Capítulo 10 - A verdade de fato
Chegando em casa, Jimin pegou seu celular para poder ligar para Taehyung. Tentou uma, duas, três, quatro vezes, mas não foi atendido, se perguntou se por acaso ele ainda estaria transformado e por isso não voltaria para sua casa naquela noite e, por via das dúvidas, decidiu ligar novamente só pela manhã ou até mesmo pela tarde, ainda sem deixar de pensar preocupadamente sobre como o felino deveria estar se sentindo.
* * *
Taehyung acordou pela manhã ainda sentindo-se deslocado, se perguntou se a noite anterior havia sido real ou apenas um sonho, mas logo se lembrou de que, sim, os acontecimentos haviam sido tão reais quanto a cama em que estava deitado no momento.
Com uma pequena dor transpassando seu abdômen na altura do estômago por ter se lembrado, ele se pôs sentado em seu colchão e logo depois se levantou, andando na direção da cômoda onde repousava o celular, a fim de conferir que horas eram, logo uma expressão de surpresa botou em seu rosto quando a tela do aparelho ligou.
Haviam quatro ligações perdidas, todas de Jimin, olhando melhor, Taehyung percebeu que haviam sido efetuadas na madrugada e então se fez curioso, o que será que ele queria dizer? Será que havia ficado preocupado?
Por um instante, uma pequena chama de esperança se acendeu no peito dele, até uma voz - que era nenhuma menos que a sua própria voz - dizer em sua cabeça:
... ou então ele pode estar com raiva e ligou pra arrasar com a minha cara.
Taehyung ficou indeciso sobre em qual das duas hipóteses acreditar, mas, como todo bom ansioso, começou a dar mais importância à segunda, assim, a animação em seu peito foi diminuindo e dando espaço a apenas apatia, então ele apagou as notificações das ligações perdidas e decidiu esperar. Caso Jimin ainda quisesse falar com ele, ligaria novamente, caso não, então ele saberia que já estava tudo acabado.
Esse foi o pensamento que ele adotou para camuflar o fato de que na verdade estava com medo de ligar para ele e ouvir o que não queria.
Mas então, durante o fim da tarde daquele dia, enquanto caminhava no Namsan Park com Yoongi, sentiu o celular tocar no bolso de sua calça e o pegou, sentindo um leve frio na barriga quando viu o nome de Jimin na tela.
– O que foi? – perguntou Yoongi quando percebeu que ele demorava a atender.
– É o Jimin – respondeu Taehyung.
– Ótimo, atenda – o mais velho voltou a olhar para o caminho a frente deles. – Ele com certeza quer resolver as coisas.
– Será? – Taehyung arriscou verbalizar o pensamento que estava em sua mente.
– Taehyung, só atenda – foi o que Yoongi disse.
Taehyung atendeu.
– Tae? – soou a voz de Jimin no outro lado.
– Oi, Jimin – ele deu uma pausa de segundos para pensar sobre o que dizer ou perguntar.
– Como você está? – inquiriram os dois ao mesmo tempo.
– Eu estou bem – Taehyung respondeu primeiro.
– Tem certeza? – insistiu Jimin.
– Sim, eu tenho. Estou melhor – fez questão de fazer um tom de voz convincente, mas não estava fingindo, estava começando a se sentir melhor depois de saber que não estava tudo perdido e Jimin estava apenas preocupado com ele.
– Que bom – houve um alívio na voz do moreno tatuado do outro lado e então ouviu-se ruídos e passos, como se ele estivesse saindo de algum lugar para conversar melhor. – Escute, tem como a gente se encontrar hoje à noite?
– Claro, estou livre – os olhos de Taehyung brilharam.
– Perfeito, naquele mesmo lugar onde a gente jantou pela primeira vez, certo?
– Certo, a que horas?
– Umas oito da noite, está bem pra você?
– Com certeza.
– Ok então, te vejo mais tarde gatinho - sua voz soou meiga.
– Te vejo mais tarde, Ji – dizendo isso, Taehyung desligou.
– E então? – indagou Yoongi.
