𝟎𝟑𝟎 - 𝟐𝟒𝟑 𝐃𝐀𝐘𝐒



030. 243 DAYS

Capítulo com cenas hot


Day 51

Cinquenta e um dias se passaram desde a queda da fazenda. Os dias têm se tornado um alívio, enquanto a noite avassaladora traz o frio. Estamos pousando de galho em galho, sem um destino final. Tivemos que nos livrar de um dos carros: pouca gasolina para muitos carros. Mas agora vivemos em um aperto, já que só temos duas motos e sempre há uma carona comigo. A comida também está acabando; sempre vamos em busca, mas os saqueadores levam tudo antes de chegarmos lá.

Uma rajada de vento atinge meu corpo, fazendo com que meus ossos ardam de frio. Remexo de um lado para o outro, tentando arrumar o agasalho em meu corpo. Agora estamos em uma casa abandonada, mas não por muito tempo; os mortos sempre nos encontram e temos que fugir. Rick está buscando um lugar seguro e vive olhando aquele mapa, pensando que, de uma hora para outra, irá encontrar uma solução.

Sinto um pingo de neve cair em minha bochecha e olho para cima. Uma nevasca agora seria devastadora em todos os sentidos; até agora, tivemos apenas chuvas fortes e ventos, mas a neve faria com que o nosso grupo congelasse. Escuto passos silenciosos se aproximando. Desde que voltamos a fugir, voltei a treinar meus ouvidos para detectar uma ameaça. Por sorte, era apenas Daryl. Sim, consigo identificar o passo de cada um que se aproxima de mim.

⚊ Deveria ser mais silencioso, posso te acertar!

⚊ Quando anda, parece um mamute batendo os pés. Não reclame de mim.

⚊ Vá se foder.

Aperto minhas mãos, sentindo o frio aumentar em meu corpo. Talvez devêssemos ir para outra cidade; há várias por perto que devem estar esperando o momento certo para um bom grupo de pessoas. Ou talvez invadir um condomínio; esses lugares têm muros altos e uma boa segurança.

⚊ O bom é que vamos morrer para o inverno, melhor do que para um zumbi maldito.

⚊ Deixa disso, não vamos morrer.

⚊ Não sei como você não sente frio, eu estou congelando ⚊ bradei, apertando meus braços ⚊ o vento está ficando mais gelado a cada segundo.

⚊ Eu passava a maior parte do meu tempo na floresta, faça chuva, sol ou neve. Me acostumei com os climas desagradáveis; com o tempo, você nem vai mais sentir ⚊ Daryl Dixon puxa meu corpo para seus braços fortes, acolhendo-me em um abraço quentinho.

⚊ O que está fazendo?

⚊ Te esquentando, se reclamar muito, te jogo na água ⚊ reviro meus olhos. ⚊ Não revira os olhos pra mim, garota.

⚊ Eu não revirei...

⚊ Vou fingir que acredito.

O homem passou a mão pelos meus cabelos, acariciando com calma. Desço minha mão para dentro de sua jaqueta, sentindo o calor de sua pele ali. Daryl Dixon tem um abraço tão caloroso que poderia passar horas nos braços desse homem. Mordo meu lábio inferior, sentindo um friozinho atingir minha barriga. Eu namorei duas vezes em toda a minha vida: uma foi com Shane, o maior erro, e a outra com Spencer, mas o garoto sumiu do mapa depois de três semanas, então nem fui atrás dele. Em todas as vezes que abracei Spencer ou Shane, nunca senti esse conforto.

⚊ Se nos encontrarem aqui, o que vão pensar da nossa inimizade? Somos bons arqui-inimigos, morceguinha.

⚊ Somos iniamigos por enquanto. Estou pensando se vale a pena ter você como um amigo.

⚊ Eu já salvei sua vida duas vezes!

⚊ Eu também já salvei a sua vida, caçador ⚊ bati no peitoral dele, fazendo-o soltar uma risada nasal ⚊ acho melhor voltar para dentro, o meu turno já está acabando.

⚊ Tá, se precisar de alguma coisa, grita. Vou correndo te ajudar!

⚊ Eu sei, você é o meu cachorrinho.

⚊ Um dia te mato!

Mandei um beijinho no ar para o homem que me observa seguir caminho para dentro da casa em que estávamos temporariamente. Dei um longo suspiro e continuei a andar pelos cômodos. Na sala, estava Theo conversando alguma coisa com seu filho; Carl e Ally estavam perto da lareira, abraçados com Beth. Rodei meus olhos por toda a sala até ver Lori em um canto, limpando algumas lágrimas. Me aproximei da mulher e toquei seu ombro.

⚊ Dores?

⚊ Não, não ⚊ limpou a bochecha ⚊ Rick, ele está distante, se sente mal por tudo isso. Também acho que me culpa por ter matado Shane. Eu entendo que estraguei tudo, mas essa rejeição me corrói...

⚊ Lori, você é humana, vai sentir tudo isso e ainda vai ficar pior por causa da gravidez. Sim, você errou quando transou com o Shane, mas você tem tentado consertar as coisas com o meu irmão. Precisa entender que, para ele, é difícil. Rick está do seu lado pelo bebê e tenta entender todo esse lance, mas agora ele matou o melhor amigo. Meu irmão está se sentindo culpado pra caralho, só de pensar no tempo dele.

⚊ Obrigada pelas palavras...

⚊ Não posso dizer algo mais do que isso... Sinto muito, também estou magoada com tudo, mas não vou te deixar sozinha. Pode contar comigo para o que for, okay? ⚊ puxei a morena para um abraço ⚊ não sei se vou te perdoar um dia pelo que disse na briga, mas também não vou te deixar sozinha.

⚊ Eu ia falar desculpas, mas você iria me mandar pro caralho.

⚊ Com certeza eu iria!

Entendo e não entendo Lori. A realidade é que, por um lado, consigo ver sua dor em estar sendo renegada por Rick. Sempre tiveram um relacionamento lindo de se ver e, embora estivessem passando por um momento complicado antes do incidente, eles se amavam muito. Eles se conheceram na adolescência, logo ficaram amigos e depois namorados; junto veio o Carl, de surpresa. Enfim, consigo entender ela por um lado. Rick tem se fechado cada vez mais e se tornado frio. Tenho medo do que esse apocalipse pode causar no meu irmão.

Eu ia dar um abraço em Lori antes de me afastar, porém recuei alguns passos e acenei com a cabeça. Girei meus calcanhares, indo em direção a Glenn, que estava escorado na parede. O coreano tinha uma pequena barbicha crescendo em seu queixo; sua aparência estava cada vez mais desleixada e o cabelo agora cumprido batia na sobrancelha.

⚊ O que foi, japa?

⚊ Se eu falar coreano, você vai corrigir? ⚊ Nego com a cabeça ⚊ chata, você é uma chata.

⚊ Eu sei, é uma das minhas maiores qualidades. Mas o que você está pensando?

