Intenções inimigas

23. Intenções inimigas.




Para a infelicidade de Caius, seu plano de força um ataque do nosso lado, não funcionou. As testemunhas de Aro já começavam a se questionar o porque de ainda estarmos aqui em uma discussão que não nos leva a nada, já que as coisas já pareciam ter se esclarecido.

Infelizmente, não acho que o fato de haver testemunhas impeça-os de tentar nos exterminar. Afinal, eles poderiam muito bem fazer o mesmo com suas testemunhas. Aro não me parace ser bem um exemplo de honestidade e complacência, muito menos Caius ou qualquer um naquela guarda.

Aro tocou o ombro de Caius ligeiramente.

─ Irina foi punida pelo falso testemunho contra esta criança. ─ Isso deveria ser deveria ser a sua desculpa. Ele seguiu. ─ Talvez devêssemos voltar ao assunto que temos em mãos?

Caius se arrumou, e a sua expressão endurecida em sua ilegibilidade. Ele olhou para frente, não vendo nada.

─ Apenas para ser completo ─ ele disse, ─ gostaria de falar com algumas das suas testemunhas. Procedimento, você sabe. ─ Ele tremulou uma mão com desprezo.

Duas coisas aconteceram ao mesmo tempo. Os olhos de Caius se concentraram em Aro, e o sorriso cruel muito pequeno voltou. E Edward assobiou, as suas mãos se fecharam em punhos tão apertados que pareceu que os ossos dos nós dos seus dedos iriam se partir pela sua pele dura de diamante.

Seja o que for que esses dois estejam confabulando, não é nada de bom. Certo que de qualquer forma, não deveríamos esperar nada bom vindo deles, ainda que eu esperasse que pudéssemos poupar tempo e energia com toda essa ladainha e desculpas esfarrapadas.

Aro moveu-se como um fantasma através da neve para o fim da nossa linha, parando aproximadamente dez metros de Amun e Kebi. Os lobos próximos ficaram furiosamente eriçados, mas mantiveram as suas posições.

─ Ai, Amun, meu vizinho do Sul! ─ Aro disse calorosamente. ─ Faz tanto tempo que você me visitou.

Amun ficou imóvel com ansiedade, Kebi era uma estátua ao seu lado.

─ O tempo significa pouco; nunca noto sua passagem ─ disse Amun por lábios que não se moviam.

─ É verdadeiro ─ concordou Aro. ─ Mas talvez você tivesse outra razão para ficar afastado?

Amun não disse nada.

─ Pode ser terrivelmente que exigente organizar recém-chegados em um grupo de clãs. Sei isto muito bem! Sou grato que existam outros para tratar desse tédio. Estou contente as suas novas adições têm se ajustado tão bem. Eu gostaria de ter sido apresentado. Estou certo de que você estava pensando em vir me ver logo.

Sinceramente nunca entendi a ânsia de alguns seres em serem reis, em governarem clãs, espécies, cidades, nações, seja lá o que for. Digo isso tendo total dominância sobre o assunto, é muita responsabilidade. Não consigo considerar isso como "poder".

Mas aqui estava: Aro Volturi. O vampiro desesperado por poder e reconhecimento. Se tirarmos essa guarda debaixo da sua capa, o que lhe sobraria? Absolutamente nada.

─ Naturalmente ─ Amun disse, o seu tom foi tão sem emoções que foi impossível ver se havia medo ou sarcasmo no seu consentimento.

─ Oh bem, estamos todos juntos agora!Não é encantador?

Amun acenou com cabeça, seu rosto era um espaço em branco.

─ Mas a razão da sua presença aqui não é tão agradável, infelizmente. O Carlisle convidou-o a testemunhar?

─ Sim.

─ E o que você testemunhou por ele?

Amun falou com a mesma falta fria da emoção.

─ Observei a criança em questão. Ficou evidente quase imediatamente que ela não era uma criança imortal.

─ Possivelmente devemos definir a nossa terminologia ─ interrompeu Aro, ─ Agora que parecem haver novas classificações. Uma criança imortal, você naturalmente acredita ser uma criança humana que foi mordida e assim transformada em um vampiro.

─ Sim, isto é o que penso.

─ O que você observou sobre a criança?

