Capítulo 1. Minha Provocação Particular

BEM VINDES À BEST FRIEND OR BOYFRIEND?!

Avisos importantes:

➼ Fanfic está concluída. Por que aparece em andamento? Para ver se o wattpad não derruba por considerar ter sexo e pouco enredo (é, meus doces, eles baniram as pwp). Espero que essa tática funcione se não terei que retirar a fic daqui;

➼ A parte do sentido natalino para o Jimin segundo algumas pessoas - quando ela foi postada no passado em outro site - ficou "grande e desnecessária" mas essa é uma fic que engloba o Natal e, gente, não acredito que preciso explicar mesmo que ele é um personagem - ninguém tem conta com isso mas nem tudo o que escrevo eu acredito! - e, se você não gosta do jeito que eu o construí, é uma opinião sua, mas o respeito é bom né. Além de que a estória é mais que um parágrafo então se não curtir esse, existe a opção de você pular;

➼ E também, outra coisa que gerou certo falatório... O Jimin é fiel (quando ele futuramente namorar com o Jungkook será ótimo não?) então não esperem ele ceder antes de terminar o namoro porque isso é impossível de acontecer. E se acontecesse não ia ter fanfic porque esse é o enredo rs;

➼ Mantenho idade brasileira nos personagens para evitar confusão;

➼ Conteúdo +18 pelo sexo, não me responsabilizo por menores de idade lendo;

➼ Reforço que esta é uma estória fictícia, nada condiz com a realidade dos membros do BTS, qualquer semelhança é mera coincidência e é uma obra sem o intuito de ofender;

➼ Nunca esqueça que um autor se dedica muito para fazer os capítulos, então se você gosta das obras dele, não deixe de demonstrar apoio votando e comentando pois traz uma alegria sensacional, além de incentivá-lo a continuar.

➼ Esta fanfic está disponível apenas no meu perfil no wattpad, para sua segurança leia apenas no próprio site ou pelo app!

Boa leitura! 

Atenciosamente SweetNaminnie.

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Capítulo 1 - Minha Provocação Particular

Terminei de apresentar meu trabalho de conclusão de curso - TCC para os íntimos - recebi um ótimo retorno pelo mesmo. Ainda bem, pois eu havia me matado dia após dia para que ele saísse incrível ou no mínimo aceitável.

Quando deixei a sala da faculdade, mal pude acreditar... Eu estava livre daquele inferno! Quase saltitei de felicidade porque além de finalmente me formar, entrarei nas minhas férias do trabalho ao qual eu não gostava e nunca mais voltaria! 

Desde sempre eu ajudo meu tio com seu restaurante mas mexer com cozinha não é para mim, eu só trabalhava lá pela praticidade e pelo salário. Agora, já formado, quando eu voltar das férias buscarei exercer minha profissão de professor de línguas e literatura.

Respirei o ar puro do lado de fora do campus - mais ou menos puro já que a poluição está por aí -. Liberdade. Alegria. Paz. Sossego. É o que eu sinto.

— Jimin-ssi! — ok, talvez nem tanta paz e sossego.

Quem me chamava era Jeon Jungkook, meu antigo vizinho em Busan e melhor amigo desde que me entendo por gente. Ele havia me acompanhado para outra cidade, prestando vestibular na mesma faculdade, apesar de fazer curso de engenharia química - ao qual ele abandonou por descobrir detestar -, só para ficar ao meu lado e também porque era um cagão que morria de medo de não conseguir se enturmar e suportar a pressão da faculdade sozinho. 

Kook é muito gente boa, sabe? Mas é chato na maior parte do tempo por ser insistente, dramático e exagerado. Ao menos os dramas, deboches e falatórios desenfreados dele me fazem rir. Tirando esses detalhes, ele é um amor de pessoa, é muito gentil e possui um coração enorme que poucos têm o prazer de ver.

Me virei, encontrando ele correndo em minha direção e logo se jogando em meus braços.

— Parabéns! — exclamou, me apertando o máximo que podia. Bati em seus braços aos quais envolviam meu pescoço.

— Jungkook, você está me sufocando. — resmunguei, levantando a cabeça afim de respirar melhor.

— Desculpa! — me soltou, mas sem tirar o sorriso do rosto. — É que eu estou muito empolgado! Você conseguiu, hyung! Você se formou!

— É. Eu consegui. Nem dá para acreditar, né?

— De que você está falando? Claro que dá. Você sempre foi super inteligente e esforçado. É meu maior motivo de orgulho!

— Ah, para com isso. — lhe dei uns tapinhas no peito, me sentindo envergonhado. Jungkook sempre teve essa mania de me elogiar como se eu fosse o ser mais incrível do mundo. Era um exagerado mesmo.

— Você tem que acreditar em mim. — me abraçou pelo pescoço, me arrastando calçada afora.

— Eu acredito. — resmunguei. — Você quem não acredita muito em si mesmo.