– Está tudo bem, ele quer que a gente se encontre hoje à noite e não estava nem um pouco bravo, na verdade ele estava preocupado.
– Que bom, então já pode tirar esse grilo da sua cabeça, vocês dois continuam bem.
– É... – Taehyung o respondeu vagamente, olhando para o caminho na frente deles e começando a pensar.
Enquanto isso, dentro do estoque da floricultura, Jimin abaixava o celular e a cabeça, sentado em um caixote de madeira. Em seguida, colocou o aparelho em cima de uma caixa ao seu lado e pôs as duas mãos no rosto, deslizando-as sobre a testa e sobre os cabelos logo em seguida, suspirando com um olhar perdido.
– Você tem que fazer isso – sussurrou para si mesmo. –, você sabe que uma hora ia ter que fazer isso...
Taehyung permaneceu na caminhada com Yoongi sem desafixar os olhos da frente do caminho, mas era nítido que sua mente estava distante, não estava presente naquele momento. O mais velho notou isso rapidamente, mas só decidiu falar a respeito com ele quando ambos chegaram perto do monte Namsan e convidou o amigo a se sentar em um banco vazio por perto para perguntar:
– O que foi? Tem a ver com o Jimin?
Taehyung suspirou - Acho que eu vou contar pra ele. Sabe, a verdade...
– Tem certeza?
– Não... digo, eu sinto que tenho que contar porque é o que me parece certo... mas tenho medo.
– Eu sei que você tem, até porque, vou ser sincero, as chances de você perder ele dessa vez são quase definitivas.
– Sim, eu sei... mas acho que não dá mais pra mentir pra ele... – Taehyung fechou os olhos, suspirou. – Eu vou contar pra ele, hoje mesmo.
Esboçando uma expressão compreensiva, Yoongi pousou uma mão sobre seu ombro.
– Sou seu amigo e vou estar com você sempre.
– Obrigado, hyung – Taehyung o olhou com olhos perdidos, mas ainda assim esperançosos.
* * *
Oito da noite Taehyung chegava àquele mesmo lugar onde outrora havia jantado com Jimin, ajustando sua jaqueta marrom escura. Logo seus olhos encontraram a imagem do moreno tatuado que desejava encontrar, sentado em uma das mesas dentro do café na parte de baixo do estabelecimento, em seu corpo havia um casaco moleton preto. Quando Jimin o viu se aproximando, abriu um sorriso doce e seu olhar acompanhou-o se sentar na sua frente.
– Boa noite, Ji – disse Taehyung.
– Boa noite, gatinho – Jimin retribuiu.
– Aqui em baixo hoje?
– Sim, o que achou?
– Uma ideia ótima.
Decidiram não conversar antes e logo fizeram o pedido, apenas alguns pãezinhos com mochis, café para Jimin, chá gelado para Taehyung e perguntas sobre como havia sido o dia para cada um dos dois, sem nenhuma menção à noite anterior ou a crises de ansiedade. Era certo que ambos notaram que havia algo de diferente nesse encontro, mas algo que não sabiam explicar, como se alguma coisa forte estivesse prestes a acontecer. Taehyung se perguntava se Jimin havia percebido que ele queria contar algo naquela noite, assim como Jimin também se perguntava o mesmo sobre ele. No fim, ambos mantinham essa curiosidade somente para si próprios enquanto o "jantar" não terminava.
Quando terminou, o silêncio fez morada naquela mesa, não era algo desconfortável, mas ambos sentiam que antecedia alguma coisa, e esse sentimento era o que trazia desconforto. Até que depois de alguns minutos, Jimin estendeu sua mão vagarosamente até encontrar a de Taehyung em cima da mesa, assim deslizando as pontas de seus dedos delicadamente sobre a palma da mão alheia. E quando ele estava prestes a abrir a boca para falar, Taehyung disse:
– Eu tenho uma coisa pra te falar.
– Eu também – disse Jimin imediatamente.
– Só que é uma coisa bem... séria e louca ao mesmo tempo, sabe?
– Acho que eu imagino o que é.
