𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐_𝟐𝟎
Decisões
Wooyoung on:
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- Mãe? Pai! - escutei San exclamar surpreso, o que me fez encolher um pouco em frustração.
Sério... eu não acredito que estou passando por algo tão clichê como isso!
Estou me sentindo um adolescente, sendo pego no flagra pelos pais do namorado.
- Choi San! - escuto a voz exasperada de uma mulher, a qual deduzo ser a mãe de San - Eu espero, com toda a sinceridade, que este rapaz que se encontra nos seus braços, seja o ômega que Soobin nos falou.
- Sério isso, mãe? - San falava com o tom de voz cansado, suspirando pesadamente enquanto me apertava um pouco em seus braços, o que me deixa ainda mais mortificado.
- Vou para a cozinha que ganho mais. - ouço outra pessoa falar baixo, e aos poucos fui sentindo sua presença ir se afastando enquanto o breve embate entre mãe e filho ainda continuava rolando.
- Então... vai me explicar o que significa tudo isso? - a mãe do San voltou a falar, e por um momento eu a imaginei colocando a mão em sua cintura enquanto nos encarava... mesmo não tendo noção de como é sua feição.
- Não sou mais criança, e não tenho mais a obrigação de lhe dar satisfação de tudo o que faço. - San a respondeu com certa rispidez - Sem contar que eu estou na minha casa, posso fazer o que quiser aqui.
- Sungjin, dê um jeito neste comportamento arrogante do seu filho!
- Não se estresse tanto querida, nosso menino não seria capaz de trair o namorado, você sabe muito bem disto. - o outro alfa tenta apaziguar, só que sua fala me fez ficar ainda mais constrangido.
- Eu não estou estressada...
- O que vocês estão fazendo aqui? - San perguntou derrotado, e eu aproveitei aquele momento para me afastar um pouco de perto dele, o que não foi muito já que seus braços ainda estavam ao redor da minha cintura e sua blusa ainda estava em volta de seus pulsos - Viu? Vocês estão o deixando constrangido!
Onde que está a janela mais próxima?
- Eu não tenho culpa nenhuma nisto. - o alfa mais velho voltou a se pronunciar com o tom de voz suave.
Naquele momento eu finalmente tomei coragem para olhar os pais de San, e no mesmo instante percebi a grande semelhança entre pai e filho. San era uma xerox do pai, só que uma versão mais jovem e mais musculosa. Os olhos negros como ônix, a pele de tom clara como se tivessem tomado banho sobre a lua, e o maxilar definido e bem desenhado... eram extremamente semelhantes. Mas, os lábios finos e avermelhados, como o nariz arrebitado eram idênticos de sua mãe.
Os pais de San eram lindos, e o alfa parecia ter pego as melhores características deles.
- É um prazer conhecê-lo Wooyoung-ssi... - o pai de San me cumprimentou, me fazendo voltar a realidade - Nós já escutamos muito sobre você.
- E-escutaram?
- Sim. - a ômega responde animada vindo em nossa direção - Soobin nos contou que o conheceu a alguns dias atrás e o quanto ele ficou encanto com você, ele deu grande ênfase do quanto tinha gostado do ômega de San... então fiquei muito curiosa para lhe conhecer também.
- Uhm...- resmunguei envergonhado, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas devido ao meu constrangimento.
A ômega mais velha se sentou ao meu lado no espaçoso sofá, e segurou a minha mão de modo terno com um sorriso radiante, me olhando de modo afetuoso e um brilho em seus olhos.
- Eu tenho que confessar que as fotos tiradas pela empresa do meu menino não fazem jus a sua beleza, Wooggie... Você é muito mais lindo pessoalmente.
- Ah... hum... obrigado... - respondo ainda desnorteado, sem saber ao certo como me comportar naquela situação.
Espera... ela disse ômega do San? Quando eu me converti em ômega dele?
- Vista direito esta camisa, San. - o pai do mesmo o repreendeu, indo se sentar na outra ponta do sofá - E não precisa ficar nervoso conosco aqui Wooyoung-ssi, na verdade, o desejamos as boas vinda à família. - ele disse com o tom de voz mais amena e terna ao se virar para mim, o que me deixou ainda mais constrangido.