⚊ A comida que conseguimos pegar está acabando, e andar com os carros para uma busca é muito perigoso com as crianças. Vamos morrer de fome ou ficar na merda logo logo!

⚊ Precisamos encontrar uma casa para passar pelo menos os primeiros três meses do inverno; não podemos passar de casa em casa ⚊ olhei para a Ally. ⚊ Posso conversar com Daryl. Temos motos, é mais rápido para fazer as buscas...

⚊ Mas não cabe tanto suprimento ⚊ refutou.

⚊ É a única opção. Essa casa é boa, mas fica no foco dos zumbis. Precisamos de um lugar bom que não fique no escuro. Você e o T podem ver alguns lugares enquanto vou nas buscas por suprimentos.

⚊ Temos que falar com o Rick antes.

⚊ Quer falar o que comigo?

Meu irmão chegou como um fantasma ou demônio, igual àquele jogo de tabuleiro que, basta falar o nome, e o diabo aparece ali. Pressionei meus lábios e encarei Rick; ele estava com uma aparência péssima. Cada vez mais, o peso de ser o líder do grupo influenciava em suas decisões e aparência.

⚊ T e Glenn podem procurar um lugar bom para passarmos os dias com calma, enquanto eu e Daryl vamos em busca de suprimentos nas motos. É prático e não precisamos ficar definhando aqui. O que acha?

⚊ Gostei, mas posso ajudar vocês nesse plano.

⚊ Não, você precisa ficar fazendo a segurança. Estou treinando Beth e Carol, mas elas ainda não estão boas. O peso ficaria todo em Maggie, e a morena está à beira de um colapso. E olha que não faz nem um mês da fazenda.

⚊ E as crianças? ⚊ sugeriu Glenn.

⚊ Como assim?

⚊ Treiná-los no inverno, os zumbis ficam congelados e eles podem ter um alvo... vivo? ⚊ cruzou os braços ⚊ não sei definir o que seria esse alvo...

⚊ Humm, por mim tudo bem. E você, Rick?

⚊ Lori não deixaria Carl participar; ela não gosta que ele tenha uma arma.

⚊ Gente, vou ali. A Maggie tá me chamando ⚊ Glenn sai de fininho.

Passo meus olhos por todos, notando que estão bem distraídos. Seguro Rick pelo braço e o puxo em direção a um dos cômodos, que provavelmente era um escritório ou algo do tipo. Dou um longo suspiro e me apoio na mesa. Rick põe suas mãos na cintura e me encara com o semblante sério.

⚊ Não pode fazer isso com ela!

⚊ Não posso, Isobel?

⚊ Está deixando-a sozinha, Rick. Sentir-se abandonada na gravidez é uma das piores sensações do mundo; seu coração quebra em mil pedaços e tudo vira um grande risco para o bebê. Sei que não sou a maior fã da Lori, mas não a deixe se sentir uma merda. Cuide da sua esposa e do seu filho, porque, porra, pai não é aquele que põe dentro do útero, e sim aquele que cria. Se pai fosse apenas aquele que goza dentro, a Ally não iria considerar um Daryl pai.

⚊ Eu sei do meu compromisso com o bebê.

⚊ E com ela, Rick? Ela está gerando seu filho. Eu sei que você está com raiva, mas não pode deixá-la sozinha, caralho. Eu acabei de vê-la chorando por rejeição; isso faz mal para o bebê, Rick. Pensa, cara.

⚊ Eu tô pensando.

Nossa conversa acabou ali. Rick virou as costas e saiu pisando firme. Balancei minha cabeça negativamente e a joguei para trás, soltando um longo suspiro. Às vezes, é difícil ser a voz da consciência no meio do caos. Talvez eu não seja tão confiável em conselhos, mas sei distinguir o certo do errado, mesmo cego de raiva.

༫───༫
🧟‍♀️

Day 128

Um, dois, três. Bati três vezes contra o crânio de um zumbi; o sangue respingou por todo o piso e havia uma parte de seus miolos presa ao arame do meu taco de baseball. Balancei a cabeça, sentindo o odor de carne podre invadir minhas narinas. Estava em uma das minhas buscas com Daryl quando esse zumbi apareceu do nada. Ele estava sem as pernas, então fiz um favor ao retirar sua vida de vez e acabar com esse sofrimento tortuoso.

Quatro meses se passaram, eu acho. Não conseguia mais ter o raciocínio dos dias e noites que se passaram. O frio acaba com sua mente, seu corpo congela e seu coração também. Giro o taco em meus dedos e o encaixo na mochila. Estico minha perna, passando por cima do zumbi, e entro na farmácia. Beth está gripada e não podemos arriscar; por isso, vim fazer a limpa. Pego a minha Ruger SR9 e ando pelos corredores, vendo tudo espalhado no chão.

Me ajoelho e pego alguns remédios lacrados, jogando tudo dentro da bolsa com pressa. Levanto-me e giro meus calcanhares, indo para o corredor do lado esquerdo da farmácia. Essa área estava praticamente intacta; havia alguns itens higiênicos femininos. Aproveito para pegar alguns absorventes, lâminas, perfumes e desodorante. Passo os olhos até uma caixa vermelha que estava no chão e me abaixei para pegá-la. Assim que estava prestes a ver o lacre, escuto passos.

⚊ O que tem aí? ⚊ A voz de Daryl invadiu meu ouvido. Virei meu rosto para o homem que estava em pé, com os braços cruzados e um sorrisinho malicioso no canto dos lábios. ⚊ Minha animiga está pegando o que aí?

⚊ Eu nem sei o que é, só peguei para ver...

⚊ Deixa eu ver?

⚊ Não!

⚊ Qual é, Grimes? Me deixa ver!

Estava em pé com a caixinha misteriosa atrás do meu corpo. Daryl deu um passo e eu recuei, sentindo meu corpo bater contra a parede. Todo o ar estava denso, meu coração estava completamente acelerado com essa aproximação repentina; meus olhos percorriam todo o rosto do homem que estava se divertindo com a situação.

⚊ Merda, Daryl. Não é nada!

⚊ Duvido bastante disso, sabia? E quer saber como eu sei? Você fica vermelha quando está mentindo ou escondendo algo, sua sobrancelha franze e fica com uma mini ruguinha aqui.

Ele toca o centro da minha testa e eu coloco a minha mão ali. O homem aproveita o meu momento de distração e tira a caixa da minha mão. Ele se vira de costas para mim e balança rapidamente. Eu pulava atrás dele, tentando alcançar o objeto, mas o homem sempre desviava.

⚊ Apenas lubrificante de pimenta; deve arder para um inferno ⚊ falou, dando de ombros. ⚊ Pensei que fosse algo mais vergonhoso, como uma camisinha, sei lá.

⚊ Eu só estava curiosa!

⚊ Não duvido nada ⚊ ele jogou a caixinha vermelha em uma das prateleiras. ⚊ Você é tão nova...

⚊ Eu tenho vinte e cinco anos!