— Detalhes à parte.

— Esses detalhes fazem diferença, Jungkook. Você não vê seu próprio potencial, isso me preocupa. Às vezes você deixa de fazer as coisas por medo de não conseguir, mas a questão é que você sempre consegue, até porque quando você está determinado a algo você se esforça pra caralho e não para enquanto não faz. Você tem que se arriscar mais.

— Obrigado pelo conselho, hyung. Eu
farei isso. Agora vamos logo que temos de arrumar as malas. Não podemos nos atrasar. Nossa viagem de Natal chegou! 

Ah, as malas. Claro que não é só para me dar parabéns que ele estava na porta da universidade às oito da manhã ao invés de estar dormindo até uma da tarde, é por pensar na viagem.

Nós dois sempre passamos o Natal em Busan com meus pais, era algo importante para nós, e neste ano não será diferente. 

Jungkook costuma ficar mais empolgado que eu pois sua família era complicada e eles quando chegam a comemorar algo, dá em briga. Então desde sempre está nas festividades conosco e ele simplesmente ama isso. Nós até brincamos que adotamos meu amigo como membro da família Park. 

— Seus pais não deram notícias? — questionei ao passo que já arrumamos nossas coisas.

— Você sabe que eles não ligam pra mim. — bufou. — E eu não faço questão de manter contato com quem me procura só quando precisa ou quando quer provocar um ao outro dizendo "eu sou melhor e ele me ama mais". — fez uma voz fina e falsa ao dizer a última frase. Se o assunto não fosse sério eu teria rido.

— Me desculpa tocar no assunto. — toda vez que falávamos sobre seus pais ele deixava sua mágoa transparecer, por mais que tentasse evitar expressar muita coisa sobre isso. Anotei mentalmente que tenho que parar de perguntar por eles. Se Jungkook quisesse, ele falaria. Ele sempre fala o que bem entende.

— Está tudo bem, hyung. — garantiu, mas seus olhos não diziam isso. 

Outro fato sobre meu amigo é que ele fica sensível quando vai chegando o Natal, eu sou um dos únicos que consegue ver. Agora só consigo me questionar o porquê fui abrir essa merda de boca. Não gosto de ver Kook assim. Vou mudar de assunto e torcer para distraí-lo.

— Posso saber porque geral da universidade está te chamando de Grey? Você anda praticando BDSM e não me contou? — debochei. Ele rolou os olhos, terminando de fechar sua mala e sentando na cama que dividimos na república com uma expressão emburrada no rosto.

— Eu amo fazer sexo, você sabe. — sim, eu sabia de tudo sobre ele. Inclusive, sei de cada história por conta dessa paixão dele por transar - a maioria são constrangedoras. 

— Sei.

— E você pode não entender já que é um bi ativo, mesmo que sua namorada te ache o hétero dos héteros — do mesmo modo, ele sabia de muito sobre mim. — Mas eu gosto muito de dar. Tipo, muito mesmo. Só que eu meio que me tornei receoso porque meu último namorado era um idiota, né?

— Nem me lembre desse cara. — bufei. 

Ele havia o enganado sendo um amor no início e depois o fez sofrer. O pior é que Kook não me contava nada sobre os abusos que sofria. Foram os meses mais terríveis para ele, que não demorou a se tocar que estava entrando num relacionamento tóxico. Ainda bem que se livrou antes de se apaixonar completamente. Ninguém merece ser tratado feito de cadelinha adestrada por cara babaca que nem transar direito não sabe. Foi a primeira vez que vi Jungkook chorar por causa de um homem e graças aos céus a última.

— Foca no meu problema, Jimin hyung. Não no estúpido lá. — ditou exigente e reclamão como sempre.

— Então, continue, por favor.

— Eu resolvi esquecer dos traumas e me jogar de cabeça com outras pessoas porque, caralho, eu estava em uma seca tremenda, né? Mas foi uma merda! Tudo uma merda! Nunca conheci tanto cara que não soubesse o que fazer com o pau! Eu me fodi e não foi de uma boa maneira, hyung. 

Eu olhei para o outro lado, tentando evitar a risada e sua fúria de me ver rindo do seu drama exagerado.

— Então antes de ontem um carinha chegou em mim super me vendo como um ativaço e ele perguntou se eu era um, frustrado com tudo, eu pensei: foda-se vou aprender a gostar de foder mais que ser fodido. Eu fui bruto e ele saiu admirado porque gosta dessas coisas selvagens. Você sabe que boatos voam, né? Agora sou visto como o ativo dos ativos. — negou. — Eu sou muito bom em transar, eu sei disso, mas eu não sou esse comedor brutal não. — ele reclamava tão sério, mas não aguentei, eu ri. Ri muito! Na verdade eu gargalhei. Só o meu amigo para ser tão reclamão e exagerado desse jeito. — Por que você está rindo? Pelo menos eu tenho transas chatas mas transo, e você que nem boquete não ganha?