– Não, você não imagina – aos poucos, Taehyung foi tirando sua mão debaixo da dele. – É uma coisa bem, bem louca mesmo, acho até que você não vai acreditar...
– Então acho que é mesmo o que eu imagino – Jimin sorriu com os lábios unidos e ajustou sua postura na cadeira. – Mas enfim, comece a contar.
Taehyung respirou fundo, um tanto confuso, o que Jimin achava que era? De qualquer forma, manteve em mente de que nada do que ele devia estar imaginando chegava perto do que era de verdade, ao menos era o que acreditava. Limpando a garganta, ele começou:
– Bom... eu não sei por onde começar... mas, acho que você deveria saber que eu sou uma pessoa bem diferente.
– Sim, eu sei disso.
– É mais do que você pode imaginar, eu não sou um ser humano comum.
– Na verdade, você nem é um ser humano.
Taehyung, que estava olhando nervosamente para a mesa enquanto falava, subiu seu olhar para encontrar o rosto de Jimin, sem entender se havia ouvido direito.
– ... O quê...?
– Você é na verdade uma besta, você pode até ser um homem mas consegue se transformar em uma criatura sobrenatural quando quer... ou às vezes quando não quer, como no caso das crises, não é?
Deixando os olhos bem abertos em espanto e incredulidade, o outro rapaz não respondeu nada, apenas olhou-o e sentiu-se fazer nervoso, sua mente começou a trabalhar aceleradamente para tentar entender como ele sabia daquilo, como tinha descoberto, até que o próprio voltou a falar:
– Acho melhor eu contar o que eu tenho pra contar.
– Sim – foi o que ele conseguiu responder naquele instante.
– Bom – Jimin respirou profundamente. – Você sabe o que é a Superonis, Tae?
– Não. Quer dizer, eu não sei... talvez eu já tenha ouvido falar alguma vez, mas não me lembro agora.
– Tá bem. Superonis é o nome de uma habilidade mágica que faz com que seu portador consiga enxergar através da visão normal, quem possui ela consegue distinguir a energia dos seres, mais especificamente, seres sobrenaturais e seres humanos, por isso tem esse nome, Visão-superior.
Taehyung assentiu, demonstrando que estava entendendo.
– E eu tenho Superonis – Jimin continuou. –, minha família era bruxa e por isso eles conseguiram fazer um ritual que me concedeu esses poderes pouco tempo depois que eu nasci.
– Então você é um bruxo? – indagou Taehyung imediatamente.
– Não. Eu não tive tempo de me desenvolver porque minha família morreu antes disso. Todo mundo. Por ataque de lobisomens.
Taehyung entreabriu os lábios, depois os fechou de novo e engoliu em seco.
– Eu sinto muito – disse.
– Tudo bem – Jimin deu de ombros, mas parou de olhar no rosto dele e passou a olhar para a mesa. – Foi em uma reunião de família, na casa de um tio meu. Eu devia ter pressentido que a matilha viria por causa, sabe, da Superonis. Mas eu estava distraído brincando com os meus primos e quando eu fui perceber a presença dos lobisomens já era tarde.
Ele fez uma pausa para respirar pesadamente e depois permaneceu em silêncio, logo Taehyung entendeu o que devia estar se passando na cabeça dele e se apressou em segurar sua mão estendida sobre a mesa.
– Ei – quando disse isso, Jimin o olhou. – Não foi culpa sua, você era só uma criança, você não devia ter obrigação nenhuma de estar vigiando. Digo isso com todo o respeito à sua família falecida, mas eles erraram em colocar uma responsabilidade dessas nas mãos de uma criança.
Jimin tentou esboçar um sorriso com os lábios unidos.
– É, você tem razão. – assim ele voltou ao normal. – Continuando, eu ainda fui atacado, só sobrevivi porque um caçador chegou a tempo e conseguiu me salvar.
– É por isso que você tem aquelas cicatrizes na cintura? – perguntou Taehyung até perceber que Jimin não sabia que ele tinha as visto.
– Você viu? – inquiriu Jimin.
– Ah, sim. Eu vi naquele dia que você dormiu lá em casa, quando eu acordei de manhã.