⚊ Olha, um feto!

⚊ E você é um idoso; logo, logo terá que se alimentar de papa e o seu pau não vai subir mais. Pera, será que ele sobe?

Desviei do homem e comecei a andar pela farmácia. O Dixon me puxou pelo braço, fazendo nossos corpos se colarem. Ele tocou a minha bochecha, passando seu polegar gentilmente em minha pele. Meu coração disparou quando ele fez isso, e senti um calor inesperado se espalhar pelo meu corpo. Cada célula parecia reagir ao simples contato, me traindo quando eu mais precisava manter a calma. Logo, seu toque desceu até a minha nuca, puxando uma parte do meu cabelo. O acastanhado pressionou seus lábios em meu ouvido e murmurou:

⚊ Se continuar me desafiando, vou te mostrar de perto e você vai se arrepender das suas palavras, Isobel Grimes. ⚊ Respirei fundo, tentando manter a calma, mas o meu corpo gritava para sentir ele. ⚊ E eu quero você bem quietinha, porque eu sei bem que você está molhadinha. Podemos usar aquele balcão de apoio ou podemos voltar, e você vai ter que ficar caladinha como uma punição, entendeu?

Eu não deveria me sentir assim. Não com ele. Mas cada vez que Daryl se aproxima, meu corpo reage como se estivesse traindo minha própria vontade. Por que ele tinha esse efeito sobre mim? Isso era perigoso, no mínimo. Ele era perigoso.

⚊ Você realmente gosta de se arriscar, não é, Dixon? ⚊ minha voz saiu mais fraca do que eu pretendia, traindo a fachada de indiferença que eu tentava manter. Ele percebeu e soltou uma risadinha nasal.

⚊ Isso, vamos voltar.

Ele se afastou tão repentinamente quanto se aproximou, deixando o ar pesado. Eu deveria me sentir aliviada por ele ter recuado, mas tudo o que sentia era a falta do calor dos seus braços. Droga, esse homem tem bipolaridade? É a segunda vez que ele me deixa louca para senti-lo e vai embora como se não fosse nada. Maluco, ele é maluco.

(...)

Estávamos há horas na estrada, a neve estava piorando e, a qualquer momento, poderíamos acabar sendo sufocados por ela. Ergo a minha mão, atraindo a atenção de Daryl, sinalizo para um prédio e viro para a esquerda, indo em direção ao condomínio. Precisamos parar aqui ou seremos sufocados pela neve; os pneus podem deslizar e podemos cair no chão com os suprimentos.

Paro a minha moto na frente do prédio, deslizo a minha perna para sair de cima da moto, ajusto o casaco em meu corpo e vou até o grande portão de ferro. Ele estava entreaberto, então abri-o vagarosamente, vendo zumbis por todo lado. Mordi meu lábio inferior; esse é o único lugar onde poderemos ficar. As outras casas estão com os vidros quebrados e aqui há mais locais para explorar.

Escuto os passos de Daryl e viro minha cabeça para trás, faço o sinal de silêncio para ele e retiro minha faca do coldre. O primeiro zumbi vem até mim e cravo a faca em seu crânio, girando-a. Com o tempo, devido à decomposição dos corpos, fica mais fácil atingir seu cérebro. Seguro o corpo do morto-vivo, criando uma barreira entre mim e os outros zumbis, e começo a acertá-los, derrubando quantos puder. O Dixon estava do outro lado, acertando os zumbis com sua besta; ele era extremamente ágil e, quanto mais acertava os mortos, mais atraente ficava.

Limpamos toda a área sem dificuldade. Girei meus calcanhares e fui para o lado de fora, pegando a minha moto e a trazendo para uma área coberta do prédio. Depois disso, peguei uma bolsa, arrumei-a nas minhas costas e peguei uma lanterna. Daryl fazia o mesmo que eu. O homem tomou partido e começou a explorar o prédio. Havia um elevador entreaberto; me aproximei dele em passos lentos e pude ver um casal abraçados.

⚊ Morreram juntos pelo menos ⚊ murmurei.

⚊ É. Vamos continuar, Grimes!

Andamos até a escada de emergência; havia diversos corpos amontoados, uma cena horrível de se ver. O estranho é não haver nenhum zumbi por aqui, apenas os corpos abandonados. Continuamos a subir os degraus até chegar ao quinto andar. O lugar estava vazio, sem nenhum sinal de morte, sangue ou qualquer coisa ruim, ou até mesmo humanos.

⚊ Aquele está com a porta aberta!

De forma ordenada, andamos até aquele apartamento. 243 era o número gravado na porta. Abri lentamente aquela porta, vendo o lado interior praticamente intacto. Guardei a arma no coldre e fui até a cozinha, onde vi algumas coisas reviradas. Levaram comida e roupas, mas não mexeram em nada mais importante. Dei de ombros e continuei a explorar a casa até chegar a um quarto de casal. Uma foto dos dois estava na cômoda ao lado da porta. A mulher tinha cabelos pretos e olhos verdes; o homem tinha cabelos levemente longos e uma feição carrancuda.

⚊ Tá tudo limpo ⚊ Daryl avisou escorado na porta ⚊ Vamos passar a noite aqui e depois voltamos para o nosso abrigo, eles vão ficar preocupados.

⚊ O rádio?

⚊ Sem sinal por causa da neve, vamos ficar no escuro, literalmente.

Me sento na cama do casal, sentindo a maciez desse colchão. Solto um gemido involuntário; há muito tempo não fico tão confortável em algum lugar. Sempre que encontramos uma casa nova para ficar, opto por deixar as crianças no meu lugar de conforto; prefiro vigiar e ir em buscas. Estamos buscando suprimentos há tantos dias; sempre que voltamos com as coisas, parece que acabam outras trezentas.

⚊ Acho que o gás daqui está funcionando, podemos tomar banho e descansar.

⚊ Será?

Me levanto esperançosa. Ultimamente, estamos tomando banho no rio; pegamos alguns baldes e limpamos nossas peles com paninhos. Vou até o banheiro do casal, vendo um grande espelho lá. Dou um pulo para trás com a minha aparência: as olheiras estavam tão fundas e eu estava bem mais magra do que no início de tudo. Meus cabelos estão trançados agora, mas, se eu tirar, devem estar como palha. Me aproximo do box, abrindo o chuveiro com calma. As primeiras gotas de água quente pingam em meu braço.

⚊ Cacete Daryl, água quentinha. Eu vou tomar banho nesse, eu vi que tem outro no corredor ⚊ gritei para o homem ⚊ aproveita e vê se tem alguma roupa do marido dela.

Comecei a me despir na maior felicidade do mundo, desci meu olhar para o corpo, vendo como estava diferente. Céus, estou muito magra ao ponto de ver os ossos da minha costela. Vou até a pia do banheiro, começando a tirar aquela trança que a Beth fez nos meus cabelos; inclusive, eles estavam enormes. Giro meus calcanhares e entro no box, virei o o registro da água, experimentando as gotas caírem por todo o meu corpo.

