Akaza

Feliz ano novo bebês esqueci de postar no dia 31 rsrs

931 palavras

Título: FOGOS DE ARTIFÍCIO

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O céu estava salpicado de estrelas naquela noite clara de inverno, e a lua cheia banhava o mundo com sua luz suave, quase prateada. Sn puxou o casaco para mais perto do corpo, enquanto Akaza caminhava ao seu lado, os passos firmes e seguros sobre o solo coberto por uma fina camada de neve. Ele insistira em levá-la para algum lugar especial naquela noite de Ano Novo, embora ela não tivesse ideia do que ele havia planejado.

— Não está muito frio para você? — Akaza perguntou, quebrando o silêncio enquanto olhava para ela com aquela preocupação genuína que sempre aquecia o coração de Sn. Seus olhos brilhavam com ternura, uma expressão reservada apenas para ela.

— Estou bem — respondeu, sorrindo levemente. Ela tocou o ventre arredondado, onde uma nova vida crescia, e completou: — Acho que ele também está bem aquecido aqui dentro.

Akaza parou por um momento, o olhar descendo para sua barriga. Ele se ajoelhou suavemente na neve, ignorando o frio, e colocou uma das mãos grandes e quentes sobre o local onde seu filho repousava.

— Espero que ele goste da surpresa — murmurou, a voz baixa, mas cheia de carinho.

Sn riu baixinho, acariciando os cabelos dele. — Tenho certeza de que ele vai amar, assim como eu.

Akaza se levantou e estendeu a mão para ela. — Então, vamos?

Ela assentiu, pegando a mão dele, sentindo-se segura com o toque firme e reconfortante.

A subida pela trilha até o topo da montanha foi lenta e cuidadosa. Akaza fazia questão de guiá-la com a maior delicadeza possível, parando sempre que percebia que ela precisava descansar. Apesar de sua força e agilidade, ele nunca a apressava, respeitando seus limites e mostrando uma paciência que parecia infinita.

Quando finalmente chegaram ao destino, Sn ficou sem palavras. O topo da montanha oferecia uma vista espetacular da cidade abaixo, iluminada como um mar de pequenas estrelas artificiais. No centro do platô, Akaza havia preparado tudo: um cobertor macio estendido sobre a neve, cercado por pequenas lanternas que lançavam uma luz quente e acolhedora. Sobre o cobertor, uma cesta de piquenique estava aberta, revelando frutas, pães e uma garrafa térmica que, pelo cheiro doce no ar, continha chocolate quente.

— Você fez tudo isso? — ela perguntou, surpresa, com os olhos brilhando.

— Claro. — Akaza sorriu de canto, o tom despreocupado. — Nada é demais para vocês dois.

Ele a ajudou a se sentar no cobertor, cuidando para que ela ficasse confortável, e então se acomodou ao seu lado. Por alguns minutos, ficaram ali apenas apreciando a vista, os braços de Akaza envolvendo os ombros dela em um abraço protetor.

— É lindo aqui — Sn murmurou, apoiando a cabeça no ombro dele.

— Não mais do que você — ele respondeu sem hesitar, a sinceridade na voz fazendo o coração dela acelerar.

Ela corou, mas não respondeu, apenas sorriu e fechou os olhos por um instante, sentindo a tranquilidade do momento.

Então, os primeiros fogos de artifício iluminaram o céu. Estalos suaves ecoaram à distância, e explosões de luz colorida pintaram a noite em tons de vermelho, azul e dourado. Akaza observava tudo com atenção, mas seus olhos frequentemente retornavam a Sn. Ele queria gravar aquela imagem na memória: ela, com o rosto iluminado pelos fogos, o sorriso suave e a mão descansando sobre a barriga, onde o bebê deles estava seguro.

— Ele está se mexendo — Sn disse de repente, quebrando o silêncio.

Akaza inclinou-se para mais perto, a expressão instantaneamente atenta. Ele colocou a mão sobre a barriga dela, sentindo um leve movimento sob sua palma. Era quase imperceptível, mas ainda assim o suficiente para encher seu peito de emoção.

— Ele está animado, eu acho — ela disse, rindo.

— Ou talvez curioso — Akaza respondeu, os olhos suavizando enquanto ele acariciava gentilmente o ventre dela. — Deve estar se perguntando o que é todo esse barulho distante.

Sn o olhou com ternura, sentindo o coração quase transbordar de amor. Ver Akaza tão vulnerável e conectado com a vida que eles criaram juntos era algo que ela nunca poderia descrever completamente com palavras.

O espetáculo no céu continuava, e Sn inclinou-se mais contra Akaza, sentindo o calor dele envolver seu corpo. Ele passou os dedos pelos cabelos dela, um gesto que parecia tão natural e cheio de afeto.

— Sabe, eu não achava que momentos como este fossem possíveis para mim — ele disse de repente, a voz baixa, quase um sussurro. — Nunca pensei que teria algo tão precioso na minha vida.

— E agora tem — ela respondeu, segurando a mão dele. — E sempre terá.

Akaza virou o rosto para ela, os olhos brilhando com algo que parecia gratidão, admiração e amor ao mesmo tempo. Ele se inclinou lentamente, os lábios tocando os dela em um beijo que era tanto uma promessa quanto uma declaração. Foi um beijo calmo e cheio de ternura, mas também carregado de emoção, como se ele quisesse transmitir tudo o que sentia sem precisar de palavras.

Quando se afastaram, os dois permaneceram em silêncio por um momento, apenas olhando um para o outro enquanto o céu continuava a explodir em cores.

— Feliz Ano Novo, meu amor — Akaza disse, beijando a testa dela.

— Feliz Ano Novo — ela respondeu, a voz suave, enquanto segurava a mão dele mais forte.

E assim, enquanto o mundo celebrava o início de um novo ciclo, eles celebravam algo muito mais especial: o amor que os unia e a família que estavam prestes a construir juntos.

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