— Hey! — resmunguei, porém continuei sorrindo. — Não precisa descontar suas frustrações em mim. E para sua informação eu recebo sim. Nós brincamos com uma coisa ou outra também, não é cem por cento ótimo e não vou até o fim porque a Aly é virgem e eu respeito ela, só isso. 

— Pelo jeito que ela age com você, parece que quer continuar sendo. — me arrependo tanto de ter contado a ele sobre minha vida sexual com minha namorada... — Não sei como você sobrevive a esse namoro sendo que mal trocam beijos, sequer transam.

— Transar não é tudo num relacionamento, Kook. E pelo menos nenhum de nós dois se machuca ou se frustra. — disse cínico.

— Eu não tenho culpa se curto pauzão e muitos não sabem usar o que tem. — deu de ombros. — Aliás, você sabe usar o seu? Eu sei usar o meu, mas, ah, não é tão emocionante. 

— Jungkook... — eu sempre ficava meio envergonhado com as perguntas dele ou alguns comentários, mas não conseguia não ser sincero porque ele é meu melhor amigo e de melhores amigos não escondemos nada, certo?

— Pra começo de conversa, você sabe que eu não tenho pauzão.

— Ah. Uhm... Eu acho que o que vale mais é saber usar mesmo. Tem muitos caras que não sabem. Eu posso afirmar muito bem depois das experiências que tive. Mas, me diz, você sabe usar seu instrumento, Jiminnie?

— Sim. Eu sei. — fui honesto, mesmo que um pouco constrangido.

— Então podemos transar. O que acha? — meus olhos saltaram, mas o que? — Pensa bem. Você está na seca e eu insatisfeito. Eu sei fazer o que você gosta e você sabe foder. Podemos unir o útil ao agradável! — falou super animado.

— Jungkook! — exclamei, um tanto indignado. — Para de dizer as coisas sem pensar. Você sabe que eu tenho namorada!

— Uma namorada que, sinceramente, não te liga, não apoia e nem sabe te chupar! Aliás, eu estou pensando muito bem. É uma ótima ideia, tá?!

— Eu não vou discutir isso com você. — dei as costas, a fim de encerrar o assunto.

— Olha, eu gosto de ser livre entre quatro paredes assim como você. Eu posso fazer tudo o que ela não faz e você pode me foder gostoso. Nós podemos nos satisfazer juntos! — argumentou.

Inferno. Agora eu estou pensando nele da forma que nunca pensei. Deus tira essas imagens eróticas da minha mente, por favor! Não suporto a ideia de traição, não seria justo nem por pensamento.

— Isso seria estranho. — murmurei. — Você é meu melhor amigo.

— Vamos ser honestos, eu só sou seu amigo porque você não facilita. — fez beicinho. De fato, ele dava em cima de mim há alguns anos. Só que era só brincadeira, afinal, Jungkook dava em cima de todo mundo. 

— Nada disso.

— Qual é, hyung. Me desculpa pela falta de respeito que terei agora, mas vai dizer que prefere aquela menina que deve até transar de roupa, isso se um dia transar com você? 

— Não seja um diabinho, pare de falar mal da Aly. — ele bufou, descontente, no entanto, logo mudou de assunto. Melhor assim, pois eu não ficava nada confortável diante de suas safadezas e provocações voltadas a mim.

😳😏

Nós dormimos o caminho todo de Seul à Busan. Agora estávamos no táxi, indo para a casa dos meus pais.

— Hyung... — ele se aproximou, praticamente colando nossas coxas. O encarei. — Por que você não aceita minha proposta? 

Eu disse que ele é insistente? Pois ele é. Ainda mais quando quer muito alguma coisa e se torna incapaz de esquecer. O que me leva a pensar se ele está mesmo falando sério. Jungkook estaria afim de transar comigo? Porque se for verdade, eu nem sei o que dizer. Somos amigos desde pequenos, é estranho cogitar a possibilidade de nos envolvermos.

— Porque ela é indecente. E você sabe que eu namoro, vou ter que ficar repetindo até quando?

— Mas até seu pai prefere mais eu do que ela. Se não, quem estaria passando o Natal com vocês seria ela. Eu sei que você não gosta dela de verdade, ninguém gosta daquela falsa. Sua mãe não está mais aqui para te cobrar coisas, você não precisa continuar namorando alguém só porque é quem ela aprova. 

Isso me atingiu em cheio. Mas eu não posso, eu não aceito que seja verdade. Eu gosto da Aly de verdade, certo?

— Nós dois... — apontei pra ele e pra mim, aproximando bem meu rosto do seu, ignorando o fato dele focar na minha boca. — Não vai rolar, Jeon. — ri cínico, me afastando, o deixando com cara idiota por alguns instantes.

— Você é mau!

— Não mais do que você. — afinal, era ele quem vivia ofendendo minha namorada e me provocando. 

