Kagami Taiga
⛔ATENÇÃO: MENÇÃO DE CONTEÚDO +16 - Relação sexual | De acordo com a norma de classificação brasileira.
1700 palavras
Título: ESQUENTADINHA
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Só havia uma coisa que você odiava mais do que ir para a Seirin tão cedo, e com toda a certeza era ver Kagami pela manhã te irritando com aqueles olhares sisudos, como se tivesse muito a dizer, mas preferisse ficar calado.
Quando você decidiu ir para a Seirin, não imaginou que seu ex estaria ali, com o mesmo jeitinho de sempre, te afetando com apenas um respirar, de tanto que sentia raiva.
Fazia mais de seis meses que não se viam e quase um ano que haviam terminado, tudo porque, segundo você, Kagami era irritante e estressado, e segundo ele, você era esquentadinha demais e ciumenta ao extremo. Vocês brigavam demais e só se resolviam na cama, então era óbvio que uma hora iriam se desligar.
O crescimento pessoal veio seguido de um arrependimento extremo por parte de ambos, afinal, se gostavam tanto quanto odiavam aquela situação complicada, mas eram orgulhosos demais para assumir, e assim tentaram seguir em frente. Você até teve outros namoradinhos, mas nenhum servia, nenhum foi capaz de tirar o gosto de Kagami Taiga da sua boca, e quando se mudou, pensou que as coisas melhorariam. Não o veria mais, então seria fácil deixar o passado onde ele deve estar. Você até se certificou de escolher uma escola onde o esporte não estivesse em alta, para evitar encontrá-lo.
Ledo engano, pobre garota. O destino parecia querer brincar com vocês, e agora você estava ali, há meia hora se alongando na quadra para jogar vôlei. A notícia de que teria de dividir a quadra deixou o time da Seirin um pouco irritado, mas bastou que as garotas do time de vôlei se aproximassem e fizessem amizade para que isso mudasse.
Eles jogavam quatro dias da semana, e vocês, três. Quem conseguisse alavancar mais o time teria preferência no futuro. O combinado foi excelente, e vocês até comemoraram o acordo com um lanche. Riko passou a se aproximar de você e, quando possível, também treinava o time de vôlei. Tudo passou a fluir bem, e você e Taiga se ignoravam mutuamente até aquela fatídica tarde.
Uma das jogadoras estava animada, parecia que tinha sido correspondida pelo atual interesse romântico estrangeiro da Seirin, e isso bastou para te irritar. Poderia ser baixo e até mesmo hipócrita da sua parte se meter, mas, infelizmente, ele ainda estava na sua cabeça, e mesmo que você não soubesse, também estava na dele.
Kagami viu o seu olhar quando a garota se aproximou e, só por isso, sorriu de maneira ladina, praticamente se encostando nela. A garota quase desmaiou, o que te levou a sorrir de forma ácida.
"Que coisa ridícula." Seu pensamento eclodiu quando jogou os cabelos para trás e os prendeu. Tão linda e atraente, você chamava atenção simplesmente por ser você. Levantando-se e andando de maneira graciosa, pôde sentir suas costas queimarem, e nem precisou olhar para trás para ter a certeza de que Taiga te encarava com afinco. Era hilário achar que ele poderia te vencer no seu próprio joguinho.
Veja bem, você não era japonesa, estava no país graças ao trabalho do seu pai. Ainda assim, conhecia e respeitava os costumes, mas não poderia deixar de devolver a curta provocação. Sabia exatamente qual dos garotos estava afim de você: um intercambista mexicano lindíssimo, de olhares intensos, com quem já havia trocado bem mais do que um simples "olá".
O que posso dizer? Você é linda, atraente e segura de si. Um verdadeiro pecado para aqueles que apenas te veneram.
Gael simplesmente te olhou com fome quando se aproximou, apertando sua cintura de leve e recebendo um beijo no canto dos lábios. Isso foi o suficiente para que Taiga fervesse.
O ruivo já vinha em sua direção quando você se despediu de Gael e seguiu por trás do prédio de esportes. Modéstia à parte, Taiga estava indo ao seu encontro da forma que você queria, e só por esse motivo você sabia que Kagami Taiga em breve estaria novamente em suas mãos.
[...]
Dali em diante, as coisas passaram a ser tão simples que nenhum de vocês percebeu que a distância realmente não importava, assim como o término. Ambos viviam se bicando pelos corredores e até mesmo antes dos treinos.
Taiga sempre te chamava de esquentadinha, pois te tirava do sério com facilidade. Mas bastava que dessem em cima de você ou simplesmente esquecessem que ambos estavam praticamente namorando novamente, que ele assumia exatamente a postura que gostava de jogar na sua cara.
Em uma certa noite, ambos perderam a cabeça após saírem de uma festa e seguirem a caminho do ponto, tudo por causa de uma briguinha idiota onde ele afirmava que você estava brincando com ele novamente. E, obviamente, para irritá-lo ainda mais, você concordou. Palavras brutas com o único intuito de provocar, e que deram certo. Muito certo, pois, o desvio que fizeram não te deixou nem um pouco irritada; sabia exatamente que em breve estaria adentrando a casa de Taiga.