⚊ Caralho....

Murmurei. Ficar tantos dias sem tomar um banho é horrível; além do cheiro desagradável e da pele grudenta, você sente o corpo pesado. As gotas de água passeiam por cada centímetro, levando uma paz. Meus músculos estão relaxados. Ergui minha cabeça para cima, sentindo as gotinhas pingarem em minhas pálpebras. Merda, poderia ter um orgasmo só por causa de um banho? Com certeza, sim!

Termino o meu banho depois de uns vinte minutos, puxo a toalha branca e a enrolo em meu corpo. Saio do banheiro e vou até o armário do casal. Caramba, eles levaram a maioria das roupas e joias, e quase nenhuma foto, credo. Pego um vestido soltinho branco e o jogo na cama; em seguida, abro a gaveta de calcinhas da mulher em busca de um short soltinho para usar por baixo e encontro um de dormir. Visto a roupa e vou até o espelho do quarto, dou um girinho

⚊ Aé, vem cá!

Saí do quarto e vi Daryl usando apenas uma calça de moletom. O homem secava seu cabelo com uma toalha de forma desengonçada. Mordi meu lábio inferior ao ver o tronco nu do homem. Cacete, caçar faz muito bem a ele; seus gominhos são bem desenhados e seu peitoral é robusto, uma delícia. Que merda, eu pensei. Balancei minha cabeça negativamente; não posso ficar olhando para ele dessa forma, é estranho...

⚊ O que foi, Daryl?

⚊ Tem um montão de comida ali, podemos pegar uma bolsa e colocar tudo dentro.

⚊ Vamos comer primeiro, depois colocamos tudo na bolsa

Passei na sua frente e fui até a cozinha. Os armários estavam abertos; provavelmente, o homem fez isso, pois antes havia apenas pequenas coisas reviradas. Encontrei um pão integral, olhei a validade e agradeci mentalmente por isso. Sinto saudades de comer esse tipo de coisa. Peguei uma manteiga de amendoim e passei no pão, levei até a minha boca e mastiguei.

⚊ Tava com fome, hein? ⚊ falou, se aproximando e pegando uma fatia de pão. ⚊ Eles deixaram muita coisa pra trás.

⚊ Sim, inclusive, usei aquele shampoo dos deuses dela ⚊ murmurei, pegando mais um pão. ⚊ Nossa, tem salgadinho! As crianças vão amar!!

⚊ Só as crianças?

⚊ A Beth e o Glenn também...

⚊ Você vai amar! Sempre que vamos em busca, você faz de tudo para encontrar essas coisas.

⚊ Mentira, isso é uma mentira.

⚊ Aham, e eu sou Leonardo DiCaprio.

⚊ Aquele velho? Prefiro você mesmo ⚊ bato no ombro dele, que bufa. ⚊ Tô brincando, o Léo é mais gostoso e é até pecado te comparar com ele ⚊ abaixo minha cabeça um pouco envergonhada.

Giro meu corpo para trás, vendo o chantilly lacrado. Busco pela validade e, graças a Deus, também está dentro dela. Tiro o lacre do produto e despejo um pouco em minha boca, sentindo o docinho. Daryl me olha com as sobrancelhas franzidas.

⚊ Isso é horrível!!

⚊ Horrível é essa sua cara, velhote. ⚊ Coloco um pouco de chantilly no queixo dele. ⚊ É muito gostoso, sério, experimenta um pouco, Daryl.

Não sei se estou falando do chantilly ou de Daryl. - pensei dando um longo suspiro.

⚊ Deixo para você isso ai, maluca ⚊ resmungou, o homem pegou outra torradinha e passou geleia.

⚊ Pra quem está comendo búfalo, você tem sido muito exigente ⚊ falei enquanto pegava uma boa quantidade de chantilly em meu dedo, passando-a em sua bochecha. ⚊ É uma delícia chantilly, principalmente com morango!

⚊ Você poderia parar de me melar com esse troço gosmento?

Ele limpou o chantilly de seu rosto, pegou o frasco da minha mão, aproximou-o do meu rosto e começou a passar aquela gosminha doce por toda a minha bochecha, indo em direção ao nariz. Ele finalizou com uma bolinha. Estava com o meu rosto fechado; não acredito que ele teve coragem de fazer isso.

⚊ Você vai me pagar muito caro, Daryl Dixon!

⚊ Vish, pode ser depois do apocalipse? É que, com o fim do mundo, fiquei meio endividado!

⚊ É?

Ele acenou positivamente. Com um sorriso travesso, mergulhei meu dedo na pastinha de framboesa; logo depois, melei a testa do homem. Ele jogou sua cabeça para trás e murmurou um palavrão. Pressionei meus lábios, tentando segurar o meu sorriso enquanto tentava pegar o frasco de chantilly, mas o homem o ergueu para cima, dificultando para mim. Dou alguns pulos tentando pegar, mas sem sucesso. Cruzo meus braços e viro minha cabeça para o lado. Daryl solta uma risada gostosa e me puxa para perto.

⚊ Quero experimentar... ⚊ rosnou ao lado do meu ouvido. Sua respiração estava pesada e eu podia sentir seus olhos queimando minhas costas. Ele deslizou a mão pelo meu ombro, causando-me leves arrepios ⚊ descobrir qual é o sabor; sempre tive essa curiosidade...

⚊ Experimen- ⚊ ele me interrompeu, colocando sua destra contra minha boca.

⚊ Mas não tem nenhum morango, e o seu corpo é tão saboroso quanto. ⚊ A rouquidão de sua voz causou uma onda elétrica em meu corpo ⚊ e você vai ficar caladinha, como eu disse hoje mais cedo. Irá pagar com a língua, Grimes!

Um arrepio atravessou cada centímetro do meu corpo. O homem pegou meu corpo como se fosse apenas uma boneca de pano e me colocou sentada no balcão da cozinha. Daryl pousou suas mãos em minha cintura, apertando-a com força; ele me devorava com aquele olhar. Estava tão faminto, e sua respiração pesada mostrava como ele estava se controlando para não me devorar ali mesmo.

O Dixon pegou o chantilly e passou em minha pele, traçando um caminho da minha bochecha até minha clavícula. Ele aproximou seus lábios da minha pele, sugando o chantilly; ele lambia a minha tez com calma, como se estivesse saboreando seu prato favorito. O acastanhado parou com sua boca em meu pescoço, sugando o máximo que podia. Revirei meus olhos de prazer, sentindo os pelos do meu corpo se arrepiarem cada vez mais. A mão do homem desceu até a alça do vestido que eu usava, retirando-o vagarosamente e deixando meus seios expostos.

Ele parou por alguns segundos; suas orbes azuis estavam focadas em meus mamilos rígidos. Daryl passou a língua entre os lábios e aproximou-se vagarosamente de meus seios. Sua língua rodava a bolinha do piercing de um lado para o outro, se divertindo com a joia que tinha. Sua outra mão foi até minhas coxas, apertando-as com força. Deixei escapar um gemido manhoso em meus lábios, suspirando profundamente. O homem mordeu o biquinho do meu peito, puxando-o para si.

