uma vista privilegiada.
Dean chegou ao bar com uma fachada de um galpão reutilizado e velho com o nome escrito em letras grandes vermelho neon e entrou no local e se sentou num dos bancos o que foi quase impossível de encontrar depois de um pouco de esforço. O lugar fedia a suor, queijo mofado e cerveja velha.
- Ô menina! - Ele assoviou e uma loira com o cabelo preso em um coque mal feito de camiseta branca, olhos azuis fundos, tatuada e lábios carnudos veio ao seu encontro .
- O que vai querer gato? - Ela piscou pra ele enquanto mascava um chiclete e o loiro não pode evitar um sorriso malicioso cheio de segundas intenções.
Ela tinha um tom provocante, um corpo mais provocante ainda, uma beleza devastadora, um rosto fino e um short curto.
- Ah, eu quero muita coisa...
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