Eu só não ficava irritado porque eu sabia que Kook não fazia por mal, ele só falava muito sem pensar nas gravidades ou consequências, e também às vezes eu até entrava na onda de nos afinetarmos pois tirar sarro dele, o fazendo ficar emburrado, era divertido.

No restante do caminho Jungkook ficou olhando os enfeites de Natal nas casas das pessoas e me mostrando todo eufórico. Eu sou um fã do espírito natalino, mas devo admitir que talvez ele ganha.

O táxi estacionou em frente a um duplex um tanto rústico, bem a cara do meu pai. Nós descemos e enquanto eu pegava as malas, meu amigo safado foi abraçar o sr. Park Hyun. Bufei, tendo que carregar todas aquelas bagagens até a porta sozinho.

— Mesmo com mais de cinquentão ainda parece um galã. Pode arrumar logo uma coroa bonitona, uh?

— Que coroa o que, Jungkookie. Eu gosto das novinhas. — fiz uma careta depois dessa fala do meu pai. Ainda bem que ele considera como novinha mulher de quarenta anos.

— Eu gosto do seu filho, mas ele não colabora. 

Hyun riu.

— Hey, garotão. Como vai? — me puxou pelos ombros.

— Eu estou bem. E formado.

— Parabéns. Eu sabia que seu esforço não seria em vão. Mas me explica por que dessa cara de quem comeu e não gostou.

— O problema é que ele não está comendo, meu sogro. — repreendi meu amigo com o olhar. Meu pai nos olhou confuso, porém sem parar de sorrir.

— É você que está deixando ele sem?

— Eu não. Eu ofereço comida boa para ele todo dia. Mas Jiminnie insiste em um prato vazio.

— Essa metáfora foi horrível. — resmunguei, cruzando os braços. — E não vem chamar meu pai de sogro. E para de dar em cima de mim que eu namoro!

— Ainda aquela moça? — perguntou papai, fazendo uma careta.

— Viu? Eu disse que seu pai me preferia.

— Jungkookiieee! — gritou Micha, minha irmã, pulando em cima dele.

— Todos me amam! — ele gabou. 

Eu sei que minha família o ama. A prova foi, além das cenas anteriores, ao entrarmos, depois de me cumprimentarem e parabenizarem, meus avós, meu irmão, cunhada e sobrinho, todos lhe encheram de carinho e atenção. Agora ele me olha com aquela pose metida de quem tem razão. 

Ignoro, pedindo ajuda ao meu pai para levar as coisas para meu quarto.

— O Jungkook parece ainda mais apaixonado por você do que na última vez. — comentou. 
Todo ano ele me dizia isso, o que eu achava um absurdo. Não tinha condições do meu amigo me amar dessa maneira, meu pai só podia estar vendo coisas.

— Ele parece mais chato, isso sim.

— Você tem que parar com esse medo, uh? Sua mãe está em outro país, ela não vai se intrometer como antes. 
Antes... Ele está se referindo ao que eu estou pensando?

— Não tem nada haver. Eu não estou apaixonado pelo Kook.

— Se você diz... — estava na cara que ele não acreditava em mim.

— Oppa! — Micha apareceu na porta do quarto, eufórica. — É verdade que você está namorando com o Jungkookie? Vocês formam um casal tão lindo! 

O que deu nas pessoas, afinal? Desse jeito minhas férias vão ser insuportáveis!

— Não somos namorados! E vocês estão proibidos de insinuar coisas sobre nós dois enquanto estivermos aqui! — exclamei, estressado. Ela levantou as mãos em rendimento, pedindo desculpas e saindo dali.

— Jimin...

— Não, pai. Eu não quero ouvir. Jungkook e eu não somos um casal, nem seremos. Isso nunca vai acontecer. — Hyun deu de ombros e me deixou sozinho. 

Bufei, passando a mão entre meus fios tingidos de loiro e no passo seguinte me joguei na cama, encarando o teto. 
Ninguém nunca insinuou tanto sobre nós dois antes, por que agora? Aposto que é só por conta de Jungkook e aquela boca grande! Ele deve estar falando horrores para a família agora que pôs na mente que tem que me pegar de vez. E meu pai... Não faz sentido ele lembrar do meu passado. 

Eu tive um namoradinho na adolescência e foi a pior experiência pois minha mãe o detestava, ela não aceitava que eu gostasse de homens também, mas eu estava muito apaixonado. Ela passou a ditar várias regras em minha vida, me proibindo de inúmeras coisas e aos poucos me induzindo a largar o garoto, pois aquilo não era algo pra mim. Eu sofri com o término. Mas eu a amava demais, ela quem sabia o que era melhor pra mim e garotos não entraram nessa lista. 

Depois eu percebi, em meio ao divórcio dos meus pais e mais atitudes estúpidas e ignorantes da minha mãe, que as coisas não eram bem como pensava. 