⚊ Daryl... ⚊ Arfei, mordendo meu lábio inferior. ⚊ oh, merda.

Daryl desliza sua boca até meu outro peito, aproveitando para puxar o biquinho com os dentes. Sua língua girava em movimentos circulares, brincando com a joia prateada. O homem de olhos azuis segurou firme em meus seios, apertando-os com vigor; ele espalmou sua mão contra meu mamilo. Pressionei meus lábios, abrindo levemente minhas pernas. Podia sentir o meu mel escorrer entre as minhas pernas, esfregando uma na outra em uma tentativa falha de aliviar o tesão. Ao notar isso, o homem deu um tapa em meu rosto e o segurou com força.

⚊ Se você tentar se dar prazer sem a minha permissão, vou bater na sua bunda até sua pele ficar ardendo e você não conseguir sentar mais ⚊ rosnou, pressionando seus dedos em minha bochecha. ⚊ Entendeu, porra?

⚊ S-sim

Descendo suas mãos para o meu cabelo, ele as puxou para trás, fazendo meu tronco descer. Suas orbes azuladas estavam fixas em cada centímetro do meu corpo, analisando cada minúsculo detalhe e gravando em sua mente. O Dixon segurou minhas pernas e as ergueu, colocando-as apoiadas no mármore. Ele passou sua língua entre os lábios e riu nasalmente.

⚊ Inferno, tão molhada ⚊ falou, tocando seu polegar no tecido ⚊ merda, Grimes, nem toquei em você direito e já está assim?

⚊ Posso estar pensando em outro, não acha?

⚊ É? Está pensando em outro? ⚊ Ele puxou de uma vez meu short, deixando minha intimidade completamente exposta. ⚊ Acha que sou o otário do Shane? Não sou aquele babaca que nem te deu um orgasmo direito, moça. Vou foder a sua buceta e você vai gozar no meu pau enquanto grita o meu nome, entendeu???

⚊ N-não ⚊ mordi meu lábio inferior.

⚊ Não me desafie, não queira começar um jogo que não irá aguentar ir até o fim - deslizou sua mão pela minha bochecha. ⚊ Vou fazer você gozar por cada vez que você me insultou, Grimes. ⚊ Ao final da frase, o homem deu um tapa estalado em minha bochecha, arrancando-me um arfa.

Daryl pegou minha perna segurando-a cautelosamente, selou seus lábios em minha pele, iniciando uma trilha de beijos em direção à parte interna de minha coxa. Ele deslizava sua língua vagarosamente; seus movimentos eram calmos, tão lentos, que tentava me torturar com aqueles movimentos.

Ele desceu seus beijos até a minha virilha, parando em minha pequena tatuagem. Ele esboçou um sorriso de lado e me olhou. Talvez tenha pensado que menti sobre isso. O Dixon desceu seus beijos até a minha bucetinha, passando sua língua em minha fenda e sugando o meu mel que pingava no mármore.

⚊ Caralho, tão doce...

Murmurou, afundando-se novamente; ele sugava vagarosamente, saboreando cada centímetro e deslizando a língua em um ritmo único. Daryl rodeou suas mãos em minhas pernas, segurando meu corpo com firmeza. Ele foi aumentando o ritmo gradativamente, dando linguadas mais fundas e rápidas. Meus gemidos doloridos dominavam a cozinha, misturados com o barulho da fricção de sua língua em minha bucetinha. Tentei rebolar, mas, de repente, Daryl parou com seus movimentos.

⚊ Eu disse para não me desobedecer, garota.

⚊ E eu não gosto de cumprir ordens, Dixon. Eu adoro desafiar

Ele franziu o cenho; passando sua língua entre os lábios, o homem arrumou sua postura. Dixon deslizou seu polegar por minha fenda, descendo e subindo vagarosamente. De repente, o homem estapeou minha buceta, arrancando-me um grito. Arregalei meus olhos, mas ele nem sequer parou. Daryl segurou meu clitóris com o polegar e o indicador, puxando-o. Movi meu quadril para frente, sentindo todo meu corpo vibrar. Cacete, eu gosto mesmo de coisas agressivas? Antes que pudesse me recobrar dos meus devaneios, ele deu outro tapa em minha buceta.

⚊ Ow merda, isso é tão bom....

⚊ Você é uma putinha, Isobel Grimes. Gosta de apanhar e nem esconde isso ⚊ sussurrou. O homem deu outro tapa em minha bucetinha. ⚊ Eu disse que, se me desafiasse, teria consequências. Você foi uma garota má, Isobel.

Estalou a língua e desviou seu olhar para minha intimidade. Daryl deslizou seu dedo indicador por minha fenda, abrindo-a cautelosamente. Em seguida, me penetrou e tirou. Ele repetiu esse movimento três vezes. Logo depois disso, o homem levou seu dedo até a minha boca e deslizou-o por meus lábios.

⚊ Chupa!

Pressionei meus lábios inicialmente, mas logo abri a boca para receber seu dedo. Rodei minha língua por sua pele, sugando o meu mel. Segurei no pulso do homem e continuei os movimentos, encarando-o fixamente. Daryl estava claramente hipnotizado com a cena; suas orbes azuladas nem se mexiam. Esbocei um sorriso confiante, mas logo ele se desmanchou ao sentir os dedos dele penetrando minha buceta.

Ele dedilhava com pressa; podia sentir seu dedo médio tocar meu ponto G, estimulando-o. Estava prestes a desviar minha cabeça para o lado, mas ele enfiou seu dedo em minha boca, em uma ordem silenciosa para que eu continuasse chupando-o. E assim fiz: lambi cada parte de seu dedo enquanto ele penetrava minha bucetinha. Contraí involuntariamente minha bucetinha, e o homem cessou seus movimentos, esboçando um sorriso confiante.

Daryl então inclinou seu tronco para frente. O homem voltou a chupar a minha intimidade com força, sugando cada centímetro. Ele penetrava minha entrada com sua língua enquanto seus dedos brincavam com meu clitóris. Em certo momento, o homem subiu com sua língua até o meu ponto mais sensível, começando a sugar, enquanto dedilhava minha buceta com seus dedos. O Dixon rodava sua língua por todo o meu clitóris inchado. Subindo seus toques, o homem segurou um de meus seios, não parando por nenhum segundo.

⚊ Oh, me fode Daryl. Por favor ⚊ gritei de prazer ⚊ merda Daryl Dixon, estou quase lá.

Rebolei em seu rosto sem nenhum pudor, esfregando minha buceta com vontade, movendo meu quadril para cima e para baixo. Meu ventre se contraiu e uma onda eletrizante tomou conta de cada parte do meu corpo; foi totalmente diferente do que já experimentei. Revirei os olhos, totalmente atordoada. Respirei fundo, tentando ter algum tipo de controle, mas o homem não parava de me chupar. Mesmo depois de ter tido um orgasmo, Daryl ainda explorava minha intimidade com sua língua.

