Luffy
1712 palavras
Título: ILHA DO BEIJO
A tripulação não sabia se reclamava com o capitão ou se aventurava rapidamente pela ilha. Nami estava conversando com Sanji a respeito do abastecimento, enquanto o capitão estava empolgado para explorar, e Robin também queria verificar algumas coisinhas.
Depois de determinarem quem ficaria no navio, Sn desceu com Chopper, sorrindo pelo médico estar feliz em ver cerejeiras em um local tão bonito como aquele.
— A Ilha do Beijo é conhecida por revelar os corações apaixonados. — Robin comentou, e logo o rosto de Sn demonstrou um pouco de vergonha, desviando o olhar para o capitão que apenas observava ao redor.
— Rapaz, será que aquela árvore ali é de comer? — Luffy perguntou, recebendo um soco na cabeça.
— Idiota! — Nami reclamou.
Sanji deu um suspiro dramático, acendendo um cigarro enquanto observava o capitão esfregar a cabeça.
— Capitão, por que tudo que você vê precisa ser comida? — perguntou com um tom de exasperação.
— Porque comida é vida, Sanji! — Luffy respondeu com um sorriso largo, ignorando a dor.
Zoro, que estava cochilando encostado em uma árvore já que o bando parou para discutir e apreciar as cerejeiras, abriu um olho preguiçosamente.
— Se você continuar assim, vai acabar comendo uma pedra qualquer dia desses.
— Ei, Zoro, você deveria estar cuidando da segurança, não dormindo! — Nami ralhou, cruzando os braços.
— Tsc, a ilha parece tranquila. Não vejo necessidade de ficar em alerta o tempo todo. — Zoro retrucou, bocejando.
— E é por isso que você sempre se perde, Marimo. — Sanji alfinetou, soltando uma nuvem de fumaça.
— Cala boca fritador de ovo. — Zoro rebateu.
Chopper riu enquanto observava as cerejeiras e ignorando a briga que se formava entre os dois, já era de costume, e ele estava adorando a atmosfera pacífica que aquelas flores traziam.
— Isso aqui é tão bonito! Sn, você já viu tantas cerejeiras assim antes?
Sn sorriu, apreciando a paisagem, mas ainda um pouco envergonhada pelo comentário de Robin.
— Não tantas assim, Chopper. É realmente incrível — ela se abaixou para admirar ao lado de Chopper.
Enquanto isso, Usopp estava tentando montar uma armadilha improvisada com materiais que encontrara no chão.
— Ei, pessoal, olhem só! Vou pegar um monstro gigante com isso! — disse ele, com um sorriso confiante.
— Ou você vai acabar preso na própria armadilha, Usopp. — comentou Franky, rindo.
— Super trapaceiro! — Brook exclamou, rindo com sua característica gargalhada de caveira.
Robin observava a cena com um sorriso divertido, enquanto Sn continuava a desviar os olhos de Luffy, que estava agora tentando subir na tal árvore para pegar uma fruta.
— Luffy, cuidado para não cair! — Sn gritou, preocupada.
— Se ele cair, pelo menos não vai reclamar de fome por um tempo. — Zoro ironizou, cruzando os braços.
— Isso, Luffy! Só tome cuidado para não comer algo venenoso! — Sanji acrescentou, rindo.
Luffy alcançou a fruta e a segurou triunfantemente.
— Consegui! E agora... é hora de comer!
Antes que ele pudesse dar a primeira mordida, Robin o interrompeu.
— Luffy, essa é uma fruta simbólica da Ilha do Beijo. Dizem que quem come dela revela seu verdadeiro amor.
Luffy olhou para a fruta e depois para Robin, confuso.
— Então, se eu comer isso, vou saber quem eu amo? Oxi que fruta estranha...
Robin assentiu, sorrindo. Luffy olhou para a fruta novamente, e depois para seus amigos, especialmente Sn.
— Ei, Sn, quer dividir essa fruta comigo? — perguntou ele com um sorriso inocente levando a bela Sn a ficar profundamente envergonhada, e a tripulação explodiu em risadas e comentários sarcásticos.
— Luffy, você realmente não tem noção! — Nami exclamou, balançando a cabeça.
— Acho que a ilha já começou a fazer efeito! — Zoro disse, rindo.
Enquanto todos riam e se divertiam, Sn continuou olhando para o capitão, até que em um pulo ele desceu segurando a fruta.
— É o seguinte você vai morder desse lado e eu vou do outro. — Luffy comentou e o coração de Sn disparou, Namy se aproximou dando um tapa na cabeça dele que reclamou. — HEY POR QUE VOCÊ FEZ ISSO!?
— Essa é a ilha do beijo idiota, não provoque os poderes da ilha! — Namy se afastou e Sanji serpenteou até ela.
— Senhorita Namy meu amor, me dê um beijo embaixo daquela árvore!
— Mas nem sonhando!
— Maravilhosa divina!
— Gado -- Zoro berrou
Luffy ficou ali observando o entrosamento dos companheiros, estava achando tudo muito divertido, mas quando olhou para o lado Sn havia se distanciado e com isso ele ficou confuso, será que disse alguma coisa errada?
Só pelo simples fato de pensar nela e querer dividir a comida com ela já era o indício perfeito. Brook foi o primeiro a sorrir e puxar o violino antes de começar a tocar atraindo atenção dos outros.
— Eles nem se deram conta... Ah os jovens são tão apaixonados que fazem o meu coração bater, espera, bateria se eu tivesse um. E não estivesse mortinho da silva. — Gargalhou mais uma vez.
Luffy, ainda coçando a cabeça onde Nami havia batido, olhou ao redor, procurando por Sn. Ele avistou Chopper e Robin rindo de algo, Zoro e Sanji discutindo como sempre, e Usopp e Franky observando Brook tocar seu violino. Mas Sn não estava em lugar nenhum.