Contra a sua vontade, e um pouco da minha também, confesso, San retirou um de seus braços da manga da blusa e logo em seguida vestiu a camisa corretamente, a ajeitando e pegando o boné que em algum momento tinha saído, o colocado de volta sobre sua cabeça enquanto ajeitava seus fios de cabelo. Para a minha alegria, o alfa voltou a rodear a minha cintura com um de seus braços, me trazendo ainda mais para perto dele, o que fez a mãe de San soltar minha mão enquanto ainda mantinha o sorriso faceiro em seus lábios.
- Ele é tão fofo, querido... nosso menino tirou a sorte grande por ter conseguido um namorado tão lindo. - a ômega expressou de modo doce olhando para o marido - Omo... nós não nos apresentamos ainda. - ela voltou sua atenção para mim - Eu sou a Yejin, mãe do San... - ela disse colocando a mão sobre seu peito enquanto se apresentava, para logo depois apontar para o alfa - E aquele é meu marido e pai do San, Sungjin.
- Prazer conhecê-los... sou Jung Wooyoung. - me apresento tardio, mesmo que eles já soubessem meu nome, e torcendo para que não esteja agindo de modo estranho enquanto fazia uma breve reverência - E bom... eu e o San não estamos namorando. - aproveito para esclarecer.
- Ainda. - San me contraria, e mesmo sem olhar para ele, eu tinha a leve impressão que o alfa estava sorrindo de modo presunçoso.
- Pelos deuses, San... o que falta você pedir este rapaz em namoro! - a mulher disse revoltada, o que me fez dar uma leve risada e a via batendo nos braços de San - E tira esta mão boba dele, se vocês não estão juntos oficialmente ainda, você não tem nenhum direito de se portar assim com ele.
- E porque eu faria isso... ele está muito bem aqui.
Ver a senhora Choi implicando com San me fez lembrar do almoço com Soobin, o que me fez perceber as semelhanças da personalidade entre os três.
- Se meu filho estiver o enrolando, Wooyoung-ssi, eu posso te apresentar alguém que tenha um pouco mais de atitude do que ele. - retiro o que eu disse... o senhor Choi também gosta de provocar, já que ele deu aquela sugestão com um sorriso provocador em direção a San.
Os quatro são farinha do mesmo saco!
- Pai!
Eu não consegui me segurar e acabei gargalhando pela provocação, ao ponto de me jogar para trás e me apoiar em San, que em nenhum momento me soltou, mesmo com sua mãe o batendo.
- Vocês não me responderam... o que estão fazendo aqui? - San perguntou para os seus pais, se arrastando no sofá enquanto me levava com ele, nos afastando da senhora Choi e de suas mãos pesadas.
Os pais de San ficaram em silêncio por alguns segundos, um olhou para o outro antes de responder aquela simples pergunta, como se estivessem tendo uma conversa silenciosa entre eles para ver a melhor forma de jogar uma bomba.
- É sobre a Eunbin. - no mesmo instante eu senti o corpo de San ficar tenso, e o clima leve de antes rapidamente se desfez somente com a simples menção daquele nome - Os pais dela entraram em contato comigo hoje, e me disseram que ela foi liberada da clínica em que estava esta manhã.
Como San estava somente com um de seus braços rodeando minha cintura, eu fiz questão de pegar a mão do mesmo que estava sobre a minha coxa e a segurei entre as minhas, e de modo instintivo liberei um pouco dos meus feromônios e comecei a o aromatizar. Senti San deixando um beijo em meu pescoço ao mesmo tempo que ele entrelaçava nossos dedos, para logo em seguida voltar seu olhar para seus pais, que nos observavam atentamente.
- Por que vocês estão me contando isso? Eu não tenho mais nada a tratar com ela, e não me importo com o que acontece ou deixou de acontecer com ela. - por mais que seu toque fosse suave, sua voz saiu fria e cortante, o que me fez estremecer ao escutá-la, por mais que aquela frieza não estivesse sendo direcionada a mim.
