9 - Running With The Wolves
Há sangue em suas mentiras
O céu está bem aberto
Não há lugar para você se esconder
A Lua do caçador está brilhando
Estou correndo com os lobos hoje à noite
— Running with the wolves, Aurora
Eu e minhas habituais companhias, Haein e Angela, já nos encontrávamos na sala de reuniões quando os demais começaram a chegar, ocupando seus respectivos lugares. Hui, sempre o último a chegar, saúda os outros diretores e lança-me um olhar repleto de arrogância. Respondo com um sorriso irônico — afinal, eu também sei jogar o seu jogo. Uma vez que todos estão acomodados, ponho-me de pé e inicio minha fala:
— Bom dia, senhores. Espero que estejam todos bem. Convocamos esta reunião para discutir sobre resultados e eficiência em nossos métodos de trabalho. — Meu olhar percorre a sala, e percebo que alguns demonstram desinteresse, revelando-se aliados a Hui. — Primeiramente, desejo compartilhar que a mídia reagiu de forma muito positiva à nossa recente ação de entrega de uma pintura. Tive um encontro com o ministro da Cultura e planejamos fortalecer os laços da Kimsan com o governo coreano. Isso nos abrirá novas possibilidades de trabalho, uma vez que o ministro assegurou acesso a mais itens históricos legalizados, caso cooperemos com o governo. Diante disso, tomei a decisão de terminar nosso contrato com a Koesun.
O murmúrio se espalha entre os presentes, descontentes, considerando que a Koesun é uma empresa fantasma criada pela máfia para contrabandear itens antigos. Consciente de que enfrentaria oposição dos corruptos, permaneço firme em minha decisão, movido pela ambição de vê-los cair. Apesar das reclamações e protestos, continuo:
— Recentemente, descobri que a empresa que nos fornecia vários itens raros é, na verdade, uma fachada para operações mafiosas. Portanto, daqui para frente, nossa parceria será exclusiva com o governo.
— Você está louco? Há anos trabalhamos com a Koesun, você não pode vir aqui e impor suas vontades sem ao menos propor uma votação! — Um dos diretores se exalta, encontrando apoio em outros.
— Ah, eu posso sim? E quanto à tentativa de eleição para a presidência da Kimsan Company, sem considerar o herdeiro da empresa, numa clara tentativa de nos derrubar pelas costas? Legalmente falando, vocês podiam agir assim? Eu acho que não. Pois bem, decidi que também posso agir conforme desejo. — Retruco, encarando o diretor, que fica sem resposta.
— Acho a decisão do presidente bastante sensata. Há anos que precisamos reformular nossas práticas empresariais. — Outro homem intercede, o que dá início a um tumulto de opiniões divergentes. A empresa está dividida, entre os que se disfarçam de aliados, mas agem como inimigos, e aqueles que realmente buscam o correto.
— Senhores, chega! — Angela eleva sua voz. — O fato é que Seungmin reconheceu que teremos mais vantagens colaborando com o governo. Precisamos focar no que é mais benéfico para o grupo, e, no momento, a parceria com o governo é a melhor escolha. Advertimos que qualquer um que mantenha contato com Allifer e for descoberto será entregue à polícia. — Angela sorri de forma maquiavélica. Ela pode ser tão corrupta quanto os outros, mas adora sentir o poder em suas mãos.
— Está bem, presidente. Seguiremos conforme seu desejo. — Hui finaliza, olhando-me de forma fria e eu devolvo o olhar com a mesma intensidade.
Eu disse para Leah se arrumar, pois tínhamos planos de sair, e ela adorou a ideia. Escolheu um vestido encantador, arrumou seus longos cabelos e aplicou uma maquiagem suave. Agora, eu a conduzia em meu carro para nosso destino. Ao chegarmos ao prédio, entramos no elevador, onde segurei sua mão, acariciando-a com o dedão. Desde que resolvemos nossas desavenças, nossa relação floresceu e se fortaleceu. Tê-la ao meu lado tornava as pressões do trabalho na empresa mais suportáveis.
Estar com Leah me permitia soltar a armadura de rudeza e superioridade que tinha que vestir para lidar com todos na empresa. Com ela, eu podia ser eu mesmo, e seus beijos tinham o poder de aliviar o peso que eu carregava, trazendo-me leveza.
