Tanjiro Kamado
Deixei o painel com as capas das obras de Demons Slayer que já publiquei aqui e como eu não farei um livro dele, resolvi por um pequeno imagine aqui.
820 palavras
Título: PEQUENO MOMENTO
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A cabana estava quente e acolhedora, com o cheiro suave de chá recém-preparado misturado ao aroma das lenhas queimando na lareira. A tempestade do lado de fora batia contra as janelas, mas ali dentro tudo parecia seguro, como se o mundo lá fora fosse apenas um eco distante.
Tanjiro estava sentado no chão, o haori quadriculado repousando sobre seus ombros, enquanto ele cuidadosamente servia o chá nas pequenas xícaras. Suas mãos, calejadas e marcadas pela luta, tratavam os objetos frágeis com um cuidado quase reverente.
— Aqui está — ele disse, oferecendo uma xícara a você com um sorriso caloroso. Seus olhos avermelhados brilhavam, refletindo o brilho da lareira.
— Obrigada, Tanjiro. — Você pegou a xícara, sentindo o calor reconfortante se espalhar por suas mãos.
Ele assentiu e tomou um gole da própria xícara antes de se recostar ligeiramente, parecendo relaxar pela primeira vez em dias.
— Acho que não me lembro da última vez que tive um momento tão tranquilo como este — ele admitiu, a voz baixa, mas carregada de um alívio palpável.
Você sorriu, observando-o. Apesar de seu semblante tranquilo, havia algo nos ombros de Tanjiro que nunca desaparecia completamente: uma tensão persistente, o peso de tudo o que ele carregava.
— Você merece mais momentos assim, Tanjiro — você disse suavemente. — Você está sempre pensando nos outros, cuidando de todos. Acho que é hora de alguém cuidar de você.
Ele piscou, surpreso pela sua sinceridade, e um leve rubor coloriu suas bochechas.
— Não sei se sou bom em deixar que cuidem de mim — ele respondeu, coçando a nuca, um sorriso tímido brincando em seus lábios.
— Não precisa fazer nada, só... estar aqui. — Você colocou a xícara de lado e se aproximou um pouco, estendendo a mão para tocar a dele. — Permita-se descansar, pelo menos por uma noite.
Os olhos dele caíram para suas mãos entrelaçadas, e ele permaneceu em silêncio por um momento antes de erguer o olhar para encontrar o seu.
— Obrigado — ele disse, a voz baixa, mas cheia de sinceridade.
Por um momento, apenas o som da chuva preenchia o espaço, mas o silêncio era confortável, como um abraço invisível.
De repente, um trovão ecoou, e você deu um pequeno salto, derramando algumas gotas de chá na mesa. Tanjiro imediatamente se aproximou, colocando a mão sobre a sua.
— Está tudo bem — ele disse, sorrindo de forma tranquilizadora. — Foi só o trovão.
— Eu sei — você respondeu, rindo um pouco de si mesma. — Mas não posso evitar, esses sons me assustam.
Ele inclinou a cabeça ligeiramente, como fazia quando estava pensando, e então se levantou. Caminhou até uma pequena prateleira, onde pegou um cobertor macio, voltando para onde você estava sentada.
— Aqui. — Ele estendeu o cobertor, envolvendo-o em torno de seus ombros com um cuidado quase reverente. — Isso deve ajudar.
— Tanjiro, você é gentil demais — você murmurou, sentindo suas bochechas esquentarem.
— Não é nada demais. — Ele se sentou mais perto agora, os joelhos quase tocando os seus. — Eu só quero que você se sinta segura.
Havia algo na maneira como ele disse aquilo, na intensidade suave de seu olhar, que fez seu coração acelerar. Você se viu inclinando-se para ele quase sem perceber, e ele fez o mesmo.
O toque de suas testas foi suave, como uma promessa não dita.
— Isso é bom — ele murmurou, os olhos fechados, o sorriso tranquilo ainda presente. — Eu me sinto... em paz.
Antes que pudesse responder, ele abriu os olhos, e uma nova ideia parecia brilhar neles.
— Sabe o que sempre me ajuda quando estou nervoso?
— O quê? — você perguntou, curiosa.
— Algo doce. — Ele se levantou rapidamente e foi até sua mochila, de onde tirou um pequeno embrulho. Voltando, ele revelou alguns doces embrulhados em papel.
— Você carrega doces? — você perguntou, surpresa.
— Sempre. Minha mãe costumava dizer que um pouco de doçura sempre melhora um dia ruim. — Ele desembrulhou um dos doces e ofereceu a você.
Você aceitou, sentindo o sabor doce derreter em sua boca, enquanto Tanjiro desembrulhava outro para si mesmo.
— Acho que sua mãe estava certa — você disse, sorrindo.
Tanjiro riu, e o som era tão caloroso quanto a lareira. Ele ficou em silêncio por um momento, observando você enquanto terminava o doce.
— Fico feliz por você estar aqui. — A declaração foi simples, mas o peso por trás dela era inegável.
Você sentiu o coração apertar, mas de um jeito bom. O mundo parecia distante, como se nada mais importasse além de vocês dois naquele momento.
E enquanto a chuva continuava a cair lá fora, vocês conversaram até tarde da noite, rindo de histórias antigas e compartilhando sonhos para o futuro. Naquele pequeno refúgio, o tempo parecia ter parado, permitindo que a conexão entre vocês florescesse de maneira pura e sincera.
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