- Meu filho, sei que você não gosta de tocar no assunto...
- Então não toque. - San resmungou, bufando, interrompendo momentaneamente o que sua mãe dizia.
- Nós só viemos te contar isso para que esta notícia não te pegue de surpresa mais para frente. - a senhora Choi falava calmamente, ignorando a fala anterior do filho - Será ótimo se ela nunca mais vier nos perturbar, mas não dá para entender aquela garota e nem dá para prever o que ela pode acabar fazendo.
- Obviamente que nós iremos torcer para que ela fique na dela e bem longe da nossa família, mas viemos te contar sobre a sua alta para que você fique atento. Você sabe que ela tem uma obsessão meio doentia em relação a você.
- Nós não queremos ver você machucado novamente, San.
Escuto San suspirar alto ao mesmo tempo que ele encosta sua testa sobre o meu ombro, me segurando mais firme em seus braços.
Os minutos seguintes ninguém disse uma única palavra. Os pais de San não queriam pressionar o filho, San parecia não querer mais tocar no assunto e estava tentando se acalmar, e eu não me achava no direito de falar nada, até porque eu não sabia toda a história. Por mais que San tenha me contado um pouco sobre, eu tinha a noção que ele tinha falado o mínimo sobre o assunto, e só aquele pouquinho fez o alfa se derramar em lágrimas em meus braços... então, eu não falaria nada para não o ver chorando daquele jeito novamente.
Tudo que eu poderia fazer era tentar o acalmar, por isso que eu o deixei afundar seu nariz em meu pescoço enquanto ele inalava meu aroma natural, ao mesmo tempo que eu deixava minha presença e meus feromônios o cobrirem.
Nós saímos daquela bolha cinzenta ao escutar os latidos e rosnados de Yeontan e do que eu presumir ser o latido do Bam, e logo em seguida os dois filhotes apareceram na sala correndo. O grande cachorro preto vinha mordendo uma corda, Yeontan estava logo atrás latindo para o cachorro que era dez vezes o seu tamanho. Assim que Bam parou, Yeontan pulou em cima dele para tentar morder a outra ponta da corda... ele ficou naquilo até conseguir e começar a puxar a corda da boca do outro.
Aquela era até uma disputa injusta... nunca que o meu filhote iria conseguir vencer aquele pequeno monstrinho.
- Oh... quem é essa coisinha fofa? - a senhora Choi perguntou olhando os dois cachorros brincando.
- É o Yeontan, meu filhote... - digo em tom baixo, e vi a ômega ficar com os olhos brilhantes enquanto observava os dois cachorros brincando.
- Bam, aqui. - San chamou o cachorro, que rapidamente largou a corda e saiu correndo em direção ao seu dono, pulando no sofá e começou a lamber o rosto do mesmo.
Somente naquele momento San me soltou, tentando afastar o cachorro e o acariciar ao mesmo tempo.
Yeontan também veio na minha direção e eu rapidamente o peguei nos meus braços, o afagando enquanto o pequeno folgado se ajeitava em cima das minhas pernas. Imediatamente, a senhora Choi começou a afagar Yeontan, que aceitou de muito bom grado os carinhos da ômega... o folgado até mesmo fechou os olhos para aproveitar mais os afagos.
- Desculpa por mais cedo, bebê... não queria te assustar. - San disse com a voz fina, como se estivesse realmente falando com uma criança, o que me fez sorrir ao ver aquele lado do alfa - Você me perdoa... hum... sim? - Bam simplesmente ia para cima de San, tentando lamber seu rosto e soltando alguns latidos - Bamie, esse é o Wooggie e você tem que se dar bem com ele, já que ele vai ser o seu outro pai, e tem que cuidar do Yeonie também... ele é seu irmãozinho agora, okay.
Eu soltei uma leve gargalhada ao ouvir aquilo, até porque não tinha como não rir daquilo.