Chegamos ao andar desejado e bati na porta. Leah, curiosa, pois não havia revelado nosso destino, olhou para mim. Logo depois, a porta se abriu, revelando um Changbin muito sorridente:
— Oi, finalmente chegaram, entrem. — convidou ele.
O apartamento de Chan é, sem dúvida, luxuoso, mas não se compara ao imenso do lar de Changbin. Localizado em Gangnam, o bairro mais prestigiado de Seul, o apartamento, originalmente dos pais de Changbin, é uma espécie de mansão distribuída entre o nono e o décimo andar. Cada vez que vinha aqui me fazia questionar a necessidade de tanto espaço. No entanto, é impossível não se encantar pela vista panorâmica da cidade, uma característica que Changbin sabia usar muito bem para impressionar as mulheres que traz aqui. As paredes de vidro proporcionam uma visão deslumbrante, independente de onde se olhasse. Além disso, a decoração sofisticada do duplex reflete o bom gosto de Changbin. Lembro-me da surpresa ao descobrir o preço de uma das poltronas que adquiriu após se mudar pra cá; quase não acreditei. Changbin se destaca como o maior playboy entre nós.
Leah, fica tímida, entra e sorri para todos. Meus amigos sorriem de volta, a recebendo calorosamente:
— Leah!!! — Bang Chan se levanta do sofá e a abraça— Estou tão feliz de ver você.
— Oi, Chan — diz ela, o rosto tingido de um vermelho mais intenso que pimenta. Logo atrás, Yunjin surge, esboçando um sorriso em sua direção.
— Posso oficializar que vocês são um casal agora?
Rimos em uníssono, e eu enlaço Leah pela cintura. Felix se junta a nós, de mãos dadas com Marie, exibindo um sorriso acolhedor.
— Leah, quero que conheça minha namorada, Marie.
Marie envolve Leah em um abraço, deixando-a desconfortável, pois na cultura coreana, os abraços são reservados para momentos de maior intimidade. Após o breve desconforto, Marie me abraça com entusiasmo. Havia algum tempo que não nos víamos, e sempre tive grande apreço por ela. A garota e Felix formam um casal mais radiante que o sol. Ao notar a presença de Hyunjin na cozinha, corro em sua direção para um abraço apertado. Ele havia passado um período na Europa a trabalho e, finalmente, estava de volta.
— Saudades!
— Ei, soube que você está se saindo muito bem na empresa. Estou orgulhoso de você — diz ele, sorrindo enquanto bagunça meu cabelo.
A noite ainda reservava surpresas. Beomgyu emerge da despensa, deixando-me estupefato com sua aparição. Ele se junta a nós com um sorriso, dirigindo-se até Hyunjin. Minha expressão de alegria é incontida ao perceber que, depois de tudo, eles finalmente estavam juntos. Observo Minho, visivelmente irritado — pela presença de Beomgyu —, e I.N, aparentando estar sozinho. Que prazer era estar ao lado dos meus amigos novo.
A noite se desenrola de maneira divertida e caótica. Yunjin anuncia que Leah agora faz parte do nosso grupo, enquanto Changbin arranca gargalhadas de todos ao declarar que ele, I.N e Minho formavam o grupo dos "não tão solteiros", embolando-se todo para explicar essa denominação.
Depois de muitas bebidas e comidas, encontramos nosso caminho para casa. Barto late do quintal enquanto me dirijo à cozinha para pegar um copo d'água. Leah foi quem dirigiu na volta para casa; ela bebeu, mas muito menos do que eu.
— Espero não ter ressaca amanhã — comento, enquanto tomo um longo gole d'água.
— Deixarei um kit de ressaca pronto para você. Vou para o meu quarto, boa noite.
Ela se aproxima e, com delicadeza, me beija. Eu, imediatamente, correspondo ao seu afeto, a atraindo para mais perto de mim, envolvendo-a em meus braços. Uma onda de desejo me invade, e, impulsionado por esse sentimento, deslizo minha mão pela barra de seu vestido, o elevando até alcançar sua intimidade. Ela solta um suspiro abafado.
— Por que você não vem dormir no meu quarto? — Sussurro em seu ouvido, tentando seduzi-la com minha proposta, ao que ela responde com um sorriso tímido.
— Eu perdi a coragem de transar com você naquele quarto.
