- Por favor! - Sam juntou as mãos e fez uma cara de cachorro abandonado.

- E aquela sua amiga, Charlie não é? - Sam sorriu.

- Minha amiga lésbica - Ele sorriu de canto segurando a ponta do queixo dela.

- Isso não a impede de ser seu par.

- Isso impede que você - Ele colocou o indicador no centro do colo dela - Seja meu par.- Ele olhou nos olhos dela - Minha mãe vai casar denovo! Por favor, é muito importante para mim, e eu queria que você estivesse presente, eu prometo - Ele deu uma pausa e ergueu dois dedos como um escoteiro enquanto Nathalie ouvia atenta - Prometo que será meu último pedido, então depois da festa você pode ir embora.

- Está tentando me fazer ficar... - Ela disse baixo e suave - Você está me fazendo ficar apaixonada por você, pra que eu não tenha que ir...

- Não posso mentir - Ele deslizou o dedo pela face dela - Isso não deixa de ser verdade, porém - enfasou -não é toda a verdade. Eu só quero ter um tempo com você, os dias que passou com a gente (a grande maioria com o Dean) não pareceram agradáveis, até por quê ouvir o meu irmão dizer que te odeia o tempo todo deve ser irritante.

- É, é sim... - Na sua mente flash's piscavam, o rosto de Dean tão próximo do seu, a respiração quente dele, seu cheiro, "sua deixa, Dean" ela lembrou da cena em que lambe o rosto do mais velho. - Na verdade - Ela voltou a realidade - Só estar perto dele é irritante.

- Mas não fuja do assunto - Ele apertou a cintura dela - Você aceita ser o meu par, para o casamento da minha mãe?- Ele sussurrou contra os lábios dela.Nathalie deu um beijo de boa noite nos lábios de Sam, aqueles lábios apaixonantes e doces, aqueles olhos que tinham o poder de prender quem quer que fosse ali.

Ela nunca havia se sentido tão leve, era como se os braços definidos do moreno pudessem tirar todos os problemas da vida dela e joga-los ao universo e dane -se, o problema deixava de ser sua responsabilidade, deixava de ser um peso para ela e tudo que importava eram aqueles braços em torno de si, apertando-a, mantendo-a ali longe de tudo.

Ela deixou Sam no quarto e seguiu para o seu ao lado, enquanto rodopiava sobre os pés descalços, aquilo era como um belo e doce sonho. A garota ergueu a vaca Elvis no ar como símbolo de que aquela noite foi real, que havia acontecido de verdade e pela primeira vez ela se sentiu amada.

- Tá felizinha né não? - A voz de Dean embargada e arrastada tomou conta de todo o espaço entre eles e o resto do corredor.

- Eu estou ótima Deana- Ela sorriu abraçando Elvis - E você não  vai estragar isso! - Ele deu de ombros.

- Eu não  tô  nem aí - Ele ergueu uma garrafa de whisky e deu um grande gole - Sabe o que eu tô  sentindo? - Ele fez uma careta enquanto Nathalie o observava- Nada - Ele deu um tapa no ar.

- Dean...- Ela se aproximou.

- Não! - Ele apontou o indicador para ela impedindo que a mesma se aproximasse- Não  chega perto. - Ele virou o rosto - Sabe que, - Ele esfregou o olho direito - Eu... Eu até  que estava gostando de você, sabe? Só um pouquinho assim - Aproximou o polegar do indicador como se pegasse algo com a ponta dos dedos - Mais aí, aí  você  está  saindo com meu irmão e... - Ele fungou  porém não chorava- Você - Ele estendeu a mão apontando a mão para o rosto dela - Você  é  tão linda, com esses - Ele riu - esses cachinhos lindos - Ele deslizou os dedos pelo cabelo dela - E eu quero tanto beijar você...

- É seu bêbado- Ela disse num tom fofo - Parece que não vai rolar - E sorriu de canto.

- Eu sei - Dean socou o ar como uma criança  birrenta que ganhou um não depois de pedir um brinquedo no shopping- Mais por que você quer ele?- Arrastou a voz - Ele torna tudo - fez um gesto ao redor de si - Tudo mais complicado você  entende, não entende?

- Dean - Ela sorriu de canto - Você está bêbado, vá para o chuveiro e esfria essa cabeça quente e doida - Ela bagunçou os fios de cabelos loiros do mesmo e ele fechou os olhos travando o maxilar.

- O que é isso? - Ele abriu os olhos lentamente olhando fixamente para Nathalie ele estendeu a mão e agarrou o queixo dela e se aproximou selando os lábios, sem movimentos enquanto a garota ficava sem reação diante aquele ato não esperado - Ah, - Ele se afastou um pouco o rosto dele do dela e olhou seus olhos profundamente- É só sua boca na minha, posso ver de novo?