[ ... ]
- Deseja mais alguma coisa, senhora. - a mulher que era claramente estrangeira disse, colocando a bandeja na mesa de centro com dois copos de suco e um prato com biscoitos recém assados, estava dando água na boca só pelo cheiro.
- Não precisa, Alice. - a senhora Choi a respondeu pegando um dos copos - Se você quiser, já pode ir para casa... eu vou aproveitar e fazer o jantar para o meu filho e futuro genro.
A senhora riu do comentário da ômega, na verdade as duas sorriram de modo cúmplice enquanto meu rosto começava a ficar no tom avermelhado. Para tentar disfarçar eu peguei o outro copo e comecei a tomar o suco, mas não acho que funcionou muito. A senhora se curvou antes de se virar e voltar pelo mesmo caminho que fez anteriormente, nos deixando sozinhas na sala.
San tinha sido levado por seu pai até seu escritório para conversarem não tem muito tempo, e desde então estava somente eu e a senhor Choi na sala. Ela falava alegremente das travessuras de San de quando era mais novo, e até prometeu me mostrar fotos do pequeno San de seus álbuns quando fosse a visitar.
Confesso que fiquei curioso para ver tais fotos, e por um momento me peguei imaginando a miniatura do alfa correndo pela casa segurando um gato de estimação,
- Voltando ao assunto, Wooy, neste final de semana eu e meu marido iremos realizar um almoço em família, e eu ficaria muito feliz se você fosse com o meu menino.
- Ah... San chegou a me falar deste almoço. - digo um pouco sem graça, até porque eu mesmo ainda não tinha me decidido se iria ou não.
Aproveito o momento para pegar um dos biscoitos e comer... e como eu tinha imaginado, eles estavam divinos.
- Particularmente, eu quero muito que você vá, eu gostei muito de você e quero te conhecer melhor, conversar mais com você, quero te mostrar mais da nossa família e te apresentar para os meus parentes, e esfregar na cara das minhas irmãs o quanto o ômega do meu filho é lindo.
- Mas eu e o San não temos nada sério... - resmungo em tom baixo.
- Eu sei, mas você também não pode falar que vocês não têm nada, certo? - ela disse com um olhar presunçoso, o que me faz respirar derrotado e voltar a comer os biscoitos silenciosamente, pois realmente não tinha como a contrariar naquela sua afirmativa - Os poucos minutos que vi vocês junto, deu para perceber que há algo acontecendo com os dois.
- É... um pouco complicado.
- San me disse a mesma coisa. - ela bufou revirando os olhos, o que me fez dar uma leve risada - Pelo modo que San e você agiram mais cedo, presumo que ele tenha lhe contado sobre a Eunbin.
- Um pouco... tenho certeza de que ele não me disse tudo.
- Esse tópico é um tanto que sensível para San, e mesmo que ele tenha te contado um pouco sobre, já nos mostra o tanto que você é importante para ele e que ele confia em você. - ela disse com um sorriso acolhedor, mas com uma certa melancolia no seu tom de voz - Por isso eu quero te conhecer melhor, pois você foi a primeira pessoa que vi meu filho interagir daquele jeito desde aquele incidente, e isso me fez ter um pouco de esperança... e que o meu menino volte a ser mais como antes.
- Eu não sei tudo o que aconteceu com ele, mas não posso te dar esperança que algo vai acontecer. - tento falar com racionalidade, até porque eu sentia que ela estava colocando fé de mais em mim sem saber de nada - Atualmente, eu e o San estamos meio que juntos... porque nossos lobos tiveram um imprinting.
- Omo... isso é incrível! - ela exclamou animada - Imprinting são raros, e San será o segundo na família que teve um.
- Ah... senhora Choi...
- Já disse para me chamar apenas de Yejin, querido. - ela me interrompeu.
- Sim... Yejin... Como eu disse, foram nossos lobos que tiveram um imprinting.
- Sim, e qual o problema nisso? - ela perguntou como se aquilo não fosse grande coisa - Não importa se é um imprinting de alma ou entre lobos, não deixa de ser um imprinting. Agora, o que importa é como os dois irão seguir, e pelo que dá para perceber, vocês resolveram deixar as coisas seguirem o seu fluxo... não estão interferindo na escolha dos lobos de vocês, mas não estão se deixando ser guiados somente pelo desejo... estou certa?
