𝟎𝟒𝟏 - 𝐅𝐎𝐗

041 - FOX

Contém gatilhos.

O cheiro forte de whisky invade minhas narinas enquanto meus olhos vagam pelo cômodo. O espelho quebrado reflete meu rosto desfigurado, e o sangue escorre lentamente entre meus dedos. Um sorriso irônico se desenha nos meus lábios, como se a paz tivesse finalmente encontrado morada em mim. Cada detalhe ao meu redor parece distante; minha pele pálida, marcada por mãos ásperas e socos, os hematomas espalhados como lembretes. Faz semanas que não como, apenas bebo água em uma tentativa desesperada de desaparecer. Meus ossos estão à mostra, e a dor da fome me rasga por dentro a cada instante.

Levo a mão trêmula aos lábios, tentando conter o impulso de vomitar. Respiro fundo, erguendo a cabeça enquanto tusso, sentindo o gosto amargo subir pela garganta como se estivesse em chamas. Estou exausta de tudo isso. Nunca fui amada, e duvido que algum dia serei. Meus pais sempre ignoraram o óbvio, fechando os olhos para todos os sinais. Minhas pupilas encontram um pedaço de vidro no chão. Inclino-me, pegando o fragmento frio, e o aproximo do pulso com um suspiro pesado.

⚊ Emy? ⚊ A voz suave de Sophia me arranca do transe. O vidro cai de minha mão, quebrando no chão. Viro o corpo em direção à porta, pegando apressadamente um blusão branco e vestindo-o.

⚊ Emília, você está aí? ⚊ A voz dela parece distante, ansiosa.

⚊ Já estou indo! ⚊ Grito de volta, tentando esconder o tumulto interno. ⚊ Só terminando de me arrumar.

Pego uma pastilha de menta do mármore da pia, jogando-a na boca para apagar o gosto de álcool. Com um último suspiro, destranco a porta e me preparo para enfrentar o mundo mais uma vez.

Ao sair do meu quarto vejo Sophia, a menina estava sentada em minha cama com os braços cruzados, ela rodava seu olhar todo o ambiente captando cada pedacinho do cômodo, analisando atentamente. Desde que nós conhecemos nunca a trouxe até aqui, afinal, ela preferiu seguir os mesmos passos de Eloide e acreditar no governador, chega até ser irônico eu ser a única nesse inferno a enxergar a maldade naquele homem. A loira azeda que chegou com a mãe de Loide e o cara mistérios já caiu nas graças do governador, e tenho certeza que logo os outros dois também irão.

⚊ Aconteceu alguma coisa, Sophia? ⚊ perguntei vagarosamente, caminho em direção a minha pequena penteadeira, pegando o colar que Merle havia me dado dias atrás, coloco-o em meu pescoço e me viro para a menina. ⚊ Sophia?

⚊ Eu escutei uma conversa que vai te interessar bastante ⚊ a menina então jogou-se contra a cama batendo o seu tronco no colchão macio, em seguida, virou-se de lado apoiando a cabeça em sua mão. ⚊ Jensen e Michonne irão embora hoje a tarde, Eloide está tentando convencer a mãe mas parece que a mulher está irredutível.

⚊ E a mãe dela vai deixá-la sozinha? Tipo…elas acabaram de se reencontrar, não seria esquisito??

⚊ A Loide quer continuar aqui, ela fala que está ajudando o Sr. M com os projetos…não deixaram eu escutar toda a conversa ⚊ A menina de cabelos dourados joga-se na cabeça, ela então dá um longo suspiro e morde o lábio inferior ⚊ Escutei a Loide falando que iria contar ao governador e tentar impedir que eles saiam…queria te pedir pra…

⚊ Conversar com o governador? Sem chances, se ela quiser qualquer merda que venha me pedir, não vou ir até ele ⚊ ralhei, enfurecida. Meus olhos queimam em raiva, Eloide parou de conversar comigo mas sempre envia Sophia até mim para fazer seus pedidos ao governador, quer algo dele? Vá até lá, finalmente o homem está me deixando em paz, não vou me meter na toca do lobo. ⚊ Vai embora, soph!

⚊ Emy, qual é…você poderia conversar com ele, é a mãe dela!!!