─ As mesmas coisas que você seguramente viu na mente de Edward. Que a criança é sua biologicamente. Que ela cresce. Que ela aprende.

─ Sim, sim ─ disse Aro, uma pitada de impaciência no seu outro tom amável.

─ Mas especificamente em suas poucas semanas aqui, o que você viu?

A testa de Amun enrugou.

─ Que ela cresce... rapidamente.

Aro sorriu.

─ E você acredita que deve se permitir que ela viva?

Obviamente a reação dos vampiros ao nosso lado foi imediata. Muitos sibilaram com a fala infeliz de Aro. Matar uma criança inocente por puro medo do desconhecido... não que eu acredite que esse seja o real motivo para tudo isso, mas tenho absoluta certeza de que será isso a ser alegado.

Jacob deu alguns passos até estar suficientemente perto de mim novamente. Trocamos um rápido olhar. Está claro que, caso Aro decida pela morte de Renesmee, nenhum de nós permitirá que toquem na garotinha enquanto estivermos vivos e pudermos nos mover. Acaricio seu pelo macio.

Até mesmo as testemunhas de Aro sibilaram junto aos nossos.

Aro não se virou ao barulho, mas Amun olhou em volta inquietamente.

─ Não vim para fazer julgamento ─ ele usou expressões ambíguas.

Aro riu ligeiramente.

─ Somente sua opinião.

Amun levantou o queixo.

─ Não vejo nenhum perigo na criança. Ela aprende mais rápido do que ela cresce.

Aro acenou com cabeça, considerando. Depois de um momento, ele virou para sair.

─ Aro? ─ Amun chamou.

Aro girou atrás.
─ Sim, amigo?

─ Dei o meu testemunho. Não tenho nenhum negócio aqui. Minha companheira e eu gostaríamos de poder ir agora.

Aro sorriu calorosamente.

─ Naturalmente. Estou tão contente por que fomos capazes de conversar para um pouco. E estou certo de que nos veremos em breve.

Os lábios de Amun estavam uma linha apertada quando ele inclinou a sua cabeça uma vez, reconhecendo a ameaça oculta. Ele tocou o braço de Kebi, e logo eles correram rapidamente para a orla do Sul e desapareceram entre as árvores.

Covarde.

Aro deslizava ao longo da nossa linha ao Leste, os seus guardas que pairam tensamente. Ele parou quando estava em frente a forma maciça de Siobhan.

─ Olá, querido Siobhan. Você está tão encantador como sempre.

Siobhan inclinou sua cabeça, esperando.

─ E você? ─ Ele perguntou. ─ Você responderia minhas perguntas do mesmo jeito que Amun fez?

─ Eu responderia ─ Siobhan disse. ─ Mas eu talvez acrescentasse um pouco mais. Renesmee entende as limitações. Ela não é perigosa pros humanos. Ela se mistura melhor do que nós. Ela não constitui um risco de exposição.

─ Você não consegue pensar em nenhum? ─ Aro perguntou sobriamente.

Edward rosnou, um som baixo saindo de sua garganta. Os nebulosos olhos cor de carmin de Caius brilharam. Renata se esticou de modo protetor na direção de seu mestre. E Garrett liberou Kate a dar um passo à frente, ignorando a mão de Kate enquanto ela tentava alertá-lo dessa vez.

Siobhan respondeu devagar:
─ Eu não acho que sigo você.

Quando seus olhos pousaram sobre eu me apressei em dizer:
─ Se quer meu testemunho, garanto que sou bem mais perigosa para vocês do que essa pobre criança. ─ Sorri venenosa e áspera.

Os olhos de Aro sintilavam ao olhar para mim e igualmente para Amara um pouco atrás de mim. Nenhuma de nós está a sua disposição, mas ao que parece ele ainda tem uma pequena chama de esperança. Chama essa que eu extinguiria sem remorso algum. Assim como sei que ele faria com Renesmee e quem quer que se metesse no seu caminho.

Aro virou-se ligeiramente, casualmente, mas em direção ao resto de sua guarda. Renata, Felix e Demetri estavam mais próximos que sua sombra.

─ Nenhuma lei foi quebrada ─ Aro disse numa voz aplacada, mas estava claro que ele não pararia por aí.