Após uma conversa séria com meu pai, que sempre me apoiou em tudo - o que gerava bastante briga quando ainda estava casado - me aceitei e fui aproveitar minha vida mesmo que a dona Moon fosse contra. 

Ano passado conheci Aly, os pais dela eram amigos da minha mãe e quando nos envolvemos foi uma grande satisfação para todos eles. Mas eu não estava com ela para continuar deixando minha mãe feliz comigo, não é? Eu gostava dela, eu sentia. E eu não tinha medo de me envolver de novo romanticamente com um cara como meu pai, meus irmãos e o Jungkook pensam. Eu superei o que houve. Apenas não gostava de Jungkook dessa maneira, não é?

Eu acreditava que sim. Então por que agora não estou tão certo disso? 
É oficial. Meu amigo tem que parar com as brincadeiras bobas. É isso que está me deixando confuso. Não consigo cogitar outra opção. Não pode ter outra opção.

😳😏

Dois dias se passaram e nesse tempo nada demais veio a acontecer que não fosse aquela típica organização para que tivéssemos um Natal maravilhoso. 

No dia que fiquei histérico, depois de me acalmar, conversei com Jungkook pedindo uma trégua em consideração ao Natal e ele surpreendentemente concordou, parando de dar em cima de mim ou qualquer coisa do tipo. Também pedi desculpas ao meu pai e minha irmã mais nova. 

Agora meu amigo e eu estávamos tranquilos, terminando de arrumar a casa enquanto os outros faziam nossa ceia.

Às dez horas da noite, na véspera, estávamos todos - e mais alguns - na sala contando e ouvindo histórias mágicas ou engraçadas de Natal, rindo e bebendo vinho. 

Eu nunca fui nenhum chato que detestasse esse dia, até porque eu sabia que para alguns era a época mais especial onde o amor, a união e a fartura corriam solta. E eu concordava com a pessoa mais apaixonada pelo dia vinte e cinco - Jungkook - que era satisfatório ver a família toda reunida, comendo e se divertindo apesar do ano não ter sido tão bom ou de termos tido algum tipo de desavença. É claro que essa paz, empatia, gratidão e amor todo deviam seguir pelo restante dias, em todos os anos, mas fazer o que se é difícil por isso na mente das pessoas ou até mesmo exercer sempre. 

É claro que existem exceções dessa festa cristã. Para as pessoas não-cristãs acredito que vale o mesmo, eu digo a elas que pensem nos sentimentos bons, na esperança, no perdão, no amor, na generosidade e empatia que você pode oferecer não só neste dia. Este é apenas o primeiro para você começar a exercer sua bondade e honestidade para contribuir para um mundo melhor. Para as que não sentem o espírito natalino digo que pensem nas atitudes boas que você pode exercer para viver em um ambiente cheio de harmonia e obter bons frutos disso. Agora quem não acredita em nada... Só cabe a você respeitar. Não seja amargurado. Não atrapalhe os sentimentos alheios, a vontade de festejar o Natal das pessoas, procure entender e também exercer atitudes altruístas que é o que todo humano deve fazer. Se for para reclamar, fique no seu quarto fazendo o que gosta ou vá só para comer. Coma muito e seja feliz. Só não vale ficar enchendo a paciência de sua família.

Muita gente se aborrecia com o mesmo falatório todo ano tipo as piadinhas típicas como "é pa-vê ou pa-comê?", ouvindo reclamarem da uva passa, e até mesmo as tias questionando sobre os (as) namoradinhos (as). Mas eu não. Para mim já era algo marcado ao qual eu deveria presenciar e se não fosse assim, seria estranho. Eu sentiria que algo estava faltando. É como Jungkook. Ele não tinha obrigação de estar aqui todo ano, mas se não estivesse, eu ficaria com saudades.

Quando as badaladas do relógio antigo do meu pai indicaram meia noite, assisti as pessoas se abraçarem, fortalecendo o carinho umas pelas outras. Vi um a um dos meus parentes abraçaram Jungkook desejando um feliz natal e eu sorri pois sabia o quanto isso significava para ele. Só então fui cumprimentar os presentes. Mas quando chegou a vez do meu amigo... Ele havia sumido.

— Você viu o Jungkook?

— Acho que foi em direção aos fundos, maninho. — agradeci Jaebum e fui para o local indicado.

Jeon estava sentado num balanço na área de lazer da casa, olhando para baixo e... Chorando. Ele se torna mesmo sensível nesse dia. Meu coração deu uma apertada pois odiava vê-lo assim.

— Hey. O que foi? — me ajoelhei em sua frente, ele desviou o olhar — Não vai falar comigo? — o mesmo negou. Suspirei, pegando sua mão e apertando — Por favor.

— Eu só fiquei emocionado ao ver sua família junta, rindo e demonstrando tanto amor um pelos outros. Eu queria ter uma assim...

