Wyper

Estou reassistindo o arco de Skypiea e me deu muita vontade de fazer umas três fics com o Wyper.

Universo Semi-alternativo, pré -revisado;
Esse imagine também está presente no livro imagination;

Boa leitura.

1850 palavras

Título: DEMÔNIO DOS CÉUS

Você andava de um lado para outro tentando se acalmar, mais uma vez discutia feio com Wyper um assunto tão banal que deixou a todos que assistiam confusos, seus sentimentos por ele as vezes gritavam e ainda assim os ignorava completamente, para você o demônio dos céus deveria continuar inalcançável mesmo que seus interesses só aumentassem, as brigas e os desafios que começaram na infância foram evoluindo ao ponto de baterem de frente na maioria das vezes e para piorar estava ali remoendo mais um desses momentos.

O barraco dessa vez foi tão intenso que até mesmo Connis e Laki ficaram sabendo e agora você estava absorvendo o ocorrido, havia tomado um banho e não usava mais as vestes típicas do dia-a-dia e sim um tradicional vestido de tecido grosso devido ao frio e agora em frente a fogueira que ficava atrás de sua casa você tomava uma tigela de sopa, ao seu lado estavam senhorita Connis e Laki.

Se te dissessem que há um ano isso seria possível você com toda certeza duvidaria, mas olhando agora a sua volta parecia tudo tão... Comum, como se sempre fosse assim.

— Quer mais sopa Sn? — Laki perguntou e você balançou a cabeça.

— Não, estou bem cheia e eu que deveria lhe servir, afinal já fizeram a sopa para mim. — Você sorriu se sentando.

— Está tudo bem? — Connis perguntou com delicadeza.

— Hum. Só estava relembrando dos jogos de sobrevivência. — Elas te olharam de maneira estranha, afinal por que relembrar de algo tão... Ruim? — Não pensem mal de mim, só estou feliz pelo chapéu de palha. — suspirou.

— Você e o senhor Chopper tiveram bastante trabalho, mas conseguiram salvar a maioria. — Connis comentou.

— Sim. — Um silêncio agradável percorreu o local e sua cabeça vagou pelas lembranças de ti na terra sagrada ocultando seu mantra plenamente e tentando dar assistência aos feridos pelo caminho não se importando se eram considerados inimigos do seu povo, o trabalho foi árduo, mas no fim conseguiu salvar o máximo de pessoas possíveis e quando o médico dos chapéu de palha ficou em boa condição vocês fizeram o trabalho com tanta agilidade que nem pareciam se cansar, no fim quando se gosta do que se faz, a felicidade sobrepõe o cansaço.
Você não notou o olhar que davam em sua direção e voltou a conversar com suas amigas a respeito da festa que fariam no centro da cidade para comemorar os exatos um ano de liberdade, mas aparentemente Laki notou, a morena sorriu se levantando e Connis fez o mesmo. — Já vão? — Sn perguntou confusa.

— Está bem tarde e prometi a Aisa que ajudaria em um novo projeto. — Laki comentou.

— E eu vou ajudar meu pai, queremos abrir a loja mais cedo, fora que ainda vamos nos ver a tarde, não esqueça. — Connis afirmou e tudo o que você fez foi levantar e levar os potes de sopa para dentro, as impediu de lavar e retornou para a fogueira a noite estava linda e graciosa como há muito tempo não se via, o som de passos aos poucos tomou conta do silêncio momentâneo da noite e você sorriu aos sentindo como suas costas aqueciam.

— Vai acabar se resfriando. — Do jeito dele, queria cuidar de você.

— Quem deveria estar preocupada sou eu não? Por que não coloca uma roupa? — Desviou o olhar, o corpo totalmente trabalhado devido a anos de treino e combate a muito lhe apeteciam e percebeu que estava encarando demais.

— Por que deveria? — ele se sentou ao seu lado cruzando os braços e apesar da face que dava medo em dezenas de moradores de Shandia você suspirou dando um leve esbarrão no braço dele .

— Idiota! Não está calor para isso! Se você se resfriar ficará cansado!

— Se isso acontecer você cuidará de mim. — Como uma forma de te provocar deitou no chão frio e óbvio que isso te atingiu, o ar de despreocupado dele te deixava possessa e quando se inclinou na direção dele foi surpreendida por um toque na cintura que a derrubou por cima do corpo forte. Para os habitantes de Skypiea vocês eram um casal, na verdade o casal mais estranho que já viram e para ti tudo estava confuso, já que tinha certeza de Wyper gostava de Laki e jamais o culparia, afinal de contas quem não gostaria? Laki além de linda tinha um coração tão valoroso que resplandecia e apesar de nutrir sentimentos fortes pelo demônio dos céus nunca cogitou a hipótese de os revelar, em seu íntimo sentia que Wyper lhe detestava já que cresceu com ele te chamando de duas caras/mulher do mar azul e tudo isso por que seus antepassados evoluíram. Sim, o peso de 400 anos atrás ainda estava ali e você podia sentir: em seus antepassados uma Shandia se apaixonou por um pirata do mar azul e mesmo negando deixar a tribo vivenciou aquele amor proibido concebendo seus frutos, duas lindas crianças que cresceram em meio ambas as culturas enquanto a mãe ensinava o conhecimento da terra o pai vinha sempre para lhes ensinar sobre o mar e tal cultura resvalou em livros e diários escrito por ela e passado de geração em geração, até que sua mãe por meio de histórias lhe mostrou esse mesmo conto. Tão belo e interessante quanto os outros que haviam nos seus livros e óbvio que Wyper não gostava, para ele você enchia os moradores com a baboseira do mar azul, mesmo que nunca tenha contado mais de uma história e foi por esse conhecimento que decidiu se tornar médica, claro que com as limitações que existiam nos céus chegou apenas a uma exímia curandeira e foi exatamente por isso que se encantou quando Choper a ajudou com os feriados, era como se um sonho se realizasse em sua vida, poder ajudar as pessoas e as ver bem lhe enchia de alegria.