⚊ E-eu ⚊ murmurei algo, mas sem forças para continuar. Fechei meus olhos e apoiei minhas mãos no mármore ⚊ Daryl...

⚊ Eu disse que faria você gozar por cada vez que já ousou me desafiar, e eu cumpro as minhas promessas. ⚊ Foi a última coisa que o homem bradou. Daryl passou os braços ao redor da minha cintura e me levou em direção ao quarto como se meu corpo fosse apenas uma pena; era tão fácil para ele me carregar. O Dixon sentou-se na beirada da cama e, comigo em seu colo, fez-me ficar de bruços em um movimento rápido. Em seguida, aproximou seus lábios de meu ouvido e sussurrou: ⚊ Cada tapa que eu der nessa bunda representa minha raiva por esse seu jeitinho descarado, cada sonho que tive me afundando em você e, principalmente, por ter me feito te desejar tanto, Grimes.

Eu ia dizer algo a ele, mas fui calada com um tapa na minha bunda. Soltei um gritinho fino e olhei de soslaio para o homem. Daryl tinha um sorriso satisfeito nos lábios; uma das mãos segurava minha cintura com firmeza, enquanto a outra disparava tapas contra a minha pele. Por ainda estar sensível, sinto minha intimidade pulsar. Mordo meu lábio inferior em uma tentativa falha de conter meus gemidos manhosos. Quanto mais o homem me acertava, mais sentia minha intimidade pulsar.

⚊ Merda, garota ⚊ rosnou o homem, segurando meu cabelo e puxando-o para trás, fazendo meu tronco subir um pouco. ⚊ Deveria ver como está sua buceta nesse momento. Tão molhadinha e deliciosa. ⚊ Dixon disparou outro tapa em minha bunda e, logo depois, abriu um pouco minha perna e estapeou minha intimidade. Aproximando seu dedo do meu clitóris, o homem começou a girá-lo com seu polegar. ⚊ Vou te deixar marcada para nunca mais esquecer quem é o dono da bucetinha, para que, se você pensar em outro, se lembre de que serei o único a te fazer gozar sem me enfiar em você.

O mais velho voltou a dar tapas em minha bunda. A cada gemido que eu dava, ele aumentava um pouco mais sua força. Sentia minhas pernas tremerem e minha garganta arder. Eu gritava, anestesiada de prazer, cravei minhas unhas na pele dele, tentando aliviar o tesão que habitava cada centímetro do meu corpo. Podia sentir o líquido sair de minha intimidade e melar minhas coxas ainda mais. Uma súbita vontade de fazer xixi tomou meu corpo. Erguer levemente meu tronco, mas Daryl abaixou ele com a mão, dando um tapa forte em minha intimidade.

⚊ Daryl, para, por favor! Eu vou acabar fazendo... ⚊ não tive tempo de terminar minha frase; minha parte íntima começou a esguichar um líquido. O Dixon abaixou sua cabeça na altura da minha buceta e sugou todo o mel que saía dali. ⚊ M-merda, que isso?

⚊ Squirt, querida.

Meu corpo parecia uma gelatina supermole. Daryl pegou meu corpo e o colocou na cama com cuidado, sentou-se ao meu lado e alisou carinhosamente minha bochecha. Aproximou lentamente seus lábios de meu ouvido, deixando um beijinho no local. O homem então sussurrou: ⚊ Para você aprender a nunca mais me desativar, Isobel Grimes. Agora, descanse; temos que voltar cedo amanhã.

Ele saiu da cama em um pulo, dirigiu-se até a janela do quarto e cruzou os braços, observando toda a vista. De onde estava, dava para ver a neve cair, mas a visão que tinha de Dixon era o que mais me atraía. Ele estava suado e tinha um cabelo colado na testa; notei também as cicatrizes em suas costas. Mordisquei o meu lábio inferior e arrastei-me até a ponta da cama. Ergui meu corpo e, em passos leves, aproximei-me dele. Toquei uma de suas cicatrizes cautelosamente, sentindo a textura. Ele tomou um susto e, de soslaio, me olhou.

⚊ Não me toque.

⚊ Por que? Acha que vai me fazer lhe obedecer assim, do nada? ⚊ bradei, deslizando meus toques por seu corpo. Girei meus calcanhares e parei à sua frente. ⚊ Você não terminou o que começamos...

⚊ Sim, eu terminei. Você já está fraca; se continuar, posso te machucar.

⚊ E quem disse que não quero ser machucada? ⚊ mordi meu lábio inferior, encarando seu rosto com um olhar malicioso. Desci meus toques por seu tronco desnudo e parei em seu membro, apertando-o por cima da calça. ⚊ Eu quero sentir você dentro de mim, Daryl Dixon, mas se você tem tanto medo assim, posso ficar bem longe. Mas se eu ficar, você, Daryl Dixon, só tocará no meu corpo novamente nos seus sonhos.

Deslizei a minha mão para seu abdômen, cravando minhas unhas ali. O homem rosnou algo baixinho e, quando estava prestes a sair, ele me puxou contra seu corpo e me guiou até a janela do quarto. Pressionou-me contra o vidro e tomou minha boca em um beijo agressivo. Toquei a nuca dele, subindo meus toques até seu cabelo, onde dei um puxão leve. O homem arfou contra meus lábios e passou suas mãos em minha cintura, puxando meu corpo para seu colo. Logo, me levou em direção à cama e jogou-me contra o colchão.

⚊ Você é uma maldita, tá querendo me enlouquecer? ⚊ rosnou. Eu esbocei um sorrisinho malicioso e fiquei de joelhos na cama, engatinhei até o homem que estava parado em frente à cama, toquei o cós da sua calça e a abaixei vagarosamente, vendo seu membro rígido pular para fora. Segurei na base, sentindo suas veias grossas pulsarem em meus dedos, coloquei minha língua para fora e deslizei por sua glande, sentindo o sabor do seu pré-gozo. Daryl urrou de prazer; continuei com meus movimentos em ritmo lento. ⚊ Caralho, vai tomar no cu. Ow, sua putinha, quer me sentir em você? Então vai ter que aguentar calada ⚊ ele enterrou seus dedos em meu cabelo e começou a foder minha boca com seu cacete. Senti sua glande bater em minha garganta, meus olhos estavam marejados e minhas mãos encostadas em seu abdômen. ⚊ É isso que você quer? Quer ser fodida? Você vai.

O homem que ainda segurava meu cabelo empurrou minha cabeça um pouco para trás e, com sua outra mão, segurou na base do seu pau. Logo depois, começou a bater sua glande contra minha língua. Deslizei a ponta da língua em seu prepúcio, e o homem jogou sua cabeça para trás; queria Daryl Dixon de todas as formas possíveis. Suas orbes azuis passaram por meu corpo pelado, passou sua língua entre os lábios e empurrou meu corpo novamente contra a cama.

