Atsumu Miya

753 palavras

Título: LÁBIOS DE CEREJA

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A boate estava lotada, um mar de luzes neon dançando ao som da música que pulsava como o coração da noite. Você sentia a vibração do baixo atravessar seu corpo enquanto deslizava pela pista de dança, deixando-se levar pelo ritmo intoxicante. O ar estava quente, carregado com o aroma de álcool e perfumes doces.

Atsumu Miya estava encostado no balcão do bar, com um sorriso presunçoso curvando seus lábios. Seu olhar castanho seguia cada um dos seus movimentos, uma intensidade que fazia seu coração disparar. Ele era inegavelmente bonito, com aquele jeito despreocupado e provocador que parecia gritar "problemas" — mas talvez fosse isso que o tornava tão irresistível.

Você finalmente parou perto dele, um sorriso malicioso no rosto enquanto pegava seu copo no balcão.

— Tá se divertindo, princesa? — Atsumu perguntou, inclinando-se ligeiramente, a voz rouca e baixa, o bastante para ser ouvida sobre o som da música.

— E muito. — Você deu um gole no seu drink, o sabor doce de licor de cereja explodindo na sua boca. Seus olhos encontraram os dele, desafiadores. — E você? Ou vai ficar aí me observando a noite toda?

Ele arqueou uma sobrancelha, claramente gostando da provocação.

— Eu tava esperando o momento certo. — A resposta veio acompanhada de um sorriso de canto, aquele típico "sorriso Miya" cheio de confiança.

— E acha que esse momento chegou? — você perguntou, inclinando-se levemente para ele.

Atsumu não respondeu com palavras. Em vez disso, deu um passo à frente, reduzindo ainda mais a distância entre vocês. Você podia sentir o calor que emanava dele, o cheiro sutil de seu perfume misturado com algo mais inebriante: a promessa de perigo e desejo.

Ele ergueu uma das mãos, tocando suavemente sua bochecha, o polegar traçando uma linha lenta até o canto dos seus lábios.

— Posso? — A pergunta foi feita num sussurro, os olhos castanhos fixos nos seus, deixando claro que, apesar de sua arrogância usual, ele respeitaria sua decisão.

Seu coração martelava no peito, e você assentiu quase sem perceber, os lábios entreabertos, já antecipando o toque.

Atsumu avançou sem hesitação, os lábios encontrando os seus com uma urgência que fez seu corpo inteiro reagir. O beijo começou intenso, como se ele quisesse reivindicar cada pedaço de você. Seus lábios se moldaram aos dele em uma sincronia perfeita, e você sentiu o gosto dele misturar-se ao licor de cereja que ainda tingia sua boca, criando uma combinação agridoce e viciante.

Ele aprofundou o beijo sem pressa, mas com firmeza. A língua dele tocou a sua, quente e provocativa, em movimentos que faziam cada nervo do seu corpo acender. As mãos dele deslizaram pela sua cintura, puxando você para mais perto até que seus corpos estivessem colados, sem nenhum espaço entre vocês.

O calor subiu pela sua pele, um arrepio percorrendo sua espinha quando ele inclinou a cabeça, mudando o ângulo do beijo e intensificando-o ainda mais. Atsumu mordiscou seu lábio inferior com cuidado, puxando-o levemente antes de sugá-lo de volta com uma mistura perfeita de provocação e desejo.

Ele alternava entre a intensidade e a suavidade, como se estivesse tentando memorizar cada detalhe. Quando ele deslizou a mão até sua nuca, os dedos enroscando-se nos seus cabelos, você sentiu um arrepio ainda mais forte. Ele parecia determinado a fazê-la perder o controle, e você se entregou completamente, suas mãos subindo até os ombros dele, sentindo os músculos tensos sob seus dedos.

Quando a música mudou para algo mais lento, os movimentos dele acompanharam o ritmo. O beijo se tornou mais profundo, menos apressado, mas não menos apaixonado. A respiração ofegante de ambos se misturava no espaço curto entre vocês quando ele se afastava brevemente, apenas para voltar e capturar seus lábios novamente com ainda mais intensidade.

Ele terminou mordiscando suavemente sua boca antes de pressionar um último beijo contra seus lábios já inchados, um sorriso satisfeito curvando sua boca.

— Lábios de cereja. — Ele murmurou, a voz rouca enquanto os olhos castanhos brilhavam com diversão e desejo. — Vício perigoso, hein?

Você riu, o coração ainda acelerado, sentindo o calor tomar conta do seu corpo inteiro.

— Acho que posso dizer o mesmo.

Ele inclinou a cabeça, como se considerasse suas palavras, antes de puxá-la para mais perto, os lábios quase tocando os seus novamente.

— Então vamos ver quem vicia quem primeiro, princesa.

E, antes que você pudesse responder, ele a beijou de novo, mais intenso e quente do que antes, como se quisesse deixar claro que aquele jogo tinha acabado de começar.

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