- Eu acho que... - Ela se ajeitou colocando as mãos sobre o peito do loiro que ainda segurava sua nuca e o queixo - Você não  entendeu Dean - Ela deu um sorriso fraco- Eu tô  com o Sam, e isso - Ela apontou para ambos - É  estranhamente errado,a gente se odeia lembra?- Ela respirou fundo-  E mesmo que tivesse uma pequena, tipo 0,1 por cento de chance de ficarmos juntos isso nunca daria certo, jamais.

- É - Ele forçou um sorriso enquanto ela dava um pequeno passo pra trás recuando suas mãos do peito do loiro- A gente se odeia - Ele virou mais uma vez a garrafa na boca engolindo rápido demais o que lhe causou uma ardência na garganta e o mesmo fez uma careta.

- Então, faz o que eu te falei - Ela inclinou o rosto - Toma um banho e dorme -Ela deu passos pra trás indo em direção a porta do seu quarto.

- Nath...- Ele a chamou.

- Sim? - Ela virou o corpo e deu alguns passos para perto dele.

Uma parte dela ansiava que ele a beijasse denovo, aqueles lábios quente e macios com gosto de whisky barato, aquele corpo emanava calor independente do momento, do seu estado ou humor, independente da temperatura, Dean era quente e sexy. Isso ela jamais negaria.

Sugestão de música: Bob Seger - Nigth Moves.

- Toma banho comigo? - Ela recuou.

- O que?! - Ela deu a entender que estava horrorizada, mais não era bem assim, Dean estava bêbado e bem isso não era novidade mais ela o perdoaria, um bêbado fala qualquer merda que vem a cabeça.

- Eu, - Fez cara de cachorro abandonado - Eu tô  me sentindo só e... Queria ficar um pouco, só um pouquinho com você - Ele fez de novo o gesto com os dedos. - Vai me dizer que não quer ficar um pouquinho comigo? - Ele jogou os braços pesados sobre os ombros de Nathalie o que quase a fez cair pelo peso súbito e sua cara de cachorro digno de pena se transformou em um sorriso bobo e sexy, daqueles descarados que assim que expostos dizem logo suas intenções, suas más (ou não) intenções. - Prometo - Estendeu o indicador na altura dos lábios- Ser um bom menino e me comportar - Ele soltou uma leve gargalhada.

- Ah Dean você  me mata - E riu- Vamos, eu sei que você não  vai lembrar de nada amanhã- Deu um tapinha nas costas do cara debruçado sobre seu ombro- e isso é ótimo e eu sei também que se eu não  for com você, você não vai então...

- Uh... Ta cheirosinha! - Ele afirmou.

- É  Dean? - Ela quis debochar dele um pouco - E ta bom aí? - Ela riu baixo?

- Uhum, muito mesmo.

- Tudo bem, - Ela empurrou o corpo mole de Dean que fedia a suor (que não era ruim, não em Dean) para dentro do quarto e então notou que ele estava a ponto de cair no sono, ali mesmo em seu ombro - Acorda palhaço! Tem que tomar banho! - Os olhos de Dean se abriram vagamente enquanto suas sombrancelhas se arqueavam deixando a mostra suas linhas de expressão na testa.

- Já  vou...Mamãe - Ele murmurou.

- Urgh, - Ela jogou o moreno na cama e seu corpo impulsionou para cima outra vez - Era só  o que me faltava, um bêbado semi-moribundo aqui, mereço Deus - Ela desafivelou o cinto de Dean e pensou que em outras circunstâncias aquilo pareceria muito, digamos assim... Inapropriado, então ela deu meia volta na cama de Dean e trancou a porta, logo em seguida voltando a suas atividades estranhas.

Ela desabatoou a calça e seu interior implorava que ele de cueca por que se tinha uma coisa que ela não entendia era o motivo de homens não usarem roupas de baixo  o que a incomodava de uma certa forma, por que se tinha era por que deveria ser usadas esperava também que ele não  estivesse com a mesma cueca de três dias atrás,  era nojento. Para sua surpresa Dean estava sim com uma roupa de baixo e para maior surpresa ainda sua box preta da CK deixava tudo bem marcado (se é  que vocês me entendem) o que a levou a última surpresa, caramba.

Ela tirou o casaco de Sam, ah Sammy, doce e adorável Sammy... Ela suspirou colocando-o tanto o casaco quanto Elvis Cow Presley sobre uma cômoda de madeira que com certeza estava sendo devorada por insetos, por um momento ela pensou em Sam e teve a sensação  de estar traindo ele, não  que tivessem fazendo nada de mais,mas, poxa era seu irmão que estava ali quase nu na frente dela, tudo bem que ele estava em coma alcoólico mais ainda assim era seu irmão. Ela não  estava traindo ele estava?
A garota deixou de pensar no que Sam pensaria ao ver aquilo, ele nem iria saber, não  precisava apesar de não ser nada demais, ela estava apenas sendo caridosa com o irmão moribundo.