Para mim, o local era indiferente. Desejava-a em qualquer cenário. Sem hesitar, volto a capturar seus lábios com os meus, pressionando seu corpo contra a bancada. O desejo que ela nutre por mim é palpável; suas mãos deslizam pelo meu peito, e seus braços buscam intensificar o contato entre nossos corpos. Prossigo com meus beijos, descendo até que, com delicadeza, removo sua calcinha. Ao tocar seu clítoris com minha língua, ela solta um suspiro mais audível, e eu peço silêncio com um gesto. Continuo a proporcionar-lhe prazer, e Leah, incapaz de conter-se, puxa meus cabelos em um gesto de entrega total. Após um momento, nossos lábios se encontram de novo e eu, já desprovido de minhas roupas, permito que ela alise todo meu corpo. Em seguida, com um só movimento, a posiciono de costas para mim, estocando meu membro em sua entrada.
Fazer sexo com Leah é reviver uma paixão juvenil, intensa e avassaladora - uma sensação incomparável. A sensação de foder com ela é maravilhosa, cada gemido que ela tenta repelir, me deixa mais sedento. Não demoro muito para deixar que meu líquido jorre dentro dela, mas a nossa noite não acabou, pois a garota me puxa para seu quarto, se ajoelha e lambe toda a minha extensão, me fazendo suspirar de prazer.
Depois de gozar mais uma vez, eu puxo seu corpo para mim e o abraço:
— Eu te amo, garota. — Confesso, ofegante pela exaustão, mas isso não me impede de marcar seu pescoço com um chupão. Ela sorri, retribuindo o gesto com igual intensidade, arranhando minhas costas. Esse contato apenas intensifica ainda mais o nosso desejo mútuo.
— Será que você aguenta um terceiro round? — Ela pergunta, me fazendo sorrir.
— Desculpa princesa, estou exausto. — Digo ainda ofegante, tendo a certeza que o amiguinho lá de baixo não iria cooperar.
— Terei que recorrer a um vibrador então? — Ela diz, em tom de brincadeira e eu a olho sugestivo.
— Você tem um vibrador? — Arqueio a sombrancelha e ela sorri de uma forma nada inocente.
— O que foi? Mulheres também tem necessidades tá?
Nos encaramos, compartilhando o mesmo pensamento. Em segundos estou segurando o pequeno objeto contra seu clítoris, enquanto ela geme e fica cada vez mais molhada. Levo minha língua em sua entrada, ansiando que seu gosto me invada enquanto ela se contorce pelo prazer, a ponto de apertar suas pernas contra minha cabeça. Deixo que meus dedos terminem o serviço, enquanto o vibrador cumpre bem o seu propósito, fazendo-a atingir o orgasmo.
Deito ao seu lado e ela volta a me beijar, enquanto nossas peles suadas roçam uma na outra, o cheiro de sexo está impregnado, enquanto ela continua a estimular seu corpo.
— Leah agora é oficial, estou dando surrender.
— Mas já? — Ela fala de forma implicante e eu a olho.
Ela não vai me dar paz e, sendo bem sincero, não quero paz. Espero meu corpo se acalmar e começamos de novo, sem hora pra acabar.
Eu até que admiro a persistência da Angela. Ela faz de tudo para tentar chamar a minha atenção e, mesmo que antes eu já fosse resistente, agora que estou com a Leah, sou ainda mais. Angela está na minha sala, usando roupas justas, salto alto e, dessa vez, decidiu usar um decote numa clara tentativa de me conquistar com sua bela aparência. Mas tenho outras coisas com que me preocupar além dessa garota. A empresa está se dividindo em dois lados e isso está deixando o clima desagradável.
Sei que se entregasse tudo à polícia, as coisas se resolveriam mais fácil, porem tenho medo de destruir o império que os Kims construíram. Então estou dando uma chance aos diretores, pois corrupção é crime e todos os corruptos podem ser severamente punidos pelas leis coreanas. Mas eles estão me desafiando e isso está me tirando do sério. Chegaram até a insultar minha carreira de idol, tornando os ataques ainda mais pessoais. Nesses momentos, questiono se manter o réu primário é tão importante assim.
Também continuo com as investigações sobre o acidente do meu pai. Pedi para reavaliarem o carro e dessa vez paguei uma equipe particular para analisar minuciosamente qual foi a falha que causou o acidente. Também verifiquei todos os arquivos no laptop dele até encontrar um nome: Na Do Kyun. Esse nome não tinha nenhuma ligação com nada. Estava salvo em um email que nunca foi enviado e também não havia nenhum conteúdo.
