Visita inesperada

02. Visita inesperada.


─ É sério, eu não sei como você suporta o Klaus, Inari. ─ Amara reclamava enquanto caminhávamos pelas ruas de Nova Orleans em direção ao meu apartamento.

Eu ri.

─ Ele não é tão ruim assim, vai. ─ A cutuquei com o cotovelo. Ela apenas rolou os olhos. ─ Ele é divertido as vezes.

─ Ele é um lunático sádico. ─ Retrucou mal humorada. ─ Aquele idiota ameaçou me matar mais vezes do que sou capaz de me lembrar.

─ Você tem um ponto. ─ Concordei parcialmente. ─ Mas ele não faria isso.

─ Faria. Ele faria sim.

Balancei a cabeça em negação, rindo. Esses dois se odeiam, não tem muito o que fazer. Klaus só a suporta por minha causa e vice-versa.

Abri a porta do meu apartamento e quase tive um ataque cardíaco ao ver alguém ali.

Repulsio! ─ Amara conjurou um feitiço de repulsão, jogando a pesssoa para a parede mais próxima.

─ Rosalie? ─ Questionei mais do que surpresa ao reconhecer a pessoa, ou melhor, vampira em questão.

─ Você a conhece? ─ Amara perguntou, relaxando um pouco, mas ainda mantendo seu feitiço.

─ Sim, é uma amiga. Pode soltá-la.

Assim ela o fez.

─ Me desculpe por entrar assim, a porta estava aberta. ─ Pediu a loira.

─ O que não significa um convite aberto. ─ Amara retrucou. A cutuquei em repreensão. ─ O quê? Tô errada?

─ Ela tem razão. Me desculpe mesmo, é que eu preciso muito da sua ajuda. ─ Seu tom era sério.

Sério demais até para ela.

─ Ela é uma fria? ─ Amara questionou, provavelmente sentindo a energia da vampira, ou talvez pelo fato dela ter entrado sem um convite.

─ É. ─ Respondi simplista e me virei novamente para a loira. ─ Vem, vou preparar um chá para a Amara e para mim, enquanto isso você pode me contar porque está aqui.

...

─ O Edward teve uma filha com a Bella?! ─ Questionei perplexa.

Quase cuspi o chá.

Amara parecia ainda mais perplexa do que eu.

─ Desde quando vampiros podem ter filhos? ─ Perguntou Amara, tão confusa quanto curiosa.

Não sabíamos muito sobre os frios, além de que, comparados aos vampiros comuns, eles são bem raros e na maioria das vezes, contidos.

Entre eles haviam leis, ao contrário dos vampiros daqui.

─ Acredite, foi uma surpresa para todos nós também. ─ Rosalie murmurou. ─ Renesmee é diferente, não é uma criança imortal, é meio humana e meio vampira.

─ Renesmee? ─ Amara indagou, rindo. ─ E eu que achava o seu nome estranho, Inari.

Dei um pescotapa na bruxa ao meu lado.

─ Para de ser inconveniente!

─ Tudo bem. ─ Rosalie riu. ─ Renesmee é realmente um nome único. Foi uma homenagem da Bella para sua mãe e Esme. A maioria de nós a chama de Nessie.

Aquele foi o gatilho para que Amara explodisse em gargalhadas. Minha vontade era enfiar a cara no primeiro buraco que encontrasse, mas a verdade era que eu também quis rir.

─ Tipo o mostro do lago ness? Sério? ─ Indagou a morena ainda rindo. ─ Era pra ajudar ou piorar a situação?

─ Isso foi ideia de um cachorro idiota! ─ Rosalie retrucou um tanto mal humorada, mas não parecia ser pela reação da Amara.

─ Dá pra ficar calada, Amara?

─ Tá, tá. ─ Ergueu as mãos em rendição.

─ Tudo bem. Ainda não entendi porque precisão da minha ajuda? ─ Questionei, confusa.

Eles tiveram um filho, isso é lindo e eu certamente queria conhecer a garotinha, apesar de me sentir um pouco magoada por não terem me contado isso antes.

─ É uma longa história, mas em resumo: crianças imortais são estritamente proibidas pelos Volturi, é um dos piores crimes que um de nós pode cometer. ─ Rosalie começou a explicar.

─ Mas você acabou de dizer que ela não é uma criança imortal. ─ Constatei.

─ E não é. Mas uma prima nossa, que não está muito feliz conosco, viu a Nessie pegando flocos de neve com a Bella. Ela acha que a Nessie é uma dessas crianças e foi até os Volturi nos denunciar. ─ Terminou de explicar.

Amara e eu murmuramos um "Ah" em entendimento.

─ Estamos reunindo testemunhas para nos ajudar a convencer os Volturi de que não cometemos nenhum crime. ─ Contou a loira. ─ E ficaríamos muito gratos se você pudesse nos ajudar.

─ Claro, claro. Como eu poderia negar? ─ Respondi imediatamente.

Rosalie sorriu agradecida.

─ Isso se o Klaus deixar. ─ Apontou Amara em tom de desdém.

─ Klaus não é meu dono. ─ Rolei os olhos.

─ Mas sempre age como se fosse. ─ Retrucou a morena.

─ Quem é Klaus? ─ Rose questionou, confusa com nossa troca de farpas.

Suspirei. Mais uma longa história.

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