⚊ Exatamente, a mãe é dela. ⚊ cruzei os meus braços, Sophia ergueu o seu tronco rapidamente, a menina cruzou os braços me encarando com um semblante indecifrável. ⚊ A Eloide parou de conversar comigo e quando fala é sobre o maldito governador e seus planos, eu não estou interessada nessa merda, e também não vou servir de pombo correio para as malditas exigências dela.

⚊ Vocês são AMIGAS ⚊ Berrou a menina se levantando ⚊ Agora eu entendo o motivo da Loide ter se afastado de você, meu deus, Emília você tem a segunda melhor casa de Woodbury, todas as coisas legais vem pra você, o governador te escuta e você tem um cargo na cidade, por que tem tanta raiva dele ???? A Eloide se cansou de você porque sempre fala mal dele mesmo recebendo tudo de bom…

⚊ Sai. Daqui. Agora.

Rangi entre os dentes, apertei as minhas unhas contra a pele fina da palma da mão sentindo-a se rasgar, a dor da unha fincada, não era nada comparado ao turbilhão de sentimentos que invadiam o meu corpo. A palpitação no peito subindo cada vez mais rápido, senti o plasma escorrer entre meus dedos, as íris azuis de Sophia acompanham uma pequena gota que cai no carpete branco, a cor rubra se desenhando pouco a pouco. Ela quer saber o motivo da minha raiva??? Se Eloide ou ela estivesse no meu lugar não aguentaria, eu tento, eu tento ser forte mas tudo me puxa para baixo.

⚊ Ei Emy …me desculpa ⚊ a menina tenta tocar o meu ombro mas eu recuei alguns passos, apenas olhar o seu rosto me fazia ter raiva. ⚊ Vou ir embora…mas não faz besteira, ok? E cuida da sua mão…

Eu odeio pensar que todos acham que odeio o governador por nada, nenhum deles sequer imagina o que eu passo, mas sempre recebo olhares com reprovação as minhas atitudes ou pensamentos. “A ruivinha chata” esse é o meu apelido desde que enfrentei o Philip sobre a briga de zumbis que ele está fazendo. É engraçado a forma como todos enxergam ele como heroi e eu como uma maníaca, mas se eles querem isso…eu vou entregar.

Deslizo a ponta da língua entre os lábios, meus olhos vagando por cada detalhe do cômodo. Cada objeto ao meu redor foi presente dele, um lembrete cruel de tudo o que ele fez. O sorriso que se forma nos meus lábios é afiado, uma sombra de algo que não sou mais. Agarro o primeiro objeto que minhas mãos encontram, sentindo a fúria pulsar em minhas veias, e o lanço contra a parede com toda a força. O impacto é como uma descarga elétrica, o som da rachadura é música para meus ouvidos. Não paro. Repito o gesto, jogando mais e mais coisas, quebrando, destruindo, reduzindo tudo a pedaços. Cada centímetro desse quarto precisa cair, como se as paredes pudessem sangrar todas as memórias ruins.

Finalmente, meus dedos encontram o taco de baseball. Sinto seu peso nas mãos e, sem hesitar, acerto a penteadeira com força. O barulho é ensurdecedor, o vidro estilhaçando, a madeira se partindo. Cada batida é uma libertação, cada fragmento que cai no chão é um pedaço de mim que estou recuperando.

Não se trata só de destruir o que restou dele. Trata-se de me libertar. Eu quero me sentir livre.

༺ ••• ༻

Com passos calculados, atravesso a brecha no muro – minha rota secreta, meu refúgio silencioso. Atrás de mim, o burburinho das pessoas ainda ressoa, mergulhadas nas promessas vazias do Governador. Há poucos minutos, vi Michonne e Jensen partirem. A loira insípida? Ficou para trás, claro. Sempre soube que ela se deixaria enredar pelas palavras melosas do Governador, o grande heroi de fachada. Dou uma risada amarga. Se continuarem acreditando naquela farsa, estarão cavando suas próprias covas.

Avanço pela floresta, a cada passo sinto a minha respiração pesar como se tivesse cometendo um crime em estar fugindo das mãos daquele maníaco. Vi um zumbi se movendo em minha direção, então eu me encosto atrás de uma árvore evitando os errantes  que vagam à espreita, esperando uma carne para cravar seus dentes e devorar a nossa carne. Conhecendo bem o Governador, certeza que não vai demorar para ele mandar Merle e seus cães de guarda atrás dos dois, uma forma de cortar qualquer ponta solta. Se você não pertence a Woodbury e sabe demais... bem, você não dura muito tempo.

