Kotaro Bokuto-2

1185 palavras

Título: ONDE O VESTIÁRIO NOS LEVOU

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Mas como foi que a situação que te levou aos braços do Kotaro ocorreu?

Era um dia normal, e você estava passando pelos corredores da Fukurodani após terminar de usar a sala de fisioterapia, cansada e com a cabeça a mil por motivos escolares. O time estava em treino intenso, mas ao sair, uma chamada no celular te distraiu. Perdida na conversa, você virou o corredor errado sem perceber. Quando se deu conta, já estava em uma parte desconhecida da escola, ainda olhando para o celular e tentando responder rapidamente a mensagem daquele que fazia parte do motivo para o seu cansaço mental.

Continuou adentrando o local até por um ponto final na conversa meio irritada. Desligando finalmente a tela, você ergueu os olhos e notou as portas duplas da parte dos boxes do vestiário masculino logo à frente, e o som de vozes abafadas e risadas escapava de dentro. Sua primeira reação foi recuar, mas ao dar um passo atrás, a porta se abriu, e Bokuto apareceu no mesmo instante, a toalha presa na cintura os cabelos molhados. Ele parou ao te ver, com os olhos arregalados e um semblante surpreso.

— Ei! — ele sussurrou, quase em pânico, ao notar a situação. A pressa em sua voz denunciava a urgência de não deixar ninguém ver que você estava prestes a entrar por engano o box dos vestiários.

Antes que você pudesse dar meia-volta, Bokuto se aproximou, te puxando rapidamente pela mão. Ele a segurou com firmeza, tentando minimizar qualquer chance de chamar a atenção de quem ainda estivesse ali dentro. Surpreendida e sem tempo para resistir, você se viu praticamente envolvida por ele, que te puxou de lado, quase num abraço.

— Rápido! — murmurou ele, inclinando-se sobre você para encobrir seu corpo conforme abria a porta do próprio armário.

Ele te segurou perto, o rosto a poucos centímetros do seu, e seus braços criaram uma barreira quase protetora, mantendo qualquer olhar curioso distante. Seus olhos, que antes estavam cheios de diversão, agora mostravam um brilho protetor que você jamais imaginaria ver. Estava tão perto que podia sentir o calor dele, o coração de ambos batendo mais rápido pela situação.

Ele espiou rapidamente para trás, confirmando que nenhum dos outros jogadores tinha notado a cena, e depois soltou um suspiro aliviado, sem relaxar o abraço firme ao seu redor.

— Se te vissem aqui... seria um desastre, não acha? — ele riu baixo, ainda observando a porta, antes de finalmente soltar seu corpo, permitindo que você respirasse com mais tranquilidade.

Seu rosto ficou vermelho ao perceber o quanto estava próxima dele, sentindo a segurança de sua presença e o quanto ele parecia genuinamente preocupado. Você tinha uma queda por Bokuto desde a sua fase de pré-adolescência, então tal situação mexia profundamente contigo.



🏐

MOMENTO ATUAL



O clima da tarde era quieto e a luz dourada do pôr do sol envolvia o ambiente em tons suaves, esquentando o quarto onde você estava com Bokuto. Vocês estavam próximos da janela, observando o mundo lá fora, mas imersos um no outro, após aquela situação no corredor vocês se viam constantemente. A paz do momento contrastava com o turbilhão de emoções que sentiam — era como se estivessem num universo à parte, um lugar onde nada os alcançava.

Kotaro estava silencioso, uma rara pausa em seu comportamento normalmente enérgico, mas seu olhar transmitia tudo. Sentado ao seu lado, ele entrelaçava seus dedos nos seus, e um sorriso leve surgia em seu rosto sempre que seus olhos se encontravam.

Sem dizer uma palavra, ele passou os dedos levemente por seu rosto, contornando sua mandíbula e então, quase como um reflexo, sua mão pousou sobre o seu peito, bem no ritmo do seu coração. Parecia querer marcar aquele momento, memorizar cada detalhe. Você sorriu, sentindo-se segura e completa ali.

Bokuto suspirou e, ainda com a mão sobre o seu coração, sussurrou:

— Acho que... você me deixa mais vulnerável do que qualquer outra coisa já deixou.

O tom de voz dele era baixo e sincero e ali se comprovava o quanto ele também era apaixonado por você. Não era comum que ele fosse tão direto com os sentimentos, e isso só intensificava o peso de suas palavras. Você sentiu seu coração acelerar, surpresa com a intensidade do momento.

— E isso é algo ruim? — você sussurrou de volta, a voz quase embargada.

Ele balançou a cabeça com um sorriso terno, ainda com o olhar fixo em você.

— Não... isso é tudo o que eu sempre quis. Estar com você faz tudo valer a pena, até mesmo os momentos confusos.

Você sentiu o calor dele ao se aproximar, os lábios roçando levemente nos seus antes de o beijo acontecer, lento e cheio de sentimento. Era um beijo que traduzia todas as palavras não ditas, o tempo que passaram se descobrindo e o quanto aquele momento significava para ambos.

A penumbra do quarto envolvia vocês em um clima intimista denunciando a chegada da noite, e a respiração de Bokuto era a única coisa que quebrava o silêncio denso entre vocês. A proximidade de seus corpos, as mãos dele firmemente em sua cintura, os olhares intensos que trocavam... cada detalhe parecia cuidadosamente sincronizado, como se nada pudesse interferir naquele momento.

Ele te puxou para mais perto, encostando a testa na sua, seus olhos fixos em você, escuros e profundos, cheios de uma paixão que você mal conseguia descrever. Havia algo diferente naquele olhar — uma mistura de adoração e desejo, algo que ia além do físico. Os dedos dele subiram lentamente por sua coluna, criando um arrepio involuntário que fez você morder o lábio, tentando segurar a onda de sensações que te invadiam.

Bokuto observou cada reação sua, com um sorriso de satisfação, como se soubesse exatamente o efeito que tinha em você. A mão dele deslizou pelo seu rosto, o toque suave contrastando com a intensidade do momento, e ele inclinou a cabeça até seus lábios roçarem os seus, mas sem selar o beijo de imediato. Era um jogo de proximidade, de sensações acumuladas, quase como se ele estivesse se certificando de que você entendesse o quanto aquele instante significava.

— Não sabe o quanto eu espero por isso, — murmurou ele, em um tom rouco e carregado, como se quisesse registrar cada segundo daquele momento.

Quando finalmente os lábios dele se fundiram aos seus, foi devagar e profundo, cada segundo arrastado como uma confissão, como se ele estivesse revelando em silêncio cada sentimento guardado. As mãos dele te seguravam com força, trazendo você para ainda mais perto, até que não havia espaço entre vocês. O beijo, quente e enérgico, trazia uma mistura de intensidade e carinho que fazia seu coração acelerar.

Kotaro pausou apenas o suficiente para observar o brilho em seus olhos, e, com um sorriso satisfeito e confiante, ele sussurrou baixinho:

— Espero que saiba que você sempre teve esse efeito em mim.

A vulnerabilidade nas palavras dele, misturada com a força de seu toque, fez você sorrir. Sabia que ele era tudo o que sempre esperou, e ali, envoltos naquela atmosfera de intensidade, vocês pareciam se entender sem uma única palavra.





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