Pesquisei na empresa e não encontrei ninguém com esse nome. Fiz uma busca na internet, mas encontrei várias pessoas com esse nome e nenhuma delas tinha envolvimento com a Kimsan. Foi aí que a Angela sugeriu que fôssemos atrás da ex-assistente do meu pai e pedi para a Haein fazer isso. Não tinha certeza se ela iria querer cooperar comigo, já que pedi para ela mudar de função para que a Haein se tornasse minha assistente. Ela se recusou e acabaram a demitindo... ela deve me odiar, pelo menos um pouco.
Então, quando uma mulher de cabelos platinados, usando roupa social e salto alto entra, eu me assusto. Haein entra logo depois dela, fecha a porta e diz:
— Essa é a Go Min Ji, foi assistente do senhor Kim por um tempo.
Me levanto e me curvo para cumprimentá-la, e ela segue o gesto. Angela nem se mexe, continua sentada em seu lugar de sempre com seus olhos julgadores.
— Go Min Ji, por favor, sente-se. Aceita um café, uma água?
— Estou bem, obrigada. — Ela diz e se senta. — Encontrei isso jogado no chão perto da lixeira do prédio. — Ela retira de sua bolsa o maldito pêndulo de Newton e o coloca na minha mesa. — Reconheci que era da sua sala, pois esse pêndulo tinha um valor inestimável para o seu appa. Foi feito pelo Simon Prebble, uma pessoa importante. Alguém está mexendo na sua sala, Seungmin-ssi.
— Vou ficar de olho, obrigado. — Digo, já pensando em várias maneiras de me livrar desse objeto.
— Enfim... Você solicitou minha presença, Seungmin-ssi, do que se trata?
— Você trabalhou por muitos anos para o meu appa.
— Oito anos e quatro meses para ser mais específica, até o senhor me demitir. — Ela diz, dando um sorriso amarelo.
Angela segura o riso e eu ignoro a provocação da ex-assistente e continuo:
— Estou fazendo algumas investigações. Eu encontrei um nome no computador dele e gostaria de saber qual a ligação. Imaginei que você pudesse me ajudar. O nome é Na Do Kyun, você já ouviu falar?
Observo para ver se ao ouvir o nome, ela expressa alguma reação, mas sua postura se mantém indiferente.
— Não consigo me lembrar, minha memória é terrível. Preciso de algo que me motive a recordar — ela diz, oferecendo-me um sorriso forçado enquanto eu respiro fundo, tentando manter a calma.
Antes que eu tenha a chance de responder, Angela se levanta abruptamente, aproxima-se com passos decididos e estampa um tapa bem estalado no rosto dela, proferindo com fúria:
— Escute bem, sua insolente, quem você pensa que é para querer qualquer tipo de pagamento? Foi demitida, não foi? Que pena, supere isso! É melhor você começar a falar, do contrário, não hesitarei em espalhar pela sua nova empresa os boatos de que você deu pra cada um dos diretores daqui. É melhor se lembrar agora mesmo...
— ANGELA! CHEGA! — interrompo, elevando a voz, enquanto Angela me lança um olhar de pura arrogância.
A ex-secretária permanece atônita por um breve momento, em seguida, recompondo-se, ajeita sua postura e cabelo, olhando envergonhada e cobrindo o local do tapa com uma das mãos:
— Na Do Kyun é um dos associados de Allifer. Ele é como uma sombra, sempre presente, mas nunca visto. Parece que seu pai estava tentando prevenir que alguém dentro da empresa contrabandeasse um antigo leque chinês, datado de quase um milênio. Tudo o que sei é que um americano procurou a Kimsan, demonstrando interesse para que a companhia facilitasse a compra do item.
— Espera, acho que estou por dentro do assunto. Foi muito noticiado, um leque de quase mil anos desapareceu na China. O responsável pelo roubo nunca foi capturado — Haein comenta.
— Então, a Kimsan coreana está diretamente envolvida em atividades de roubo? Wow, Isso é impressionante... — Angela comenta, um sorriso de contentamento desenhando-se em seu rosto.
— E a filial britânica, não está envolvida? — questiono, levantando uma sobrancelha em sinal de dúvida.
— Apesar de haver um mercado clandestino onde é possível adquirir itens de valor inestimável, a Kimsan britânica nunca se envolveu em roubos. Inclusive, já prestei esclarecimentos diretamente ao Rei Charles, tendo sido convidada várias vezes ao Palácio de Buckingham para palestrar sobre a importância e a valorização de artefatos históricos.