E agora estava ali presa nos braços do demônio que possuía um brilho semelhante ao fogo em seu olhar distante e semblante sério.

— Por que não foi com eles Sn? — Sabia exatamente a que ele se referia. Luffy havia lhe oferecido carona para o mar azul, depois de tudo que aconteceu, mas você negou. Claro que desejava visitar as terras lá debaixo, ver com os próprios olhos até onde a evolução humana chegou, mesmo que achasse que em 400 anos não progrediram muito, mas ainda tinha o povo do céu, aqueles de quem gostava verdadeiramente. No fim seu coração estava preso a Skypiea e não de uma maneira ruim pois, nunca foi tão livre. Recuperando os sentidos apoiou ambas as mãos no peitoral nu e se levantou de leve, seus olhos se encontraram momentaneamente e de forma automática ele obteve a resposta não se tratava dele em si, mas onde o seu coração residia e sem pensar muito deixou a cigarrilha que costumava morder de lado e buscou por seus lábios num contato levemente rude ao qual você custou a entender que estava acontecendo.

Nunca em toda a sua vida imaginou que tal momento realmente ocorreria, mas agora estava ali sentindo os lábios nada gentis que pediam passagem ao qual você concedeu deixando a tensão ir embora, logo seus braços estavam melhor apoiados no corpo masculino sentindo os dedos se arrastarem por sua cintura coberta até chegar ao seu traseiro te desestabilizando e assim conseguindo inverter a posição, agora estava por cima e mesmo que seu corpo estive em contato com o chão frio tudo o que sentia era calor, uma quentura que parecia aumentar a cada momento. Os lábios voltaram ao seu pescoço enquanto a destra resvalou por suas curvas as apertando, seu vestido aos poucos foi suspenso e por mais que você quisesse se entregar a tal momento, não faria. Não ali onde qualquer um poderia passar e ver, haviam crianças na vila.

— Wyper. — Reunindo suas sobriedade sussurrou e ele te olhou de maneira intensa. — Não podemos fazer isso aqui. Tem crianças na vila. — Sua voz saiu falha e ele riu de lado.

— A essa hora creio que todos estejam dormindo, mas você está com a razão. — Se levantou te estendendo a mão ao qual aceitou.

Ambos seguiram para dentro e ele foi rápido em retornar para apagar a fogueira e te encontrar observando a cama de longe, a destra envolveu sua cintura te trazendo pra cima até te ter nos braços e agora o encarava com luxúria, os beijos recomeçaram e antes que realmente pudessem dar o próximo passo uma voz cortou o momento:

— Wyper temos que ir. A caçada começa em uma hora! — A voz de Kamakiri ecoou. Wyper saiu de cima de ti e procurou se acalmar rapidamente, era evidente que havia ficado excitado e você bem permaneceu ali confusa, até que se deu conta de algo bem simples:

— Espera, como Kamakiri sabia onde estava? — Indagou.

— Deixei claro que precisava ver a "curandeira". — Desdenhou irritado por serem interrompidos.

— Wyper está aí? — Kamakiri parecia berrar, mesmo que só falasse alto e foi sua vez de se levantar.

— Francamente. — Caminhou até a porta a abrindo e olhando de maneira seria para o conhecido. — Isso são horas de ficar berrando? Tem crianças dormindo sabia?

Kamakiri ficou com vergonha se desculpando logo em seguida e você balançou a cabeça.

— Wyper já vêm, peço que aguarde um instante. — Desconversou adentrando o ambiente novamente e notando que o maior estava com o rosto molhado. — Da próxima vez fala pra ele não gritar por aí. — Você comentou e ele revirou os olhos sorrindo.

— Da próxima vez use menos peças será mais fácil!

Ali ele te deu todos os motivos para causar uma pequena contusão o impedindo de caçar, mas ao invés disse levantou a mão pronta para dar um tapa em seu rosto ao qual foi segurada e levada até os lábios.

— Trarei um lindo presente para você. — Então era por isso que ele estava ali, para pedir desculpas pela discussão anterior? E se veio por que não o fez? Ao invés disso praticamente se possuiu no chão frio e você deixaria tranquilamente e só essa contestação era o suficiente para se consumir em vergonha.

Seu semblante mudou de cor profundamente enquanto ele se aproximava de seu corpo e você resolveu dar o troco pelas palavras que julgo como estúpidas.

— Não sei se irei lhe receber, talvez se estiver ferido. — Desdenhou e ele sorriu maliciosamente.

— Talvez me acidente na floresta. — Provocou.

— O demônio alado não deveria ser invencível? — E bingo você estava no controle e mais rápida do que ele podia prever roubou um selinho, depois se afastou o encarando tão confuso quando você estava há momentos atrás. — Agora vá demônio dos céus e use mais roupas da próxima vez que vier. — Você se virou de costas deixando o receio tomar conta de ti, desde que ele não visse estava tudo bem, mas no fundo não parava de pensar que logo-logo ele estaria de volta e torcia para que viesse lhe visitar, afinal de contas tinham assuntos inacabados.

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