⚊ Chega de joguinhos, Grimes.

Daryl posicionou-se entre minhas pernas, subiu seu olhar até o meu e não o moveu por nenhum segundo. O mais velho começou a roçar sua glande contra o meu clitóris em movimentos circulares. Soltamos um gemido ofegante no mesmo momento; ele continuou a brincar daquela forma até deslizar seu membro, que pingava de tesão, por toda a minha fenda até chegar à minha entrada. O homem me penetrou com força; segurei os lençóis e os puxei, mordi meu lábio inferior sentindo-o me preencher com vigor.

Daryl segurava firme em minha cintura enquanto penetrava em minha buceta com força. Ele desceu uma de suas mãos até o meu clitóris, brincando. Eu revirava os olhos e gemia seu nome como uma boa putinha manhosa, rebolando com vontade, esperando que ele esporrasse dentro de mim. Soltei um grito alto ao sentir Daryl tocar o colo do meu útero com sua glande; é uma sensação tão maravilhosa.

⚊ Oh merda, mais rápido Daryl ⚊ segurei em meus cabelos enquanto revirava meus olhos ⚊ caralho...Daryl...isso...fode a sua vadia...

Me puxando em um movimento rápido, o homem me pôs sentada em seu colo. A forma como ele consegue me mover com tanta facilidade me deixa com tanto tesão. Daryl nem sequer retirou seu membro de dentro de mim quando movi meu corpo. O homem segurou minha cintura e voltou a me penetrar, enquanto eu sentava em seu membro duro, rebolando vagarosamente, subindo e descendo. Selamos nossos lábios em um beijo lento; suas mãos invadiram meu cabelo, aprofundando nossos lábios cada vez mais em uma onda eletrizante. Eu desci minhas mãos até as costas dele, arranhando-as com força.

⚊ Não para, Isobel ⚊ gemeu contra meus lábios. Aumentei os meus movimentos em seu pau; eu subia rápido e descia, contraindo minha bucetinha em seu pau. Em certo momento, parei com os meus movimentos, começando a roçar minha intimidade em seu pau, criando uma fricção. Eu segurava em sua base, impedindo-o de entrar; depois, coloquei-o novamente dentro de mim, sentando de uma vez. Eu e Daryl arfamos juntos; sinto seu pau pulsar em minha intimidade. Acelerei meus movimentos. ⚊ Porra, isso, garota ⚊ ele segurou minha bunda com vigor e começou a me penetrar cada vez mais rápido. Sinto um bolo se formar em minha barriga e um gemido mudo sair de meus lábios. Em seguida, Daryl gozou dentro de mim. ⚊ Cacete ⚊ eu sentia seu líquido quente me preencher enquanto me desmanchei em seus braços.

⚊ E-eu...

⚊ Shh, eu vou cuidar de você, querida!

(...)

Coloquei o casaco em meu corpo, sentindo o frio amenizar. Ontem à noite foi uma das mais malucas de toda a minha vida: eu transei com Daryl no meio de um apocalipse zumbi. Sempre vi filmes de fim do mundo e tinha essas cenas, mas nunca me imaginei fazendo isso no meio do caos. Mas, naquelas quatro horas, todo o resto do mundo sumiu e existia apenas eu e ele. Por um lado, foi ótimo, mas, por outro... não consigo sentir minha intimidade direito; está dolorida e ainda vou ter que voltar para o abrigo na moto.

Depois que gozamos juntos, Daryl me levou para o banheiro e me ajudou a tomar banho, fez um sanduíche e dormimos juntos. Mordi meu lábio inferior e vi o homem voltar com diversas bolsas, balançando uma chave na mão. Cruzei os braços, inclinando um pouco minha cabeça.

⚊ Encontrei uma caminhonete na garagem do prédio; ela está funcionando. Podemos colocar as motos na parte de trás, junto com as coisas. Temos bastante comida, vai durar pra caramba ⚊ comentou, seguindo em direção ao portão de ferro. ⚊ Vem me ajudar, Isobel.

⚊ Tá.

Peguei a minha moto e a guiei para o lado de fora, vendo a caminhonete já posicionada. O Dixon vem até mim e acena para as coisas que estavam espalhadas no chão.

⚊ Eu coloco elas; vai arrumando essas coisas aí.

Ficamos alguns minutos organizando as coisas e já fomos embora daquele lugar. Foi meu oásis particular e sei que não voltaremos tão cedo a esse prédio. Soltei um suspiro, encostando minha cabeça no vidro. Daryl, ao meu lado, batia seu dedo no volante inquieto. Depois que acordei, ele não estava mais na cama; na verdade, organizou tudo e só mandou eu me vestir para irmos embora; nem olhou direito no meu rosto.

Horas se passaram e finalmente chegamos ao casarão vermelho em que estávamos abrigados. O local parece ser bom e longe o suficiente. Ultimamente, temos explorado mais e trazido suprimentos o bastante, mas sabemos que, assim que a horda vier nessa direção, esse casarão será apenas uma lembrança. Cerrei meus olhos e pude ver Rick olhando em direção ao nosso carro, com a mão na cintura e o olhar preocupado. O Dixon parou a caminhonete e desceu.

⚊ Por que diabos demoraram tanto? ⚊ Richard falou com a voz alterada. ⚊ Estamos todos preocupados!

⚊ Tivemos um contratempo ⚊ respondeu Daryl, indo até a parte traseira da caminhonete. ⚊ Uma nevasca forte começou e tivemos que nos abrigar em um prédio, cara. Mas conseguimos trazer comida pra caramba!

Desci do carro logo depois. Rick vem em minha direção e abraça o meu corpo com força; sinto a dor se espalhar. Merda, ele pegou pesado, pensei enquanto resmungava. Richie notou e segurou minhas bochechas, encarando bem o meu rosto.

⚊ Você está bem? Tem algo diferente em você ⚊ comentou, os olhos azuis do meu irmão me analisam minuciosamente ⚊ aconteceu algo?

⚊ Rick, foi apenas uma busca com qualquer outra. Agora eu preciso entrar, não dormir direito, na verdade, eu nem dormi!

⚊ Vai lá para dentro, o resto eu resolvo com ele.

Acenei positivamente e pude ver Daryl encarar-me de soslaio; suas bochechas estavam levemente coradas, e ele estava com vergonha. Nossa, isso é novo: Daryl Dixon com vergonha! Acho que nunca pensei em ver isso ou sequer acreditar que poderia acontecer. Esbocei um sorriso cúmplice para ele, que foi retribuído por seus olhos revirando. Ele gosta disso, e isso é o que importa.