─ Sem leis quebradas ─ Aro repetiu. ─ Contudo, mas isso significa que não haja perigo? Não. ─ Ele balançou a cabeça gentilmente. ─ Isso é outra coisa.

Que homem insuportável! Ele não desiste? Eu poderia só...

Sinto um cutucar nas minhas costas e viro meu rosto para Amara por alguns segundos, seu olhar contém alerta. Ela sabe que toda vez que estou prestes a usar magia ofensiva mexo meus dedos de uma específica.

Honestamente, paciência não é bem o meu forte e pelo comportamento desse vampiro esquisitão, ele com certeza não pretende simplesmente deixar que saíamos impunes dessa clareira.

Aro caminhou pensativo, parecendo que ele flutuava ao invés tocar o chão com seus pés. Eu percebi que cada passo o levava pra mais próximo de sua guarda.

─ Ela é única... completa e impossivelmente única. Que desperdício seria, destruir algo tão adorável. Especialmente quando poderíamos aprender tanto... ─ Ele suspirou, como se não estivesse disposto a continuar. ─ Mas há perigo, perigo esse que não pode ser simplesmente ignorado.

Ninguém respondeu à sua afirmação. Era um silêncio enquanto ele prosseguia em seu monólogo que mais parecia como se ele estivesse falando pra si mesmo. Seu discurso continuou, enquanto ele falava sobre os avanços humanos e sua tecnologia, e como eles poderiam nos afetar caso descobrissem nossa existência. E blá, blá, blá. Até que ele finalmente chegou a parte que todos esperavam:

─ Mas nós não sabemos nada do que ela pode se tornar! Seus próprios pais têm medo quanto a seu futuro. Nós não podemos saber o que ela vai saber quando crescer. ─ Ele fez uma pausa, olhando primeiramente pras nossas testemunhas, e então, significativamente, pras dele. Sua voz deu uma boa impressão de estar sendo rasgadas pelas próprias palavras.

Ainda olhando pras nossas testemunhas, ele falou de novo.

─ Apenas o conhecido é seguro. Apenas o conhecido é tolerável. O desconhecido é... vulnerabilidade.

O sorriso de Caius se abriu.

─ Você está conseguindo, Aro ─ Carlisle disse em uma voz desolada.

Se depender de mim a única coisa que esse esquisitão vai conseguir é uma morte bem dolorosa!

Jacob me cutuca com seu focinho gelado atraindo meu olhar, então sinaliza para minha mão apertando seu pelo fortemente, mas, e daí? Ele é um metamorfo, não tem uma resistência sobre-humana?

─ Paz, amigo ─ Aro sorriu, seu rosto gentil, sua voz doce, como sempre. Cínico descarado! ─ Não sejamos apressados. Vamos ver os dois lados.

─ Poderia oferecer um lado a ser considerado? ─Garrett pediu num tom elevado, dando um passo a frente.

─ Nômade ─ Aro disse, dando permissão.

O queixo de Garrett elevou-se. Seus olhos focados na grande massa no fundo da clareira, e ele falou diretamente às testemunhas dos Volturi.

O discurso do Nômade fora longo e feroz, repleto de acusações explícitas sobre as "boas intenções" de Aro e as nossas próprias. Devo dizer que sua garra, fúria e coragem para enfrentar Aro tão abertamente me fez admitirar um pouquinho mais o Garrett.

Apesar do seu discurso não parecer ter afetado nenhum pouco a postura do rei Volturi, ainda que suas testemunhas pareceram titubearem.

─ Eu vim pra testemunhar. Fico pra lutar. Os Volturi não se importam com a morte da criança. Eles procuram pela morte da nossa liberdade de escolha. ─ Ele voltou seu rosto, então, pros antigos. ─ Então venham, eu digo! Não nos faça ouvir mais mentiras. Sejam honestos em suas intenções e nós seremos honestos nas nossas. Nós vamos defender nossa liberdade. Vocês vão ou não atacá-la? Escolham agora, e deixem essas testemunhas verem o que realmente está sendo discutido aqui. ─ Mais uma vez ele olhou pras testemunhas dos Volturi, seus olhos provando cada face. O poder das palavras dele era evidente em suas expressões. ─ Vocês deviam considerar se juntar a nós. Se vocês acham que os Volturi vão deixar vocês viverem pra contar essa história, vocês estão

enganados. Nós todos devemos ser destruídos ─ Ele se encolheu ─mas de novo, talvez não. Talvez nós estamos mais apoiados do que eles sabem. Talvez os Volturi finalmente encontraram seu desafio. Eu prometo a vocês isso, embora, se nós cairmos, vocês também cairão.