— Mas você tem. — ele me olhou. — Você faz parte disso, Kook. Nós te adotamos a muito tempo. — brinquei, mas não deixava de ser verdade. — Estamos aqui a dois dias, tem certeza que não sentiu o carinho que todos nós temos por você? Eu vi eles te abraçarem, você não sentiu que uma parte do nosso coração te pertence?

— Eu... — pensou um pouco. — Sim. Eu senti. Desculpa por isso. Uhm... — ele fungou, limpando as lágrimas com as costas da mão. Parecia mais aliviado agora. — Eu sou da família. — afirmou e eu sorri satisfeito, assentindo. — Então você me vê como um irmãozinho? — me levantei, negando.

— Eu te vejo mais como primo safado. — gargalhei, vendo sua expressão indignada. Mas ele logo sorriu. Um sorriso provocante devo ressaltar.

— Prefiro ser seu namorado. — se levantou, parando na minha frente, pertinho de mim.

— Você disse que ia respeitar o espírito natalino. — cruzei os braços.

— É que eu não resisto a você. — disse sorrindo, puxando meus braços, os deixando em seu pescoço e abaixando um pouco as costas para poder deitar a cabeça no meu ombro. — Você ainda será meu, hyung. Feliz Natal. — sorri, o apertando no abraço. — Eu te amo.

— Feliz Natal. Eu também amo você. — ele se afastou um pouco, me olhando um tanto sentido e não sei dizer se de forma boa ou ruim.

— Não como deveria.

— Uh?

— Nada. — balançou a cabeça, sorrindo no final. — Vamos atacar aquela comida gostosa logo! — eu ri da sua pressa em me arrastar para comer as delícias que a família preparou, mas não deixei de acompanhá-lo até nosso banquete.

Após comer pra caralho, fui buscar o presente de amigo oculto e quando voltei todos estavam ajeitados na sala. Caminhei até Jungkook que estava escorado perto da árvore de Natal então vi os olhares se voltarem para nós.

— O que? — questionei com um pequeno sorriso. Então alguns deram risadinhas. Olhei confuso para minha irmã que apontou para cima. Oh, não! A plantinha!

— É um visgo. Como manda a tradição, vocês tem que se beijar! — exclamou uma prima, animada demais para meu gosto.

— Eu esperei tanto por esse momento. — disse meu amigo, causando uma euforia em quem prestava atenção em nós. Bati em seu peito.

— Você é um diabinho mesmo. Aposto que ficou aqui de propósito.

— Calúnia! Eu nem vi que tinha um visgo aqui. Mas você não vai fugir da tradição, não é, Jiminnie? — sorriu em desafio.

— Eu tenho na-

— "Tenho namorada, blá blá blá, namorada". Ela não vai ficar brava com uma brincadeirinha de Natal! — rolei os olhos, porém ergui um pouco os pés e beijei sua bochecha podendo ouvir exclamações decepcionadas.

— Maninho, isso foi beijo de criança. — Micha debochou. — Selinho não mata ninguém, uh?

— Deixa, Mi. Seu irmão é um chato mesmo. — afirmou com uma voz tristonha.

— Chato é você. — resmunguei. — Fica quieto então. — ele ficou e mesmo contrariado eu o selei, demoradamente, desta vez ouvi um monte de exclamações eufóricas. 

De fato, selinho não matava. Não era nada demais. Ou não deveria ser. Porém, meu interior se revirou ao sentir a textura daqueles lábios e tive de ignorar meu coração acelerado.
Quando me afastei, nem consegui olhar no rosto dele pois estava envergonhado. Mas eu sabia que Jeon sorria vitorioso. Neguei, fazendo de tudo para esquecer aquilo. Até porque eu tinha namorada, né.

😳😏

Eu estava saindo do quarto quando Jungkook me parou.

— Por que está vestindo isso? — olhei pra minha própria roupa. Eu estava de bermuda, regata e chinelo já que o clima resolveu dar uma esquentadinha hoje.

— Qual o problema? Era para estar pelado? — disse cínico.

— Pelado só na minha cama, amor. — piscou. — Veste roupa de banho porque Hyun vai liberar a piscina.

— Ah. Ok. Pode ir que vou me trocar rapidinho. — ele assentiu ao passo em que eu voltava para dentro do quarto.

Hoje é dia trinta. Nesse tempo que passou apenas estávamos curtindo as férias normalmente, indo a alguns lugares interessantes ou só ficando em casa vendo algo na TV, às vezes curtindo os jogos em família. 

Jungkook brincava comigo ou dava algumas indiretas mas não estava sendo insistente como antes, o que eu agradeci aos céus se não poderia ter outro ataque histérico pela pressão desse diabinho sobre minha pessoa.

Terminei de me trocar e passei o protetor solar, como não alcançava as costas saí do cômodo com o potinho na mão para pedir o favor a alguém. 

Assim que cheguei na área de lazer pude ver meu pai deitado numa espreguiçadeira, na sombra, tomando alguma bebida despreocupadamente. Minha cunhada e meu irmão estavam ao lado dele rindo de algo e minha irmã pulou na piscina onde estava Jungkook brincando com meu sobrinho. 