O silêncio da floresta me acalma, antes de brigar com Eloide sempre víamos para a floresta, comíamos barrinhas de cereal e tentávamos treinar com as coisas que tínhamos, o que não era muito. Loide morria de medo de fantasmas, mesmo com o mundo infestado dessas coisas e para ela era plausível existir zumbis e não ter medo deles, uma grande baboseira, mas quem sou eu para julgar. Continuo a caminhada escutando os gravetos quebrarem-se sob meus pés, recuo alguns passos para trás ao notar vários corpos de zumbis com um recado, viro o meu rosto de um lado para o outro não vendo o rastro de quem pudera ter feito isso.

Em um longo suspiro, relaxei os meus ombros e me aproximei dos corpos, com a pontinha do meu pé toquei um deles chutando um pouco para o lado, estavam bem organizados então com certeza é um alerta, ou sei lá o que. Mordo meu lábio inferior e dou por ombros me afastando, não vou ficar aqui para saber quem deixou esses recados, além disso, estou muito perto da comunidade ainda, preciso tentar chegar a área vermelha, eles nunca vão até lá, é quase proibido…bom é uma sentença de morte, mas eu sei que posso atravessar ela sozinha sem interrupções, estudei os mapas por dias, posso dizer conheço com a palma da mão.

Desço minha mão até o coldre retirando uma faca de cabo vermelho com detalhes em dourado, Merle me deu essa belezinha em uma tentativa de se aproximar, acho que de todos esses meses a única coisa que vou sentir falta é a minha relação com Merle que mesmo com todos os defeitos tentava ser um bom pai, ainda que não apague cada momento ruim que sofri em toda minha vida. Escuto um barulho atrás de mim, logo viro  rápido a minha cabeça,  vendo Jensen seus cabelos caídos sobre sua testa grudados pelo suor, suas bochechas completamente manchadas por sangue. Inclino a minha cabeça para o lado, eles estavam se divertindo bastante antes de chegar aqui.

⚊ Michonne, se for me atacar prefiro que não me acerte por trás ⚊ Murmurei, abaixando lentamente a minha faca em direção ao coldre. A troca de olhares entre o casal era quase indescritível, as orbes verdes de Jensen brilham enquanto Mich o encarava com rigidez. ⚊ Eu não faço a mínima ideia do que estão armando com aqueles malditos corpos, só quero voltar com a minha caminhada.

⚊ Está nos seguindo? ⚊ Perguntou a mulher sem cerimônias, embora a postura rígida notei que os seus ombros ficaram relaxados por  alguns segundos. ⚊ Não estamos afim de caçada, e se não viu o aviso é melhor voltar.

⚊ Seguir vocês? ⚊ não contive uma risada jogando a minha cabeça para trás, os meus fios ruivos caíram em uma cascata, passo meus dedos no cabelo bagunçando-os ⚊ Qualé, não quero seguir a morte e vocês tem uma placa enorme gritando “MORTE” ⚊ Dou alguns passos em direção a Michonne ficando cara a cara, estufo o meu peito e esboço um sorrisinho malicioso ⚊ Ele não deixa os brinquedinhos irem embora, você morre ou fica do lado dele e vocês saíram, então podem ter certeza que Merle e os cães de guarda, a partir daí se quiserem ligar os pontos saberão que estão mortos.

⚊ E você? ⚊ Jensen quebrou o silêncio quase ensurdecedor que se formou após a minha fala, ele andou alguns passos em minha direção empunhando a sua arma, esperando apenas um sinal para acertar um tiro no meu crânio. ⚊ Também está com uma sentença de morte nas costas.

⚊ Não, eu estou morta para todos. ⚊ sussurro com a voz carregada de incertezas, direcionei meu olhar para Michonne. ⚊ Em uns 10 km, eu acho, tem uma loja de conveniências com alguns carros, eles podem ter combustíveis ainda. Busquem bastante suprimentos e vão para o norte, é a área vermelha, eles não pisam lá por nada a não ser que uma guerra aconteça.

⚊ Área vermelha??

⚊ A maior parte com um número considerável de errantes, eles sempre migram para aquela área, os bandos ficam cada vez maiores ⚊ mencionei de forma superficial, batucando os meus dedos contra a coxa de forma impaciente ⚊ Muitos zumbis igual poucas pessoas porém muitos suprimentos.