Resisti a enorme vontade que tive de aplaudi-lo, porque ele falou literalmente o que todos aqui sabem e pensam sobre as intenções dos Volturi, e sobre aonde seríamos capazes de chegar para defender os nossos.

Ele encerrou seu caloroso discurso voltando ao lado de Kate e então, se agachando um pouco, preparado pro ataque violento.

Aro sorriu.

─ Um belo discurso, meu amigo revolucionário.

Garrett permaneceu em sua posição de ataque.

─ Revolucionário? ─ Ele rosnou. ─ Eu estou me revoltando contra quem, devo perguntar? Você é o meu rei? Você espera que eu te chame de mestre também, como sua obediente guarda?

─ Paz, Garrett ─ Aro disse, tolerante. ─ Eu quis apenas fazer referência ao tempo em que você nasceu. Ainda um patriota, eu vejo.

Garrett olhou de volta furiosamente.

─Vamos perguntar à nossas testemunhas ─ Aro sugeriu. ─ Vamos ouvir o que eles pensam antes de tomarmos a nossa decisão. Digam-nos, amigos ─ E ele se voltou casualmente pra gente, movendo alguns metros em direção à sua massa de observadores parados ainda mais perto dos limites da floresta ─ O que vocês acham disso tudo? Eu posso lhes assegurar que a criança não é o que temíamos. Deveríamos correr o risco de deixá-la viver? Deveríamos pôr nosso mundo em perigo pra manter a família deles intacta? Ou Garrett realmente está certo quanto a isso? Vocês se juntarão a eles numa luta contra a nossa repentina vontade de dominação?

As testemunhas olharam pra ele com semblantes cuidadosos. Uma, uma mulher de cabelos negros, olhou rapidamente pro homem loiro a seu lado.

─ São apenas essas as nossas opções? ─ Ela perguntou de repente, olhar em direção à Aro. ─ Concordar com você, ou lutar contra vocês?

─ Claro que não, charmosa Makenna ─ Aro disse, parecendo horrorizado que alguém pudesse chegar àquela conclusão. ─ Vocês podem ir em paz, claro, assim como Amun fez, mesmo se discordarem da decisão do conselho.

Globo tá perdendo.

Makenna olhou pra cara de seu parceiro de novo, e ele concordou no mesmo instante.

─ Nós não viemos pra lutar. ─ Ela fez uma pausa, respirou, então disse, ─ Nós viemos pra testemunhar. E nosso testemunho é que a família é inocente, Tudo que Garrett disse é verdade.

─ Ah ─ Aro disse, tristemente. ─ Eu sinto muito que você nos veja dessa maneira. Mas é a natureza do nosso trabalho.

─ Não é o que eu vejo, mas o que sinto ─ o parceiro de Makenna disse numa voz alta e nervosa. Ele olhou pra Garrett. ─ Garrett disse que eles têm meios de saber a verdade. Eu também sei quando eu estou escutando a verdade, e quando eu não estou. ─ Com olhos assustados ele se moveu pra mais perto de sua parceira, esperando pela reação de Aro.

─ Não nos tema, amigo Charles. Sem dúvidas o patriota acredita no que ele diz ─ Aro riu suavemente, e os olhos de Charlie se comprimiram.

─ Este é o nosso testemunho ─ Makenna disse. ─ Estamos indo embora agora.

Ela e Charles se foram lentamente, não se virando antes de serem perdidos de vista nas árvores. Um outro estranho começou a retirada do mesmo jeito, então mais três dispararam atrás dele.

Restaram exatos trinta e sete vampiros que ficaram. Alguns deles pareciam muitos confusos pra se decidir. Mas a maioria parecia mais consciente ao confronto que se seguiria.

Arose virou, indo em direção à sua guarda com um grande passo. Ele parou em frente deles, e se dirigiu a eles com uma voz clara.