— E quando foi que você se deixou corromper? — indago, cortando-lhe o ímpeto de se glorificar, já que obviamente, ela é tão corrupta quanto os demais.
Angela me ignora e retorna ao seu assento no sofá. Decido que posso encerrar esse assunto mais tarde, afinal, se a sede coreana é corrupta, o que impede as outras de serem também? Mas nesse instante, é crucial concluir a conversa atual:
— Go Min Ji, há algum modo de entrar em contato com esse Na Do Kyun?
— O mais próximo que o senhor Kim chegou foi obter um endereço de e-mail... Se me permite dizer, entendo o motivo de sua investigação. A morte de seu appa nunca me pareceu um acidente. Mas assim como ele acabou em um caixão, por se envolver com pessoas perigosas, você pode ser o próximo... Reflita sobre isso.
Suas palavras reverberam em meu ser, deixando-me ligeiramente perturbado. Claro que já havia ponderado a respeito, mas agora não há volta. Me envolvi nisso desde o momento em que trapaceei no cassino, e sei muito bem que Allifer não gostou nem um pouco. Estou correndo contra lobos agora. A ex-secretária deixa a sala, e eu me concentro no endereço de e-mail.
— Tentarei marcar um encontro com Na Do Kyun — declaro, determinado.
— Você enlouqueceu? Já apoiei muitas de suas loucuras, mas essa supera todas. — Haein protesta, irritada.
— Concordo com ela, isso é loucura — complementa Angela.
— Mas eu não irei sozinho. Acredito que já é hora de envolver a polícia nessa história.
O resultado da nova perícia do carro saiu e não há dúvida de que não foi acidental. Os freios estavam todos alterados. Puxei no sistema e descobri que o carro que caiu no rio havia passado por uma manutenção a poucos dias antes da tragédia. Conveniente, não é?
Levei a situação para a polícia. Ainda não revelei os segredos sujos da empresa, mas sei que é apenas uma questão de tempo até a polícia descobrir tudo. Mas não me importo mais com a reputação da Kimsan. Mataram meu pai e não vou parar até colocar o responsável na cadeia. Para mim, só pode ter sido aquela família maldita, os Sons. Eles seriam capazes de tudo para chegar ao poder, mas ainda não posso provar nada.
Na Do Kyun responde meu e-mail e concorda em me encontrar e marcamos um local de encontro. Avisei a polícia e armamos uma emboscada, onde eu seria a isca. Sei que a isca sempre se dá mal, mas vou até o fim com isso. O que é mais um pouco de sujeira para alguém que já está atolado na lama?
Antes de sair de casa, dou um beijo em Leah. Um beijo demorado e apaixonado. Não esqueço de dizer o quanto a amo. A amo muito e não sei o que pode acontecer comigo hoje. Quero que ela saiba disso.
Angela também me liga, querendo saber se estou pronto. Digo que sim. Na verdade, estou ansioso e tentando parecer calmo, mas, na realidade, estou apavorado. Afinal, estou mexendo com criminosos que não têm muitos escrúpulos.
Sigo para o local indicado, próximo a uma feira de rua, onde há muitas pessoas. Escolho um lugar movimentado, assim me sinto um pouco mais seguro e é mais fácil para os policiais se camuflarem entre a multidão. Sei reconhecer os policiais disfarçados porque eles se mostraram para mim antes. Ando pela feira. Algumas pessoas sorriem e converso com elas, mas estou muito perplexo para ficar descontraído.
Continuo andando pelas barracas e até agora não há sinal desse cara. Já faz um bom tempo que estou andando sem rumo e começo a pensar que ele não virá.
De repente, ouço uma explosão. Um carro explode a alguns metros de distância. As pessoas entram em pânico e ouço gritos por todos os lados. Vejo pessoas feridas e, antes que eu possa reagir, o carro ao meu lado também explode. A onda de calor derruba meu corpo e caio no chão. Meus ouvidos zumbem por causa do barulho alto da explosão e fico completamente desorientado. Tento me levantar, mas algo bate na minha cabeça e não consigo me lembrar de mais nada.
Será que Seungmin vai conseguir provar que seu pai morreu a mando dos Sons?
Não esqueça a estrelinha ⭐
BIG HUG
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