— Acha que eu caio nessa sua armação, Kagami? — você ironizou enquanto se escorava na porta da casa dele. Já estava na toca do lobo, prestes a ser pega, e ainda assim mantinha a pose de ser a melhor.
Taiga apoiou a mão no arco da porta e encarou fixamente sua boca. Os orbes, quase em um tom escarlate, exprimiam toda a saudade que ele sentia por você. E quando olhou nos seus olhos, querida Sn, você foi capaz de lê-los com uma precisão tão grande que seu chão pareceu se abrir, principalmente por sentir que reagiu a ele, sem farpas ou sequer resistência.
Um mero toque foi capaz de responder qualquer pergunta e acabar com todas as dúvidas. E se aquilo era fome, você estava prestes a se fartar. Taiga havia pressionado seu corpo contra a parede da sala sem parar de te beijar; era intenso, insano e quase sexual, a forma como se encontravam entre os amassos cada vez mais barulhentos, devido aos gemidos que escapavam de seus lábios.
As peças de roupa, uma a uma, foram deixadas no chão enquanto ele te guiava para o quarto. Às vezes, se batiam na mobília da casa do ruivo no processo, mas não se importavam, não quando a sentença seria uma boa exaustão pela manhã.
A cama ficou pequena quando você se encontrou nua, descoberta e desbravada pelos lábios de Taiga, que foi correspondido da mesma forma. Seus corpos unidos sobre a cama, movendo-se juntos, enquanto ele te beijava. O volume alto de ambas as vozes parecia ecoar pelo quarto enquanto se entregavam mutuamente. Suas mãos arranhavam as costas dele sempre que o vai e vem parecia exigir cada vez mais de você, enquanto a boca de Kagami marcava seu pescoço em uma espécie de assinatura única, sempre encontrando seus olhos.
E no final daquele tórrido momento, sorriram cúmplices antes de se deixarem esmorecer...
A manhã estava preguiçosa, com os primeiros raios de sol iluminando suavemente o quarto. Kagami Taiga, com sua presença imponente, estava completamente relaxado ao seu lado, um contraste ao seu habitual espírito explosivo. O calor do corpo dele era reconfortante, e o abraço em que ele te envolvia transmitia uma mistura de possessividade e carinho que fazia seu coração bater mais rápido.
Ainda envoltos nos lençóis, vocês dois compartilhavam um momento raro de paz, onde as palavras desnecessárias eram substituídas por toques suaves e sorrisos cúmplices. A voz de Kagami, rouca pelo sono recente, quebrou o silêncio de forma inesperada:
— Eu ainda gosto de você e sei que não sou o único aqui.
A frase foi dita com uma simplicidade que contrastava com a intensidade do sentimento por trás dela. Ele não era do tipo que se abria facilmente, então essas palavras tinham um peso especial. Ele beijou o topo da sua cabeça, o gesto carregado de uma ternura que ele raramente mostrava. O abraço que seguiu foi forte, quase sufocante, mas de um jeito que te fazia sentir segura, como se ali fosse o seu lugar.
Você não pôde deixar de sorrir, uma mistura de afeto e desafio surgindo no seu rosto.
— Deixa de ser convencido, Kagami. — Sua resposta saiu com uma leve provocação, algo que ele conhecia muito bem.
Kagami riu baixinho, uma risada que parecia reverberar no fundo do seu peito.
— Convencido, é? Você sabe que está feliz em ouvir isso.
O silêncio voltou a reinar, mas dessa vez, era um silêncio confortável. Os dedos dele deslizavam preguiçosamente pela sua pele, traçando padrões invisíveis enquanto ele observava cada detalhe do seu rosto. Era estranho como, apesar de todos os desencontros e brigas, vocês ainda se encontravam de volta um ao outro. Algo nos dois não podia simplesmente desistir.
Desde que se reencontraram, tudo parecia diferente. Vocês dois haviam amadurecido, aprendido com os erros do passado. Aquele relacionamento mal resolvido, que tantas vezes havia te feito questionar se valia a pena, agora parecia ter uma nova chance, mais madura e consciente. Kagami sempre soube como te tirar do sério, e ele adorava fazer isso. Não por maldade, mas porque ele amava ver a sua reação, a faísca nos seus olhos quando você estava prestes a retrucar, a forma como você o desafiava, sem medo.
— E se eu quiser ser convencido?— Ele murmurou, seus olhos fixos nos seus, desafiando-te a responder. Ele sabia que aquela conversa poderia levar a mais uma das tantas provocações entre vocês, e estava ansioso para isso.
Você deslizou os dedos pelos braços fortes dele, apreciando a sensação da pele dele sob seus toques.
— Então eu vou te lembrar do quanto você é insuportável quando está cheio de si. — A resposta saiu com um tom de brincadeira, mas havia uma verdade ali que Kagami não pôde ignorar.
Ele suspirou, fechando os olhos por um momento, como se estivesse saboreando aquela troca de palavras.
— Eu não me importo. Desde que você esteja comigo para me lembrar disso.
Aquela era uma nova fase para ambos, um recomeço. Havia muitas questões ainda a serem resolvidas, mas naquele instante, nada disso importava. O que realmente tinha valor era o fato de que estavam juntos, e que estavam dispostos a fazer funcionar, mesmo que isso significasse lidar com todas as provocações e teimosias que vinham no pacote.
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