༫───༫
🧟‍♀️

Day 243

Estávamos em uma casa abandonada; do lado de fora, corpos de zumbis mortos e, dentro da casa, as crianças chorando de frio. Ally abraçava o meu corpo com força, tentando se aquecer. Podemos morrer se continuarmos pulando de casa em casa e vivendo na estrada. Já fomos a diversas cidades, mas as coisas estão acabando rápido. A barriga da Lori estava enorme; a mulher que antes tentava ajudar em tudo agora não podia fazer muitas coisas. Rick tem se tornado cada vez mais frio, como um cubo de gelo. Não só ele, mas Glenn e T-Dog também, meus melhores amigos que antes eram sorridentes, têm se tornado frios.

Alisei a bochecha de Ally, fazendo-a sorrir em minha direção. Ficamos por três semanas naquele casarão até ele ser invadido por diversos zumbis. As hordas estão se juntando e ficaremos cada vez mais encurralados. Alicent sai dos meus braços e vai até Lincoln, que estava lendo uma HQ. A menina se senta ao lado dele e encosta sua cabeça no ombro do menino. Viro meu rosto e vejo Carl se aproximar. Ele tem se tornado rebelde, responde a Lori e Rick achando que sabe como sobreviver sozinho, mas se sair sozinho por aí, com certeza morreria para um zumbi. Ele precisa ser treinado antes.

⚊ Oi meu amor ⚊ sussurrei para ele ⚊ pode falar comigo...

⚊ mamãe disse que não posso falar com você ⚊ disse olhando em direção a sua mãe que dormia ⚊ mas eu sou bom em desobedecer.

⚊ Eu sei, agora me diz, porque tem se comportado assim?

Carl deitou-se em meu colo e eu tirei o chapéu de xerife de sua cabeça. Comecei a acariciar seu cabelo cautelosamente, mas o menino não me respondeu. Bom, não precisa ser um gênio para saber que, antes, Carl tinha uma vida estável e agora tem que sobreviver a um apocalipse, adaptando-se a coisas inimagináveis. Seus pais brigam por tudo. Ser criança no fim do mundo é horrível.

⚊ Vai com eles. Quando precisamos de alguém, é bom ter amigos por perto ⚊ beijei sua cabeça ⚊ você merece momentos de felicidade.

Carl estava prestes a ir até seus amigos quando a porta foi aberta com força. Daryl adentrou, pisando forte na casa. Ele jogou uma lata no chão, acordando todos que estavam dormindo. O homem coçou a cabeça e soltou um palavrão alto.

⚊ Essas porras de zumbi estão acabando com a caça. Essa área tá condenada, precisamos ir embora.

⚊ Não fala assim, Daryl ⚊ respondi, atraindo sua atenção. ⚊ Você pode estar de saco cheio, mas não vai xingar na frente das crianças, entendeu?

⚊ Vai se foder, porra. Estamos morrendo e quer vir com discurso de que tudo vai acabar bem? Como em um conto de fadas?

⚊ Oh, vai tomar no cu você, seu filha da mãe, e se explode. Quer surtar? Então surta!

Me levantei e fui até o Daryl, dando um tapa bem forte em seu rosto. Girei meus calcanhares e saí andando para fora da casa, pisando firme. Já está na hora da minha vigia; bom que fico bem longe de todos agora. Apoiei-me na viga da casa, sentindo o vento gelado atingir meu rosto. Escuto passos se aproximando e viro lentamente meu rosto, notando uma sombra esguia.

⚊ Glenn, por que me seguiu?

⚊ Estamos a ponto de nos matar, Isobel, e não adianta de nada você ficar com essa cara de bunda e brigar com o Daryl. Vocês estão nessa há meses; não sei o que deu em vocês, mas está na hora de parar com essa infantilidade!

⚊ É complicado, Glenn!

⚊ Complicado como? Você sempre se faz de madura, mas está aí agindo como uma criança. Não só você! ⚊ O asiático tem dessas; às vezes, joga as verdades na cara das pessoas e sai como se não tivesse feito nada. ⚊ Fala a verdade, Isobel, sou o seu melhor amigo e sempre vou te proteger...

⚊ Por que acha que estou mentindo?

⚊ Quando mente, sua boca franze e você nunca faz contato visual. Além disso, coça a cabeça três vezes ⚊ murmurou, apoiando-se na viga da frente. ⚊ Pode confiar, não contarei nem a Maggie. Eu sei que tenho problemas com segredos, mas por você eu guardo o que for!

⚊ Eu e o Daryl transamos.

⚊ Puta merda! ⚊ o asiático põe a mão na cabeça e me encara com curiosidade, querendo saber mais detalhes. ⚊ Bora, filha, detalhes... pera, sem detalhes, não quero ter imagens desagradáveis na minha mente!

Reviro meus olhos para o asiático, que dá um sorrisinho confiante. Rhee cruza os braços e inclina um pouco o tronco para frente, morde o lábio inferior e arregala um pouquinho os olhos.

⚊ Eu e Daryl Dixon transamos, lembra da tempestade de neve? ⚊ Ele murmurou um "Uhum". ⚊ Encontramos um apartamento e acabou rolando, mas, depois disso, ele me ignorou por completo, talvez por vergonha. Mas, depois de dias, voltou a falar comigo como se nada tivesse acontecido. E, para piorar tudo de vez, transamos mais uma vez e agora estamos nos pegando sempre que podemos, mas depois ele finge que eu não existo. Isso me deixa com raiva daquele idiota e eu sinto uma vontade absurda de bater naquela carinha bonita bem no meio da parede ⚊ soltei todas as informações de uma vez. ⚊ Sempre que brigamos, é depois de termos dado uns beijinhos escondidos, e isso tem me matado porque ele não sabe separar as coisas!

⚊ Vocês são mais complicados do que eu e a Maggie ⚊ mordiscou a parte interna da bochecha. ⚊ Sei lá, deveria conversar com ele e deixar as coisas claras: é apenas uma pegação sem compromisso.

⚊ Acha que não tentei??? ⚊ O asiático balança a cabeça positivamente. ⚊ Óbvio que tentei, Glenn, mas é só ficar perto dele que me sobe uma vontade repentina de montar e...

⚊ Sem detalhes, lallalalalala.

⚊ Você entendeu?

⚊ Sim, mas, como uma pessoa que passou por uma fase merda no relacionamento, te aconselho a falar com ele!

⚊ Humm, obrigada, glennzito.

Oii pimentinhas
Quem é vivo sempre aparece e
eu estou de volta....

★ || E SAIU A NOTÍCIA, QUE O MUNDO NÃO ACREDITOU, FINALMENTE ISOBEL DEU PRO DARYL🙌🏻 Confesso que fiquei envergonhada na hora que escrevi e agora estou até vermelha postando o capítulo.

★ || O que acharam do primeiro hot desse casal?? Caprichei bastante já que o ato 1 nem beijinhos direito teve kkk

★ || Aliás, uma pequena notícia: irei começar a publicar os capítulos na sexta-feira e na segunda-feira em compensação os capítulos ficaram maiores e com mais detalhes 🌝

★ || Daryl Dixon, depois desse capítulo só quero uma coisa: me come!

★ || META: 60 Estrelinhas 60 comentários

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