Ela caminhou até  o banheiro de Dean e ligou o chuveiro conferindo se o nível de temperatura estava especificamente no gelado tipo frozen , voltou prendendo seu cabelo num rabo de cavalo meio solto e fez força puxando Dean que ainda não  se separar a de sua fiel amante garrafa de whisky quase vazia pelos punhos fazendo o rapaz fazer um arco no ar indo em sua direção como um boneco de plástico em tamanho natural (com o peso natural incluso), ao abraçar o corpo pesado de Dean e manter seu rosto quase afundado no pescoço dele ,ela não  resistiu em deslizar as mãos  por aquelas costas largas e por um momento quis arranha-la porém seu melhor estava por vir, as mãos pequenas de Nathalie deslisavam pela comissão de trás do loiro, que tinha um quadril perfeitamente redondo e volumoso.

- Quanta abundância- Ela sorriu ao sussurrar aquela frase.

- Para de me apalpar- Sua voz saiu em outro nível de embriaguez, não  era só embargada e pesada, era arrastada e forte como se estivesse brigando o tempo todo,  a cada palavra proferida.

- Tudo bem - Ela engasgou uma risada que morreu no início da garganta - Mas só  pra dar uma inaugurada por que imagino que poucas, ou talvez quase nada de mulheres tenham feito isso com você- Ela diferiu um tapa forte, tão  forte que Dean jogou a cabeça  pra trás e abriu os lábios levemente.

- Você  não fez isso - Ele murmurou ainda com a cabeça pendida pra trás.

- Desculpe - Ela sorriu tentando deslocar o corpo mole de Dean até  o banheiro - Mas eu não tenho culpa, você  tem maior bundão é não  me julgue.

- Eu vejo... Vejo sua bunda todo dia - Ele voltou a jogar a cabeça no ombro dela - Nem por isso eu fico estapeando ela, - Ele sorriu de canto- Não que eu não  tivesse vontade.

- Dean! - Ela riu, era engraçado vê-lo tão  espontaneo e tarado como sempre.

- O que? - Ele deu um riso abafado - Sua bundinha é  ó- Ele fez um sinal de aprovação- Ela é  toda linda.

- Dean para de falar da minha bunda como se ela fosse gente e me ajuda a te ajudar caramba! - Ela riu alto, mais alto mesmo quando o bêbado agarrou sua cintura e a ergueu no ar dando passos largos em direção ao chuveiro fazendo a tarefa parecer fácil, talvez fosse, mas somente para ele.

- Eu não  vou entrar - Ele murmurou ainda agarrado em Nathalie com os olhos fechados sobre seuombro magro.

- Ah você vai sim, por que eu tive muita dificuldade para tirar sua roupa - Ele sorriu abafado denovo - Para com isso seu impuro! - Ela deu um tapa nas costas dele.

- Au, sua agressora de incapaz! - Ele murmurou.

- Incapaz de quê palhaço? Só se for de ficar sóbrio meu bem - Ela riu e puxou o loiro devagar em direção  ao chuveiro que estava ligado a um bom tempo.

Ela esticou os braço se distanciando do corpo dele e então o puxou devagar fazendo ele e suas coxas torneadas andarem na direção dela em passos de tartaruga, pelo tamanho da lerdeza, então impacientes ela o puxou com força fazendo ambos os corpos colidirem então  ela agarrou a cintura dele enquanto o mesmo se encolhida debaixo da água excepcionalmente fria.

-Ah, m-m-mais que merda! - Ele gagueijou batendo os dentes tentando franzir o cenho.

Nathalie ficou ali, abraçando o loiro encolhido debaixo de uma ducha fria com água escorrendonpelo cabelo passando pelos olhos e pelos lábios entre abertos dele enquanto xingava baixinho.

- Vamos, agora fique quieto - Ela disse e  Dean balançou a cabeça lentamente.

Tanto Nathalie quanto suas roupas estavam totalmente encharcadas, a blusa preta estava grudada ao corpo marcando suas curvas deixando-a semi transparente. Dean fixou seus olhos meio perdidos nos seios da garota.

- Pare de me olhar como se quisesse me comer, no sentido literal da palavra- Se apressou a dizer quando notou um sorriso de canto estampando o rosto do loiro - Pervertido - Dean a envolveu em seus braços e a manteve ali, debaixo do chuveiro num intenso e forte abraço enquanto ela agarrava a cintura dele.

- Obrigado Nath - Ele disse quase não abrindo a boca- Sério.