─ Nós estamos em maior número, queridos ─ Ele disse. Há controvérsias. ─ Não podemos esperar ajuda de fora. Deveríamos deixar essa questão a decidir pra salvar vocês mesmo?

─ Não, mestre ─ eles sussurraram unissonamente.

─ A proteção do nosso mundo vale a perda de alguns do nosso número?

─ Sim ─ eles respiraram. ─ Nós não estamos com medo.

Aro sorriu e virou-se pro seus companheiros de preto.

─ Irmãos ─ Aro disse sombriamente, ─ há muito a se considerar aqui.

─ Vamos aos conselhos ─ Caius disse malicioso.

─Vamos aos conselhos ─Marcus repetiu num tom desinteressado.

Aro se virou de costas pra nós de novo, olhando pros outros antigos. Eles juntaram as mãos pra formar um triângulo coberto de preto.

Assim que a atenção de Aro se voltou ao silencioso conselho, mas duas de suas testemunhas desapareceram silenciosamente na floresta.

Inspirei, entediada. Fingindo olhar a hora no meu relógio de pulso inexistente.

─ Se eu soubesse que demoraria tanto teria trago uma barraca para tirar um cochilo. ─ Resmunguei sarcasticamente, recebendo alguns olhares de repreensão, enquanto outros eram de divertimento. ─ O quê? Se vamos nos matar que aconteça logo de uma vez. ─ Dei de ombros ignorando os olhares que atraí do lado inimigo.

Demonstrar confiança é uma boa para abaixar o ego que eles obviamente mantém em alta. Se os Mikaelson não estivessem tão ocupados com seus próprios problemas eu teria os chamado e resolveriamos isso em dois tempos.

Vi de soslaio quando Bella começou a se despedir de Renesmee. Ok. Essa atitude não é nada animadora para nós.

Sinto o roçar do pelo de Jacob contra a minha pele e encaro seus olhos castanhos chocolate em uma conversa muda. Sorrio para ele tentando passar toda a minha confiança. Vamos ficar bem. Foi o que prometi para ele sem usar palavras.

Amara para ao meu lado e entrelaça nossas mãos, com um sorriso ladino. Somos uma dupla imbatível e não será agora que seremos derrotadas, principalmente por um bando de vampiros purpurinas.

Vi Bella sussurar algo para Seth. Com certeza sobre seu plano de fulga. Ao menos uma fulga para Renesmee.

Edward beijou a testa de Renesmee e suas bochechas, e então a levantou até os ombros de Seth. Ela subiu com agilmente para as suas costas, colocando-se no lugar e agarrando-se a seu pêlo e se posicionou facilmente no espaço entre os ossos de seu ombro.

─Não há esperança, então? ─ Carlisle sussurrou. Não havia medo em sua voz. Apenas determinação e aceitação.

─ Claro que há esperança ─ Bella murmurou de volta. ─ Eu sei apenas do meu destino.

Edward pegou a mão da sua esposa, nitidamente se incluindo em qualquer que fosse o destino dela.

De repente, nós estávamos rodeados por murmúrios de adeus e "eu te amo".

─ Se nós sobrevivermos a isso ─ Garrett sussurrou pra Kate, ─ eu vou seguir você pra qualquer lugar, mulher.

─ Agora que ele me fala ─ Ela resmungou.

Balancei a cabeça em negação, sorrindo. Não importa como, ou o que custe, não vou deixar que esses projetos de vampiros destruam uma família tão boa e unida quanto os Cullen.

Rosalie e Emmett se beijaram rápida, mas apaixonadamente.

Tia acariciou o rosto de Benjamin. Ele sorriu de volta alegremente, pegando sua mão e segurando-a contra sua bochecha.

Eu, ainda que mantivesse minhas esperanças firmes, abracei Amara e sussurei um:

─ Não importa o que aconteça, você não vai morrer aqui. ─ Prometi com firmeza, então olhei para o lobo ao meu lado. ─ Nem você lobindo. ─ Acariciei seu pelo aproximando meu rosto do seu focinho. ─ Não tive todo aquele trabalho para você morrer logo depois.

─ Se preparem. ─ Ouvimos o sussurro de Bella, certamente sentindo algum tipo de ataque do outro lado contra seu escudo. ─ Está começando.

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