⚊ Você vai ficar na área vermelha? ⚊ o tom curioso da mulher me surpreendeu, junto as minhas sobrancelhas cruzando os braços analisando-os bem.

Não vou levar ninguém comigo.
Se para uma pessoa é sentença de morte, imagina levar mais, é quase um suicídio coletivo e eu não pretendo ficar naquela merda. Jogo a minha cabeça para trás mais uma vez, é quase um vício.

⚊ Não, vou passar entre ela e tentar ir para outro estado, o mais longe possível desse maldito…posso ir agora? Acho que vocês têm informações o suficiente para lidar com esse maníaco.

Sem ao menos esperar as respostas dele, afastei o meu corpo do casal desconfiado, desde que os vi pela primeira vez notei que eram céticos em relação às falsas promessas de Black, seus olhares vigilantes a cada esquina e as sobrancelhas sempre erguidas, mas também poderiam ser quebrados facilmente, não confio em outros seres humanos, afinal, a “minha melhor amiga” desistiu de mim, e eu que não posso colocar minha frustrações sobre as outras pessoas mas apenas a minha sobrevivência é importante, egoísta? Talvez, mas o mundo sempre pertenceu aos egoístas.

Sigo pelo caminho que dá a pequena cidade, antes de continuar preciso me abastecer e antes que aqueles dois cheguem lá preciso pegar o que vai ser bom para mim. O barulho ensurdecedor de um tiro ecoa entre as árvores, um arrepio cortante passa por meu corpo como o presságio da morte, aos poucos o meu coração começa a acelerar de forma desenfreada, recuo alguns passos e toco a madeira a árvore me prendendo a ela. Eu não estou pronta, pensei sentindo as lágrimas tomarem o meu rosto, eu ainda sou uma garotinha assustada no corpo de uma adolescente, não tenho mais forças para lutar em batalhas que não são minhas, está na hora de ir.

Aceito a morte de peito aberto, todos vamos partir um dia, lutar contra a ceifadora de vidas não é fácil. Minha vida é patética, uma grande piada…cresci sem o amor de uma mãe ou um pai, fui abusada por um cara que se intitula governador de uma cidadezinha de bosta, perdi a minha melhor amiga para um mentiroso idiota e agora estou no meio do nada tentando lutar por uma vida de merda. Eu quero mesmo morrer? Então o que estou fazendo aqui?? Por que ainda luto?? Por que ainda tento???

Um rugido gutural ressoou no ar, como um trovão abafado, quando o monstrengo emergiu das sombras. Sua pele, pendurada em fiapos, parecia derreter em gotas pútridas, revelando ossos pontiagudos que reluziam à luz trêmula. Seus cabelos desgrenhados, enredados em sujeira e sangue seco, balançavam ao vento. E aqueles olhos — grandes, brancos e vazios. —  fixavam-se em mim com uma fome primitiva, uma sede insaciável por carne. O som grotesco que escapava de sua boca não era apenas um ruído, era um chamado que reverberava na minha espinha, despertando algo profundo, algo que eu não sabia que existia: uma vontade mórbida de ver até onde a morte poderia me levar.

Me afasto do tronco de madeira, sentindo cada músculo do meu corpo tenso, pronto para o inevitável. O ar ao meu redor parece vibrar com a presença da criatura, sufocando-me em seu manto de terror. Mesmo assim, eu caminho, passo após passo, até ele, até aquele ser que prometia o fim. Estico o braço em sua direção, cada fibra do meu ser gritando para recuar, mas o êxtase é irresistível. A adrenalina corre como fogo pelas minhas veias, incendiando minha mente, meu coração, minha alma. A morte está perto, tão perto que posso sentir seu hálito frio em minha pele. E, naquele momento, o medo e o desejo se confundem, fundindo-se em um êxtase avassalador. Estou à beira do abismo, pronto para o golpe final.

E eu quero.

Um tiro ecoa em minha cabeça, um estrondo ensurdecedor que reverbera em cada fibra do meu ser. Instintivamente, abaixo meu corpo, como se a gravidade pudesse me proteger desse terror. O chiado fino ressoa em meu cérebro, uma música infernal que corta o silêncio como uma lâmina afiada. Pressiono meus ouvidos com força, tentando abafar aquele som maldito que se infiltra em meus pensamentos, mas é em vão; a dor só aumenta.