Meu amigo notou minha presença, sorriu e passou a mão no cabelo, jogando para trás, indo até a escadinha e subindo por ela, andando calmamente na minha direção. Ele está  de plano a ser sexy? Porra. Não quero admitir, mas está conseguindo!

Eu tentei controlar meus olhos pois sabia que Jeon estava seminu, no entanto, foi em vão, eles passaram por seu rosto, desceram para seu pescoço, analisaram sua clavícula marcada, peitoral largo, abdômen bonito, a cintura fina, a sunga azul apertada demais demarcando uma área o que não devia, as coxas carnudas, canelas com panturrilhas fartas e se bobear até os pés dele eu sequei. Só não tive oportunidade de ver suas costas e o bumbum, mas eu sabia que a primeira era larga e o segundo redondinho. Eu já o tinha visto dessa forma antes... Só que agora ele parecia melhor ainda. Não sei, creio que esteja o vendo de outro jeito.

Ah, isso é tão errado!

Eu notei que ele me secava de volta, não pude deixar de ver a bela mordida no lábio que ele deu. Eu sabia que tinha um bom corpo, afinal, também fazia academia e uma coisa que eu me gabo é da gostosura que sou. Então eu o entendia bem. Todavia, não vou ceder aquilo. 

Lhe entreguei o potinho e dei as costas.

— É para passar o protetor, não babar na minha bunda. — alertei.

— Como você...? — o olhei por cima do ombro, dando mais um de meus sorrisos cínicos. Eu o conhecia bem, além de ter perfeita noção de que se fosse o contrário eu faria o mesmo.

Jungkook nada disse, apenas colocou o líquido nas mãos e espalhou pelas minhas costas. No final apertando meus ombros em uma massagem que me fez fechar os olhos e suspirar. Devo dizer que ele mandava muito bem com aquelas mãos grandes.

— Obrigado. — agradeci ao que ele me soltou e devolveu o potinho. Em seguida me dirigi a uma das espreguiçadeiras ao lado do meu pai, vendo Kook voltar para à água, molhando Micha e Taeyang iniciando uma guerrinha boba.

Eu fiquei rindo deles se divertindo não sei por quanto tempo. Agora Micha tentava pegar o sobrinho que estava nas costas de Jungkook. E eu os encarava com uma cara de idiota pois era bom vê-los felizes.

— Você está o encarando com aquele olhar. — disse meu irmão.

— Que olhar? — franzi o cenho, confuso.

— Um que eu não te vejo direcionar a alguém a muito tempo.

— Seja específico, Jae hyung.

— Só estou comentando. — deu de ombros. — Eu não posso dizer algo que você sequer notou...

— Olhar de apaixonado. — disse meu pai em meio a uma tosse fingida.

— Vocês tem que parar com isso. — bufei. — Eu não estou apaixonado pelo Jeon.

— Não é o que parece. — debochou Sook, minha cunhada. — Está na cara que você, por algum motivo, não quer admitir. Mas todo mundo já percebeu. O seu olhar nos conta a verdade.

— Você vai se engasgar com suas palavras. — lhe dei um olhar malvado, ela ficou confusa porém entendeu quando a peguei no colo correndo para a piscina, pulando lá dentro. Talvez para fugir do assunto.

— Meu cabelo! — choramingou ao emergir na água. E eu só pude rir. — Idiota. — jogou água na minha cara, logo indo para a borda. — JaeJae, vem aqui me ajudar a sair. — meu irmão foi e ao invés de se apoiar para sair, Sook o puxou fazendo com que ele caísse na piscina com roupa e tudo. 

Ri, vendo um pouquinho da discussão boba deles e logo mergulhei, nadando até o outro lado que estava vazio, levando meus braços para trás, os apoiando na borda, e fechando os olhos.

Minha cabeça estava ficando cheia com esse papo de Jungkook e eu. Me encontro um tanto nervoso pois não sabia o que pensar sobre isso e essa porra não saía da minha mente desde quando cheguei para passar as férias aqui. O que, certamente, era para ser só uma brincadeira dele, estava mexendo comigo mas não podia. 
Primeiro porque eu já tinha namorada, segundo porque éramos melhores amigos e terceiro porque eu tinha medo de onde esse sentimento poderia me levar. 

Eu não saberia lidar comigo gostando dele, afinal, querendo ou não o passado ainda estava comigo. Eu dizia a mim mesmo que havia superado mas sei que ainda não consegui totalmente. Caso contrário eu aceitaria namorar um garoto de novo e, olha, admito que fugi muito disso na faculdade até encontrar a Aly. 

Com ela eu não tive problemas em me envolver. O meu problema era medo de me apaixonar por um homem como aconteceu antes e me ferrar. Pois, mesmo que não houvesse mais minha mãe no meu pé, ela havia me deixado uma marca ruim em relação a isso e ela sempre descobria com quem eu estava junto.