- Bem... algo do tipo?
- Posso te fazer uma pergunta Wooyoung? - a ômega questionou, tomando o restante do seu suco, e eu somente concordei com um acenar de cabeça - Você gosta do meu filho?
Eu fiquei por um momento em silêncio, refletindo sobre a pergunta.
Eu não desgostava do Wooyoung... mas também não sabia explicar o que sentia por ele.
Atração? Definitivamente sim, até porque San é bonito, mas... eu não acho que seja só isso.
Desejo? Uhm... talvez? Nossos lobos têm desejo mutuo, e não sei se isso acabou me influenciando.
Eu não posso negar que tenho medo, mas não do San e sim desta ligação que nossos lobos tiveram, pois sei que isso pode ser destrutivo e não quero ter que passar o mesmo que minha mãe passou. Só que San era diferente, ele não era como meu pai, por isso eu resolvi ter um pouco de coragem e ver onde isso daria... o que aconteceria.
Foi por San me mostrar que era humano, que não se guiava somente por seus instintos animalescos, que eu dei um passo e decidi confiar no alfa. Talvez eu tenha dado um passo grande demais devido ao que aconteceu a alguns longos minutos atrás, mas não era como se eu estivesse arrependido daquilo. Se os pais do San não tivessem chegado naquele instante as coisas talvez teriam avançado mais do que o imaginado... isso definitivamente mostra que eu sinto uma grande atração pelo alfa. Mas... era realmente só aquilo?
- Não precisa me responder se você ainda não sabe a resposta, mas posso te dar um conselho?
- Sim. - a respondo avidamente, olhando para ela atentamente.
- Os humanos querem ter uma resposta para tudo, mas nem todas as coisas precisam de uma resposta, e algumas respostas que foram dadas nem sempre são verdades. O que você está sentindo agora é mais importante do que uma resposta de um livro ou a explicação de um expert, apenas confie nisto aqui. - ela disse apontando na direção do meu coração - Mas não deixe de seguir isso aqui. - a ômega agora tocava levemente a minha cabeça - Deixe os seus sentimentos te guiar, mas não deixe eles te cegarem. Seja racional quando tem que ser, mas não deixe toda esta razão te impedir de seguir em frente.
- Isso não é meio contraditório? - pergunto a olhando um pouco confuso, e logo em seguida escuto a risada leve e divertida da mesma.
- Sim, tudo tem os dois lados da moeda. Nada é preto no branco Wooyoung, cabe a nós decidir o que fazer com as escolhas que nos são dadas. O mesmo serve para o imprinting, cabe só às pessoas envolvidas escolherem como irão prosseguir com aquilo.
Eu queria poder perguntar mais coisas para ela em relação àquilo, eu estava até disposto a lhe pedir um conselho e até mesmo cogitava contar para ela sobre a relação dos meus pais e o medo que eu tinha em relação ao imprinting dos nossos lobos, mas os dois alfas logo apareceram na sala, nos fazendo encerrar ali aquela conversa.
Os pais de San foram embora, a dona Alice provavelmente já tinha ido também, mas as palavras ditas a minutos atrás ainda martelavam a minha cabeça.
- Você ainda quer dar um passeio com os nossos filhotes?
- Não... acho que quero fazer outra coisa agora, e isso é mais importante no momento.
San me olhou com a sobrancelha erguida e o cenho enrugado, principalmente quando me aproximei dele e deixei um rápido selar em seus lábios.
- Não me teste ômega...
- Eu não estou te testando, alfa. - digo passando minhas mãos sobre seu pescoço e os entrelaçando um no outro - Neste momento, eu estou me testando e tentando.
E antes que San pudesse falar mais qualquer coisa, eu o beijei, me deixando ser levado tanto por meus instintos, como por meus próprios sentimentos confusos e que eu ainda precisava decifrar.
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