— Onde será que ela foi? — Luffy murmurou para si mesmo. Ele começou a caminhar pela ilha, seguindo em direção às cerejeiras mais densas. Pulou por cima de raízes, desviou de galhos baixos e finalmente avistou um vislumbre do cabelo dela entre as árvores.
— Ah, aí está você, Sn! — Luffy exclamou, aliviado, se aproximando.
Sn estava encostada em uma árvore, olhando para as flores de cerejeira com uma expressão distante. Quando ouviu a voz de Luffy, ela se virou, surpresa.
— Luffy! O que você está fazendo aqui?
— Eu estava procurando por você. — Ele disse, sorrindo. — Você sumiu de repente, e eu fiquei preocupado. Disse alguma coisa errada?
Sn balançou a cabeça, tentando esconder o rubor em suas bochechas.
— Não, Luffy. É só que... tudo isso sobre a Ilha do Beijo e... eu fiquei um pouco nervosa. — Sn estava tentando deixar a possibilidade de dar um beijo do capitão ou qualquer outra coisa de lado.
Luffy coçou a cabeça, confuso.
— Nervosa? Por quê? Não tem nada com o que se preocupar. Estamos todos juntos e nos divertindo.
Sn riu levemente, admirada pela simplicidade de Luffy.
— Você tem razão. Eu só... estava pensando demais.
Luffy se sentou ao lado dela, pegando uma flor de cerejeira e a cheirando.
— Sabe, Sn, eu gosto muito de você. Gosto de todo mundo da tripulação, mas você é especial. Dividir comida com você me parece a coisa certa a fazer!
Sn olhou para ele, surpresa e envergonhada.
— Luffy, você realmente não tem ideia do quanto isso significa.
Luffy deu um sorriso largo e despreocupado.
— Vamos voltar para os outros? Acho que eles estão se divertindo muito. E ainda temos aquela fruta para dividir.
Sn assentiu, sorrindo.
— Vamos. E obrigada, Luffy.
Quando eles começaram a caminhar de volta, Luffy olhou para Sn, ainda um pouco confuso sobre por que ela estava tão nervosa, mas feliz por estarem juntos. Na clareira, a música de Brook ainda ecoava, e a tripulação do Chapéu de Palha continuava a se divertir na Ilha do Beijo, sem perceber que, naquele momento, algo especial estava começando a florescer.
[...]
Ao anoitecer, a tripulação do Chapéu de Palha estava reunida ao redor de uma fogueira, satisfeitos por terem conseguido tudo o que queriam. As risadas e conversas animadas enchiam o ar, mas Luffy e Sn estavam um pouco afastados do grupo, sentados sob uma cerejeira. A luz das estrelas e a suave brisa noturna criavam um ambiente mágico e tranquilo.
Luffy olhava para Sn, tentando entender por que estava a achando tão bonita naquela noite. Normalmente, ele não prestava muita atenção nessas coisas, mas agora, sentia uma vontade crescente de se aproximar dela. Sn, por outro lado, estava igualmente nervosa e animada. Desde que Luffy a encantara no East Blue com seus ideais piratas, ela sempre o achara bonito. Agora, com o coração disparado, ela pensava no que ele poderia sentir se ela, despretensiosamente, tomasse a frente e roubasse um beijinho.
Luffy quebrou o silêncio primeiro, olhando para a fruta que haviam dividido mais cedo.
— Aquela fruta era realmente boa, né? — Ele disse com um sorriso, tentando disfarçar sua própria confusão interna.
— Sim, era. — Sn respondeu, sorrindo também. — E... você sentiu algo diferente depois de comer?
Luffy coçou a cabeça, pensativo.
— Bem, acho que estou sentindo algo diferente agora. Tipo, quando olho para você... meu coração bate mais rápido. É estranho.
Sn sentiu seu rosto esquentar e sorriu timidamente.
— Acho que sinto o mesmo. Talvez seja a magia da ilha. — Era verdade em partes, pois, sempre se sentia assim perto dele.
Luffy riu, um som alegre e despreocupado.
— Magia ou não, é uma sensação boa!
Os dois ficaram em silêncio por um momento, olhando um para o outro, antes de Sn tomar coragem. Ela se aproximou um pouco mais, o suficiente para que seus rostos quase se tocassem. Luffy a observava com curiosidade e algo mais que ele não conseguia identificar.
— Luffy... — Sn começou, a voz baixa e hesitante. — Você... se importa se eu fizer algo?
Luffy piscou, confuso.
— Fazer o quê?
Antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, Sn fechou os olhos e se inclinou para frente, pressionando os lábios suavemente contra os dele. Foi um beijo rápido, um toque leve e carinhoso, mas cheio de significado. Luffy congelou por um segundo, sentindo o calor dos lábios de Sn, antes de fechar os olhos e retribuir o beijo com a mesma suavidade.
Quando se afastaram, ela estava rubra como uma cereja, e Luffy parecia ainda mais confuso, mas feliz.
— Isso foi... diferente. — Ele disse, sorrindo.
Sn riu, nervosa, mas feliz também.
— Sim, foi. E... gostou?
Luffy assentiu, ainda sorrindo.
— Gostei. Muito. Vamos fazer de novo! — De seu jeitinho desinibido de sempre ele passou os braços os enrolando na cintura dela que apenas sorriu.
— Espera capitão...
Os dois ficaram ali, sob a luz das estrelas, sentindo que algo novo e especial havia começado entre eles. A Ilha do Beijo realmente tinha seus mistérios e magias, mas naquele momento, Luffy e Sn não se importavam com explicações. Eles estavam ocupados demais trocando selares antes de voltar para o bando e passar o restante da noite se divertindo.
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