Jimin soltou ar pelo nariz – Eu devia adivinhar que isso poderia acontecer. Mas bem, continuando, o que importa é que eu fui salvo pelo caçador, e ele junto com a família resolveram me adotar, não só porque ficaram com pena de mim, mas também porque eu era útil, você sabe, eles são caçadores, eu tenho um poder que me faz localizar bestas...
Nesse momento, Taehyung começou a recolher sua mão para perto de si, assim como recolher seu corpo cada vez mais na cadeira, entendendo o que se passava.
– Eu fui treinado. E agora eu trabalho com eles, em uma equipe liderada por um dos seus descendentes. Meu hyung – ele olhou nos olhos do outro, vendo os mesmos se fazerem aflitos e transparecerem um certo medo. – Naquela noite em que a gente se encontrou no Nop-eun Sigan pela primeira vez, eu já tinha te visto andando pelas ruas até o bar. Já sabia que você era uma besta antes mesmo de chegar perto de você. E eu te segui até o bar porque tinha o plano de distrair você e segurar sua atenção pra chamar os caçadores e...
Não conseguiu terminar, ele abaixou a cabeça, respirou profundamente e apertou os próprios joelhos com as mãos.
– ... E por que não fez isso? – a voz de Taehyung se manifestou, e ele o olhou, a expressão aflita não tinha saído do rosto do sobrenatural.
– Não consegui, você me beijou antes – dito isso, Jimin soltou ar pelo nariz. – E eu não soube mais o que fazer, então não fiz nada.
E o silêncio reinou novamente, o ar entre eles estava espesso com uma mistura de dúvida e indecisão, até Jimin ser oferecer a ser o primeiro a desabar, e ele desabou seu rosto sobre as próprias mãos.
– Me desculpa. Eu dei esperanças pra você e pra mim mesmo mas... não dá, não tem como a gente dar certo – ele tirou as mãos do rosto, não chorava, mas seus olhos transpareciam sua dor. – Isso é loucura... olha pra você e olha pra mim... em teoria você devia ser um risco pra mim, mas é totalmente o contrário. Mesmo que depois de você, e do Yoongi, e do Jungkook, o meu pensamento sobre monstros tenha mudado e eu não queira mais causar mal a outros como vocês, eu não posso simplesmente deixar os caçadores, eles são a minha família, eles... o meu hyung... eles salvaram a minha vida então eu devo ela a eles.
– ... Eu entendo... – comentou Taehyung. – Eu te dou razão.
– Eu gosto muito de você, Tae, gatinho... agora você sabe porque eu te chamo assim, não é?
– É, eu entendi – Taehyung deu um breve sorriso com os lábios unidos, mesmo quando seu nariz se fazia levemente vermelho e seus olhos brilhavam com lágrimas que os marejaram.
– Por favor não chora.
– Vou tentar.
– Eu gosto muito de você, mas infelizmente não tem como continuar com isso.
– ... Sim, é verdade...
Jimin levantou, e ele fez o mesmo em seguida. Logo o moreno tatuado fez questão de pagar a conta, antes dos dois andarem para fora do café e então se despedirem com o abraço mais apertado que puderam dar. Tudo no mais absoluto silêncio, pois não haviam palavras que pudessem expressar o sentimento presente em seus olhares estilhaçados. Assim se soltaram, se viraram e seguiram seus respectivos caminhos.
Taehyung andou de cabeça baixa para casa, agora, sem a presença de Jimin, ele permitiu que algumas lágrimas saíssem para fora, escorrendo sobre suas bochechas de forma moderada até que ele chegasse em sua residência.
Ao chegar, entrou e notou que Yoongi não estava em casa, mas o carro estava na garagem, o que só podia indicar que nessa noite a fome dele estava forte demais para controlar. Taehyung tinha que admitir que deveria se considerar sortudo por não se sentir desse jeito e conseguir se controlar muito bem, mas naquele momento de nada isso adiantava, se de qualquer jeito não conseguiria ter Jimin.