Uma voz rouca surge, como um sussurro sombrio em meio ao caos, atraindo minha atenção. Com o coração disparado, ergo meu olhar vagarosamente, e então, a visão dela me atinge como um raio. Uma mulher de longos cabelos negros como a noite, que caem em cascata ao redor de seu rosto pálido. Seus olhos esverdeados brilham com uma intensidade quase sobrenatural, e seus lábios, marcados e cheios de segredos, se curvam em uma expressão enigmática.

⚊ Seria uma morte lenta e dolorosa, e você desejaria um tiro bem no meio da testa ⚊ ela ralhou, afastando-se com uma presença que ressoava como um trovão em minha mente. Deslizando sua arma para dentro do coldre, virou-se, e suas palavras penetraram em mim como um alerta agudo: ⚊ Se você quiser morrer, não pense que essas coisas irão  facilitar.  Sua pele vai queimar como se estivesse em chamas, e você vai se arrepender de cada pecado que cometeu em sua vida. ⚊  Ela era um furacão de poder, uma força da natureza cuja energia magnética me prendeu, e eu desejava ser como ela: fodona pra caralho, indomável e audaciosa. ⚊ Isobel Grimes, ou melhor, Dixon ⚊ ela se apresentou, acenando com a cabeça, como se seu nome fosse um mantra de força. ⚊ Garota, não posso te levar comigo, mas se precisar de qualquer coisa, tente me encontrar na prisão. ⚊ A ideia de buscá-la, de encontrar um caminho até aquela força poderosa, fez meu coração disparar, como se nossos destinos estivessem entrelaçados em um fio invisível e intenso.

⚊ O que está fazendo sozinha aqui? ⚊ minha voz dançava entre uma linha tênue entre aflição e desejo, quero ser como ela…fodona.

⚊ Eu não estou sozinha, garota… ⚊ titubeou jogando sua cabeça para trás. ⚊ Preciso voltar para os meus amigos…bom, se precisar de mim sabe onde me encontrar.

Ela estava prestes a ir embora, a sua aura magnética abandonando o ambiente aos poucos como um fantasma, como essa mulher pode aparecer de forma misteriosa e sumir assim? Balanço a minha cabeça negativamente e ando em sua direção, toco o seu ombro fazendo-a virar, suas íris verdes brilham em um pequeno lampejo de raiva? Talvez não gostasse de ser tocada…refleti, afastando a minha mão de seu ombro com prontidão…não quero morrer nas mãos dela.

⚊ Dixon…você falou que se chama Dixon…eu também me chamo Dixon!

⚊ O mundo é grande, existem muitos Dixon garota. ⚊ respondeu vagamente com um sorriso enigmático. ⚊ Eu preciso ir, até mais…

Acho que finalmente encontrei minha motivação. Nos olhos dela, percebo um pequeno pingo de dor, uma cicatriz invisível que ecoa em seu ser, mas sua aura irradia uma força quase palpável. Quero ser como Isobel — uma mulher forte que sabe se defender, uma guerreira imbatível. Não a conheço, e não sei se a verei de novo, tampouco consigo imaginar qual é a sua história, mas a necessidade de me tornar como ela é avassaladora. Um longo suspiro escapou dos meus lábios, enquanto me desligava do transe magnético que sua presença provoca. Mordo a parte interna da bochecha, um gesto nervoso que me ancorou na realidade, e me viro, decidida a me afastar da dor que me aprisiona. Não sei para onde vou, mas sinto uma determinação crescente dentro de mim, como uma raposa solitária, pronta para seguir seu próprio caminho, desbravando a escuridão até o fim.

❴ 🌶️ :: O sol de vocês voltou, como foi a semana de vocês, minhas pimentinhas lindas??

❴ 🌶️ :: Digam Adeus a Emy, ela não irá aparecer por muitos capítulos...mas agora só digo uma coisa a vocês: TEREMOS SURTOS E CAOS

❴ 🌶️ :: Vocês preferem capítulos curtos e mais postagens ou capítulos longos uma vez na semana??

❴ 🌶️ :: meta: 50 ESTRELINHAS 100 COMENTÁRIOS

@ AURZTWD 🌶️

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