Pronto. Fui sincero comigo. O problema sou eu inferno.

— Hyung... — a voz de Jungkook soou baixa e perto demais. Abri os olhos de imediato, podendo vê-lo bem na minha frente. Fitei seus olhos serenos agora um tantinho preocupados e curiosos, uma força maior me fez abaixar o olhar e eu me descobri perdido em seus lábios que se assemelhavam os de uma boneca. — O q-que você tem? — ele gaguejou e eu caí na real. Antes que fizesse algo que poderia me arrepender, virei o rosto para o outro lado.

— Nada. — Jeon puxou meu queixo, me obrigando a encará-lo.

— Tem algo te perturbando que eu sei.

— Não é algo. — murmurei, olhando pra baixo.

— Então quem está te deixando agoniado? — suspirei, levantando o olhar, minha boca se abriu, eu ia dizer a verdade pois não conseguia mentir pra ele...

— Jimin oppa! — me assustei, olhando na direção daquela voz e arregalando os olhos em total surpresa ao ver minha namorada parada bem na entrada. Corado pela situação que me encontrava, mergulhei ficando um pouco debaixo d'água para então nadar para perto e sair da piscina.

— Hey! Que surpresa você aqui! — espero que ela não tenha notado o quão nervoso soei.

— Meus pais concordaram que eu devia passar o ano novo com meu namorado e eu queria muito conversar com você então aqui estou. — sorriu. — Ah, eu trouxe meu primo Kyusun, espero que não se importe. — só então reparei no cara ao seu lado.

— Pode me chamar de Kyu.

— Não me importo. Prazer, Kyu. Eu sou o Jimin. — ele apertou minha mão firmemente, me olhando... Cínico. Ou talvez eu esteja vendo coisas por estar abalado.

Eu não esperava ela ali, ainda mais quando ia dizer a Jungkook que ele estava dominando meus pensamentos e me deixando incerto de quem eu realmente queria comigo.

— Igualmente.

Quase perdi meu foco ao ver Jungkook passar por ali. Por que teve que acontecer aquilo agora a pouco? Por que Aly tinha que aparecer?

Cocei a garganta e os apresentei para todos os presentes. Quando chegou a vez dele, vi que parecia chateado. Mas não posso fazer nada pois não é culpa minha, certo? 

Hyun resolveu fazer churrasco já que agora tínhamos visitas e eu tinha quase certeza que ele queria bajular a nora. Por falar nela... Por que está sentando no meu colo? Em que momento ela veio parar aqui? Estou tão perdido em pensamentos que sequer noto direito o que acontece ao redor. 

— Me alimente, oppa.

— Ahn... Claro. — sorri de leve, lhe dando um pouco de carne. Após comer ela esfregou a bochecha na minha como uma gatinha.

— Você é um namorado tão bom! — ri um pouco sem graça, sem saber o que dizer. 

Aly costuma ser reservada, por que ela estava fazendo isso? Estava querendo provocar alg... Oh... Encarei Jungkook que não estava nada satisfeito com o que via e foi aí que as peças se encaixaram. Ela nos viu juntos, deve ter se sentido ameaçada de alguma forma. Neguei. Focando na minha namorada.

Minutos mais tarde, estávamos todos na piscina brincando de rebater bola até nos cansarmos. Me escorei na lateral e sem querer meus olhos procuraram o dono dos meus pensamentos intrigantes. Ele me encarou de volta, estava mais sério que o costume. Então Aly logo apareceu, parando na minha frente e agarrando meu pescoço. Eu sorri, mas esse sorriso não chegou aos meus olhos.

— Você está muito aéreo hoje.

— Desculpa. É só algo que não estou entendendo muito bem.

— Então vamos pensar em outra coisa. — ela colou os lábios nos meus. 

Eu estava de olhos abertos e acabei vendo meu amigo ficar boquiaberto, seus olhos serenos estavam maiores que o normal, magoados e... Estavam marejando. Ele se levantou da borda onde estava sentado e andou rápido para dentro de casa. Foi aí que notei o quão idiota eu era. Como eu pude ser tão lerdo ao ponto de não notar que o que ele dizia não era brincadeira? Jungkook me queria. Ele realmente me amava. E eu o fiz chorar. Eu fui o segundo homem a fazer isso. Acho que parti seu coração... Apertei os olhos. Só então percebi que estava beijando Aly no automático.

Eu sou um merda.

Agora tudo passava pela minha mente como as memórias de um filme. Nossos momentos alegres, nossas idiotices, seu apoio e carinho comigo, o jeito dele me encher a paciência, os abraços calorosos, o selinho do Natal, o quase beijo de agora... 

Naquele instante, eu não consegui evitar, desejei que fosse ele em meus braços. E com esse pensamento, correspondi ao beijo com vontade caindo tendendo a cair em arrependimento.

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