Ele subiu para seu quarto e se largou na cama, com o rosto virado para cima, repassando todas as informações da noite. Não conseguia sentir raiva de Jimin por ter escondido tudo aquilo dele, na verdade, começou a perceber que, por muitas vezes, ele até tentava se esquivar, mas depois cedia. Começou a entender o porquê ele agiu tão frio na noite anterior, disse que estava em uma aventura com seus amigos, não era uma simples aventura, seus amigos eram caçadores, eles estavam caçando, Jimin queria que ele fosse embora para que não corresse risco e por isso estava indiferente.
Em meio a seus devaneios e análises, ouviu seu celular tocar e pegou-o quase de imediato, achando que podia ser Jimin, mas na verdade era um outro número.
– Alô – ele atendeu.
– Olá, senhor Kim Taehyung, certo? – disse uma voz feminina do outro lado.
– Sim, sou eu.
– Ótimo, eu sou Moon Byul Yi, da livraria Magic Shop, você fez uma entrevista conosco essa semana e depois de analisarmos o seu currículo vemos que você faz o perfil da nossa empresa. Com isso nós decidimos contratar você como nosso funcionário. O senhor está de acordo?
– Ah, sim, é claro que sim – respondeu sem muita emoção.
– Perfeito, esse emprego é seu, meus parabéns! Sua experiência começa depois de amanhã, tudo certo?
– Sim, com certeza.
– Muito bem, até mais, tenha uma boa noite.
– Te desejo o mesmo.
Mas sua noite já estava estragada. Ele desligou, sentindo nada menos que apatia com a notícia, devia estar comemorando, finalmente estava empregado, iria voltar a ajudar com as despesas, trabalharia em um lugar não muito longe de sua casa, mas tudo o que merecia sua atenção naquele momento era seu coração dolorido.
* * *
Jimin adentrou seu apartamento acompanhado de sua tristeza, largou seu casaco em cima do sofá e se dirigiu ao banheiro. Ele ligou a luz do cômodo e se olhou no espelho, sendo pego de surpresa pela a própria expressão de desconsolo. Ele suspirou e tentou manter em mente que tudo seria melhor assim, que havia feito que era certo e logo essa dor iria passar, e ele a esqueceria como se ela nunca tivesse existido. Então seu cérebro fez questão de lembrar de uma frase dita por Taehyung naquela noite:
"Não foi culpa sua, você era só uma criança..."
A lembrança dessa fala fez seu coração se aquecer da mesma forma que se aqueceu no momento em que a ouviu. Em todos esses anos, todos já haviam lhe dito diversas coisas para confortá-lo sobre o que havia acontecido, mas nunca disseram a coisa que ele mais precisava ouvir: "Não foi culpa sua, você era só uma criança". Quando ele ouviu aquilo de Taehyung, pode sentir um grande peso deixar a sua mente, ao menos um deles.
E logo assim, ele voltou a sentir uma dor entre seu estômago e seu peito por se lembrar de que havia deixado alguém como ele sair da sua vida. Logo Taehyung, que mesmo sendo um ser diferente de um humano, conseguia ser uma pessoa tão mais normal do que ele e lhe fazer tão bem sem esforço.
Sentiu as lágrimas vindo até seus olhos, tentou forçar elas a não virem, odiava chorar, se sentia um fraco, um tolo, lágrimas não resolveriam absolutamente nada, mas seu corpo não queria responder seus comandos, seus olhos queriam apenas chorar tudo o que sempre deveriam ter chorado antes. Ele se apressou em se despir, entrar no box e ligar o chuveiro, ao menos a água que caía em sua cabeça conseguia disfarçar suas lágrimas.
Mas não conseguia disfarçar seus soluços altos e nem seu corpo trêmulo a se abaixar e se encolher no chão.
🗡
Volteiii meus amores! O que acharam do meu comeback? Acham que a minha escrita continua boa? Comentem por favor!
Eu sei que tá todo mundo me amaldiçoando pelo capítulo triste, mas calma, ainda tem muito chão pra andar. Votem na história se gostaram do capítulo, comentem o que acharam e até o próximo! 💜
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top